Horário de Verão volta em 2023. Foto Ag.Brasil
“O samba, a prontidão/E outras bossas,/São nossas coisas,/São coisas nossas!”
São coisas nossas, Noel Rosa, 1932
Depois de três temporadas de suspensão, o governo anuncia a retomada, em 2023, do Horário de Verão, aquela saudável prática que o Brasil vinha adotando desde 1985 para minimizar a crise hídrica. Foi apenas uma de nossas coisas boas canceladas ou ameaçadas pelo Feoapá (Festival de Ódio que Assola o País) durante a pandemia negacionista que tantos danos e sofrimento causou à sociedade brasileira nestes últimos quatro anos.
Na urgência da hora, Panis Cum Ovum faz um breve inventário de nossa pauta de virtudes violentada recentemente:
Foto AGBr
• A diplomacia exemplar do Itamaraty inspirada no Barão do Rio Branco.
Ibama funcionando em 2014. Foto Vinicius Mendonça/Ibama
• O trabalho sério do Ibama na defesa da fauna e da flora e a consciência ambientalista do povo brasileiro.
Vacinação contra polio, 2012. Foto José Cruz/AG.Brasil
• A eficácia do sistema vacinal alcançada através da luta de Oswaldo Cruz contra o obscurantismo e que se tornou um exemplo para o mundo.
• A Funai na proteção aos povos nativos e a atuação de indigenistas como os irmãos Villas-Boas, o médico Noel Nutels e o antropólogo Darcy Ribeiro. Sem esquecer Chico Mendes, o mártir, e Raoni, nosso candidato ao Nobel da Paz.
• As bases educacionais, mundialmente reconhecidas, lançadas por Anísio Teixeira, Paulo Freyre e Darcy Ribeiro.
• Na área da saúde mental, a terapia pela arte desenvolvida pela Dra. Nise da Silveira.
Incendio da Cinemateca Brasileira, 2021. Foto: Reprodução Ag.Senado
• A cultura – tão degradada nos últimos tempos – que deu ao mundo Portinari e Tarsila do Amaral, Villa-Lobos e Tom Jobim, Nélson Pereira dos Santos e Glauber Rocha, Machado de Assis e Guimarães Rosa, Bandeira e Drummond.
• O esporte: destaque para o futebol, com participação em todas as Copas do Mundo e o pentacampeonato; heróis do atletismo como Adhemar Ferreira dos Santos e João do Pulo; astros do tênis como Gustavo Kuerten e Maria Ester Bueno; campeões da Fórmula-1 como Emerson Fittipaldi e Ayrton Senna; as conquistas do vôlei de quadra e de praia, masculino e feminino; mais recentemente, os fenômenos das meninas da ginástica e do skate, dos rapazes do surfe e a explosão do imbatível Isaquias na canoagem.
• A luta pela tolerância étnica, religiosa e de costumes no país da miscigenação racial, à luz do pensamento de historiadores e sociólogos do porte de Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Paulo Prado.
• A eficiência, presteza e transparência das urnas eletrônicas, que há 26 anos fizeram do Brasil o protagonista da maior eleição informatizada do mundo e vêm garantindo o pleno exercício do voto democrático no país.
3 comentários:
Desculpe-me, por me intrometer e tentar corrigir esse comentário em que são lembrados os brasileiros, Emerson Fitipalldi e Ayrton Senna, como campeões da F1 porque o nome do tri-campeão na F1, Nelson Piquet ou foi esquecido por falha de memória ou foi mesmo intencional, o que é triste isto acontecer. Negar a um tri-campeão na F1, os seus grandes campeonatos, nesse esporte que por sua complexidade, inclui risco de própria vida, na sua competição, é tirar desse campeão o seu mérito e competência nessas competições . O nome de Nelson Piquet, não pode ser esquecido.
Piquet bolsonarista e racista foda-se. Neymar é ouro imbecil bolsonaristas. Que se foda na Copa.
Piquet e Neymar tem dívidas com o governo. Estão atrás de benefícios
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