Prédios são invadidos porque é essa a alternativa para as famílias que não têm casa para morar e temem dormir nas ruas.
Não está excluída a interferência de criminosos que se aproveitam do drama social. Traficantes e milicianos, por exemplo, invadem conjuntos habitacionais e expulsam moradores.
Mas daí a aproveitar a oportunidade da tragédia do edifício Wilton Paes de Almeira, em São Paulo, para criminalizar todos os movimentos sociais dos sem-teto há uma enorme distância que separa a avaliação correta desse grave problema social da deformação impura e simples. Em alguns textos e análises só faltou sublinhar comentários e reportagens com um "bem feito, quem mandou invadir?".
Nas redes sociais, nem isso faltou.
Essa distorção nada casual contaminou parte do noticiário sobre o incêndio, suas causas e consequências.
Viralizou na internet um vídeo em que o "jornalismo de ponto eletrônico" que monitora âncoras induz uma repórter a tentar fazer com que um bombeiro embarque no enfoque da "culpabilidade" das vítimas.
Veja no vídeo que o bombeiro apaga rapidamente o fogo ideológico, faz uma intervenção bem mais isenta e deixa claro que sua função no local não é de policia. As vítimas são a prioridade, diz ele.
A cena é um case. O bombeiro não quis ser polícia mas foi, sem querer, jornalista.
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Um comentário:
Bombeiro mandou bem
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