"Ela é a dona de tudo/Ela é a rainha do lar/Ela vale mais para mim/Que o céu, que a terra, que o mar/Ela é a palavra mais linda/Que um dia o poeta escreveu/Ela é o tesouro que o pobre/Das mãos do senhor recebeu"
Marluce. Foto: Reprodução |
O trio acaba de se tornar réu, segundo o STF, por crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Sei lá porque, mas o fato é que quando vejo foto de dona Marluce me lembro da Mama Fratelli, a vilã do filme "Os Gonnies", de Steven Spielberg, interpretada pela atriz Anna Ramsey.
A corrupção brasileira tem rendido uma série de filmes-louvação, todos muito politicamente engajados, sérios e moralistas. Falta um cineasta menos coxinha para captar que as peripécias dos irmãos Vieira de Lima e da Mama Marluce rendem uma mega comédia. Physique du role eles têm de sobra.
Anna Ramsey, a Mama Fratelli dos Gonnies Foto Divulgação |
A saga de Geddel, Lúcio e Mama Marluce é praticamente um roteiro à espera de um diretor.
Além da Mama, uma personagem pronta para rodar um longa, tem tesouro - os 51 milhões de reais encontrados em um apartamento-bunker, tem os porões da política (Geddel era o Francis Underwood, de House of Cards, de Michel Temer), conta com uma impagável Mama Fratelli e episódios de traição. Geddel fez parte do escândalo dos "Anões do Orçamento" e cinema adora anões, ainda mais anões vilões. Até sexo dá para encaixar. O mundo político de Brasília, sem ofensas e considerando as exceções, é um bordel a céu aberto. E tem o lado emotivo. Depois de preso, Geddel chora a toa. E o "drama" humano. Mama Marluce já disse que o filho é "doente'. A "doença" não foi especifica, pode ser "síndrome da mão leve", patologia comum na política, mas é um elemento que dará ao filme dos Fratelli baianos um toque "humano'.
Falta só alguém falar "luz, câmera, ação".
3 comentários:
Uma comedco dessa e a melhor da vida.
Meus sinceros votos para que as mães dos corruptos políticos e empresários tenham um péssimo dia. A maioria se beneficiou do dinheiro roubado que no fim provoca mortes pela verba que falta nos hospitais públicos. Elas geraram monstros que roubam até merenda escolar.
Pilantras!
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