por Eli Halfoun
Não é qualquer desenhista em todo o mundo que chega às extraordinárias marcas conquistadas por Maurício de Sousa, o pai da “Mônica”, com suas revistas e produtos. Os números confirmam o quanto Mauricio é consumido e admirado no Brasil: desde 1970 quando lançou a Mônica suas revistas venderam mais de 1 bilhão de exemplares, o que o faz responsável por 86% das vendas no mercado brasileiro de gibis. Os personagens de Mauricio saíram das páginas dos gibis e geraram mais de 3.500 produtos produzidos por mais de 100 indústrias no Brasil e no exterior. Mauricio também é um sucesso virtual: o site da Turma da Mônica tem 30 milhões de acessos por mês, o que já lhe valeu sete vezes o prêmio Ibest. As crianças também se divertem no Parque da Mônica, em São Paulo, que recebe mais de 6 milhões de visitantes infantis por ano. Mauricio não é visto pelo público apenas como desenhista. É admirado como escritor: pesquisa realizada em 2008 o colocou entre um dos dez escritores mais admirados do Brasil, a frente de nomes importantes como Clarice Lispector, Luís Fernando Veríssimo e Manuel Bandeira. Antes que eu esqueça e para que vocês também nunca esqueçam: Mauricio de Sousa é brasileiro.
Jornalismo, mídia social, TV, atualidades, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVII. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Audioshop?
Deu na Folha: Globo contrata coral para dublar o samba cantado pelas escolas na transmissão ao vivo do Sambódromo. Que que isso? Uma espécie de photoshop em áudio? No ano passado, a Globo foi flagrada enxertando coro de torcida para fazer parecer que a suposta vibração dos corintianos era maior do que os microfones captavam no estádio. Assim fica difícil saber o que é real ou virtual. No caso do Sambódromo, a Globo alega que contrata o falso coro para tornar o samba mais audível, Besteira. Carnaval sem imperfeições não existe. Ô Globo, nem a passarela é Projac nem escola de samba é novela...
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Quer ver um curiosidade jornalística? Olha só o primeiro carnaval da Manchete, em 1953
A primeira capa de Carnaval da Manchete, fevereiro de 53
Escolas de samba na Praia do Flamengo
por Gonça A Manchete foi lançada em abril de 1952. Dez meses depois, em fevereiro de 1953, a revista fazia a cobertura do seu primeiro carnaval. Era a edição número 44. As reportagens especiais de Carnaval foram uma especialidade da Bloch. Manchete, especialmente, Fatos&Fotos e Amiga batiam recordes de tiragens em sucessivas edições. Manchete chegava a triplicar a venda nessas ocasiões.
A vedete Angelita Martinez no Baile dos Artistas,no Hotel Glória
Mas em 1953 este know how carnavalesco que se tornaria uma referência no jornalismo brasileiro apenas engatinhava. Mas Manchete já dedicou uma edição especial à festa que até hoje mobiliza os principais jornais e revistas do país, além da TV, do rádio e, agora, dos grandes portais.
Ontem, como hoje, carnaval é tempo de beijo. A legenda diz que o Baile dos Artistas se tranformou em um "verdadeiro inferno".
Na época, as equipes da revista se desdobraram em vários eventos: Baile dos Artistas, Baile do Copacabana Palace, Desfiles das Grandes Sociedades. Desfiles das Escolas de Samba, concurso de Rainha do Carnaval, Baile do Tijuca Tênis Clube, Baile do Hotel Glória etc. Outra época, outras imagens, outro Rio.
A beira da piscina do Glória, as candidatas a Rainha do Carnaval de 1953. A mascarada estava no Baile do Copa.
A esperança de tudo está nas folhas verdes. Vai uma ervinha aí?
por Eli Halfoun
Não tem quem não goste e acredite em uma “ervinha”. Calma aí que não estou falando de maconha, não. A questão aqui são as chamadas ervas medicinais ou quase, ou seja, aquelas que se usava antigamente para curar tudo. Ainda há os que acreditam que um chá disso ou um chá daquilo ou ainda um banho ou um emplastro de folhas especiais são a solução para a saúde e outros problemas. A verdade é que a maioria das pessoas (de qualquer classe social) procura mais as ervas que podem trazer felicidade, como se a felicidade pudesse ser literalmente plantada e brotasse do chão. Vendedora de ervas há mais de 20 anos na feira de terças terças-feiras na da Rua Dias da Cruz, no Méier, dona Letícia, que aprendeu a conhecer as ervas e seus efeitos desde menina e que as cata mato a dentro perto de sua casa na Serra do Medanha (entre Campo Grande e Nova Iguaçu), está preparada para atender à fila que se forma em sua barraca depois do carnaval quando, como garantiu em entrevista à Revista de Domingo do JB, os clientes procuram muito o banho de descarrego, reforçado com a “catinga de mulata” que é a erva mais procurada (custa R$ 3,00 o molho) porque promete chamar dinheiro e namorado. Ninguém sabe ao certo se funciona, mas como o brasileiro vive mesmo é de esperança não custa (aliás, custa baratinho) nada tentar. Além do mais nesse calor um banho cai bem. Com ou sem ervas.
Não tem quem não goste e acredite em uma “ervinha”. Calma aí que não estou falando de maconha, não. A questão aqui são as chamadas ervas medicinais ou quase, ou seja, aquelas que se usava antigamente para curar tudo. Ainda há os que acreditam que um chá disso ou um chá daquilo ou ainda um banho ou um emplastro de folhas especiais são a solução para a saúde e outros problemas. A verdade é que a maioria das pessoas (de qualquer classe social) procura mais as ervas que podem trazer felicidade, como se a felicidade pudesse ser literalmente plantada e brotasse do chão. Vendedora de ervas há mais de 20 anos na feira de terças terças-feiras na da Rua Dias da Cruz, no Méier, dona Letícia, que aprendeu a conhecer as ervas e seus efeitos desde menina e que as cata mato a dentro perto de sua casa na Serra do Medanha (entre Campo Grande e Nova Iguaçu), está preparada para atender à fila que se forma em sua barraca depois do carnaval quando, como garantiu em entrevista à Revista de Domingo do JB, os clientes procuram muito o banho de descarrego, reforçado com a “catinga de mulata” que é a erva mais procurada (custa R$ 3,00 o molho) porque promete chamar dinheiro e namorado. Ninguém sabe ao certo se funciona, mas como o brasileiro vive mesmo é de esperança não custa (aliás, custa baratinho) nada tentar. Além do mais nesse calor um banho cai bem. Com ou sem ervas.
Deu no G1
Ô meu, deixa de badalação, vâmo parar de fazer marketing com a Maria de Lourdes e vai cuidar da lama e esgoto em que se transformou SP.
Olha o cercadinho da Preta Gil aí, gente!!!
por Gonça
O Globo de hoje, na coluna Gente Boa, de Joaquim Ferreira dos Santos, publica uma nota na qual o prefeito Eduardo Paes se mostra indignado com a informação de que o trio "A Coisa Tá Preta", um imenso anúncio da Antártica que conseguiu autorização para desfilar como "bloco" na Vieira Souto (como este blog publicou no domingo), tinha um "cercadinho vip" onde um grupo usava aquelas pulseirinhas comuns em camarotes idem. Diz o prefeito, literalmente, "se eu tiver qualquer indício de que algum bloco está fazendo cercadinho ou pulseirinha vip, as chances de sair no ano que vem são iguais a zero". Paes acrescenta que assinará pessoalmente a proibição de saída em 2011. O paniscumovum não quer abafar ninguém mas é contra cercadinhos, não quer abadás ( a próxima ameaça) no carnaval carioca e tem as imagens. Olhem só: na foto no alto, o detalhe das pulseirinhas verdes; entre os dois guardas municipais pode-se ver a corda azul que delimita o "cercadinho"; na outra imagem, o garrafão-trio, explicito da Antártica. Quem foi , viu. Com um clique em cada foto, você verá melhor esses detalhes. (Fotos de Jussara Razzé)
Suzana Vieira é a loura do ano (2009)
por Eli Halfoun
Embora a época seja das mulatas, as louras continuam merecendo atenção especial. O jornalista Giba Um realizou através de seu site pesquisa para saber qual foi a Loura do Ano (2009). Os critérios de votação foram variados e o resultado final apontou a atriz Suzana Vieira como a grande vencedora por conta de “seus polêmicos casamentos e até por maltratar repórteres de televisão”. Em segundo lugar ficou Luana Piovanni, “também sempre protagonizando mini-escândalos e xingando fotógrafos". Ana Maria Braga ficou com a terceira colocação “com suas gafes na TV”. O quarto lugar teve empate entre Daniela Cicarelli e Adriane Galisteu e a quinta colocação foi de Hebe Camargo. Como se vê as louras, mesmo as falsificadas, chamam atenção de qualquer jeito.
Embora a época seja das mulatas, as louras continuam merecendo atenção especial. O jornalista Giba Um realizou através de seu site pesquisa para saber qual foi a Loura do Ano (2009). Os critérios de votação foram variados e o resultado final apontou a atriz Suzana Vieira como a grande vencedora por conta de “seus polêmicos casamentos e até por maltratar repórteres de televisão”. Em segundo lugar ficou Luana Piovanni, “também sempre protagonizando mini-escândalos e xingando fotógrafos". Ana Maria Braga ficou com a terceira colocação “com suas gafes na TV”. O quarto lugar teve empate entre Daniela Cicarelli e Adriane Galisteu e a quinta colocação foi de Hebe Camargo. Como se vê as louras, mesmo as falsificadas, chamam atenção de qualquer jeito.
Metanol nos postos de gasolina
por Gonça
A polícia investiga a adição de metanol no álcool vendido em alguns postos de combustíveis. A fiscalização já flagrou a ilegalidade em São Paulo mas suspeita de que no Rio, Minas, e Bahia a prática também esteja disseminada. O país costuma criticar a evidente corrupção no meio político mas normalmente "esquece" a corrupção e bandalheira no meio empresarial. Infelizmente, certos políticos e certos empresário andam de braços dados na prática. Há anos, houve muita pressão pela liberalização no transporte e comercialização de combustíveis para a livre-iniciativa. Perfeito. Isso foi amplamente feito mas aparentemente a iniciativa ficou livre demais. Esse caso do metanol é um crime. O produto é altamente tóxico, capaz de cegar uma pessoa ao ser manipulado e até a matar. Mas está aí, em nome, do lucro, sendo espalhados pelo Brasil. Um alerta para aqueles que defendem o "Estado fraco". Um Estado sem fiscais, sem funcionários, sem estrutura para defender o cidadão. Uma selva, o vale-tudo-pelo-mercado. Não lembra a política de tucanos e demos quando estiveram no poder?
A polícia investiga a adição de metanol no álcool vendido em alguns postos de combustíveis. A fiscalização já flagrou a ilegalidade em São Paulo mas suspeita de que no Rio, Minas, e Bahia a prática também esteja disseminada. O país costuma criticar a evidente corrupção no meio político mas normalmente "esquece" a corrupção e bandalheira no meio empresarial. Infelizmente, certos políticos e certos empresário andam de braços dados na prática. Há anos, houve muita pressão pela liberalização no transporte e comercialização de combustíveis para a livre-iniciativa. Perfeito. Isso foi amplamente feito mas aparentemente a iniciativa ficou livre demais. Esse caso do metanol é um crime. O produto é altamente tóxico, capaz de cegar uma pessoa ao ser manipulado e até a matar. Mas está aí, em nome, do lucro, sendo espalhados pelo Brasil. Um alerta para aqueles que defendem o "Estado fraco". Um Estado sem fiscais, sem funcionários, sem estrutura para defender o cidadão. Uma selva, o vale-tudo-pelo-mercado. Não lembra a política de tucanos e demos quando estiveram no poder?
A água vai rolar com Madonna no carnaval
por Eli Halfoun
Madonna ficou tão apaixonada pela água de côco que experimentou em suas recentes visitas ao Brasil que, além de carregá-la na turnê “Sticky & Sweet” resolveu investir alto no produto: está disponibilizando um milhão e meio de dólares para montar em Nova Iorque uma fábrica de água de côco. A fábrica já mereceu também aplicações financeiras da atriz Demi Moore e do Mathew McConaughey. Madonna acredita que picolé de água de côco fará muito sucesso entre os americanos. Ela, por exemplo, não abre não de uma água de coco geladinha e essa foi a única exigência que fez aos camarotes em que mostrará o ar de sua graça no carnaval.
Madonna ficou tão apaixonada pela água de côco que experimentou em suas recentes visitas ao Brasil que, além de carregá-la na turnê “Sticky & Sweet” resolveu investir alto no produto: está disponibilizando um milhão e meio de dólares para montar em Nova Iorque uma fábrica de água de côco. A fábrica já mereceu também aplicações financeiras da atriz Demi Moore e do Mathew McConaughey. Madonna acredita que picolé de água de côco fará muito sucesso entre os americanos. Ela, por exemplo, não abre não de uma água de coco geladinha e essa foi a única exigência que fez aos camarotes em que mostrará o ar de sua graça no carnaval.
Até que enfim, alguém falou...
Elio Gaspari, no Globo de hoje, critica a absurda idéia (até aqui aplaudida por alguns jornais e colunistas) de se construir mostrengos arquitetônicos na Marina da Glória, no Aterro do Flamengo, parque, aliás, tombado pelo Patrimônio Público. Se o mafuá que está lá já é um absurdo, imaginem aquilo multiplicado por milhares de metros quadrados.
Livro de fofocas promete fazer mais fofoca
por Eli Halfoun
Por mais que muita gente tente negar, não há no mundo quem não mostre interesse por uma boa fofoca seja em jornais e revistas especializados ou até naquela que é chamada de imprensa séria, mas que também costuma publicar suas fofoquinhas, não necessariamente artísticas. Fofoca é sempre o prato do dia e é esse interesse pela vida alheia, especialmente no mundo artístico, que está fazendo o jornalista e apresentador Nelson Rubens, fofoqueiro assumido e de sucesso, escrever seu primeiro livro sobre, e claro, o assunto. Nelson está selecionando aquelas que considera as 50 maiores fofocas que testemunhou em sua longa carreira. O livro já em fase de produção,. mas, ainda sem data prevista de lançamento, recebeu o título de “OK! Ok” Eu aumento, mas não invento", jargão que tornou famoso no comando do programa TV Fama, da Rede TV. Ele não faz por menos e garante que “vou revelar as mais surpreendentes fofocas do mundo das celebridades”. O livro está assustando muitos famosos já que Nelson Rubens promete não se esconder atrás de anonimatos: “todos os envolvidos em meu livro terão nome e sobrenome revelados porque vou mostrar apenas a verdade”. O jornalista garante que os leitores ficarão curiosos em conhecer “as cinquenta fofocas que todos tem de saber antes de morrer”. O livro terá ainda um capítulo especial no qual Nelson Rubens incluirá os bastidores desse carnaval. Animado, ele garante: “Não vou ludibriar ninguém”. Uma coisa é certa: as fofocas que já deram o que falar agora darão muito mais.
Por mais que muita gente tente negar, não há no mundo quem não mostre interesse por uma boa fofoca seja em jornais e revistas especializados ou até naquela que é chamada de imprensa séria, mas que também costuma publicar suas fofoquinhas, não necessariamente artísticas. Fofoca é sempre o prato do dia e é esse interesse pela vida alheia, especialmente no mundo artístico, que está fazendo o jornalista e apresentador Nelson Rubens, fofoqueiro assumido e de sucesso, escrever seu primeiro livro sobre, e claro, o assunto. Nelson está selecionando aquelas que considera as 50 maiores fofocas que testemunhou em sua longa carreira. O livro já em fase de produção,. mas, ainda sem data prevista de lançamento, recebeu o título de “OK! Ok” Eu aumento, mas não invento", jargão que tornou famoso no comando do programa TV Fama, da Rede TV. Ele não faz por menos e garante que “vou revelar as mais surpreendentes fofocas do mundo das celebridades”. O livro está assustando muitos famosos já que Nelson Rubens promete não se esconder atrás de anonimatos: “todos os envolvidos em meu livro terão nome e sobrenome revelados porque vou mostrar apenas a verdade”. O jornalista garante que os leitores ficarão curiosos em conhecer “as cinquenta fofocas que todos tem de saber antes de morrer”. O livro terá ainda um capítulo especial no qual Nelson Rubens incluirá os bastidores desse carnaval. Animado, ele garante: “Não vou ludibriar ninguém”. Uma coisa é certa: as fofocas que já deram o que falar agora darão muito mais.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
O esquartejador digital...
Megan Fox na capa da Entertainment. Um diretor de arte bêbado manobrou o photoshop e deixou a bela atriz sem pelvis. Observe: a perna direita da moça esquerda nasce na... aí mesmo. Pérola do site Photoshop Disasters.
Acorda, jornalista
Dunga anunciou a convocação da Seleção para o amistoso contra a Irlanda em 2 de março. Na platéia de jornalistas presentes à coletiva houve que insistisse em perguntas sobre as ausências de Roberto Carlos, Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho. O que querem? A "brilhante" seleção de 2006? A do come-vai-pra-boate-dorme?
Quem diria! Marilyn Monroe é nome de igreja
por Eli Halfoun
Religião, fé ou negócio? Essa é uma questão que se impõe cada vez mais diante do grande número de templos evangélicos que surgem a cada dia e que são mesmo um grande negócio. Recebem benefícios fiscais totais e seus pastores têm isenção do serviço militar e direito a prisão especial, o que leva a crer que quando começarem a apurar realmente o que acontece em muitas dessas igrejas serão necessárias muitas, mas muitas mesmo, prisões especiais. Na onda desse novo e lucrativo negócio, surgem também os mais inusitados nomes e o mais recente é a Igreja Pentecostal Marilyn Monroe. Outros nomes inusitados são Abominação à Vida Torta, Cruzada de Emoções, Última Embarcação para Cristo, Habitantes de Dabir, Lugar Forte, A Cobrinha de Moisés e outras tantas entre as mais de 150 igrejas de todos os tipos, segundo recente levantamento. Enquanto essas igrejas criam nomes estranhos, a igreja católica parece apostar na cantoria: depois do padre Marcelo Rossi, que já vendeu cerca de 12 milhões de CDs e do padre Fábio de Mello, que já está na casa dos dois milhões de CDs vendidos, está surgindo mais um padre-cantor: é Juarez de Castro, que já lançou dois CDs e mereceu até uma indicação ao Grammy Latino. Agora o padre Juarez espera estourar nas paradas de sucesso já que Roberto Carlos autorizou a gravação de "Luz Divina", de sua autoria, que será o carro-chefe do terceiro CD do padre Juarez, que incluirá no novo disco também as músicas "Tente Outra Vez", de Raul Seixas, "Ouvi Cantar", de Zé Rodrix e Guarabira e "Monte Castelo", de Renato Russo. A continuar nesse ritmo não demora muito as igrejas serão transformadas em casas de shows e, aí sim, ganharão mais público.
Religião, fé ou negócio? Essa é uma questão que se impõe cada vez mais diante do grande número de templos evangélicos que surgem a cada dia e que são mesmo um grande negócio. Recebem benefícios fiscais totais e seus pastores têm isenção do serviço militar e direito a prisão especial, o que leva a crer que quando começarem a apurar realmente o que acontece em muitas dessas igrejas serão necessárias muitas, mas muitas mesmo, prisões especiais. Na onda desse novo e lucrativo negócio, surgem também os mais inusitados nomes e o mais recente é a Igreja Pentecostal Marilyn Monroe. Outros nomes inusitados são Abominação à Vida Torta, Cruzada de Emoções, Última Embarcação para Cristo, Habitantes de Dabir, Lugar Forte, A Cobrinha de Moisés e outras tantas entre as mais de 150 igrejas de todos os tipos, segundo recente levantamento. Enquanto essas igrejas criam nomes estranhos, a igreja católica parece apostar na cantoria: depois do padre Marcelo Rossi, que já vendeu cerca de 12 milhões de CDs e do padre Fábio de Mello, que já está na casa dos dois milhões de CDs vendidos, está surgindo mais um padre-cantor: é Juarez de Castro, que já lançou dois CDs e mereceu até uma indicação ao Grammy Latino. Agora o padre Juarez espera estourar nas paradas de sucesso já que Roberto Carlos autorizou a gravação de "Luz Divina", de sua autoria, que será o carro-chefe do terceiro CD do padre Juarez, que incluirá no novo disco também as músicas "Tente Outra Vez", de Raul Seixas, "Ouvi Cantar", de Zé Rodrix e Guarabira e "Monte Castelo", de Renato Russo. A continuar nesse ritmo não demora muito as igrejas serão transformadas em casas de shows e, aí sim, ganharão mais público.
Sandy dá um show em Londres
por Eli Halfoun
A viagem é de férias, mas Sandy não resiste a um encontro para cantar. Foi o que fez na última segunda-feira quando encontrou a colega e também cantora Nerina Pallot, de quem também é fã. Sandy aproveitou a cantoria para convidar o irmão Junior Lima e o marido Lucas Lima para participarem de seu pocket-show semanal via web. Sandy e Nerina cantaram juntas “Hallelujah”, de Leonardo Cohen. Veja o vídeo AQUI
A viagem é de férias, mas Sandy não resiste a um encontro para cantar. Foi o que fez na última segunda-feira quando encontrou a colega e também cantora Nerina Pallot, de quem também é fã. Sandy aproveitou a cantoria para convidar o irmão Junior Lima e o marido Lucas Lima para participarem de seu pocket-show semanal via web. Sandy e Nerina cantaram juntas “Hallelujah”, de Leonardo Cohen. Veja o vídeo AQUI
Deu na Folha on line...
PV, PSDB, DEM e PPS firmaram acordo para ter Gabeira como candidato ao governo do RJ. Hummm! Agora ficou bonito. Cesar Maia estava lá, representando o Demo. Mas me responda uma pergunta, Gabê: e Marina Silva , a candidata criacionista, vai mesmo subir no palanque dos demos e dos tucanos????
Comparação de preços mostra: consumidor é explorado
por Eli Halfoun
Mais do que uma necessidade fazer compras, especialmente de supérfluos, é uma maneira de gratificar e satisfazer o ego. Mesmo assim os preços são assustadores e nos fazem perder a noção do real valor dos produtos. O que acontece com maior frequência na compra de pequenas porções. Estudo de analistas de mercado mostra que os consumidores “perdem totalmente a percepção real do valor quer estão pagando”. Olha só que absurdo do qual nunca nos damos conta: um saquinho com orégano, encontrado em porções de 3 e de 10 gramas em qualquer supermercado custa R$ 1,99, o que significa que o quilo do orégano está sendo vendido a peso de ouro: R$ 633,33. Outro exemplo vem dos cartuchos para impressoras vendidos geralmente a R$ 55,99, preço superior a uma garrafa de champanhe Veuve Clicquot, que custa proporcionalmente R$ 1,29 por mililitro. Já um cartucho colorido da Lexmark custa R$ 75,00, ou seja, R$ 13,636 o litro, quantia que daria para comprar três TVs de plasma de 42 polegadas, 45 Impressoras que utilizam esse cartucho, 4 notebooks ou cinco micros Intel com 246 MB. Tá todo mundo louco e nos levando à loucura de um absurdo carnaval de preços.
Mais do que uma necessidade fazer compras, especialmente de supérfluos, é uma maneira de gratificar e satisfazer o ego. Mesmo assim os preços são assustadores e nos fazem perder a noção do real valor dos produtos. O que acontece com maior frequência na compra de pequenas porções. Estudo de analistas de mercado mostra que os consumidores “perdem totalmente a percepção real do valor quer estão pagando”. Olha só que absurdo do qual nunca nos damos conta: um saquinho com orégano, encontrado em porções de 3 e de 10 gramas em qualquer supermercado custa R$ 1,99, o que significa que o quilo do orégano está sendo vendido a peso de ouro: R$ 633,33. Outro exemplo vem dos cartuchos para impressoras vendidos geralmente a R$ 55,99, preço superior a uma garrafa de champanhe Veuve Clicquot, que custa proporcionalmente R$ 1,29 por mililitro. Já um cartucho colorido da Lexmark custa R$ 75,00, ou seja, R$ 13,636 o litro, quantia que daria para comprar três TVs de plasma de 42 polegadas, 45 Impressoras que utilizam esse cartucho, 4 notebooks ou cinco micros Intel com 246 MB. Tá todo mundo louco e nos levando à loucura de um absurdo carnaval de preços.
Pra queimar a mufa...
por Gonça
Há anos, jogadores protestam quase que em silêncio, já que seus sindicatos e associações não têm muita força, contra os horários dos jogos de futebol. E não apenas no verão, quando as temperaturas são quase insuportáveis, mas mesmo ao longo do ano em dias de extremo calor. Com o caos econômico em que vivem, os clube se submetem às verbas da televisão. Resultado: são obrigados a jogar de acordo com os horários da grade da programação que a televisão exige. Quem paga, pode. Se for melhor para a audiência que o jogo seja às 14h, as federações marcam lá na tabela e fica por isso mesmo. Nas últimas semanas, jogadores passaram mal em campo e foram substituidos. No Rio Grande do Sul, um juiz proibiu jogos em horários em que a temperatura alcance mais de 35 graus celsius. Também por exigência da televisão, jogos no meio da semana entram pela madrugada. Isso há anos. Houve uma época em que você saia do trabalho, tomava um chopinho, ia ao Maraca e voltava pra casa antes das 10 da noite. Por imposição da televisão, os jogos acontecem depois da novela que já não é nem mais das oito, mas das nove.
Há anos, jogadores protestam quase que em silêncio, já que seus sindicatos e associações não têm muita força, contra os horários dos jogos de futebol. E não apenas no verão, quando as temperaturas são quase insuportáveis, mas mesmo ao longo do ano em dias de extremo calor. Com o caos econômico em que vivem, os clube se submetem às verbas da televisão. Resultado: são obrigados a jogar de acordo com os horários da grade da programação que a televisão exige. Quem paga, pode. Se for melhor para a audiência que o jogo seja às 14h, as federações marcam lá na tabela e fica por isso mesmo. Nas últimas semanas, jogadores passaram mal em campo e foram substituidos. No Rio Grande do Sul, um juiz proibiu jogos em horários em que a temperatura alcance mais de 35 graus celsius. Também por exigência da televisão, jogos no meio da semana entram pela madrugada. Isso há anos. Houve uma época em que você saia do trabalho, tomava um chopinho, ia ao Maraca e voltava pra casa antes das 10 da noite. Por imposição da televisão, os jogos acontecem depois da novela que já não é nem mais das oito, mas das nove.
Demorou...
por Gonça
Discretamente, os jornais elogiaram, finalmente, a governo Lula. E reconheceram até em editoriais que a gestão do operário distribuiu renda. Aliás, o aumento de 2003 prá cá dos rendimentos da chamada Classe C ( que engloba 91 milhões de brasileiros) foi assunto inevitável de todos os jornais nessa semana. Alguns ainda tentaram atribuir o fato a um desígnio dos astros, à conjunção dos planetas, à sorte do Lula. O que importa é a mídia comercial ser levada a reconhecer que milhões de brasileiros passaram a consumir bens que antes eram alcançados apenas pelas faixas mais altas da classe média ou pela parcela dos mais ricos. Mas é preciso avançar e baixar ainda mais o vértice da pirâmide. Os mais ricos ainda detém uma parcela desproporcional da renda nacional. A análise deve valer como um alerta aos canditados da oposição, que anunciam uma revisão dessa tendência de redistribuição. Alô, tucanos, esse povo que melhorou de vida não vai querer voltar à m. de novo por conta da política neo-liberal que concentrou renda nos anos 90.
Discretamente, os jornais elogiaram, finalmente, a governo Lula. E reconheceram até em editoriais que a gestão do operário distribuiu renda. Aliás, o aumento de 2003 prá cá dos rendimentos da chamada Classe C ( que engloba 91 milhões de brasileiros) foi assunto inevitável de todos os jornais nessa semana. Alguns ainda tentaram atribuir o fato a um desígnio dos astros, à conjunção dos planetas, à sorte do Lula. O que importa é a mídia comercial ser levada a reconhecer que milhões de brasileiros passaram a consumir bens que antes eram alcançados apenas pelas faixas mais altas da classe média ou pela parcela dos mais ricos. Mas é preciso avançar e baixar ainda mais o vértice da pirâmide. Os mais ricos ainda detém uma parcela desproporcional da renda nacional. A análise deve valer como um alerta aos canditados da oposição, que anunciam uma revisão dessa tendência de redistribuição. Alô, tucanos, esse povo que melhorou de vida não vai querer voltar à m. de novo por conta da política neo-liberal que concentrou renda nos anos 90.
Jornalista elege os cinco maiores hipócritas do mundo. Saiba quem são
por Eli Halfoun
Nem toda a imprensa estrangeira se deita em elogios ao nosso presidente Lula. O jornal espanhol El País, por exemplo, acaba de incluí-lo entre os “cinco maiores hipócritas do mundo”. A escolha foi feita em artigo assinado pelo jornalista Moisés Naim que, por ordem, indicou em primeiro lugar os banqueiros, em seguida Tony Blair. O terceiro lugar ficou com o Partido Republicano dos Estados Unidos. O quatro lugar ficou com os magistrados britânicos que ordenaram a prisão de Tzipi Livini, ex-ministra de Israel acusada de crimes de guerra. Lula ficou com o quinto lugar e o autor do artigo justificou afirmando que a escolha do presidente do Brasil foi motivada por “suas surpreendentes falacões” entre as quais a de que “Chávez é o melhor presidente da Venezuela em 100 anos” e ainda por conta da “patética atuação do consulado brasileiro em Honduras e ainda ao “apoio descarada ao autoritarismo do truculento ditador Mahmud Ahmadineyad.”
Nem toda a imprensa estrangeira se deita em elogios ao nosso presidente Lula. O jornal espanhol El País, por exemplo, acaba de incluí-lo entre os “cinco maiores hipócritas do mundo”. A escolha foi feita em artigo assinado pelo jornalista Moisés Naim que, por ordem, indicou em primeiro lugar os banqueiros, em seguida Tony Blair. O terceiro lugar ficou com o Partido Republicano dos Estados Unidos. O quatro lugar ficou com os magistrados britânicos que ordenaram a prisão de Tzipi Livini, ex-ministra de Israel acusada de crimes de guerra. Lula ficou com o quinto lugar e o autor do artigo justificou afirmando que a escolha do presidente do Brasil foi motivada por “suas surpreendentes falacões” entre as quais a de que “Chávez é o melhor presidente da Venezuela em 100 anos” e ainda por conta da “patética atuação do consulado brasileiro em Honduras e ainda ao “apoio descarada ao autoritarismo do truculento ditador Mahmud Ahmadineyad.”
Volta de Hebe será no Dia Internacional da Mulher
por Eli Halfoun
Não poderia ser mais perfeita a escolha do dia que marcará a volta de Hebe Camargo à programação do SBT: a apresentadora fará um programa especial no dia 8 de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher e também seu aniversário. Entusiasmada com o retorno ao trabalho e levando seu tratamento com esperança, alegria e tranquilidade, Hebe têm feito questão de opinar na produção do programa, que terá muitos convidados especiais e promete ser um marco na televisão brasileira. Mesmo enfrentando o difícil tratamento contra o câncer, não perde o bom humor e a vaidade: mandou fazer 11 perucas para usar enquanto estiver perdendo os cabelos por conta da quimioterapia e da radioterapia. Detalhes sobre o programa ainda são mantidos em segredo, mas sabe-se que um dos convidados especiais será Silvio Santos que participará pela primeira vez do programa de um de seus contratados. Hebe também pretende passar mensagens de esperança para quem, como ela, submete-se ao tratamento de câncer. Aliás, o câncer já é a segunda causa de morte no Brasil só superado pelas doenças cardiovasculares. Estima-se que nos próximos dez anos o câncer será a causa maior entre as mortes causadas por problemas de saúde. Pesquisas revelam que 470 mil novos casos de câncer surgem anualmente no Brasil e que a cura já atinge entre 54 e 56% dos casos. Em seu retorno à televisão, Hebe quer ser acima de tudo uma “injeção” de ânimo para os que não podem perder a alegria de viver e a esperança de cura. Exatamente como ela está se comportando. Como sempre fez em sua vida e carreira.
Não poderia ser mais perfeita a escolha do dia que marcará a volta de Hebe Camargo à programação do SBT: a apresentadora fará um programa especial no dia 8 de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher e também seu aniversário. Entusiasmada com o retorno ao trabalho e levando seu tratamento com esperança, alegria e tranquilidade, Hebe têm feito questão de opinar na produção do programa, que terá muitos convidados especiais e promete ser um marco na televisão brasileira. Mesmo enfrentando o difícil tratamento contra o câncer, não perde o bom humor e a vaidade: mandou fazer 11 perucas para usar enquanto estiver perdendo os cabelos por conta da quimioterapia e da radioterapia. Detalhes sobre o programa ainda são mantidos em segredo, mas sabe-se que um dos convidados especiais será Silvio Santos que participará pela primeira vez do programa de um de seus contratados. Hebe também pretende passar mensagens de esperança para quem, como ela, submete-se ao tratamento de câncer. Aliás, o câncer já é a segunda causa de morte no Brasil só superado pelas doenças cardiovasculares. Estima-se que nos próximos dez anos o câncer será a causa maior entre as mortes causadas por problemas de saúde. Pesquisas revelam que 470 mil novos casos de câncer surgem anualmente no Brasil e que a cura já atinge entre 54 e 56% dos casos. Em seu retorno à televisão, Hebe quer ser acima de tudo uma “injeção” de ânimo para os que não podem perder a alegria de viver e a esperança de cura. Exatamente como ela está se comportando. Como sempre fez em sua vida e carreira.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Pedalada pelada
Por falar em Kassab, Soninha Francine, do PPS, que apoiou a eleição do atual prefeito de SP e virou subprefeita da Lapa, posou nua para um calendário da ONG CicloBR, que promove o uso de bicicletas. Soninha é pré-candidata ao governo estadual. (Foto: Carlos Alkmin/CicloBR/Divulgação)
Pensata
Meteorologia política: Serra e Kassab perdem a pose e descem pelo ralo junto com as enchentes em SP
Os homens só olham para o próprio umbigo. Que pena!
por Eli Halfoun
É difícil, muito difícil, lidar com o ser humano, esse eterno “reclamão” (está sempre reclamando de alguma coisa). Primeiro os vizinhos da antiga boate Help, na Avenida Atlântica, reclamavam que o local era mal frequentado, perigoso e barulhento. Agora que foram iniciadas as obras para erguer o novo Museu da Imagem e do Som surgem novas reclamações de que o prédio tirará a visão que os moradores da Rua Aires Saldanha ainda conseguem ter do mar e que sem vista para o mar os apartamentos, que certamente foram adquiridos antes da especulação imobiliária, perderão 40% do valor no preço de venda. Reclamar faz, sim, parte do jogo, mas como o homem é muito egoísta só reclama daquilo que aperta o seu calo, ou seja, ninguém pensa no coletivo: se é o apartamento dele que está sendo prejudicado que se dane o resto da comunidade que com o novo MIS ganhará mais uma atração que não fará o “inferno” em que os freqüentadores da transformavam o local. Haverá sempre motivo para reclamar de alguma coisa, mas antes de sair “gritando” é saudável pensar no coletivo e não só no próprio umbigo. Afinal, umbigo todos têm, mas não é verdade que cada um deve cuidar apenas do seu.
É difícil, muito difícil, lidar com o ser humano, esse eterno “reclamão” (está sempre reclamando de alguma coisa). Primeiro os vizinhos da antiga boate Help, na Avenida Atlântica, reclamavam que o local era mal frequentado, perigoso e barulhento. Agora que foram iniciadas as obras para erguer o novo Museu da Imagem e do Som surgem novas reclamações de que o prédio tirará a visão que os moradores da Rua Aires Saldanha ainda conseguem ter do mar e que sem vista para o mar os apartamentos, que certamente foram adquiridos antes da especulação imobiliária, perderão 40% do valor no preço de venda. Reclamar faz, sim, parte do jogo, mas como o homem é muito egoísta só reclama daquilo que aperta o seu calo, ou seja, ninguém pensa no coletivo: se é o apartamento dele que está sendo prejudicado que se dane o resto da comunidade que com o novo MIS ganhará mais uma atração que não fará o “inferno” em que os freqüentadores da transformavam o local. Haverá sempre motivo para reclamar de alguma coisa, mas antes de sair “gritando” é saudável pensar no coletivo e não só no próprio umbigo. Afinal, umbigo todos têm, mas não é verdade que cada um deve cuidar apenas do seu.
Um livro na mala para melhor conhecer Paris
por Eli Halfoun
Está pensando passar alguns dias em Paris? Então nada melhor do que viajar com boas dicas não exatamente no bolso,como costuma acontecer, mas sim na mala. Essas dicas podem ser encontradas no livro “Taschen’s Paris – Hotels, Restaurants And Shops”, de Angelika Taschen. O livro (Editora Taschen/Paisagem) é um verdadeiro e minucioso catálogo e em suas 400 páginas traduzidas para o português, italiano e espanhol, tem preciosas indicações de hotéis, restaurantes, lojas, cafés e bares em Paris. Entre as recomendações, é possível encontrar a loja de cerâmica decorativa Astier de Villatte, a boutique de velas e perfumes Comme des Garçons, o restaurante La Pallete, que era o preferido de Picasso, a Brasserie Lipp, onde Hemingway comeu o peixe descrito no livro “A Festa Móvel” (aqui traduzido comno "Paris é uma Festa") e os hotéis Ritz, Bourg, Tibourg e Ducc de Saint Simon. O livro, que é também uma boa sugestão para que a nossa Embratur faça algo parecido, custa pouco mais de R$ 180,00, mas vale cada centavo.
Está pensando passar alguns dias em Paris? Então nada melhor do que viajar com boas dicas não exatamente no bolso,como costuma acontecer, mas sim na mala. Essas dicas podem ser encontradas no livro “Taschen’s Paris – Hotels, Restaurants And Shops”, de Angelika Taschen. O livro (Editora Taschen/Paisagem) é um verdadeiro e minucioso catálogo e em suas 400 páginas traduzidas para o português, italiano e espanhol, tem preciosas indicações de hotéis, restaurantes, lojas, cafés e bares em Paris. Entre as recomendações, é possível encontrar a loja de cerâmica decorativa Astier de Villatte, a boutique de velas e perfumes Comme des Garçons, o restaurante La Pallete, que era o preferido de Picasso, a Brasserie Lipp, onde Hemingway comeu o peixe descrito no livro “A Festa Móvel” (aqui traduzido comno "Paris é uma Festa") e os hotéis Ritz, Bourg, Tibourg e Ducc de Saint Simon. O livro, que é também uma boa sugestão para que a nossa Embratur faça algo parecido, custa pouco mais de R$ 180,00, mas vale cada centavo.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
A "Coisa tá Preta" faz o circuito General Osório-Vieira Souto
por Gonça
Nunca fui ao carnaval da Bahia mas o carnaval da Bahia veio a mim. Fui ver passar agora há pouco "A Coisa tá Preta", o bloco da Preta Gil. Sou leigo em trio elétrico mas achei aquilo meio parecido com uma espécie de programa de auditório ambulante. Preta tentava comandar a massa, cantava uma música, parava, a multidão ficava lá meio sem função, ela falava algumas frases, daí a pouco rolava outra música e o bloco andava mais um metro e meio... Nova paradinha, e Preta voltava a jogar conversa fora, dizia que foi criada em Ipanema, que frequentou a praia tal... E a galera lá paradona. Me pareceu que esses sucessivos intervalos quebravam o ritmo da galera mas tinham um lado bom: era o momento em que a rapaziada podia praticar com mais tranquilidade o saudável esporte da azaração.
No trio da Preta não tinha abadá, o uniforme-ingresso que os trios baianos cobram, mas havia uma cordinha que isolava um pessoal que usava uma pulseira verde. Seria um camarote vip móvel para os convidados da Antártica? O caminhão do trio da Preta era uma megalata de cerveja para que ninguém duvidasse do patrocínio. A coisa toda, não apenas a "Coisa" da Preta, parecia uma anúncio da cerveja, que distribuiu adereços e chapéus aos figurantes. Talvez a Preta esteja inaugurando o bloco "pessoa jurídica" no carnaval carioca. Do alto da megalata, ela comandava uns axés, geralmente hits de Ivete Sangalo, o pessoal "saia do chão" mas logo estacionava para ouvir mais umas abobrinhas da cantora. Para o cortejo não ficar baiano demais, o caminhão-cerveja tocava sambas-enredos famosos que pareciam agitar mais os cariocas perdidos no circuito General Osório-Vieira Souto e Preta puxava um "domingo, eu vou am Maracanã" e apelava para as torcidas de Vasco, Flamengo, Fluminense e Botafogo.
Nada contra, tem quem goste, tanto que esses blocos sem surdo, repinique e tamborim começam a ganhar espaço no carnaval carioca. No domingo, 21, será a vez do Afroreggae desfilar no circuito Leblon-Ipanema. Ainda bem que antes disso, no domingo, 14, o Simpatia estará de volta à sua praia. (Foto: Jussara Razzé)
Nunca fui ao carnaval da Bahia mas o carnaval da Bahia veio a mim. Fui ver passar agora há pouco "A Coisa tá Preta", o bloco da Preta Gil. Sou leigo em trio elétrico mas achei aquilo meio parecido com uma espécie de programa de auditório ambulante. Preta tentava comandar a massa, cantava uma música, parava, a multidão ficava lá meio sem função, ela falava algumas frases, daí a pouco rolava outra música e o bloco andava mais um metro e meio... Nova paradinha, e Preta voltava a jogar conversa fora, dizia que foi criada em Ipanema, que frequentou a praia tal... E a galera lá paradona. Me pareceu que esses sucessivos intervalos quebravam o ritmo da galera mas tinham um lado bom: era o momento em que a rapaziada podia praticar com mais tranquilidade o saudável esporte da azaração.
No trio da Preta não tinha abadá, o uniforme-ingresso que os trios baianos cobram, mas havia uma cordinha que isolava um pessoal que usava uma pulseira verde. Seria um camarote vip móvel para os convidados da Antártica? O caminhão do trio da Preta era uma megalata de cerveja para que ninguém duvidasse do patrocínio. A coisa toda, não apenas a "Coisa" da Preta, parecia uma anúncio da cerveja, que distribuiu adereços e chapéus aos figurantes. Talvez a Preta esteja inaugurando o bloco "pessoa jurídica" no carnaval carioca. Do alto da megalata, ela comandava uns axés, geralmente hits de Ivete Sangalo, o pessoal "saia do chão" mas logo estacionava para ouvir mais umas abobrinhas da cantora. Para o cortejo não ficar baiano demais, o caminhão-cerveja tocava sambas-enredos famosos que pareciam agitar mais os cariocas perdidos no circuito General Osório-Vieira Souto e Preta puxava um "domingo, eu vou am Maracanã" e apelava para as torcidas de Vasco, Flamengo, Fluminense e Botafogo.
Nada contra, tem quem goste, tanto que esses blocos sem surdo, repinique e tamborim começam a ganhar espaço no carnaval carioca. No domingo, 21, será a vez do Afroreggae desfilar no circuito Leblon-Ipanema. Ainda bem que antes disso, no domingo, 14, o Simpatia estará de volta à sua praia. (Foto: Jussara Razzé)
Deu na Globo News: repórter do blog no Simpatia
Jussara Razzé, que fez as fotos do Simpatia para o paniscumovum, no ar. Clique AQUI
Fotografou a visita e agora pode ganhar milhões...
por JJcomunic
Em dezembro de 1961, Marilyn Monroe foi ao apartamento do fotógrafo Len Steckler visitar um amigo, o poeta Carl Sandburg. Essa semana, 48 anos depois, Steckler divulgou as fotos que tirou nove meses antes da morte da atriz e anunciou que as venderá ao público. Fará apenas 250 cópias de cada imagem. Preço: entre US$ 1.999 e US$ 3.999 por fotografia. Coisa para mais de 1 milhão de dólares, se vender todas as cópias.
Curioso é que MM, preconceituosamente classificada como o protótipo da "lôra burra", era dada - sem trocadilhos - a amigos intelectuais e paparicada por estes (Sandburg, na época, já era um ganhador do Prêmio Pulitzer). Antes, a "lôra" foi casada com o dramaturgo Arthur Miller. Ao anunciar o casamento, um jornal mandou uma manchete mais ou menos assim: "Grande Cérebro Americano Casa-se Com Grande Corpo Americano" . (Foto: Len Steckler/Divulgação). A série, chamada Marilyn Monroe: The Visit, pode ser vista no site The Visit Series. Clique AQUI
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Quer saber quais são os veículos mais admirados?
por Omelete
Veja as conclusões de um pesquisa realizada pela empresa de consultoria Troiano e Instituto Qualibest com assinantes do Meio & Mensagem e internautas cadastrados no site mmonline.com.br. Eis os dez veículos mais admirados em 2009 em cada categoria.
- Em TV Aberta: 1- Globo / 2- Record / 3- Cultura / 4- Bandeirantes / 5- MTV / 6- SBT / 7- Record News / 8- CNT / 9- Rede TV / 10- Gazeta.
- Em Revista: 1- Veja / 2- Exame / 3- Época / 4- Carta Capital / 5- IstoÉ / 6- Piauí / 7- Época Negócios / 8- Você S/A / 9- Dinheiro / 10- Info Exame
- Em Jornal: 1- O Estado de S.Paulo / 2- Folha de S.Paulo / 3- Valor Econômico / 4- O Globo / 5- Zero Hora / 6- Estado de Minas / 7- Correio Braziliense / 8- Jornal do Brasil / 9- Jornal da Tarde / 10- Diário de S.Paulo;
- Em Internet 1- Google / 2- UOL / 3- Terra Network / 4- Globo.com / 5- MSN / 6- Yahoo / 7- Ig / 8- Estadão.com / 9- Abril.com / 10- Lance.com;
- Em TV por Assinatura: 1- Globo News / 2- GNT / 3- Discovery / 4- SporTV / 5- Multishow / 6- ESPN Brasil / 7- Warner Channel / 8- Bandnews / 9- Fox / 10- Sony
- Em Rádio: 1- CBN / 2- Eldorado AM/FM / 3- Jovem Pan AM/FM / 4- BandNews / 5- Bandeirantes AM/FM / 6- Rádio Globo Brasil / 7- Antena 1 / 8- Oi FM / 9- SulAmérica Trânsito / 10- 91 Rock & News.
Veja as conclusões de um pesquisa realizada pela empresa de consultoria Troiano e Instituto Qualibest com assinantes do Meio & Mensagem e internautas cadastrados no site mmonline.com.br. Eis os dez veículos mais admirados em 2009 em cada categoria.
- Em TV Aberta: 1- Globo / 2- Record / 3- Cultura / 4- Bandeirantes / 5- MTV / 6- SBT / 7- Record News / 8- CNT / 9- Rede TV / 10- Gazeta.
- Em Revista: 1- Veja / 2- Exame / 3- Época / 4- Carta Capital / 5- IstoÉ / 6- Piauí / 7- Época Negócios / 8- Você S/A / 9- Dinheiro / 10- Info Exame
- Em Jornal: 1- O Estado de S.Paulo / 2- Folha de S.Paulo / 3- Valor Econômico / 4- O Globo / 5- Zero Hora / 6- Estado de Minas / 7- Correio Braziliense / 8- Jornal do Brasil / 9- Jornal da Tarde / 10- Diário de S.Paulo;
- Em Internet 1- Google / 2- UOL / 3- Terra Network / 4- Globo.com / 5- MSN / 6- Yahoo / 7- Ig / 8- Estadão.com / 9- Abril.com / 10- Lance.com;
- Em TV por Assinatura: 1- Globo News / 2- GNT / 3- Discovery / 4- SporTV / 5- Multishow / 6- ESPN Brasil / 7- Warner Channel / 8- Bandnews / 9- Fox / 10- Sony
- Em Rádio: 1- CBN / 2- Eldorado AM/FM / 3- Jovem Pan AM/FM / 4- BandNews / 5- Bandeirantes AM/FM / 6- Rádio Globo Brasil / 7- Antena 1 / 8- Oi FM / 9- SulAmérica Trânsito / 10- 91 Rock & News.
O jornalista e escritor Renato Sérgio está no Kindle
por Gonça
A Biblioteca de São Paulo, que será inaugurada nesta segunda-feira, dia 8, no Parque da Juventude, receberá dois exemplares de cada um dos 500 títulos editados pela Imprensa Oficial do Estado, que ficarão em estante exclusiva no novo espaço cultural. Mas a grande novidade é que parte da Coleção Aplauso estará disponível nos cinco Kindles da biblioteca. Trata-se da consagrada série de biografias de artistas, cineastas e dramaturgos, além de roteiros de cinema, peças de teatro e história de emissoras de TV.
A empresa também estará presente no mundo virtual da Biblioteca de São Paulo com um link na página da biblioteca para o Site da Coleção Aplauso (http://aplauso.imprensaoficial.com.br), que coloca à disposição todos os seus títulos para leitura integral.
Renato Sérgio, craque em todas as posições em que jogou na Manchete, dirigindo revistas, fazendo inesquecíveis entrevistas e levando aos leitores seu texto brilhante, tem um dos seus livros - Mauro Mendonça - Em Busca da Perfeição - publicado pela Imprensa Oficial e escreve, no momento, para a mesma editora, a biografia do escritor e dramaturgo Bráulio Pedroso.
Junto com a Coleção Aplauso, o nosso caro amigo Renato chega à tecnologia do Kindle e à nova geração de leitores.
A Biblioteca de São Paulo, que será inaugurada nesta segunda-feira, dia 8, no Parque da Juventude, receberá dois exemplares de cada um dos 500 títulos editados pela Imprensa Oficial do Estado, que ficarão em estante exclusiva no novo espaço cultural. Mas a grande novidade é que parte da Coleção Aplauso estará disponível nos cinco Kindles da biblioteca. Trata-se da consagrada série de biografias de artistas, cineastas e dramaturgos, além de roteiros de cinema, peças de teatro e história de emissoras de TV.
A empresa também estará presente no mundo virtual da Biblioteca de São Paulo com um link na página da biblioteca para o Site da Coleção Aplauso (http://aplauso.imprensaoficial.com.br), que coloca à disposição todos os seus títulos para leitura integral.
Renato Sérgio, craque em todas as posições em que jogou na Manchete, dirigindo revistas, fazendo inesquecíveis entrevistas e levando aos leitores seu texto brilhante, tem um dos seus livros - Mauro Mendonça - Em Busca da Perfeição - publicado pela Imprensa Oficial e escreve, no momento, para a mesma editora, a biografia do escritor e dramaturgo Bráulio Pedroso.
Junto com a Coleção Aplauso, o nosso caro amigo Renato chega à tecnologia do Kindle e à nova geração de leitores.
Memórias alegres de um eterno repórter: Aconteceu... no jornal Última Hora
por Eli Halfoun
Todo jornalista espera sempre por uma grande cobertura, um furo de reportagem, uma matéria polêmica, mas não é exatamente isso o que acontece no dia a dia das redações que fazem (pelo menos faziam em outros tempos, antes de virarem verdadeiras lan houses) do corre-corre atrás de notícias com que essa não seja uma profissão que caia na rotina. Pelo contrário: mesmo que não aconteça a grande cobertura repórteres acabam sendo nas ruas e nas redações personagens diários de acontecimentos inusitados e na maioria das vezes engraçados. Na minha vida de repórter, iniciada cedo, fui um desses personagens e aqui nesse espaço reúno pequenas histórias que podem não ser grandes ensinamentos de jornalismo, mas de uma forma ou de outra serão, além de curiosas, pequenos exemplos com os quais sempre se pode aprender alguma coisa.
O Dia do Perdão que não me perdoou
Estava na redação da Ultima Hora quando o chefe de reportagem me convocou.
- “Tem uma pauta especial para você. Vá fazer a cobertura do Dia do Perdão na sinagoga da Rua Tenente Possolo (é a maior sinagoga do Rio)"
Não era a grande cobertura que esperava e só era “especial” porque eu era o único judeu disponível na redação e embora não soubesse muito sobre o assunto (não sou um judeu muito religioso e só sabia que o Dia do Perdão é comemorado dez dias após o Ano Novo judaico e que é a data mais importante do calendário) lá fui eu. Com o natural entusiasmo de um repórter novato decidi que não iria me limitar a contar o que presenciaria. Queria mais e como o Dia do Perdão é o dia em que os judeus fazem jejum das 6 horas da tarde de um dia até o mesmo horário do dia seguinte, achei que era legal saber se todos que estavam na sinagoga realmente praticavam o jejum. Minha primeira ação foi pesquisar nos botequins e lanchonetes (naquela época havia poucas lanchonetes) e muita gente saía da sinagoga, onde se deve passar o dia inteiro, para comer. Fiquei sabendo que nesse dia os botecos em torno da sinagoga vendiam mais sanduíches, salgadinhos e principalmente cafezinho do que em outras datas. Rodei por alguns botecos (também aproveitei para comer um sanduíche) e já tinha um bom material para uma reportagem diferente, mas queria mais. Fiquei na sinagoga um tempo ouvindo discretamente as conversas que rolavam nos grupinhos que se formavam na entrada. Ninguém falava de religião, mas sim de negócios: venda de jóias, de móveis e de imóveis. Finalmente, eu tinha mais um bom material e voltei para a redação cheio de entusiasmo. Escrevi um texto que quase nada falava sobre o Dia do Perdão, mas sim sobre o que eu tinha apurado nos botecos e na calçada. Entreguei o texto crente que tinha feito uma excelente reportagem. O editor gostou, mas preocupado decidiu enviar o texto para a aprovação do também judeu Samuel Wainer, o patrão, que vetou a publicação, me chamou em sua sala e me deu a maior bronca:
- “Você quer ser um bom repórter, mas esse texto só criará problemas. Nem parece que você é judeu”.
Exagero que não livrou a cara nem do pai
Foi meu pai quem me apresentou ao Samuel Wainer. Meu pai era “maitre” (eu o chamava de camelô de comida porque ele vendia o que queria) e conhecia o Samuel de servi-lo nos restaurantes. Anos depois, eu já era editor do segundo caderno da Ultima Hora e também assinava uma coluna diária que tinha a então movimentada noite carioca como tema. Meu pai era o dono do Chez Robert, restaurante que funcionou em Copacabana e que tinha também, no segundo andar, a boa La Cage (o nome fazia referência a pista da dança que era uma gaiola dourada). Todas as noites, eu ia filar a bóia no Chez Robert, onde também encontrava muita gente e, portanto, muitas notas para minha coluna. Certa noite fui lá e a coisa não estava legal: o ar condicionado tinha pifado e tanto no restaurante como na boate, o serviço não era dos melhores. Não tive dúvidas e escrevi uma nota esculhambando a casa. Achei que estava cumprindo o meu dever de repórter, mas não foi bem assim: quando a nota foi publicada, o Samuel me chamou e perguntou ao mesmo tempo em que grifava o nome do restaurante na minha coluna.
- “Esse não é o restaurante do seu pai?” – perguntou. Respondi apenas com um sim, balançando a cabeça, e o Samuel completou:
- “Você é louco Como pode fazer isso com seu pai?”
Não me dei por vencido:
- “Não fiz nada, além do que o senhor me ensinou, que é publicar apenas a verdade e aí não tem nenhuma mentira”.
Samuel não disse nada e fui saindo, mas enquanto me encaminhava até a porta deu para ouvi-lo dizendo baixinho:
- “É doido. Doido”.
Todo jornalista espera sempre por uma grande cobertura, um furo de reportagem, uma matéria polêmica, mas não é exatamente isso o que acontece no dia a dia das redações que fazem (pelo menos faziam em outros tempos, antes de virarem verdadeiras lan houses) do corre-corre atrás de notícias com que essa não seja uma profissão que caia na rotina. Pelo contrário: mesmo que não aconteça a grande cobertura repórteres acabam sendo nas ruas e nas redações personagens diários de acontecimentos inusitados e na maioria das vezes engraçados. Na minha vida de repórter, iniciada cedo, fui um desses personagens e aqui nesse espaço reúno pequenas histórias que podem não ser grandes ensinamentos de jornalismo, mas de uma forma ou de outra serão, além de curiosas, pequenos exemplos com os quais sempre se pode aprender alguma coisa.
O Dia do Perdão que não me perdoou
Estava na redação da Ultima Hora quando o chefe de reportagem me convocou.
- “Tem uma pauta especial para você. Vá fazer a cobertura do Dia do Perdão na sinagoga da Rua Tenente Possolo (é a maior sinagoga do Rio)"
Não era a grande cobertura que esperava e só era “especial” porque eu era o único judeu disponível na redação e embora não soubesse muito sobre o assunto (não sou um judeu muito religioso e só sabia que o Dia do Perdão é comemorado dez dias após o Ano Novo judaico e que é a data mais importante do calendário) lá fui eu. Com o natural entusiasmo de um repórter novato decidi que não iria me limitar a contar o que presenciaria. Queria mais e como o Dia do Perdão é o dia em que os judeus fazem jejum das 6 horas da tarde de um dia até o mesmo horário do dia seguinte, achei que era legal saber se todos que estavam na sinagoga realmente praticavam o jejum. Minha primeira ação foi pesquisar nos botequins e lanchonetes (naquela época havia poucas lanchonetes) e muita gente saía da sinagoga, onde se deve passar o dia inteiro, para comer. Fiquei sabendo que nesse dia os botecos em torno da sinagoga vendiam mais sanduíches, salgadinhos e principalmente cafezinho do que em outras datas. Rodei por alguns botecos (também aproveitei para comer um sanduíche) e já tinha um bom material para uma reportagem diferente, mas queria mais. Fiquei na sinagoga um tempo ouvindo discretamente as conversas que rolavam nos grupinhos que se formavam na entrada. Ninguém falava de religião, mas sim de negócios: venda de jóias, de móveis e de imóveis. Finalmente, eu tinha mais um bom material e voltei para a redação cheio de entusiasmo. Escrevi um texto que quase nada falava sobre o Dia do Perdão, mas sim sobre o que eu tinha apurado nos botecos e na calçada. Entreguei o texto crente que tinha feito uma excelente reportagem. O editor gostou, mas preocupado decidiu enviar o texto para a aprovação do também judeu Samuel Wainer, o patrão, que vetou a publicação, me chamou em sua sala e me deu a maior bronca:
- “Você quer ser um bom repórter, mas esse texto só criará problemas. Nem parece que você é judeu”.
Exagero que não livrou a cara nem do pai
Foi meu pai quem me apresentou ao Samuel Wainer. Meu pai era “maitre” (eu o chamava de camelô de comida porque ele vendia o que queria) e conhecia o Samuel de servi-lo nos restaurantes. Anos depois, eu já era editor do segundo caderno da Ultima Hora e também assinava uma coluna diária que tinha a então movimentada noite carioca como tema. Meu pai era o dono do Chez Robert, restaurante que funcionou em Copacabana e que tinha também, no segundo andar, a boa La Cage (o nome fazia referência a pista da dança que era uma gaiola dourada). Todas as noites, eu ia filar a bóia no Chez Robert, onde também encontrava muita gente e, portanto, muitas notas para minha coluna. Certa noite fui lá e a coisa não estava legal: o ar condicionado tinha pifado e tanto no restaurante como na boate, o serviço não era dos melhores. Não tive dúvidas e escrevi uma nota esculhambando a casa. Achei que estava cumprindo o meu dever de repórter, mas não foi bem assim: quando a nota foi publicada, o Samuel me chamou e perguntou ao mesmo tempo em que grifava o nome do restaurante na minha coluna.
- “Esse não é o restaurante do seu pai?” – perguntou. Respondi apenas com um sim, balançando a cabeça, e o Samuel completou:
- “Você é louco Como pode fazer isso com seu pai?”
Não me dei por vencido:
- “Não fiz nada, além do que o senhor me ensinou, que é publicar apenas a verdade e aí não tem nenhuma mentira”.
Samuel não disse nada e fui saindo, mas enquanto me encaminhava até a porta deu para ouvi-lo dizendo baixinho:
- “É doido. Doido”.
Assinar:
Postagens (Atom)