A Revista Manchete é passado mas permanece como um repositório da memória cultural do Brasil. Duvida?Veja no link essa matéria garimpada por Nilton Muniz, colaborador do blog.
domingo, 15 de outubro de 2023
Boimate - Atual diretor do Estadão ganhou há 40 anos o Troféu do Mais Ridículo
Da Revista Fórum (por Antônio Melo)
"Esta semana, o Estado publicou a mentira de que Lula teria interferido em um empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina, o que foi prontamente negado pela ministra Simone Tebet, afirmando que foi uma decisão de 19 membros, em 20, do Banco, e nenhum dinheiro era brasileiro. Mais um boimate.
Aqui está uma reprodução da página Veja, publicada em 27 de abril de 1983, com uma história incrível do mundo. A Veja só publicou "Erramos", um ano depois, em 11 de abril de 1984.
Veja no link
Frase do dia
"Aqui jaz Fernando Sabino. Nasceu homem, morreu menino".
Epitáfio do autor de Encontro marcado, nascido em 12 de outubro de 1923, morto em 11 de outubro de 2004.
quinta-feira, 12 de outubro de 2023
Roberto Muggiati revela o traço irônico e bem-humorado de J.A.Barros (1931- 2023) nos bastidores da redação da Manchete e recorda o dia em que ele preparou uma "armadilha" para um crítico de cinema presunçoso
J.A.Barros transformou em figuras muita gente da velha Bloch. Mas, infelizmente, suas frágeis esculturas eram arte efêmera. Nem o próprio artista guardou suas caricaturas em 3D. A técnica era simples.
Os exemplares reproduzidos acima são raríssimos e pertencem aos meus arquivos. Barros presenteava aos seus caricaturados e fui um deles. Os desenhos eram feitos nas horas que afinal importam: as vagas.
Leia também "O teste Guilaroff de Cinefilia" sobre o dia em que o Barros surpreendeu um famoso crítico de cinema.
Amantes do cinema se reconhecem pelo apego ao detalhe. No caso, aqueles créditos de produção que, nos anos 40 e 50 rolavam sempre no começo da “fita”. Dos atores principais ao diretor, passando por cenário, fotografia, música, orquestrações, figurinos e ... cabelos. De tanto ir ao cinema, ficávamos – os mais curiosos – com aqueles nomes gravados na memória. Foi assim que nosso diagramador João Américo Barros me surpreendeu uma tarde na redação ao perguntar a um crítico da Manchete, à queima roupa, se ele conhecia Sydney Guilaroff. O crítico não era um crítico qualquer, mas um daqueles Moniz Vianna’s boys que galopavam com os cavalarianos de John Wayne no Monument Valley e davam relutantes duas ou três estrelas aos filmes em cartaz no famoso quadro de cotações do Correio da Manhã. Sem nenhum pudor ou culpa o crítico respondeu: “Sidinêi quem?” Vibrei com o Barros, Sydney Guilaroff foi um nome que, desde que o vi na tela pela primeira vez, eu carregaria na cabeça para o resto da vida, mesmo sem conhecer ainda sua incrível história. E saquei na hora também que o Barros tinha criado o teste definitivo de cinefilia. Se o cara ignorava Sydney Guilaroff, não merecia ser considerado cinéfilo, mesmo assinando todas as críticas do mundo.
CLIQUE AQUI
quarta-feira, 11 de outubro de 2023
A anexação de Gaza pode ser o troféu de guerra de Netanyahu?
![]() |
| Reprodução X |
segunda-feira, 9 de outubro de 2023
Mídia: GloboNews diz que PT apoia o Hamas
![]() |
| Reprodução x |
![]() |
| Imagem reproduzida do X |
domingo, 8 de outubro de 2023
sábado, 7 de outubro de 2023
Fotografia: o voo da deusa da raça
sexta-feira, 6 de outubro de 2023
Messi voltará a jogar na Europa?
por Niko Bolontrin
O Inter, de Miami, atualmente em campanha pífia no campeonato norte-americano, pode emprestar Lionel Messi a um clube europeu em janeiro. Não se sabe se o contrato permite que Messi seja tratado como uma peça intinerante ou se o time pode fazer leasing do jogador mesmo contra a vontade dele. Ao aceitar jogar nos Estados Unidos Messi fez uma opção pessoal que nada tem a ver com futebol, que ele sabia não existir em nível aceitável na MSL, a liga que promove o medíocre campeonato estadunidense. O público do futebol - soccer, como eles chamam - nos Estados Unidos e formado por mexicanos, gualtemaltecos, venezuelanos, hondurenhos, brasileiros, costarriquenhos etc. No caso do Messi somam-se estadunidenses que querem ver a celebridade Messi, o "animal raro", não o futebol do qual eles não entendem xongas. Messi foi para Miami por dois motivos: dinheiro, claro, e não deve ser julgado por isso, e para proporcionar à família uma experiência no way of life local. Voltar à Europa mesmo que por empréstimo pode não ser seu sonho de consumo atual. Ele já anunciou que não renovará em2025 o contrato com o Inter de Miami e vai encerrar a carreira na Argentina. No Newell's que o revelou para o mundo.
Copa do Mundo vai virar o Planetão
![]() |
| Reprodução X |
quarta-feira, 4 de outubro de 2023
"Compro hemoglobina e plasma". Senado transforma sangue humano em commoditie
Talvez com exceção dos Congressos da ditadura, o atual Senado e Câmara são os piores da história do Brasil. Nem a República Velha que fraudava votos para entupir o parlamento de picaretas diplomados foi tão medíocre e intelectualmente desonesta. O Senado despeja com velocidade impressionante pacotes inomináveis nas vidas dos brasileiros. Geralmente tais medidas atendem a lobbies poderosos ou a interesses particulares dos digníssimos.
Pois após investir contra o STF o Senado levará a votação a lei que que transforma o sangue humano em mercadoria. Sabe as placas que vemos nas ruas do tipo "compro ouro"? Ou o "carro do ovo" que passa na sua rua? Pois é, será a vez do sangue estar em promoção. Surgirão lojas populares do tipo"Sangue Bom Atacadão". Claro aparecerão lojas chiques na Faria Limer, Blood Top, El Sangre Libre, Paris Rouge. Mas a coisa não será tão bucólica, digamos. O comércio de plasma envolverá grandes corporações. A expressão "dou o meu sangue" vai sumir no momento em que a hemoglobina virar commoditie.
A permissão para a venda de sangue é apenas o começo. Os senadores pensam na frente. Não demora muito será aprovada a franquia para venda de rim, fígado e coração.
É isso, amigo, o Senado vai privatizar suas tripas e seus miúdos. O problema é a rapaziada começar a sequestrar você para revender nos shoppings que os senadores vão liberar os novos objetos de valor. Claro, deputados e senadores que por acaso precisarem de transfusões e transplantes terão or órgãos pagos por verbas públicas.
terça-feira, 3 de outubro de 2023
segunda-feira, 2 de outubro de 2023
Geraldo Matheus Torloni (1930-2023) : a Arte como destino
| Geraldo Matheus Torloni. Foto/Reprodução Instagram |
Em uma mensagem sobre o falecimento do seu pai na tarde de sexta-feira, 29, a atriz Christiane Torloni escreveu no Instagram:
- Despeço-me do meu amado pai, Geraldo Matheus, grata pela linda jornada que trilhamos juntos. Grata pela Arte, Ética e Amor com que ele me abençoou. E como diz Oscar Wilde: 'O mistério do Amor é maior do que o mistério da Morte'”.
Geraldo Maheus Torloni tinha 93 anos e, de fato, dedicou sua vida à arte. Foi autor, ator, diretor, produtor e administrador teatral.
Pode-se dizer que foi um roteiro casual e não escrito que o levou à Manchete. Em meados dos anos 1970, Adolpho Bloch foi nomeado diretor da Fundação de Teatros do Estado do Rio de Janeiro. Assumiu o cargo disposto a não fazer figuração. Ao fim da administração, entre outras realizações, havia reformado o Theatro Municipal, instalado uma moderna Central Técnica de Produções Teatrais em apoio aos espetáculos e construído o Teatro Villa-Lobos. No campo artístico, montou uma programação intensa, Foram 23 óperas e balés clássicos. Um destaque histórico foi a encenação da Traviata, sob direção do cineasta italiano e Franco Zefirelli.
Geraldo Matheus assumiu esse desafio ao lado do Bloch que, no seu livro biográfico O Pilão, fez um registro à competência e dedicação do amigo. Ao fim do seu mandato à frente da Funterj, Adolpho o convidou para dirigir o teatro da Manchete instalado na sede da empresa, na Rua do Russell. Em pouco tempo, Geraldo também assumiu funções administrativas na Bloch e idealizou mudanças para agilizar o fluxo de trabalho nos vários setores da editora. É dessa fase que muitos colegas guardarão lembranças da convivência com ele. Era conciliador, educado e objetivo na execução das mais diversas missões exigidas por duas dezenas de revistas. Quando a Bloch instalou a Rede Manchete, Geraldo Matheus foi chmado a colaborar, mais uma vez, em um projeto desafiador. Entre outras ações, coordenou uma linha de shows onde somou sua experiência artística e talento de administrador à teledramaturgia da nova rede. A partir do começo dos anos 1990, o Grupo Bloch entrou em crise, os problemas se agravaram e um turbilhão financeiro abateu a Rede Manchete, que foi vendida em 1999. No ano seguinte, em agosto, a Bloch Editores pediu falência. E aí começou a longa e dramática luta dos ex-empregados para receber seus direitos. Nessa hora difícil, Geraldo Matheus não se omitiu, ao contrário, uniu-se à Comissão do Ex-Empregados da Bloch Editores e participou até recentemente das reivindicações trabalhistas junto à Massa Falida da Bloch Editores.
Geraldo Matheus formou-se na primeira turma da Escola de Arte Dramática de São Paulo. Ele deixa a mulher, a atriz Monah Delacy, dois filhos, Christiane Torloni e Márcio Torloni, um neto, Leonardo Carvalho, e um bisneto, Lucca Carvalho. Nossos pêsames à família.
Para os antigos colegas da Bloch, permanecem a admiração, as lembranças da convivência e a saudade do amigo.
domingo, 1 de outubro de 2023
Repórteres do Globo não têm mais o que fazer : toda semana entrevistam um golpista da vez
Se o Globo cobrisse a crucificação de Jesus entrevistaria Pôncio Pilatos, o Augusto Aras da época, que o indiciou, daria espaço a Barrabás e faria o perfil do soldado romano que varou o Nazareno com uma espada. O Globo prática um jornalismo superado, o de ouvir "os dois lados", quando lhe convém. Seja qual for o "outro lado", pode ser o Marcola, pode ser o João de Deus, o Chico Picadinho. Se você consultar a coleção do New York Times verá que eles não promoveram o "viking" que invadiu o Capitólio e nem deram espaço laudatório para deputados e senadores republicanos-trumpistas que "justificaram" o ataque. Aqui, O Globo destaca com espantosa frequência o pessoal que atacou a democracia. Mourão, Braga Neto, Flávio Bolsonaro, Arthur Maia, Moro e Dallagnol têm camarotes vip no jornalão. Dallagnol ganhou página nobre coincidentemente no mesmo dia em que vieram a público denúncias sobre notórios jornalistas do Grupo Globo que atuavam sobre ordens e pautas da Lava Jato, onde os procuradores funcionavam como chefes de reportagens de falsos profissionais. No bunker da Lava Jato, uma quadrilha pegava o celular e decidia a primeira página do jornal e a matéria de destaque no Jornal Nacional.
O NYTimes, ao cobrir o fato e as repercussões da tentativa de golpe em Washington, deu-se ao direito e ética de não ouvir canalhas antidemocráticos. O Globo prefere adorar o " doisladismo", supõe que assim se isenta e finge defender a democracia enquanto trata golpistas e a ultra direita a caviar com pão na chapa.
sábado, 30 de setembro de 2023
sexta-feira, 29 de setembro de 2023
Auto-Ajuda no Flamengo?
por Niko Bolontrin
Tite sonhava em treinar um time da Champions. Não deu. Ao longo de um ano sabático ele teria sido sondado apenas por poderosos esquadrões da Arábia Saudita e supostamente por uma extraordinária equipe da Flórida. A oportunidade de voltar à área técnica surgiu aqui mesmo no patropi. O Flamengo quer resgatá-lo um ano depois do Catarazzo. Tite pode levar o Flamengo a empilhar taças, mas divertido será voltar a observar seu estilo. O treinador é um voraz leitor de livros de auto-ajuda e, com base nessa inspiração, desenvolveu uma linguagem peculiar para explicar suas táticas futebolísticas. Nas coletivas Tite costuma mostrar seu lado coach e de influencer. Não funcionou nas copas mas dará para o gasto na Gávea, que está precisando de "motivação", "foco", "impulso", "redirecão"... Amigos do treinador falam que ele tem propostas dos Estados Unidos. Curiosamente, essas "proposta" apareceu junto com vaga aberta no Flamengo. Acho que dá para cravar que nada disso existe, Tite vai fechar com o time carioca



















