sábado, 20 de agosto de 2016

Deu no G1: o golpe do crachá. Australianos acusados de One-Seven-One

Logo ao chegar, os australianos criaram um caso e abandonaram a Vila Olímpica. Em alguns apartamentos, faltavam chuveiros, vasos etc. Segundo o prefeito Eduardo Paes, haviam sido roubados antes da chegadas dos atletas. Logo depois, as peças foram repostas e tudo acabou em confraternização. O caso virou notícia internacional, o prefeito alegou que mandaria uns cangurus para a Vila para acalmar a turma. Final feliz. Só que um grupo de atletas ainda protagonizaria outro caso midiático, dessa vez, foram direto para as páginas policiais por suspeita de falsificar credenciais. Um, caso típico de One-Seven-One.

Ryan Lochte: um lugar na história...


O americano Ryan Lochte garantiu o seu lugar na história das Olimpíadas. É o maior mentiroso desde os Jogos de Olímpia, há 3.500 anos. A palavra "mentiroso" na internet remete agora para centenas de links dedicados ao nadador.

Lochte é medalhista olímpico, só que se ele contar ninguém acredita. Vai ter quer andar com as medalhas, os diplomas e testemunhas. Vídeos e fotos não valem porque podem ser adulterados.

Na capa do New York Post, o reconhecimento oficial da balela, peta, potoca, embuste, burla, logro, pulha, caraminhola, caô e embromação.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

You Tube reúne "coleção William Waack": uma série de episódios de barracos em várias temporadas...


Se um desavisado, ou um avisado, digitar o nome "William Waack" no You Tube poderá ver um coleção de vídeos de "barracos" com entrevistadas, como a cantora Anitta, ou colegas de bancada como Cristiane Dias, o mais recente "climão", ou com Cristiane Pelago, a ex-apresentadora do Jornal da Globo.

A coleção Waack no You Tube não chega a ser uma aula de boas maneiras mas é bem ilustrativa.

Veja, abaixo, o mais recente episódio.


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O Rio se preocupou tanto com o terrorismo religioso e o terrorismo religioso foi eclodir em Nova Iguaçu...




Em tempos de Rio 2016, o fato passou quase desapercebido. Aliás, mesmo sem Olimpíadas, esse tipo de terrorismo em alta no Brasil não provoca grandes discussões. São comuns os casos de invasão de igrejas católicas e de destruição de imagens de santos. E mais comum ainda é a permanente perseguição às religiões de origem africana. Terreiros são destruídos, adeptos são agredidos nas ruas, fanáticos fundamentalistas instigados por líderes religiosos recorrem ao poder armado de traficantes para intimidar praticantes de umbanda e candomblé. Já foram registradas mortes em trágicos episódios noticiados pela mídia.
Nem a sociedade nem as autoridades parecem dispostas a conter a ascensão do terrorismo religioso no Brasil.
Devem achar que é "briga de torcida".

Ontem, o jornal O Dia relatou mais um desses casos: 

Rio - Um templo religioso dedicado à religião africana foi incendiado e teve imagens destruídas, na noite desta quarta-feira, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na noite desta quarta-feira. O responsável pelo espaço disse se tratar de crime de intolerância religiosa, mas o caso foi registrado como dano violação de domicílio e dano.

Segundo Bruno Pereira, a 52 DP (Nova Iguaçu) se negou a registrar um caso de intolerância religiosa. “O delegado disse que não podia enquadrar na intolerância porque não tinha provas de que alguém pulou e ateou fogo”, lamenta o responsável pelo templo.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO JORNAL O DIA, CLIQUE AQUI

Vaias. Por que não?

por Flávio Sépia 
Muita besteira foi escrita por aí como "análise" dos episódios de vaias da torcida. A maior parte das abordagens era de um colonialismo gritante, pra não dizer de um viralatismo crônico.

Por isso, vale ler enfoques de mentes menos "coxinhas", que desprezam as manifestações autênticas das arquibancadas. Um exercício popular aqui, que faz parte da cultura local, e a Olimpíada acontece aqui, não no Palácio de Buckingham ou em uma Versalhes ressuscitada.

Talvez a Rio 2016 tenha sido aquela que mais promoveu a integração entre o grande evento e a vida local, sem artificialismos, em meio às qualidades e defeitos do povo e da cidade. Isso inclui o momento, o ânimo, o desânimo, a satisfação, a insatisfação. Os gatilhos das vaias podem ser esportivos ou não. Temos o direito de vaiar tanto o presidente da República de plantão quanto o francês que nos compara a nazistas, o adversário, o  juiz, os americanos que mentiram etc.

Vaia não é crime. Agressão sim, mas aí é outra história.

O que se viu em Copacabana, que virou um point internacional com milhões de pessoas circulando entre uma e outra competição, é inédito. É do Rio 2016. Tóquio 2020, com certeza, será diferente. Os japoneses têm sua cultura, igualmente respeitável, diga-se, e imprimirão aos seus Jogos seu estilo, provavelmente mais reservado, com menor integração ou interferências na rotina.

A propósito das vaias, a BBC Brasil ouviu o sociólogo americano Peter Kaufman. Leia, a seguir.

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por Fernando Duarte (para a BBC Brasil)

Sociólogo americano diz que vê legitimidade no comportamento da torcida brasileira na Rio 2016

Assim como muitos observadores internacionais acompanhando os Jogos Olímpicos do Rio, o sociólogo americano Peter Kaufman ficou espantado com o episódio das vaias ao atleta francês do salto com vara Renaud Lavillenie. No caso do acadêmico, porém, o que pareceu incomodá-lo mais foi a reação contrária ao comportamento da torcida.

Para o professor da Universidade Estadual de Nova York, que escreve sobre sociologia do esporte e estudou as reações do público ao comportamento de atletas, houve exagero na condenação das manifestações, sobretudo depois do "pito" público dado nos brasileiros pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach.

Após as vaias a Lavillenie no pódio, Bach usou a conta do COI no Twitter para dizer que o comportamento do público foi "chocante" e "inaceitável nas Olimpíadas".

"O COI certamente tem questões bem mais importantes para lidar do que vaias de torcedores", disse Kaufman, em conversa com a BBC Brasil, por telefone.

Veja abaixo, trechos da entrevista:

BBC Brasil - O senhor acompanhou a polêmica das vaias no Brasil?
Peter Kaufman - Sim, porque houve um repercussão considerável de alguns incidentes envolvendo o público na Olimpíada do Rio. O comportamento de torcedores é algo interessante, porque estão em jogo fatores culturais.

BBC Brasil - Por que as pessoas vaiam?
Kaufman - É uma questão de expressão, uma forma de interação social e participação. E isso varia de lugar para lugar. Se um alienígena chegasse aqui hoje e fosse assistir a uma competição esportiva, possivelmente teria outra maneira de se comportar de acordo com sua realidade. E, óbvio, sabemos que não é apenas esporte. As Olimpíadas têm um significado muito maior. O público brasileiro pode estar vaiando em desafio às autoridades, ao governo brasileiro e até mesmo ao dinheiro gasto na Olimpíada.

BBC Brasil - É injusto com os atletas?
Kaufman - Alvos de vaias podem se sentir ofendidos, tristes e até ameaçados por uma torcida mais ruidosas. Não os culpo por pensarem apenas na qualidade de seu desempenho em vez de analisar aspectos culturais ou políticos. É perfeitamente compreensível que o atleta francês tenha ficado bastante chateado com as vaias que recebeu até no pódio. Mas ele estava competindo contra um atleta brasileiro e em casa. Pelo que tenho lido sobre a torcida brasileira, era inevitável que ele fosse alvo dessas manifestações.

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NA BBC BRASIL, CLIQUE AQUI

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Foto de Usain Bolt na Rio 2016 já é imagem olímpica clássica e vai concorrer ao Pulitzer

Reprodução The Hollywood Reporter

por Niko Bolontrin 
A foto de Usain Bolt rindo à frente dos adversários já é uma das mais famosas imagens olímpicas. Nos últimos dias, viralizou na rede e gerou centenas de memes. O autor, Cameron Spencer, da Getty Images, vai inscrevê-la no Prêmio Pulitzer. Segundo o fotógrafo contou ao The Hollywood Reporter, a foto quase não foi feita. Ele estava cobrindo outras modalidades no gramado do Estádio Olímpico, quando tomou a decisão de registrar a reta final da prova que Bolt liderava, teve que correr para se aproximar a cerca de 20 metros dos corredores.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Na maratona da cobertura da Rio 2016, a mídia internacional acumula algumas desclassificações... jornalismo "bizarro" no Le Monde, o assalto que parece fantasia, a polêmica do biscoito Globo, o repórter do Daily Beast expulso dos Jogos, o diplomata russo que não era russo nem diplomata...

Lavillenie no Le Monde: "licença literária"
por Niko Bolontrin

Quando o brasileiro Thiago Braz surpreendeu Renaud Lavillenie e cravou 6.3m no salto com vara, o francês, campeão olímpico, se posicionou, já no desespero, para tentar superar a marca. Antes mesmo de ecoarem vaias no Estádio Olímpico, a expressão dele era de derrota. A reação da plateia em apoio ao brasileiro desestabilizou de vez  o assustado Lavillenie. E não deu outra. Falhou na tentativa e viu Thiago Braz comemorar sua merecida medalha de ouro.

O francês criticou as vaias e se recusou a cumprimentar o brasileiro. Depois, aparentemente desnorteado, comparou a torcida aos alemães que vaiaram o negro Jesse Owens, campeão nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1936, sob o olhar de Hitler.

Uma comparação que não fez sentido.  Lavillenie deve saber que os brasileiros que foram ao estádio ver esporte com paixão têm, com certeza, muito menos a ver com o nazismo do que os apoiadores do marechal Pétain e os colaboracionistas franceses que, em plena ocupação alemã, subordinaram a França aos nazistas tentando dar uma aparência "legal" à sangrenta invasão. E muitos não os vaiaram

Mas o besteirol pós-Thiago Braz não parou aí. O repórter Anthony Hernandez, do Le Monde, descreveu a derrota de Lavillenie depois de supostamente ouvir o treinador do francês, Philippe d'Encausse, dizer que o Brasil é um país " bizarro" e que Thiago vencera "com ajuda do candomblé".

O repórter admitiu depois que o treinador jamais disse essa frase e que talvez nem conheça o candomblé. Hernandez confessou que a polêmica declaração foi inserida no texto por ele como uma "licença literária".

Isso sim é jornalismo bizarro.

The New York Times: culinária carioca é o fim da picada.
Já o jornalista David Segal, no New York Times, resolveu escrever sobre a culinária carioca e implicou com o biscoito Globo. O carioca saboreia o biscoito muito mais como um complemento digamos "lúdico" da praia a ser 'molhado' com mate ou chope do que como uma iguaria. Mas o repórter não entendeu nada e seria pedir muito que ele captasse o espírito da coisa.

A crítica de Segal irritou os cariocas que usaram as redes sociais para responder ao americano. Um citou a mania dos gringos por hamburger feito de "minhoca" e de sobras de carne de quinta categoria. Outro lembrou a fixação dos americanos por pasta de amendoim, ingrediente que eles usam até no sexo oral.

Repórter prepara armadilha para gays e é expulso
dos Jogos
Já o jornalista Nico Hines, do jornal americano Daily Beast, cometeu algo menos cômico. Ele utilizou um aplicativo de encontros dirigido a homossexuais e bissexuais com o objetivo de levar atletas da Vila Olímpica a "sair do armário". Era uma "armadilha" jornalística

Hines publicou dados dos usuários do aplicativo revelando nacionalidades, altura, peso, idioma etc. Atletas que vieram de países onde o homossexualismo é crime e, em alguns caso, punido com pena de morte, relataram que suas vidas podem correr perigo.

O COI baniu o jornalista, cassou sua credencial, e o Daily Beast retirou a reportagem do ar.

Polícia investiga suposto assalto sofrido por atletas americanos. 
Um suposto assalto sofrido por atletas americanos é outra história bizarra absorvida sem maior checagem pela mídia internacional. A polícia agora investiga se os nadadores Ryan Lochte, James Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger mentiram sobre um assalto que teriam sofrido ao sair de uma festa. Eles revelaram que foram assaltados mas caíram em contradição, contam que estavam muito bêbados para descrever os meliantes e dar detalhes. Os supostos ladrões levaram dinheiro mas deixaram celulares e relógios caros e um video mostra os quatro chegando à Vila Olímpica com pertences, brincando e sem aparentar ter passado por um traumático assalto a mão armada poucos minutos antes. A polícia ainda tenta confirmar a versão dos americanos, que não registraram queixa.

Logo no começo da Olimpíada houve outra trapalhada. Essa, com a ajuda da mídia brasileira que divulgou, sem mínima apuração, o caso de um "diplomata russo", um "vice-cônsul",  que teria sofrido um assalto na Barra da Tijuca, reagido, e eliminado o assaltante a tiro. A notícia correu o mundo.

O assalto aconteceu, segundo a polícia, o ladrão foi mesmo morto pelo homem que não era russo, muito menos diplomata, não se chamava Komarov e nem morava em Moscou. O sujeito era mineiro e, na carteira de identidade, estava lá o nome da figura: Marcus Cezar. O consulado russo desmentiu, mas aí a "notícia" já estava correndo o mundo.

Coisa do folclore jornalístico em ação na cobertura da Rio 2016.

Os cariocas agradecem a atenção dispensada, mas dizem que já têm muito problemas reais e não precisam de reportagens incrementadas por "licenças literárias".


ATUALIZAÇÃO em 18/8/2016

MENTIROSOS

Vídeo e depoimentos de testemunhas divulgados ontem desmoralizaram de vez a versão mentirosa dos atletas norte-americanos. 
Um dos atletas confessou que não houve roubo. 
Representantes da comitiva dos Estados Unidos apresentaram desculpas oficiais à Rio 2016. 
Os americanos mentiram com o objetivo de ocultar a prática de vandalismo em um posto de gasolina e, por motivos pessoais, minimizar eventuais consequências da animada noitada e da bebedeira.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Botaram Temer pra correr na maratona

Foto Mídia Ninja

Foto Midia Ninja

O Mídia Ninja contabilizou 14 pontos de protesto contra Temer e os golpistas ao longo do percurso da maratona feminina, ontem. Eram tantos que foi impossível para a cobertura de TV evitar focalizar as faixas. Leia mais no Mídia Ninja, clique AQUI

Jornais brasileiros: circulação em queda...

Segundo o Portal dos Jornlistas, a circulação dos cinco maiores jornais brasileiros caiu no primeiro semestre desse ano em comparação com igual período do ano passado. Os dados são do IVC. Folha de S.Paulo, O Globo, Super Notícia, Zero Hora e Estadão tiveram uma queda que variou de 8% a 15%, incluídas as versões impressas e on line.

Conflitos raciais; Milwaukee em chamas nada olmípicas


Segundo o New York Times, Milwaukee é um das cidades americanas onde é mais grave a segregação racial. Negros lotam cadeias e lideram as estatísticas de desemprego. Moram em bairros decadentes, sofrem com a desigualdade de renda bem mais crítica do que no resto do país. Por tudo isso, a morte de um jovem negro por balas da polícia foi apenas o estopim de mais uma revolta neste último fim de semana. O governador declarou estado de emergência na cidade.

Nas ruas do Rio, uma crônica visual...

A Presidente Vargas foi fechada para a Maratona feminina. Depois que as atletas passaram foi ocupada por pedestres, quase todos fotografando um raro momento da avenida sem o enxame de carros, motos e ônibus.

Soldados do Exército que cuidam da segurança da Rio 2016 são atração para os visitantes. Grupos de turistas pedem para fazer fotos ao lados dos militares e seus fuzis.

No Boulevard Olímpico da Praça Mauá. 

TV estrangeira entrevista a Velha Guarda...

No Porto Maravilha que junto com a Praça Mauá reformada é uma espécie de nova sala de visitas do Rio. .

Show na Praça Mauá. entre uma música e outra um refrão popular faz sucesso : "Fora Temer".
O logo Cidade Olímpica, na Mauá, é disputado para fotos

Na Mauá, Jacozinho faz embaixadinhas. O alagoano sobe até em árvores sem deixar a bola cair...
Hip Hop na praça e réplica do 14 Bis ao fundo

Não é um novo condomínio... Navio cruzeiro é "casa" de turistas

O Pira Olímpica com a Candelária ao fundo. Uma cena que atrai milhares de cariocas e turistas.
Segundo o prefeito Eduardo Paes, a instalação criada pelo americano Anthony Howe e impulsionada pelo vento permanecerá no local após os Jogos como uma recordação da olimpíada, mas sem chama.
Na Rio 2016, a propósito, a chama da Pira é bem menor do que em outras olimpíadas. 

A ideia é diminuir o consumo de gás e passar uma mensagem de sustentabilidade. 

Os painéis Etnia, de Eduardo Kobra...
.representam rostos de cinco continentes e...
...ficarão como um colorido legado cultural na nova alameda do Porto. 

Se a Princesa Isabel aparecesse na janela do Paço onde morou...

...veria a Rio 2016 em um telão instalado bem em frente à residência real.



Quer pular de bungee jump? A Praça XV tem...
FOTOS BQVMANCHETE

domingo, 14 de agosto de 2016

Rio 2016: Baía da Guanabara ganha elogios. O que é a natureza...



por Flávio Sépia

Os dois títulos acima são reproduções do Estadão. No alto, matéria de hoje. Acima, reportagem de julho de 2015.

Mas podiam ser retirados de quaisquer dos grandes jornais brasileiros e, por tabela, dos internacionais.

A poluição na Baía de Guanabara é crônica, lamentável e, mais ainda, porque bilhões já foram aplicados para programas de despoluição.

A culpa é oficial e da sociedade. Faltam esgotos e sobram ligações clandestinas em cidades por onde passam rios que deságuam na baía e as populações "colaboram" lançando lixo, sucatas, sacos plásticos, embalagens pet etc. E navios de grandes corporações que lavam clandestinamente tanques de óleo e industrias que vazam dejetos dão sua contribuição à sujeira.

Mas é fato que o quadro pintado nos últimos meses foi mais poluído por imprecisão e contaminação política do que a ainda triste realidade.

Seja lá por qual razão (talvez, quem sabe, porque o governo Michel Temer deva ter despoluído a baía em tempo recorde ou faz parte da súbita onda de "boas notícias" que acomete a mídia desde que Dilma foi tirada de campo), revela-se agora que os atletas que estão competindo na Rio 2016 superaram os "temores" e elogiam o belo cartão postal do Rio.

Menos mal.

Mas registre-se que os cariocas sabem que a Baía de Guanabara continua suja e torcem para que, um dia, se complete de fato o tão falado programa de despoluição.

A baía certamente está longe de ser um mar da margens plácidas e limpas, mas também não é o milk shake cremoso de coliformes que os "especialistas" venderam nos últimos meses.

A propósito: a Lagoa Rodrigo de Freitas também, da qual me contaram que era uma poça de organismos extra terrestres, parece não ser bem o coquetel de vírus e lixo anunciado.

As matérias agora parecem aquele baconista que perguntado sobre um produto responde que "tem, mas acabou".

Poluição? Melhor corrigir para "tem, mas não acabou".

Goleira 1: Salve, Bárbara! Mandando o racismo pra linha de fundo

Reprodução Facebook

A goleira Bárbara Michelline Barbosa. Foto CBF

Circula na rede a postagem de um certo Marcos Clay, que seria membro do Conselho Federal de Administração, onde é ofendida a goleira Bárbara da Seleção Brasileira de futebol feminino.
Clay escreveu: "Eu odeio preto, mas essa goleira do Brasil tinha chance".
Internautas reagiram na web criticando o post.
Bárbara no treino. Foto de Rafael Ribeiro/CBF
Bárbara brilhou no jogo contra a Austrália pegando dois pênaltis após Marta desperdiçar seu chute. A falha da atacante brasileira, eleita cinco vezes a melhor do mundo, fez a goleira
se superar para defender, em seguida, duas cobranças.
Bárbara declarou em coletiva: "Marta não podia ser injustiçada. Ela é extraordinária e não seria correto ser julgada por esse episódio. Eu soube extrair forças para evitar essa situação e fui muito feliz naquele momento", disse.
Melhor ler isso do que o post idiota do sujeito de Rio Branco (AC) acima.
Bárbara, concentrada para jogar, não comentou ainda o lamentável episódio.

sábado, 13 de agosto de 2016

Goleira 2: Perdeu, musa. Hope Solo volta pra casa. Não leva medalha mas inspira propaganda de inseticida...


por Omelete

Hope Solo ameaçou não vir ao Brasil. Temia a Zika. Depois, mudou de ideia e postou a foto com o seu já famoso "kit zika".

A goleira americana deve estar arrependida de ter vindo. Foi vaiada em todos os jogos (não podia tocar na bola que a galera gritava "zika, zika, zika". E aparentemente o coro da multidão abalou o psicológico da jogadora.

Ela acabou tomando um frangaço por baixo das pernas. E foi desclassificada pela Suécia nos pênaltis.

Como maior castigo, nem teve a chance de jogar no Rio. Perambulou por Manaus, Belo Horizonte e Brasília. Perdeu.

Mas não se pode dizer que o Rio levou vantagem com a ausência daquela que poderia ter sido uma das musas dos Jogos não fosse a pisada de bola na rede social.

Como último ato da passagem de Hope Solo pela Mosquitolândia, a SBP lançou um anúncio bem humorado lembrando a foto da goleira e ironizando a torcida contra a zika, que acabou consumando a derrota da seleção americana, uma das favoritas.

Hope Sole foi embora sem zika e sem medalha.

Aqui é Copacabana...




Fotos BQVManchete

por Flávio Sépia
A Arena do Vôlei, na Praia de Copacabana, foi um dos acertos do COB e da Prefeitura do Rio. Tem sido elogiada pelo público e pelos jogadores. Especialmente pela autenticidade. Londres e Pequim montaram quadras artificiais com areia importada. Aqui, o vôlei de praia está no lugar certo.
A bossa nova tornou Ipanema famosa, mas a Praia de Copacabana permanece como referência mundial. O bairro concentra o maior número de turistas que, integrados aos cariocas, são vistos em bares,botecos, na areia e no calçadão. O clima é de carnaval. Que siga assim, sem atropelos.

Shopping olímpico...

Nas pausas entre as competições, os turistas vão às compras. Na Megastore Rio 2016, as filas são uma constante. São mais de 3 mil produtos licenciados que fazem a festa dos visitantes. Foto BQVManchete 

Prefeito de Cannes proíbe o uso de burkini nas praias...


por Jean-Paul Lagarride

David Lisnard, prefeito de Cannes, decidiu proibir nas praias da cidade francesa o uso de burkini, uma espécie de maiô que cobre todo o corpo. O decreto proíbe o acesso às praias de "qualquer pessoa não devidamente vestida ou que desrespeite a moralidade e secularismo".  Os infratores serão punidos com multas. O prefeito alega que, no momento atual, com a França no alvo dos terroristas, roupas ostensivas podem ser vistas como um gesto de fidelidade aos militantes dos Estado Islâmico. "Locais de culto podem ser alvos de ataques e uma pessoa ostensivamente religiosa pode criar risco de distúrbios da ordem pública", justificou.
A prefeitura acrescenta que não estão proibidos os símbolos religiosos na faixa de areia mas o exibicionismo militante e propagandístico. Para o prefeito, o burkini é mais um símbolo de extremismo.
Dentro desse critério, a Justiça francesa já proíbe o uso em público de burcas (que cobrem o corpo e deixam uma tela para os olhos) e e niqab (o véu que deixa só os olhos à mostra).
Elementos menos ostensivos como o véu que as mulheres muçulmanas usam sobre a cabeça, o solidéu judaico, a cruz cristã etc não se incluem na proibição.
A propósito, em um sinal dos atuais tempos de terror, há quem pretenda regular as manifestações religiosas de atletas em competições. Preces, gestos e outros sinais de exibicionismo religioso em campo também podem ser vistos como provocações ou proselitismo por parte do público.

Ibama convida: hoje tem churrasco de pernil de caititu


por Omelete 

Enquanto a caravana olímpica vai passando e ocupando o noticiário, os políticos que tomaram o poder após a queda de Dilma Rousseff vão apresentando a conta do golpe. Uma nomeação aqui, outra ali, um aumento salarial acolá, "reformas" para cancelar direitos trabalhistas, desmonte do SUS, um alívio aos sonegadores em nome da crise, dispensa de pagamentos contratuais de serviços privatizados etc etc.
Passou quase despercebido um fato que seria cômico se não fosse trágico. O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, nomeou para o Ibama um elemento que já comemorou nas redes sociais uma degustação de animas protegidos pelo... Ibama.  O nome da figura é Luciolo Cunha Gomes. O post, publicado em 2013, foi divulgado pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista de Meio Ambiente (Ascema Nacional),
Vai ver ele acha que churrasco de animal em extinção é método científico de remanejamento da fauna.