terça-feira, 3 de novembro de 2015

#mandanudes abala o Vaticano

Francesca no Vaticano. Reprodução
Desde os tempos nada formais da Papisa Joana e da renegada Lucrécia Bórgia, filha do Papa Alexandre VI, uma mulher não abalava tanto o Vaticano. A morena Francesca Immacolata Chaouqui, 32 anos, foi escolhida pelo Papa Francisco como a única leiga a fazer parte de um comissão para reorganizar a estrutura administrativa e financeira da Santa Sé.
Reprodução Facebook
Francesca, que é amiga de jornalistas e editores, é acusada de vazar documentos confidenciais do Vaticano. Chegou a ser detida nessa semana e, em seguida, liberada, em meio às investigações do escândalo denominado VatiLeaks. Sabe-se que o Papa Francisco enfrenta as pressões dos subterrâneos contra sua intenção de modernizar setores da igreja católica. Daí, a repercussão ainda maior e a exploração política do caso. A conta do twitter em nome da bela Francesca (que ela, a propósito, diz que não é sua) tem lançado "bombas" na Praça São Pedro: "O Papa Bento XVI está sofrendo de leucemia", "O cardeal Tarcisio Bertone é corrupto",  "Giulio Tremonti é gay", são algumas das tuitadas polêmicas. Segundo matéria publicada na revista Panorama, Francesca "é uma menina delicada, que sempre se veste de jeans e tênis, usa jóias somente em ocasiões especiais". Ela é definida uma hora com "habilidosa e influente", outra hora como "espiã" do Papa Francisco. Mas o vazamento mais explosivo é o de uma foto de Francesa em topless, então com 27 anos, abraçada pelo noivo. A imagem foi rastreada em posts antigos, um deles do ano passado, e agora volta à mídia. Curiosamente, Francesca é tida como conservadora e ligada a organização católica de direita Opus Dei.
Reprodução


Vergonha na cara? Duvida-se...


e
Fotos: Reproduções Greenpeace España
Com a Espanha em clima de eleições, as ruas de Madri amanheceram decoradas com cartazes muito especiais. Os principais candidatos aparecem retratados como crianças sob o slogan "Que a criança que fostes não se envergonhe do adulto que és". Foi a modo Greenpeace de pedir aos políticos que não esqueçam a defesa do meio ambiente. A frase é aplicável aos políticos brasileiros. E não só na ecologia. No caso, pouco escapam à vergonha adulta.

VEJA O VÍDEO DOS BASTIDORES DA CAMPANHA. CLIQUE AQUI

Jardim Botânico... onde o tempo para

Revitalizado, o Cactário é uma das atrações do Jardim Botânico. 

São mais de 400 espécies, 

Há espaços com cactos brasileiros, cactos exóticos, na parte externa do espaço, e cactos em estufas. distribuidos segundo critérios científicos e ornamentais.


Um residente emplumado no  Chafariz das Musas.

O Chafariz das Musas, feito na Inglaterra, era instalado no Largo da Lapa, no Centro do Rio, até 1905. Há 110 anos, o prefeito Pereira Passos abriu a Av.Mem de Sá e transferiu a fonte para a aléia principal do JB. 


Lago Frei Leandro

Trilha das...

...Árvores Nobres


Fonte Wallace, das fundições do Vale D'Osne, França.

Essa imensa Sumaúma, ao lado do Chafariz das Musas, era a árvore que inspirava Tom Jobim no seus passeios no JB. 
O objeto é "exótico" mas a causa é boa: sustentabilidade no painel solar para lâmpadas led e repetidor de wifi.
Fotos de J.E.Gonçalves
Em um feriado de chuva fina e passageira, trânsito pesado em Dia de Finados, o Jardim Botânico esteve no roteiro de cariocas e visitantes. Diz o budismo que árvores e seres humanos são formados pelos mesmos elementos, terra, vento, fogo, água e vácuo. Um bom lugar para celebrar a vida e a presença dos que se foram.    

domingo, 1 de novembro de 2015

O estranho resgate de terroristas do Estado Islâmico...

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Mais uma vítima de racismo: Taís Araújo. E a justiça, ao não punir os criminosos, alia-se, na prática, aos racistas


Dessa vez, a vítima foi a atriz Taís Araújo. Outras vítimas, virão. Até porque, embora seja crime, o racismo não é punido no Brasil. A maioria dos casos não passa do B.O, isso quando as delegacias de polícia não desqualificam a crime de racismo para "ofensa" sujeita a penas menores. Os casos que chegam à Justiça recebem, em geral, quando recebem, penas "bem-humoradas" do tipo visita à delegacia uma vez por mês, doação de cestas básicas, prestação de serviço em instituição etc. Não se sabe nem se tais penas hilárias são cumpridas já que não há fiscalização.
Então, é isso: os racistas devem ser alvo de repúdio mas é preciso que a Justiça seja cobrada e pare de ver no racismo um "crime menor". No fundo, não levar a sério o racismo é desprezar a lei que foi votada no Congresso Nacional. A escalada de casos de racismo mostra que apenas campanhas educativas não têm sido suficiente. A impunidade é mais poderosa, e dá mais confianças ao racistas, do que qualquer campanha. A contrário da justiça, internautas agem e fazem o que podem: foi criada a hastag #SomosTodosTaís Araujo em apoio à atriz e contra os internautas que fizeram os comentários racistas nas sua página. Espera-se que a polícia identifique e prenda esse idiotas.
"Não vou me intimidar", foi o que Taís Araújo postou na rede.

Justiça aborta tentativa de censura por parte de político que quer ser presidente do Brasil...

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sábado, 31 de outubro de 2015

Memórias da redação: o folhetim de Sergio Porto (Stanislaw Ponte Preta), na Manchete, em novembro de 1952

Reprodução da revista Manchete, número 30. Clique na imagem para ampliar

Luta pelos direitos trabalhistas: Ex-funcionários da Bloch em mobilização permanente

Com o auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro lotado, mais uma vez, foi realizada na última sexta-feira, 30, uma assembleia conduzida pela Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores (Ceebe). A categoria foi atualizada sobre a movimentação da Massa Falida da extinta empresa e as gestões empreendidas por José Carlos Jesus, presidente da Ceebe, em torno das reivindicações mais urgentes. Foram discutidas posições do grupo frente a questões de alto interesse em pauta, no momento, quando torna-se ainda mais importante o acompanhamento de decisões cruciais para os direitos dos trabalhadores, principais credores da Massa Falida.

Mulheres protestam contra Cunha


A Cinelândia, no Rio: defesa da democracia e das liberdades individuais. Foto de Vladimir Plantonow/AG Brasil

Foto de Vladimir Plantonow. AG Brasil

Direitos sobre o próprio corpo: uma bandeira contra o fundamentalismo de Eduardo Cunha. Foto de Vladimir Plantonow.AG Brasil
Um protesto que mira em Eduardo Cunha mas também atinge a oposição, os manifestantes conservadores, "paneleiros" e a mídia, que, juntos, impulsionaram e festejaram a candidatura do notório político à presidência da Câmara. O objetivo era enfraquecer Dilma a qualquer preço. Daí, Cunha virou o grande aliado. Mas o Brasil, infelizmente, está pagando a conta do conservadorismo mais retrógrado alçado ao Legislativo.
Cunha vai passar, Dilma também, o baixo interesse político imediato igualmente, mas, enquanto isso, a Câmara aprova leis "talibãs" que interferem nas liberdades individuais. Este é o entulho conservador que ameaça os avanços que o Brasil experimentou em termos de direitos e liberdades nas últimas décadas. Contra isso, as mulheres estão nas ruas. É pouco. Falta a indignação de intelectuais, de líderes de classe, de instituições e até a reação de muitos jovens manifestantes que foram às ruas em nome de direitos legítimos e que estão sumidos agora que existe uma ameaça concreta representada pela coalizão que colocou Cunha no poder e legisla de olho no retrovisor. As mulheres estão dando o exemplo de como não deixar barato a ameaça aos direitos individuais e à liberdade.

Qualquer semelhança... Títulos dos jornais, hoje. Em Portugal... Propina, corrupção em hospital, pedalada, político preso e vazamento ilegal de informações...





sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A palavra é: controle editorial. Pesquisa quer saber o que os jornalistas pensam de quem pensa que pode pensar por eles...

Promovida pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), com sindicatos, e realizada pela Universidade Federal do Paraná, uma pesquisa quer saber como os profissionais de mídia reagem às interferências na sua atividade por parte de grupos políticos e econômicos. A ideia de ampliar o alcance de uma enquete sobre o tema surgiu após um pesquisa local, realizada em 2013, também no Paraná, que revelou a submissão da grande maioria dos jornalistas a critérios não-éticos como forma de preservar o emprego. De um modo geral, jornalistas se sentem desprotegidos e com as relações de trabalho em risco no mercado quando tentam rejeitar, por exemplo, "matérias recomendadas" (no jargão das redações, matérias obrigatoriamente feitas em alinhamento irrestrito com os interesses políticos, comerciais, religiosos ou ideológicos da empresa proprietária do meio de comunicação). O mesmo temor leva um número expressivo de profissionais, segundo a pesquisa local, a praticar autocensura a fim de "adaptar" a matéria, omitindo, no caso, informação que "pode dar merda" (no jargão interno, qualquer coisa que vá contra a linha empresarial, política e até pessoal, do veículo e de seus dirigentes, proprietários ou concessionários). No momento em que os grandes veículos engajam redações em uma intensa campanha política, com ênfase na derrubada do governo, enquanto a crise, por outro lado, elimina empregos, vale saber até onde vão o stress profissional e os questionamentos individuais sobre o atual momento.
É para entender a amplitude dessa questão que atinge diretamente a liberdade de expressão que os promotores da pesquisa, agora nacional, estão em campo.
ACESSE O LINK DA PESQUISA "LIBERDADE JORNALÍSTICA", CLIQUE AQUI

Ao estilo "Pernambuco falando para o mundo", VIP escolhe a "mulher mais sexy do mundo"...

por Omelete
"Pernambuco falando para o mundo". Este era o antigo slogan da Rádio Jornal do Commércio. A emissora mudou de nome, mas a frase bem-humorada entrou para o folclore nacional. A revista VIP leva a sério, reedita o ufanismo e também "fala para o mundo". Embora tropeçando na circulação - de resto, como o meio impresso em geral - e com uma tiragem não lhe permite chegar nem a todos os municípios brasileiros, a revista garante na capa eleger "a mulher mais sexy do mundo". É a cantora Anitta. Bom, não deu no New York Times, a notícia não vai ultrapassar o ABC, ecoará na Baixada Fluminense mas não será o assunto do dia no bairro São Francisco, de Curitiba, nem no Savassi de BH, ou no Marco Zero, de Recife, mas vá lá que seja. O que a VIP não explica - e o site Pure People está zoando - é porque "a brasileira mais sexy do mundo" teve que importar uma pose sexy de uma certa americana que quase ninguém conhece e, coitada, não chegou nem perto de ganhar o "oscar" mundial da sensualidade entregue na Marginal Pinheiros?


A da esquerda é a Anitta. A outra, a VIP não sabe quem é. Reproduzido do Pure People (clique AQUI)



Meio Ambiente: armas químicas usadas na guerra contra as drogas na Colômbia podem contaminar a Amazônia... Alguém já contou isso a você?

Le Monde aborda esse semana um tema que nunca encontrou muito espaço na mídia conservadora da América do Sul e nem na agenda ambiental do governo brasileiro. Trata-se de uma tragédia ambiental silenciosa que abateu a Colômbia por mais de 20 anos. A omissão das autoridades e da mídia se explica, em parte, porque o país é uma espécie de queridinho dos colunistas de economia neoliberais. A maioria aponta a terra de Pablo Escobar como um oráculo para a região. Sabe-se que, entre outras concessões, a Colômbia abriu mão da soberania em várias áreas de governo. Medidas na área econômica e de defesa interna são implantadas no país após decisões tomadas a milhares de quilômetros de distância.
Uma delas pode atingir o Brasil. E nem o governo brasileiro, agora acossado por tentativa de golpe, está atento ao problema. Pelo menos, não se tem conhecimento de qualquer iniciativa ou consulta à Colômbia sobre o fato. Durante anos, na guerra contra as drogas, a a Colômbia lançou de aviões militares toneladas de glifosato. O objetivo era destruir plantações de coca. Ocorre que a contaminação pode ter ido parar em rios que formam a Bacia Amazônica. Resumindo: trechos brasileiros de cursos d'água podem estar envenenados. Depois de protestos e denúncias de organizações internacionais, a pulverização foi suspensa só há poucos dias. Suspensa, não encerrada definitivamente. Estudos indicam que o herbicida permanece ativo na água durante um ano, segundo pesquisadores. Mas nem essa informação é confiável. Na verdade, cientistas da Universidade de Colúmbia admitem desconhecer os efeitos da substância a longo prazo. OMS aponta o glifosato como um cancerígeno poderoso. É o mesmo ingrediente presente no "agente laranja" com o qual os Estados Unidos bombardearam durante dez anos as florestas e plantações do Vietnã. Cerca de 600 mil soldados americanos foram afetados pelo desfolhante, já que combateram em áreas envenenadas pela própria Força Aérea.
Não há estatísticas conhecidas quanto aos danos humanos provocados na Colômbia. Os efeitos vão de câncer a malformações cerebrais de bebês.
Assim como não se tem notícia de qualquer monitoramento feito pelo governo brasileiro nas águas da fronteira da região amazônica.
A falta de ação não surpreende: o Brasil - onde os fabricantes de agrotóxicos ostentam bancadas ativas no Congresso - é uma espécie de campeão mundial no uso de glifosato na agroindústria. Além dos problemas ambientais e de saúde, o descontrole causa até prejuízo a exportações, já que alguns países boicotam entrada de produtos brasileiros por contaminação química.
Se não cuida do seu próprio veneno, porque o Brasil procuraria investigar se vazou, ou o quanto vazou, "agente laranja" colombiano nos rios da Amazônia?
O jornalismo investigativo que vive de "vazamentos" poderia correr atrás dessa pauta.

Os intocáveis

por Luís Nassif (para o GGN)
No Judiciário há três linhas de conduta em relação aos crimes do colarinho branco.
Existe a linha dos garantistas, que privilegiam os direitos individuais em relação à mão pesada do Estado. Existe a linha-dura, para quem o Estado - através dos códigos de processos - criou barreiras para impedir a aplicação das penas. E existe a corrupção, que se vale do suborno para obter sentenças favoráveis. Acima deles, uma legislação que permite postergar o máximo possível a punição.
O resultado final é um modelo em que o pobre é penalizado e o rico beneficiado.
Nesse lusco-fusco, cria-se um clima de animosidade entre linhas duras e garantistas. Respeitar direitos individuais significa se curvar a um modelo criado para impedir a punição dos culpados.
Este é o cenário a ser considerado quando se analisam os episódios recentes. Para a maioria dos procuradores envolvidos com essas operações, a briga central é contra a impunidade.
A maneira encontrada para contornar o poder dos tribunais superiores foi recorrer a outro poder de fato, a mídia.
As novas estratégias
Há muito tempo, procuradores e PF montam parcerias com repórteres policiais. Em vez do contraditório e de um juiz mediando a disputa, muitas vezes dificultando a apuração dos crimes, há apenas um repórter recebendo as informações de forma passiva e um editor buscando a manchete mais apelativa. É como disputar um jogo sem adversário.
O que era uma tática individual transformou-se em política de Estado na Lava Jato com a estratégia Sérgio Moro endossada pelo Procurador Geral da República Rodrigo Janot.
Em documento de 2004 – já analisado aqui no GGN – Moro expõe de forma magistral a estratégia, a partir das lições da Operação Mãos Limpas, da Itália. O foco central funda-se em três pontos:

            1. Assumir o protagonismo no noticiário, para criar o clamor das ruas e, através desse trabalho, superar as resistências políticas.

            2. Definir a delação premiada como peça central das investigações.

            3. Valer-se da cooperação internacional.

Depois da Lava Jato, todo vazamento deixa de ser coibido. Pelo contrário, passa a ser peça central na estratégia de cada investigação.
Os pontos obscuros
No entanto, há pontos obscuros nessa estratégia que, provavelmente, ainda não foram objetos de reflexão interna tanto no MPF quanto na Polícia Federal.
O primeiro, os limites entre cooperação internacional e interesse nacional. Até agora o MPF e, especialmente, o PGR não explicaram adequadamente a troca de informações com autoridades norte-americanas, visando alimentar inquéritos contra a Petrobras – que é um braço do estado brasileiro – em tribunais estrangeiros.
O segundo, os limites dos pactos tácitos com os grupos de mídia.
Grupos jornalísticos são empresas, com interesses comerciais e políticos. A extrema concentração do mercado jornalístico brasileiro transformou os grandes grupos de mídia em um dos poderes de fato, com privilégios, blindagens e práticas comerciais em nada diferentes de outros setores empresariais que mexem com o poder político.
O MPF montou uma estratégia eficaz para se valer dessa parceria, mas nenhuma estratégia para garantir autonomia em relação aos grupos de mídia.
As relações conflituosas com a mídia
A Satiagraha e a Castelo de Areia foram anuladas por pressões políticas. A Castelo de Areia respeitou o sigilo e morreu mesmo sendo juridicamente perfeita. A Monte Carlo caminhou sigilosamente e só  recebeu ampla divulgação devido à CPMI de Carlinhos Cachoeira. Mesmo com a profusão de provas levantadas, acabou abafada.
Por seu lado, a Lava Jato conseguiu amplo sucesso, recorrendo a métodos profissionais de vazamento de informações. Seu poder foi amplificado pela descoberta de valores inacreditáveis da corrupção na Petrobras.
O que a Lava Jato tem de diferente de todas as demais não é ter recorrido a uma comunicação profissional, mas a circunstância de se adequar aos interesses dos grupos de mídia.
A Satiagraha não interessava à mídia e morreu. A Castelo de Areia menos ainda, e acabou. A Monte Carlo incriminava diretamente a Editora Abril, como parceira de Cachoeira. Não gerou um indiciamento sequer de jornalistas ou executivos do grupo.
A Zelotes investiga a quadrilha que atuava na CARF (o conselhinho que analisa as multas fiscais) que beneficiou as maiores empresas nacionais e alguns grandes grupos jornalísticos. Nas fases iniciais não despertou nenhuma curiosidade da imprensa e houve a resistência do juiz em autorizar pedidos de detenção provisória e busca e apreensão.
De repente, os procuradores e delegados fogem do script e passam a vazar informações sobre a tal Medida Provisória supostamente comprada que nada tinha a ver com o objeto inicial da Zelotes. Interrompem uma operação que envolve somas bilionárias para centrar fogo em um suposto suborno no qual, segundo as próprias informações do inquérito, os financiadores haviam interrompido os pagamentos ao suposto subornador, pelo fato do dinheiro não ter chegado ao seu destino.
Deixam de lado provas robustas de anistias fraudulentas envolvendo centenas de milhões de reais e vão atrás do indício de crime apontado em um e-mail do tal escritório, mencionando duas bonecas de plástico dadas de presente para filhas de Gilberto Carvalho. “Bonecas” pode ser senha para suborno, alegam procuradores e delegados. Assim como “café”. Basta isso – e muita reportagem prévia - para serem autorizados a avançar sobre o sigilo fiscal dos suspeitos, deixando os grandes grupos incólumes.
Se alguém considerar que essas discrepâncias são naturais nos inquéritos, que se apresente.
O resultado final foi esse: a mídia não deu aval para que a força tarefa da Zelotes invadisse grandes grupos, e ela não invadiu; autorizou que avançasse sobre as bonecas das filhas de Gilberto Carvalho e ela avançou.
Essa é a nova era da justiça, sem blindagens e com independência de atuação de procuradores e delegados?
Quando o promotor, o delegado e o editor tornam-se juiz
A exposição de qualquer pessoa à mídia é uma condenação em si. Não se trata de um ato indolor que poderá ser corrigido nas instâncias superiores. Mesmo que, no final do processo, a vítima seja inocentada, que a soma de indícios não permita sequer que seja indiciada, mesmo assim ela e seus familiares conviverão por anos com a marca da suspeita.
Além disso, quando esse festival de vazamentos atinge só um dos lados do jogo, tem repercussões políticas.
Mais que isso, a nova justiça confere um poder absurdo ao procurador e ao delegado para definir o alvo, impor o castigo público e até exercitar suas preferências partidárias.
Por que razão, tendo indícios de que Aécio Neves recebeu de Furnas e tendo informações concretas sobre o número de sua conta em Liechtenstein, o PGR brecou uma investigação e sentou em cima da outra? É evidente que o filho de Lula deve explicações sobre sua renda, sim. Mas qual a razão para blindar Aécio?
Fizeram bem procuradores e delegados de investir contra a impunidade. Mas devem satisfações à opinião pública mais esclarecida, cujo grau de compreensão não se limita à leitura de jornais: a Lava
Jato veio para romper com toda forma de blindagem dos culpados, ou para criar uma nova casta de protegidos?
A prova dos nove será a delação premiada dos executivos da Andrade Gutierrez.
Além das obras em Minas, a Andrade raspou o caixa da Cemig, obrigada por seu controlador – o governo de Minas – a adquirir debêntures da construtora, enrolada com os problemas da usina de Belo Monte.
Se Aécio sair ileso desses depoimentos, não haverá como a Lava Jato se livrar do julgamento da história.
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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A jornalista Heloísa Marra lança hoje, na Livraria da Travessa (Botafogo), o livro "Padre Marcelo Rossi: uma vida dedicada a Deus"


Muito além do fenômeno de comunicação que sobe ao púlpito e eletriza multidões, há paixões, conflitos, dramas, traumas, polêmicas e a capacidade de superar tudo isso junto e misturado. É o que conta a jornalista Heloísa Marra - que, no início da carreira, trabalhou nas revistas Fatos & Fotos e Manchete, antes de passar pela Editora Globo e pelo jornal O Globo -, em "Padre Marcelo Rossi: uma vida dedicada a Deus", biografia não-autorizada de um religioso carismático cuja atuação impulsiona o catolicismo no Brasil. O livro de Heloísa Marra já está nas livrarias e será lançado oficialmente, hoje, às 19 horas, na Livraria da Travessa, em Botafogo. 

O site "22 Words" resolveu listar os 25 prédios mais bizarros do mundo. A Catedral de Brasília entrou no ranking. Um leitor pergunta se é uma base de lançamento de mísseis...


VEJA NO 22 WORDS, CLIQUE AQUI

Vladimir Herzog, 40 anos depois: fotógrafa Elvira Alegre revela imagens históricas. A matéria está no Portal Imprensa


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Um prefeito “street blocker”...

por Nelio Barbosa Horta (de Saquarema)
Não sei exatamente o que ele pretende: notoriedade, placa, colocar seu nome na história como o prefeito que revolucionou a Zona Portuária, também chamada de Porto Maravilha (alguns dizem que ele vai se lançar candidato à Presidência da República); ou se é, simplesmente, para, influenciado pelo prefeito Francisco Pereira Passos, infernizar a vida do carica e dos moradores dessa outrora Cidade Maravilhosa.
Foto de Fernando Frazão AG Brasil
Se o motivo são as Olimpíadas de 2016, podem esperar que ano que vem o Rio vai ficar intransitável, “parado”, porque não haverá tempo hábil para finalizar tanta obra. Será preciso um “guia” para andar pelas ruas. Até os GPS dos carros vão enlouquecer, levando as pessoas a “sabe Deus para onde”, se não houver um mapa interativo, com informações atualizadas diariamente e com “ajuda divina”.
O fato é que a quantidade de obras que estão sendo realizadas, (Zona Portuária, Centro da cidade, Avenida Brasil), com mudanças quase que diárias dos trajetos dos ônibus, fazem com que todas as pessoas (e os motoristas) que dependem de transportes para ir e vir para suas casas depois de um dia estressante de trabalho, ou de alguma consulta médica, passem o maior “sufoco”, “presas” em engarrafamentos e levem horas e horas para chegar aos seus destinos.
Foi o que aconteceu comigo e, tenho certeza, com muitas pessoas que têm horário para cumprir em seus trabalhos ou outros compromissos inadiáveis.
Depois de fazer vários exames na Policlínica de Bacaxá, ultra-sonografias e tomografias computadorizadas, fiquei por dois anos aguardando uma chamada para a operação de próstata e hérnia que preciso fazer. Recebi o aviso que deveria me apresentar no Hospital dos Servidores  do Estado, localizado na Rua Sacadura Cabral. Para chegar lá, peguei um ônibus às 5.30 horas da manhã em São Gonçalo, que, soube, me deixaria na porta do hospital. Consegui chegar às 8 horas, num trajeto de mais de duas horas. Até aí, nada demais...
Feitos os exames, que eram apenas de avaliação, o médico me disse que eu não precisaria operar agora e me receitou um medicamento bom, mas apenas paliativo. O pior estava para acontecer: saí do hospital um tanto decepcionado com a consulta e fui em busca de condução para voltar para Niterói ou São Gonçalo. Que condução? Andei pela Praça Mauá, Rua do Acre, Marechal Floriano, Presidente Vargas, Avenida Passos, Praça Tiradentes, Rua da Carioca,
Foto de Fernando Frazão AG. Brasil
Cinelândia e ninguém sabia onde eu poderia pegar o ônibus para atravessar a ponte. Pessoas, jornaleiros, bares, lojas, camelôs, até um fiscal de uma empresa de transportes. Ninguém, ninguém sabia como eu poderia embarcar em um ônibus para Niterói. Lembrei-me das barcas, mas já estava muito longe para voltar. Nesta busca infernal levei mais de três horas, até conseguir um, na Cinelândia, cujo motorista me disse que, no dia seguinte, o trajeto seria outro. UFA!
Pessoalmente, acho que o prefeito Eduardo Paes é bem intencionado. Mas bem que ele poderia fazer as obras um pouco mais devagar, ter começado antes, com planejamento, sem atropelos e sem tantas alterações nas linhas de ônibus.
Quem pega a Avenida Brasil todos os dias sabe do que estou falando... Tenho certeza, que, se o prefeito se aventurar nesta viagem, vai mudar, completamente, seu projeto urbanístico.


Livro "O Brasil e as Nações Unidas: 70 anos" pode ser baixado gratuitamente do site da Funag...


As Nações Unidas no Brasil e o Ministério das Relações Exteriores do Brasil realizarão nesta quinta-feira, dia 29 de outubro, às 17h, no Palácio Itamaraty, uma cerimônia de abertura da exposição conjunta de fotos “70 anos para um mundo melhor”. A mostra fotográfica reúne momentos importantes do trabalho da ONU no Brasil, bem como a participação do Brasil nas Nações Unidas. Na ocasião, a ONU também lançará um site com o conteúdo da exposição.
A ONU completou 70 anos no último dia 24 de outubro, data que marca a entrada em vigor, em 1945, da Carta da ONU.
O Ministério das Relações Exteriores e a Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), em parceria com o Sistema ONU no Brasil, realizarão também o lançamento do livro “O Brasil e as Nações Unidas: 70 anos”. Dentro da coleção ‘História Diplomática’ da FUNAG, o livro foi organizado por Paulo Roberto Campos Tarrisse da Fontoura, Maria Luisa Escorel de Moraes e Eduardo Eziel, e pode ser acessado gratuitamente em http://goo.gl/VEH3Vq
A FUNAG editou, na coleção História Diplomática, o livro “O Brasil e as Nações Unidas: 70 anos”, organizado por Paulo Roberto Campos Tarrisse da Fontoura, Maria Luisa Escorel de Moraes e Eduardo Uziel.
O livro reproduz as instruções para a delegação do Brasil à Conferência de São Francisco (1945) e seu relatório, além de reunir textos inéditos de cinco Representantes Permanentes do Brasil junto às Nações Unidas.
O livro está disponível para download gratuito no site da FUNAG. AQUI

(Fonte: ONUBr)

Campanha salarial: patrões de jornais e revistas não apresentam nova proposta salarial e jornalistas ficam com salários congelados

(do site do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro)
Passados quase 30 dias, e apesar das cobranças do Sindicato, as empresas de jornais e revistas ainda não apresentaram uma nova proposta salarial para os jornalistas deste segmento. A promessa foi feita na última rodada de negociação, realizada em 30 de setembro. Na ocasião, as empresas trouxeram proposta com valor de piso bastante inferior ao da lei: R$ 1.660. A Lei do Piso Regional prevê pagamento de R$ 2.432,72 para jornadas de cinco horas. A proposta foi recusada pela diretoria do Sindicato, que não está autorizada a negociar piso salarial abaixo do que manda a legislação.
O desrespeito patronal ao piso da lei estadual tem sido o grande entrave ao fechamento das negociações desta campanha salarial, que completa um ano no próximo mês. O impasse criado pelas empresas tem provocado, na prática, o congelamento dos salários dos jornalistas. A data base da categoria é em 1º de fevereiro. Os patrões insistem em apresentar propostas de piso rebaixado mesmo cientes de parecer do Ministério Público do Trabalho (MPT) que alerta para a anulação imediata de uma convenção coletiva que desrespeite a lei.
Já no segmento de rádio e TV, o Sindicato segue à espera do julgamento do dissídio na Tribunal Regional do Trabalho. A campanha salarial de radiodifusão foi parar na Justiça por conta de polêmica a respeito do piso salarial, que os patrões pressionam para que seja inferior ao da lei. No fim de agosto, parecer do Ministério Público do Trabalho (MPT) entregue à Justiça recomenda decisão pelo piso da lei estadual e a concessão de reajuste inflacionário (7,13%) com 1% de aumento real.

Sindicato entra com ação contra a Infoglobo exigindo cumprimento imediato do piso
O Sindicato ajuizou ação trabalhista na 40º Vara do Trabalho do Rio contra a Infoglobo – que edita os jornais ‘O Globo’ e ‘Extra’ – para exigir o cumprimento imediato do piso salarial previsto em lei aprovada em maio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj): R$ 2.432,72 para jornadas de cinco horas. A Infogolobo, ao contrário de diversas empresas, não adequou os salários dos jornalistas após recebimento de ofício do Sindicato sobre a vigência da lei – e, por isso, é a primeira a ser processada por não cumprir o piso. O Sindicato pretende ingressar com ações semelhantes contra outras empresas que desrespeitam esse direitos dos jornalistas. Se a sua empresa paga salários inferiores ao da legislação estadual, denuncie para denuncia@jornalistas.org.br.

Ato público denuncia demissões, exploração e desrespeito aos jornalistas do Rio


Os jornalistas do Rio foram às ruas nesta terça-feira (20/10) denunciar à população os problemas enfrentados pela categoria na cidade. Demissões, precarização dos postos de trabalho, salário rebaixados – quando não atrasados – e diversas irregularidades foram expostas ao público durante uma hora e meia nas escadaria da Câmara Municipal, na Cinelândia. Foi distribuído durante o ato um manifesto que reivindica aos governos federal, estaduais e municipais o fim do repasse de verbas de publicidades para empresas que desrespeitam os direitos de seus trabalhadores. A manifestação fez parte da Semana Nacional pela Democratização da Comunicação.
 LEIA MAIS NO SITE DO SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, CLIQUE AQUI