terça-feira, 1 de outubro de 2013

Marquês de Sapucaí, uma rua chamada avenida...

Rua Marquês de Sapucaí, 1920. Reprodução Internet
por Alberto Carvalho
É comum no Rio de Janeiro e em outras cidades espalhadas pelo Brasil autoridades batizarem praças e ruas com nomes de pessoas que o povão desconhece totalmente: o Barão da Torre, na zona sul, o Conde de Bonfim, na Tijuca e o Marquês de Sapucaí, no centro, esses apenas para dar um exemplo. Ninguém sabe o motivo pelos quais esses nobres ilustres desconhecidos da maioria se notabilizaram para mereceram tal honraria - se isso possa ser uma honraria como a do Ayrton Senna, na Barra, Pres. Vargas, no centro, D. Helder Câmara, na zona norte e agora Tim Lopes. Existem muitos outros que realmente foram lembrados pelo que realizaram em suas trajetórias de vida.  O Marques de Sapucaí só é lembrado durante o carnaval nas letras de sambas-enredos e nas vozes de locutores de rádios e tevês durante os desfiles das escolas de samba. O samba da Império Serrano que marcou época dizia em seu estribilho: "....bum bum baticumbum prugurundum contagiando a Marques de Sapucaí"  e o samba Liberdade Liberdade da Imperatriz dizia: "... tem verde e branco por aí, sambando na Sapucaí". E vai por aí...
Essa rua, que chamam de avenida, fez parte da minha infância. Nela, eu me divertia pegando carona nos estribos do bonde (saltando com ele em movimento), indo às matinés no cinema Catumbi e me lambuzando, chupando o picolé que comprava na sorveteria do seu Miguel. Desde os anos 40, ela foi ligada ao carnaval. Era uma via obrigatória para o Rancho União dos Caçadores, e mais tarde o bloco Bafo da Onça, ambos com sede no Catumbi, quando se dirigiam ao centro da cidade para as suas apresentações.
Para tristeza de seus moradores, quis o destino, e por conta do progresso, que a rua fosse demolida para dar lugar ao sambódromo (ideia há muito defendida pelos sambista) e vias para o acesso ao Túnel Santa Bárbara que liga o bairro Catumbi a Laranjeiras.  
Se a r rua não tem história, deixou muitas saudades nas pessoas que nela nasceram e moraram por muitos anos. Era uma atração para as senhoras que ficavam nas janelas esperando, não a banda passar,  mas os bondes e lotações, levando e trazendo trabalhadores com destino a cidade ao Rio Comprido.   
 Por tudo isso - não sei por que cargas d'agua - somente agora fiquei curioso em saber quem foi esse tal Marquês. Descobri num volume "Memórias do Carnaval", editado pela Riotur, que se tratava de um Governador das Capitanias de Minas Gerais chamado Cândido José de Araújo. O que ele fez, ou deixou de fazer, nada constava. Pesquisando mais à fundo, descobri apenas que ele pertencia a uma família da nobreza portuguesa. Nada mais.Me aprofundei na História da Inconfidência Mineira, e nada do nome desse tal Marquês. Será que ele foi um rival do João Fernandes de Oliveira no coração da escrava Xica da Silva? Quem sabe?... Na minha opinião, acho que ele não era muito chegado aos festejos de Momo. 
Ainda bem que a rua Marquês de Sapucaí, que saiu do mapa, não tinha o nome de um brasileiro ilustre ou um herói nacional... (Alberto Carvalho)
Rua Catumbi, anos 60. Reprodução  Internet

Prêmio Estácio de Jornalismo 2013 - na comissão que apontou os vencedores, dois jornalistas que atuaram na Manchete: Roberto Muggiati e Arnaldo Niskier

Roberto Muggiati, Ilona Becskeházy, Vera Iris Paternostro e Arnaldo Niskeir foram jurados do Prêmio Estácio de Jornalismo 2013. Foto Murilo Tinoco/Divulgação

Os vencedores do Prêmio Estácio de Jornalismo 2013. Foto: Murilo Tinoco/Divulgação


Em noite de premiação que reuniu cerca de 80 profissionais foram anunciados os vencedores do Prêmio Estácio de Jornalismo 2013. As categorias premiadas receberam um total de R$ 100 mil. Para o presidente da Estácio, Rogério Melzi, o grande mérito do Prêmio é reconhecer o trabalho de uma imprensa livre que  “ajuda a fazer um Brasil melhor, mais justo e mais desenvolvido”. A comissão final que apontou os vencedores foi composta por Augusto Nunes, colunista da revista Veja online; Ilona Becskeházy, consultora da Fundação Lemann e comentarista de educação da rádio CBN; Arnaldo Niskier, doutor em Educação, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e ex-diretor de Jornalismo da Manchete; Roberto Muggiati, escritor, ex-repórter da BBC, de Londres, e ex-editor das revistas Veja e Manchete; e Vera Iris Paternostro, gerente de desenvolvimento de jornalismo da TV Globo e autora de livros. Os premiados foram:
Grande Prêmio Estácio de Jornalismo – Lauro Neto – Reportagem: “Jogo dos Mil Erros”. Veículo: O Globo;
Impresso Nacional - Sabine Righetti, Fábio Takahashi, Heloisa Helvecia, Hélio Schwartzman, Vera Guimarães e Daniele Doneda – Reportagem: “Ranking Universitário da Folha”. Veículo: Folha de São Paulo;
Impresso Regional- Eliane Rocha – Reportagem: “Série Cidadãos Brasileiros”. Veículo: Roraima Hoje (Boa Vista);
Internet Nacional: Angela Chagas, Gilmar Vaz, André Roca e Marina Novaes – Reportagem “Da Escola Pública a Harvard: Olimpíadas Mudam Destino de Campeões”. Veículo: Portal Terra;
Internet Regional: Luana Marinho e Renato  Oselame -  Reportagem: “Baianos com Deficiência Intelectual Lutam por Diploma de Curso Superior”. Veículo: Correio Hoje (Salvador)
TV Nacional: Alexandre dos Santos, Camila Konder, Rogério Coutinho, Júlia Braga, Maria Lindenberg, Ricardo Mendes, Josué Luz, Rodrigo Nogueira, Carlos Gomes e Aldrin Luciano Reportagem: “Educação Escolar”. Veículo: Globo Universidade (TV Globo)
TV Regional: Rita Brito, Eduardo Oliveira, Alana Medeiros, Dimitri Lima e Delane Ratts. Reportagem: “Redenção, a Educação Reduzindo Fronteiras”.Veículo: Nordeste TV – Afiliada do SBT (Fortaleza);
Rádio Nacional- Natália Pianegonda, Natália de Godoy Aquino e Rodrigo Orengo. Reportagem: Brasil: “Procuram-se Cientistas”. Veículo: Band Band News FM (Brasília)

Rádio Regional - Celso Freire e José Luis Silva. Reportagem: “Uma cota de discriminação na UFPA”. Veículo: Rádio Liberal CBN (Belém)

Academia de Letras... do Catumbi

por Alberto Carvalho
Andando pelo rua do Catumbi, perto do Sambódromo, encontrei um sujeito, maltrapilho, vendendo livros expostos em vários caixotes de madeira.  Curioso, fui conferir do que se tratava e fiquei admirado de ver vários best-sellers da literatura universal ao sabor do vento, sol, poeira e outras intempéries do tempo. São eles: O Morro dos Ventos Uivantes, de Emile Brontè, Madame Bovary, de Flaubert, Adeus às Armas, de Hemingway, O Grande Gatsby, de Scott Fitzgerald, Os Amantes de Lady Chatterley, de D.H. Laurence, Mar Morto, de Jorge Amado e o Ato e o Fato, do meu amigo e companheiro da revista Manchete, Carlos Heitor Cony. Alguns deles eram da 1ª edição. O Ato e o Fato, da 3ª.  Foi um achado, pois alguns eu ainda não havia lido!

Arrematei todos por 3 reais cada exemplar.  Havia outros de Sidney Sheldon, Mario Puzo, Harold Hobbins, Simenon, etc. O sujeito nunca viu tanto dinheiro em suas mãos e ainda me agradeceu dizendo que se eu precisasse de mais livros, ele estaria ao meu dispor. (Alberto Carvalho)  

Telefone é uma arma para torturar os indefesos consumidores

por Eli Halfoun
O consumidor é um pobre coitado que além de ser enganado pelas empresas que lhe oferecem produtos e serviços que nunca cumprem devidamente passou também a ser torturado várias vezes ao dia por telefonemas de cobranças nem sempre devidas. Empresas de telemarketing estão sendo usadas para atormentar a paciência do consumidor, mesmo que ele não deva absolutamente nada e que muitas vezes nem tenha feito qualquer negócio com a empresa que paga a outra empresa fazer esse trabalho de tortura mental, ou seja, é uma formação de quadrilha que a lei prevê como crime. Parece que as facilidades permitidas pela computação fazem com que empresas (muitas compram cadastros, o que também é ilegal) coloquem nome e telefone de consumidores em uma espécie de agenda que é movimentada eletronicamente e que realiza ligações de cobrança ou avisos e ameaçadores sem qualquer explicação já que é impossível conversar com uma gravação. Esse tipo de abuso chegou ao limite e é necessário que o Ministério Público entre imediatamente em ação para punir empresas que abusam da invasão de privacidade (ficar telefonando para a casa de prováveis clientes não é uma prática ilegal e por isso mesmo é mais do que abuso: é um crime.) É preciso também criar leis que impeçam essa prática abusiva de sair longo de qualquer dia e hora fazer telefonemas que muitas vezes as empresas de telemarketing têm arquivado na memória e que nem pertencem aos consumidores que querem torturar. O fato é que o telefone passou a ser uma arma que não deixa o consumidor em paz. Mesmo que ele não deva absolutamente nada para ninguém. O cada vez mais impotente consumidor está nas mãos de empresas inescrupulosas que além de nunca cumprirem o que prometem e o que manda a lei agem com uma má fé que precisa ser combatida e punida antes que os consumidores esgotem suas paciências e unidos saiam danificando todos os sistemas de telemarketing do país. (Eli Halfoun)

Luciano Huck: uma conquista feita de amor e carinho

por Eli Halfoun
Para boa parte do público os quadros de ajuda que Luciano Huck apresenta no “Caldeirão” não passam de apelações para conquistar audiência, o que é comum em programas de variedades. Não há dúvida de que ganhar audiência é uma das funções dos quadros como é, aliás, tudo na televisão. No caso de Luciano é fácil perceber que pelo menos para ele promover atrações que são ações sociais não significa apenas produzir variedades para seu programa, mas sim realmente ajudar ao próximo. É perfeitamente identificável a sensibilidade com que Luciano apresenta esses quadros e a emoção que o domina não só porque está cumprindo o seu dever de apresentador, mas principalmente porque está realizando sua função como cidadão - um cidadão bem sucedido profissionalmente, mas quer nem por isso quer cada vez mais só para ele. É verdade que as ajudas prestadas por Luciano e o “Caldeirão” não significam uma solução os muitos problemas que a população mais sofrida e necessitada enfrenta para simplesmente sobreviver, mas Luciano resolve mais do que as necessidades de apenas um grupinho familiar de pessoas: ele nos mostra com sinceridade exemplos a serem seguidos: se todos decidirmos dar as mãos em uma só corrente do bem as coisas realmente melhorarão para todos, inclusive para nós.

Sei perfeitamente que quadros produzidos para programas de televisão precisam ter apelo junto ao público. Os quadros do “Caldeirão” também trem essa finalidade, o que não os invalida: os fazem maiores porque o apresentador coloca neles uma emoção real e uma verdadeira vontade de ajudar, o que Luciano tem feito ao longo de sua carreira sem precisar mostrar na televisão. Luciano Huck conquistou mais do que o aplauso o entusiasmo de um público que realmente torce por ele com amor e merecido carinho. Em poucas palavras: Luciano recebe do público o mesmo amor que distribui. É isso sem dúvida que o faz hoje um dos melhores e mais acreditados de nossos apresentadores. Afinal, televisão também se faz principalmente com amor, atenção e carinho. Do contrário ela, a televisão, perde a sua função. (Eli Halfoun)

Órgão sexual masculino é tema de um novo e curioso livro

por Eli Halfoun
“Um Rabisco de Deus” é o título de um recém lançado livro escrito pelo jornalista britânico Tom Hickman. O livro tem chama atenção porque é um curioso e divertido relato baseado em levantamento sobre a importância do órgão sexual masculino. O autor reuniu histórias sobre tamanhos e significados de diversas civilizações sempre envolvendo pessoas famosas. Em suas pesquisas o jornalista descobriu, por exemplo, que Charles Chaplin chamava seu órgão sexual de “a oitava maravilha do mundo” e que Salvador Dali não escondia dos mais chegados sua preocupação com o modesto tamanho do seu. Para muitos o título “Um Rabisco de Deus” parece de livro de arte, mas é perfeitamente justificável porque esse importante rabisco é uma obra de arte de Deus. (Eli Halfoun)

Professoras precisam olhar o próprio rabo antes de agredir funcionárias da Câmara

por Eli Halfoun
O acampamento dos professores municipais na porta da Câmara dos Vereadores no Rio tem registrado momentos inusitados e agressivos de alguns professores que pelo visto estão perdendo a oportunidade de aprender e de ensinar. Na agitada tarde da última segunda-feira aconteceu um estranho diálogo entre uma funcionária da Câmara e uma professora grevista. A funcionária precisava entrar na Câmara para trabalhar, mas estava sendo agredida pela professora que a impedia de entrar puxando os seus cabelos. A funcionária que não tem nada a ver com o que fazem os vereadores pediu gentilmente: “não faz isso, eu preciso trabalhar”. A professora reagiu agressivamente: “sai pra lá, vocês são todos um bando de ladrões. Nós é que pagamos o teu salário”. A funcionária respondeu apenas e educadamente: “Eu também pago o seu, vocês também são funcionários públicos do Município”.  Uma lição antiga que ainda é tempo das professoras aprenderem: macaco olha o teu rabo antes de querer pisar no rabo dos outros. (Eli Halfoun)

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Rio: Professores na luta. Acampamento em frente à Câmara de Vereadoras

As fotos foram feita no meio da tarde de hoje. Antes e depois houve conflitos com a polícia. Os professores em greve prometiam manter o acampamento. A categoria reivindica mais verbas para a Educação, um plano de carreira que atenda de fato às suas necessidades e ao empenho por um ensino de qualidade e melhor ambiente de trabalho. entre outras bandeiras. 

Tim Lopes: um documentário celebra a vida e a trajetória de um saudoso profissional que, no começo dos anos 70, entrou na Manchete como contínuo e de lá saiu como repórter

Tim Lopes: o repórter em ação. Foto: Divulgaçaõ

por Alberto Carvalho (*)
Arcanjo Antonino Lopes do Nascimento entrou na redação da Manchete para ser apresentado como o novo contínuo da empresa. Cabelo estilo black power, ligeiramente fora do peso, depois de cumprimentar um a um todos os redatores da revista, quando chegou a minha vez,  exclamei: - "Gente, é o filho do Tim Maia!!!". O pessoal riu e à partir daí ele ficou conhecido como o Tim. Tim era um menino educado, prestativo e muito inteligente. Certo dia, quando ele chegou para distribuir a correspondência, ficou parado, no canto da redação, olhando o movimento frenético do fechamento do número da revista. Ficou ali bastante tempo. Com receio de vê-lo ali sem fazer nada, me aproximei dizendo para ele sair, pois poderia ser chamado à atenção.  Ele me olhou e disse: - "Um dia ainda vou ser um grande jornalista..."
Tim se formou, adotou o apelido, acrescentando o Lopes para assinar as matérias nos jornais e na televisão, onde trabalhou com grande empenho.
Tim adorava o carnaval. Vivia pedindo convites para os bailes que a Manchete fazia cobertura. Numa ocasião, o fotógrafo Gil Pinheiro, que era diretor do Iate Clube de Paquetá, me convidou para ir ao tradicional Baile do Havaí que o clube promovia aos sábados que antecedia ao carnaval.  Tim estava perto e perguntou se poderia ir. Gil disse que não, alegando que ele era menor de idade. Quando eu estava nas barcas aguardando o embarque na lanche que me levaria à ilha, eis que aparece o Tim, fantasiado com uma túnica, super colorida, lembrando um orixá de cultos do candomblé! Eu disse que era arriscado ele ir pois se fosse barrado  a primeira lancha ao regressar só sairia as 7 horas da manhã do dia seguinte.  Ele respondeu "deixa comigo", pois entraria de uma forma ou de outra. Eu paguei pra ver e fomos juntos para o baile.  Na lancha ele me confidenciou que já estava acostumado a penetrar em bailes e que, inclusive, estava careca  de frequentar os bailes do Canecão, sem convites.
Chegamos na portaria do clube. Eu entrei. Ele, claro, foi barrado.  Lá dentro, procurei o Gil a fim de interceder à favor do Tim. Gil argumentou que o clube era muito exigente nesse aspecto e que não poderia fazer nada. Fiquei preocupado pensando no Tim, perambulando pela Ilha de Paquetá, fantasiado de orixá. 
Lá, pelas duas horas da madrugada, o baile estava fervendo e quem eu vejo no meio do salão? O nosso Tim, abraçado a uma havaiana dançando o hula hula, na maior animação!. Um detalhe: o traje obrigatório era o havaiano ou à rigor. Até hoje é um mistério como o Tim conseguiu penetrar num clube social com tamanho rigor que era o Iate Clube da Ilha de Paquetá.
Tim Lopes, que Deus o tenha! Saudades! (Alberto Carvalho)Gil Pinheiro, que era diretor do Iate Clube de Paquetá, me convidou para ir ao tradicional Baile do Havaí que o via aos 
UM DOCUMENTÁRIO CONTA A VIDA DE JORNALISTA TIM LOPES ASSASSINADO POR TRAFICANTES EM 2002. TIM COMEÇOU SUA CARREIRA DE JORNALISTA NAS REVISTAS MANCHETE E FATOS & FOTOS
Tim Lopes. Foto: Reprodução
"Histórias de Arcanjo - um documentário sobre Tim Lopes" reúne momentos marcantes da trajetória de um grande jornalista investigativo. Um profissional que farejava a notícia e sabia extrair do cotidiano histórias marcantes. Tim foi morto por traficantes da Vila Cruzeiro, no Complexo do Alemão, em 2002, quando apurava, com uma câmera escondida, uma matéria sobre consumo de drogas e exploração de menores em um baile funk promovido por bandidos. Do jovem que entrou na Bloch como contínuo (na época, atendia às revistas Manchete e o semanário Domingo Ilustrado, este, dirigido por Samuel Wainer, foi uma tentativa fracassada de emplacar um tabloide de atualidades, em cores) ao trágico fim como repórter da TV Globo, Tim construiu uma brilhante carreira. Na Manchete, de tanto circular pelas redações, passou a acompanhar equipes de jornalismo. Incentivado pelos editores que admiravam sua sagacidade logo tornou-se repórter. Anos depois, já trabalhando em outros veículos, formou-se em jornalismo pela faculdade Hélio Alonso
O documentário junta imagens da carreira dele e depoimentos de colegas e amigos. O autor é  Bruno Quintella, filho do jornalista e roteirista. A direção é de Guilherme Azevedo, cinegrafista que trabalhou com Tim Lopes. 

* N.R - Alberto Carvalho foi Secretário de Redação da Revista Manchete durante 34 anos e testemunhou os primeiros passos da carreira de Tim Lopes

VEJA O TRAILER DO DOCUMENTÁRIO SOBRE TIM LOPES. CLIQUE AQUI
Uma das cenas do documentário mostra Tim Lopes vivendo a experiência de vendedor de balas na rua para uma matéria da TV Globo. Foto: Reprodução

domingo, 29 de setembro de 2013

Caso da jornalista brasileira detida nos Estados Unidos...

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“Saramandaia”: saldo positivo para o início de um novo tempo

por Eli Halfoun
“O início de um novo tempo” - a frase do último capítulo de “Saramandaia” define bem a intenção de Dias Gomes quando escreveu a novela original que a partir de um realismo fantástico foi uma tentativa de renovar a cartilha dos folhetins. Na versão livre escrita agora o autor Ricardo Linhares manteve o mesmo espírito renovador e se permitiu também usar a realidade para escrever uma nova história e o início de um novo tempo. Linhares foi buscar em acontecimentos atuais temas que estarão sempre em discussão e que podem sim marcar uma nova era: pela novela passaram as manifestações (no caso da novela para mudar o nome da cidade) o mensalão (tratado na novela como mesadão proposto pelo ex-prefeito corrupto Zico Rosado e que como todos os políticos envolvidos em corrupção “não sabia de nada”). A adaptação livre de “Saramandaia” não conquistou a audiência que se esperava e não a conquistou muito mais pelo tardio horário de exibição do que pela falta de qualidade que, aliás, não faltou em “Saramandaia” tanto nos efeitos especiais quanto no capricho da produção e no desempenho de um elenco que esteve perfeito em todos os momentos - tanto que não é justo destacar um único trabalho: o time inteiro jogou coletivamente muito bem entrosado. “Saramandaia” chegou ao fim deixando um saldo positivo para a televisão de uma maneira geral. Só é de se lamentar que não tenha conseguido a quantidade de público que realmente merecia. (Eli Halfoun)

Bom senso é o melhor esquema tático para bons campeonatos de futebol

por Eli Halfoun
Não se tem falado no assunto com muita frequência e com entusiasmo (a mídia dá uma notinha aqui outra ali), mas ainda assim especialistas em bastidores de futebol (ou seja, da mesma e suja política que se instala em tudo nesse país) acreditam que o movimento de jogadores timidamente chamado de “Bom Senso” conseguirá enfim mudar o desgastante calendário do futebol brasileiro que parece estar mais preocupado com arrecadação do que em permitir desenvolver um futebol de qualidade. A mudança de calendário, ou seja, menos jogos e menos desnecessários campeonatos, é um sonho antigo que deverá ao que tudo indica finalmente virar uma realidade e que permitirá melhor desempenho dos atletas e maiores possibilidades para o comparecimento da torcida aos estádios. Não há trabalhador (e atletas são trabalhadores) que aguente uma exagerada carga horária de trabalho. Com tempo para um melhor preparo físico e técnico os jogadores sofrerão menos contusões e não estarão arriscados a encerrar por contas do desgaste físico suas carreiras prematuramente. Os torcedores também serão beneficiados pelo necessário (fundamental até bom senso): com o atual e exorbitante preço dos ingressos par a realidade salarial do trabalhador brasileiro não há torcedor que tenha condições financeira de ver todos os jogos de seu time, o que sem dúvida empobrece a qualidade do espetáculo que tem na presença da torcida um motor humano que faz o futebol ser ainda mais mágico e emocionante. Não é mais possível que dirigentes esportivos continuem jogando a bola no meio do mato: a bola deve ser tratada com carinho e com bom senso e não ser pisoteada como se costuma fazer também com a torcida. (Eli Halfoun)

Escândalo do metrô tucano sumiu da mídia de oposição mas a lama continua subindo... Leia na Istoé

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sábado, 28 de setembro de 2013

Repórter do Estadão é detida no Estados Unidos ao tentar falar com Joaquim Barbosa

Foto: Reprodução



por JJcomunic
Como foi noticiado por aqui, Joaquim Barbosa, do STF, foi convidados, junto com ministros dos tribunais superiores de vários países, para um encontro na Universidade de Yale, nos Estados Unidos. A repórter Claudia Trevisan, de O Estados de São Paulo, pediu formalmente à universidade autorização para cobrir o evento. A direção de Yale negou. A repórter avisou que procuraria falar com os participantes, mesmo do lado de fora do salão. Em seguida, segundo O Globo, ligou para Joaquim Barbosa e pediu uma entrevista. O ministro negou. Claudia Trevisan disse-lhe, então, que tentaria falar com ele à saída da palestra. No seu papel de repórter, a jornalista foi a Yale. Lá, supresa, foi abordada por um policial logo ao chegar. Teve o passaporte apreendido, foi algemada e levada para uma cela do distrito policial de New Haven. Na matéria, Globo informa que tentou ouvir Joaquim Barbosa mas não o localizou. O Estado contratou advogado já que Claudia Trevisan foi indiciada por "transgressão criminosa" e será obrigada a se apresentar a um juiz no dia 4 de outubro.
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Viu essa no HuffPost? Funcionários da NSA, a agência americana que espiona o Brasil, usam as ferramentas para bisbilhotar amantes, maridos, mulheres, vizinhos, colegas... é a fofoca de segurança nacional

Reprodução

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por JJcomunic
Dilma Roussef deflagrou uma campanha mundial contra a espionagem industrial e política empreendida pela NSA, uma espécie de KGB americana. Mas o buraco é literalmente mais embaixo e vai muito mais fundo do que supõe a vã digitalização. O Comitê de Justiça do Senado americano, que também está incomodado com os poderes totais da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, analisa 12 casos de abusos que nada têm a ver com política institucional ou combate ao terrorismo. São denúncias sobre funcionários que usam as ferramentas de espionagem para vigiar esposas e maridos. Na prática, podem ver se o "ricardão" (ou a "ricardona") está na área, fuçar se as amantes são exclusivas ou coletivas, checar o que o cunhado pentelho anda fazendo, os ex-cônjuges, vigiar a vizinha boazuda ou as contas bancárias de uns e outros e dar um confere em quem tá comendo quem na firma etc. Ou seja: uma fofocada geral ocupa os gigantesco servidores da NSA. Como se sabe, as operações da mega agência estão sob análise desde que o ex-funcionário Edward Snowden divulgou documentos comprovando que a agência espiona dados de telefone e de internet de cidadãos americanos de e todos os países. Mas na baixaria pessoal que agora vem à tona, há provas de que um militar, só no seu primeiro dia de trabalho, acessou seis endereços de email e números de telefones de uma ex-namorada. Uma diplomata suspeitou de que um agente, que era seu amante, estava ouvindo seus telefonemas. 
Bom, o que vale lá, deve valer aqui. Se a NSA entrou até na caixa postal de Dilma, imagine o que não deve ter de deputado e senado grampeado em alegres conversas com suas amantes ou seus garotões. Como tudo acaba vazando em algum momento, é bom que suas excelências coloquem a baba, ou a camisinha, de molho.

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Globo promove dança de cadeiras com apresentadores jornalísticos

por Eli Halfoun
Aquela velha história de que em time que está ganhando não se mexe não vale muito para a TV Globo, que decidiu movimentar uma dança de cadeiras em seu jornalismo, trocando apresentadores de lugar. É uma mudança que se justifica para que os apresentadores não tenham suas imagens definitivamente associadas a um único jornalístico. Até agora as mudanças decididas são as saídas de Renata Vasconcellos do “Bom Dia Brasil”, onde dividiria a apresentação do novo “Fantástico” com Tadeu Schmidt. Renata Ceribelli que era a apresentadora titular será corresponde do programa em Nova York. A vaga de Renata Vasconcellos no “Bom Dia Brasil” passará a ser ocupada por Ana Paula Araújo. Zeca Camargo também deixa o “Fantástico” para comandar o novo “Video Show” para o qual realizará inclusive entrevistas internacionais. A Globo está mexendo nas pessoas e tudo indica que também mexerá no conteúdo dos programas jornalísticos Só o “Jornal Nacional” e o “Jornal da Globo estão poupados por enquanto o que garante as permanências de William Bonner e Patrícia Poeta no JN e de Cristiane Pelajo e William Wack no JG, o que não significa dizer que eles têm cadeiras cativas. (Eli Halfoun)

Gugu oferece no SBT uma sábado mais musical e divertido

por Eli Halfoun
Gugu Liberato estará de volta à televisão, mais precisamente ao SBT, antes do final do ano. Seu novo contrato com a emissora de Silvio Santos ainda não é confirmado oficialmente, mas sabe-se que ele comandará um programa de variedades nas noites de sábado. A escolha do dia me parece perfeita já que foi aos sábados que Gugu viveu com o “Sabadão Sertanejo”, programa pioneiro no gênero, um dos melhores momentos de audiência. No mercado da televisão parecia não haver dúvidas de que Gugu retornaria ao SBT e foi esse o motivo que fez com que o apresentador permanecesse absolutamente em silêncio durante o período de “férias forçadas”, depois que deixou a Record. Foram sem dúvida férias necessárias porque permitiram ao apresentador descansar o corpo e principalmente a imagem - uma imagem que, aliás, andava desgastada depois que foi envolvida em várias desconfianças em relação aos quadros de seu programa. Gugu é, não se pode negar, um apresentador carismático, mas precisa mudar não o seu simpático comportamento no palco, mas sim o comportamento de seu programa: Gugu não precisa de quadros apelativos e de jornalismo fajuto pra ganhar audiência e aos sábados não tenho dúvidas de que voltará a fazer um programa divertido com muitos números musicais – até porque o que o telespectador espera nas noites de sábado é apenas e simplesmente diversão. E isso Gugu sabe fazer muito bem desde que não se deixe como vinha fazendo aos domingos enfiar os pés pelas mãos, o que lhe permitirá, aí sim, recuperar a credibilidade simpática que conquistou em sua carreira como apresentador. (Eli Halfoun)