quarta-feira, 2 de outubro de 2013
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Marquês de Sapucaí, uma rua chamada avenida...
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| Rua Marquês de Sapucaí, 1920. Reprodução Internet |
É comum no Rio de Janeiro e em outras cidades espalhadas pelo Brasil autoridades batizarem praças e ruas com nomes de pessoas que o povão desconhece totalmente: o Barão da Torre, na zona sul, o Conde de Bonfim, na Tijuca e o Marquês de Sapucaí, no centro, esses apenas para dar um exemplo. Ninguém sabe o motivo pelos quais esses nobres ilustres desconhecidos da maioria se notabilizaram para mereceram tal honraria - se isso possa ser uma honraria como a do Ayrton Senna, na Barra, Pres. Vargas, no centro, D. Helder Câmara, na zona norte e agora Tim Lopes. Existem muitos outros que realmente foram lembrados pelo que realizaram em suas trajetórias de vida. O Marques de Sapucaí só é lembrado durante o carnaval nas letras de sambas-enredos e nas vozes de locutores de rádios e tevês durante os desfiles das escolas de samba. O samba da Império Serrano que marcou época dizia em seu estribilho: "....bum bum baticumbum prugurundum contagiando a Marques de Sapucaí" e o samba Liberdade Liberdade da Imperatriz dizia: "... tem verde e branco por aí, sambando na Sapucaí". E vai por aí...
Essa rua, que chamam de avenida, fez parte da minha infância. Nela, eu me divertia pegando carona nos estribos do bonde (saltando com ele em movimento), indo às matinés no cinema Catumbi e me lambuzando, chupando o picolé que comprava na sorveteria do seu Miguel. Desde os anos 40, ela foi ligada ao carnaval. Era uma via obrigatória para o Rancho União dos Caçadores, e mais tarde o bloco Bafo da Onça, ambos com sede no Catumbi, quando se dirigiam ao centro da cidade para as suas apresentações.
Para tristeza de seus moradores, quis o destino, e por conta do progresso, que a rua fosse demolida para dar lugar ao sambódromo (ideia há muito defendida pelos sambista) e vias para o acesso ao Túnel Santa Bárbara que liga o bairro Catumbi a Laranjeiras.
Se a r rua não tem história, deixou muitas saudades nas pessoas que nela nasceram e moraram por muitos anos. Era uma atração para as senhoras que ficavam nas janelas esperando, não a banda passar, mas os bondes e lotações, levando e trazendo trabalhadores com destino a cidade ao Rio Comprido.
Por tudo isso - não sei por que cargas d'agua - somente agora fiquei curioso em saber quem foi esse tal Marquês. Descobri num volume "Memórias do Carnaval", editado pela Riotur, que se tratava de um Governador das Capitanias de Minas Gerais chamado Cândido José de Araújo. O que ele fez, ou deixou de fazer, nada constava. Pesquisando mais à fundo, descobri apenas que ele pertencia a uma família da nobreza portuguesa. Nada mais.Me aprofundei na História da Inconfidência Mineira, e nada do nome desse tal Marquês. Será que ele foi um rival do João Fernandes de Oliveira no coração da escrava Xica da Silva? Quem sabe?... Na minha opinião, acho que ele não era muito chegado aos festejos de Momo.
Ainda bem que a rua Marquês de Sapucaí, que saiu do mapa, não tinha o nome de um brasileiro ilustre ou um herói nacional... (Alberto Carvalho)
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| Rua Catumbi, anos 60. Reprodução Internet |
Prêmio Estácio de Jornalismo 2013 - na comissão que apontou os vencedores, dois jornalistas que atuaram na Manchete: Roberto Muggiati e Arnaldo Niskier
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| Roberto Muggiati, Ilona Becskeházy, Vera Iris Paternostro e Arnaldo Niskeir foram jurados do Prêmio Estácio de Jornalismo 2013. Foto Murilo Tinoco/Divulgação |
Grande Prêmio Estácio de Jornalismo – Lauro Neto – Reportagem: “Jogo
dos Mil Erros”. Veículo: O Globo;
Impresso Nacional - Sabine Righetti, Fábio Takahashi, Heloisa
Helvecia, Hélio Schwartzman, Vera Guimarães e Daniele Doneda – Reportagem: “Ranking
Universitário da Folha”. Veículo: Folha de São Paulo;
Impresso Regional- Eliane Rocha – Reportagem: “Série Cidadãos
Brasileiros”. Veículo: Roraima Hoje (Boa Vista);
Internet Nacional: Angela Chagas, Gilmar Vaz, André Roca e
Marina Novaes – Reportagem “Da Escola Pública a Harvard: Olimpíadas Mudam
Destino de Campeões”. Veículo: Portal Terra;
Internet Regional: Luana Marinho e Renato Oselame -
Reportagem: “Baianos com Deficiência Intelectual Lutam por Diploma de
Curso Superior”. Veículo: Correio Hoje (Salvador)
TV Nacional: Alexandre dos Santos, Camila Konder, Rogério Coutinho,
Júlia Braga, Maria Lindenberg, Ricardo Mendes, Josué Luz, Rodrigo Nogueira,
Carlos Gomes e Aldrin Luciano Reportagem: “Educação Escolar”. Veículo: Globo
Universidade (TV Globo)
TV Regional: Rita Brito, Eduardo Oliveira, Alana Medeiros,
Dimitri Lima e Delane Ratts. Reportagem: “Redenção, a Educação Reduzindo
Fronteiras”.Veículo: Nordeste TV – Afiliada do SBT (Fortaleza);
Rádio Nacional- Natália Pianegonda, Natália de Godoy Aquino e
Rodrigo Orengo. Reportagem: Brasil: “Procuram-se Cientistas”. Veículo: Band Band
News FM (Brasília)
Rádio Regional - Celso Freire e José Luis Silva. Reportagem: “Uma
cota de discriminação na UFPA”. Veículo: Rádio Liberal CBN (Belém)
Academia de Letras... do Catumbi
por Alberto Carvalho
Andando
pelo rua do Catumbi, perto do Sambódromo, encontrei um sujeito, maltrapilho,
vendendo livros expostos em vários caixotes de madeira. Curioso, fui conferir do que se tratava e fiquei
admirado de ver vários best-sellers da literatura universal ao sabor do vento,
sol, poeira e outras intempéries do tempo. São eles: O Morro dos Ventos
Uivantes, de Emile Brontè, Madame Bovary, de Flaubert, Adeus às Armas, de
Hemingway, O Grande Gatsby, de Scott Fitzgerald, Os Amantes de Lady Chatterley,
de D.H. Laurence, Mar Morto, de Jorge Amado e o Ato e o Fato, do meu amigo e
companheiro da revista Manchete, Carlos Heitor Cony. Alguns deles eram da 1ª
edição. O Ato e o Fato, da 3ª. Foi um
achado, pois alguns eu ainda não havia lido!
Arrematei
todos por 3 reais cada exemplar. Havia outros de Sidney Sheldon, Mario Puzo, Harold Hobbins, Simenon, etc. O sujeito
nunca viu tanto dinheiro em suas mãos e ainda me agradeceu dizendo que se eu
precisasse de mais livros, ele estaria ao meu dispor. (Alberto Carvalho)
Telefone é uma arma para torturar os indefesos consumidores
por Eli Halfoun
O consumidor é um pobre
coitado que além de ser enganado pelas empresas que lhe oferecem produtos e
serviços que nunca cumprem devidamente passou também a ser torturado várias
vezes ao dia por telefonemas de cobranças nem sempre devidas. Empresas de
telemarketing estão sendo usadas para atormentar a paciência do consumidor,
mesmo que ele não deva absolutamente nada e que muitas vezes nem tenha feito
qualquer negócio com a empresa que paga a outra empresa fazer esse trabalho de
tortura mental, ou seja, é uma formação de quadrilha que a lei prevê como
crime. Parece que as facilidades permitidas pela computação fazem com que empresas
(muitas compram cadastros, o que também é ilegal) coloquem nome e telefone de
consumidores em uma espécie de agenda que é movimentada eletronicamente e que
realiza ligações de cobrança ou avisos e ameaçadores sem qualquer explicação já
que é impossível conversar com uma gravação. Esse tipo de abuso chegou ao
limite e é necessário que o Ministério Público entre imediatamente em ação para
punir empresas que abusam da invasão de privacidade (ficar telefonando para a
casa de prováveis clientes não é uma prática ilegal e por isso mesmo é mais do
que abuso: é um crime.) É preciso também criar leis que impeçam essa prática
abusiva de sair longo de qualquer dia e hora fazer telefonemas que muitas vezes
as empresas de telemarketing têm arquivado na memória e que nem pertencem aos
consumidores que querem torturar. O fato é que o telefone passou a ser uma arma
que não deixa o consumidor em paz. Mesmo que ele não deva absolutamente nada
para ninguém. O cada vez mais impotente consumidor está nas mãos de empresas
inescrupulosas que além de nunca cumprirem o que prometem e o que manda a lei
agem com uma má fé que precisa ser combatida e punida antes que os consumidores
esgotem suas paciências e unidos saiam danificando todos os sistemas de telemarketing
do país. (Eli Halfoun)
Luciano Huck: uma conquista feita de amor e carinho
por Eli Halfoun
Para boa parte do público
os quadros de ajuda que Luciano Huck apresenta no “Caldeirão” não passam de
apelações para conquistar audiência, o que é comum em programas de variedades.
Não há dúvida de que ganhar audiência é uma das funções dos quadros como é,
aliás, tudo na televisão. No caso de Luciano é fácil perceber que pelo menos
para ele promover atrações que são ações sociais não significa apenas produzir
variedades para seu programa, mas sim realmente ajudar ao próximo. É
perfeitamente identificável a sensibilidade com que Luciano apresenta esses
quadros e a emoção que o domina não só porque está cumprindo o seu dever de apresentador,
mas principalmente porque está realizando sua função como cidadão - um cidadão
bem sucedido profissionalmente, mas quer nem por isso quer cada vez mais só
para ele. É verdade que as ajudas prestadas por Luciano e o “Caldeirão” não
significam uma solução os muitos problemas que a população mais sofrida e
necessitada enfrenta para simplesmente sobreviver, mas Luciano resolve mais do
que as necessidades de apenas um grupinho familiar de pessoas: ele nos mostra
com sinceridade exemplos a serem seguidos: se todos decidirmos dar as mãos em
uma só corrente do bem as coisas realmente melhorarão para todos, inclusive
para nós.
Sei perfeitamente que
quadros produzidos para programas de televisão precisam ter apelo junto ao
público. Os quadros do “Caldeirão” também trem essa finalidade, o que não os
invalida: os fazem maiores porque o apresentador coloca neles uma emoção real e
uma verdadeira vontade de ajudar, o que Luciano tem feito ao longo de sua carreira
sem precisar mostrar na televisão. Luciano Huck conquistou mais do que o
aplauso o entusiasmo de um público que realmente torce por ele com amor e merecido
carinho. Em poucas palavras: Luciano recebe do público o mesmo amor que
distribui. É isso sem dúvida que o faz hoje um dos melhores e mais acreditados
de nossos apresentadores. Afinal, televisão também se faz principalmente com amor,
atenção e carinho. Do contrário ela, a televisão, perde a sua função. (Eli Halfoun)
Órgão sexual masculino é tema de um novo e curioso livro
por Eli Halfoun
“Um Rabisco de Deus” é o
título de um recém lançado livro escrito pelo jornalista britânico Tom Hickman.
O livro tem chama atenção porque é um curioso e divertido relato baseado em
levantamento sobre a importância do órgão sexual masculino. O autor reuniu
histórias sobre tamanhos e significados de diversas civilizações sempre
envolvendo pessoas famosas. Em suas pesquisas o jornalista descobriu, por
exemplo, que Charles Chaplin chamava seu órgão sexual de “a oitava maravilha do
mundo” e que Salvador Dali não escondia dos mais chegados sua preocupação com o
modesto tamanho do seu. Para muitos o título “Um Rabisco de Deus” parece de
livro de arte, mas é perfeitamente justificável porque esse importante rabisco
é uma obra de arte de Deus. (Eli Halfoun)
Professoras precisam olhar o próprio rabo antes de agredir funcionárias da Câmara
por Eli Halfoun
O acampamento dos
professores municipais na porta da Câmara dos Vereadores no Rio tem registrado
momentos inusitados e agressivos de alguns professores que pelo visto estão perdendo
a oportunidade de aprender e de ensinar. Na agitada tarde da última segunda-feira
aconteceu um estranho diálogo entre uma funcionária da Câmara e uma professora
grevista. A funcionária precisava entrar na Câmara para trabalhar, mas estava
sendo agredida pela professora que a impedia de entrar puxando os seus cabelos.
A funcionária que não tem nada a ver com o que fazem os vereadores pediu
gentilmente: “não faz isso, eu preciso trabalhar”. A professora reagiu
agressivamente: “sai pra lá, vocês são todos um bando de ladrões. Nós é que
pagamos o teu salário”. A funcionária respondeu apenas e educadamente: “Eu
também pago o seu, vocês também são funcionários públicos do Município”. Uma lição antiga que ainda é tempo das
professoras aprenderem: macaco olha o teu rabo antes de querer pisar no rabo dos
outros. (Eli Halfoun)
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Rio: Professores na luta. Acampamento em frente à Câmara de Vereadoras
Tim Lopes: um documentário celebra a vida e a trajetória de um saudoso profissional que, no começo dos anos 70, entrou na Manchete como contínuo e de lá saiu como repórter
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| Tim Lopes: o repórter em ação. Foto: Divulgaçaõ |
por Alberto
Carvalho (*)
Arcanjo Antonino Lopes do Nascimento entrou na redação da Manchete para ser apresentado como o novo contínuo
da empresa. Cabelo estilo black power, ligeiramente fora do peso, depois de
cumprimentar um a um todos os redatores da revista, quando chegou a minha
vez, exclamei: - "Gente, é o filho do Tim Maia!!!". O pessoal riu
e à partir daí ele ficou conhecido como o Tim. Tim era um menino educado,
prestativo e muito inteligente. Certo dia, quando ele chegou para distribuir a
correspondência, ficou parado, no canto da redação, olhando o movimento
frenético do fechamento do número da revista. Ficou ali bastante tempo. Com
receio de vê-lo ali sem fazer nada, me aproximei dizendo para ele
sair, pois poderia ser chamado à atenção. Ele me olhou e disse: -
"Um dia ainda vou ser um grande jornalista..."
Tim se formou, adotou o
apelido, acrescentando o Lopes para assinar as matérias nos jornais e na
televisão, onde trabalhou com grande empenho.
Tim adorava o carnaval. Vivia pedindo convites
para os bailes que a Manchete fazia cobertura. Numa ocasião, o
fotógrafo Gil Pinheiro, que era diretor do Iate Clube de Paquetá, me convidou
para ir ao tradicional Baile do Havaí que o clube promovia aos sábados
que antecedia ao carnaval. Tim estava perto e perguntou se poderia ir.
Gil disse que não, alegando que ele era menor de idade. Quando eu estava nas
barcas aguardando o embarque na lanche que me levaria à ilha, eis que aparece o
Tim, fantasiado com uma túnica, super colorida, lembrando um orixá de
cultos do candomblé! Eu disse que era arriscado ele ir pois se fosse
barrado a primeira lancha ao regressar só sairia as 7 horas da manhã do
dia seguinte. Ele respondeu "deixa comigo", pois entraria de
uma forma ou de outra. Eu paguei pra ver e fomos juntos para o baile. Na
lancha ele me confidenciou que já estava acostumado a penetrar em bailes
e que, inclusive, estava careca de frequentar
os bailes do Canecão, sem convites.
Chegamos na portaria do clube. Eu entrei. Ele, claro, foi barrado. Lá dentro, procurei o Gil a fim de interceder à favor do Tim. Gil argumentou que o clube era muito exigente nesse aspecto e que não poderia fazer nada. Fiquei preocupado pensando no Tim, perambulando pela Ilha de Paquetá, fantasiado de orixá.
Lá, pelas duas horas da madrugada, o baile estava fervendo e quem eu vejo no meio do salão? O nosso Tim, abraçado a uma havaiana dançando o hula hula, na maior animação!. Um detalhe: o traje obrigatório era o havaiano ou à rigor. Até hoje é um mistério como o Tim conseguiu penetrar num clube social com tamanho rigor que era o Iate Clube da Ilha de Paquetá.
Tim Lopes, que Deus o tenha! Saudades! (Alberto
Carvalho)Gil Pinheiro, que
era diretor do Iate Clube de Paquetá, me convidou para ir ao
tradicional Baile do Havaí que o via aos Chegamos na portaria do clube. Eu entrei. Ele, claro, foi barrado. Lá dentro, procurei o Gil a fim de interceder à favor do Tim. Gil argumentou que o clube era muito exigente nesse aspecto e que não poderia fazer nada. Fiquei preocupado pensando no Tim, perambulando pela Ilha de Paquetá, fantasiado de orixá.
Lá, pelas duas horas da madrugada, o baile estava fervendo e quem eu vejo no meio do salão? O nosso Tim, abraçado a uma havaiana dançando o hula hula, na maior animação!. Um detalhe: o traje obrigatório era o havaiano ou à rigor. Até hoje é um mistério como o Tim conseguiu penetrar num clube social com tamanho rigor que era o Iate Clube da Ilha de Paquetá.
UM DOCUMENTÁRIO CONTA A VIDA DE JORNALISTA TIM LOPES ASSASSINADO POR TRAFICANTES EM 2002. TIM COMEÇOU SUA CARREIRA DE JORNALISTA NAS REVISTAS MANCHETE E FATOS & FOTOS
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| Tim Lopes. Foto: Reprodução |
O documentário junta imagens da carreira dele e depoimentos de colegas e amigos. O autor é Bruno Quintella, filho do jornalista e roteirista. A direção é de Guilherme Azevedo, cinegrafista que trabalhou com Tim Lopes.
* N.R - Alberto Carvalho foi Secretário de Redação da Revista Manchete durante 34 anos e testemunhou os primeiros passos da carreira de Tim Lopes
VEJA O TRAILER DO DOCUMENTÁRIO SOBRE TIM LOPES. CLIQUE AQUI
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| Uma das cenas do documentário mostra Tim Lopes vivendo a experiência de vendedor de balas na rua para uma matéria da TV Globo. Foto: Reprodução |
domingo, 29 de setembro de 2013
“Saramandaia”: saldo positivo para o início de um novo tempo
“O início de um novo tempo” - a frase
do último capítulo de “Saramandaia” define bem a intenção de Dias Gomes quando
escreveu a novela original que a partir de um realismo fantástico foi uma
tentativa de renovar a cartilha dos folhetins. Na versão livre escrita agora o
autor Ricardo Linhares manteve o mesmo espírito renovador e se permitiu também
usar a realidade para escrever uma nova história e o início de um novo tempo. Linhares
foi buscar em acontecimentos atuais temas que estarão sempre em discussão e que
podem sim marcar uma nova era: pela novela passaram as manifestações (no caso
da novela para mudar o nome da cidade) o mensalão (tratado na novela como
mesadão proposto pelo ex-prefeito corrupto Zico Rosado e que como todos os políticos
envolvidos em corrupção “não sabia de nada”). A adaptação livre de “Saramandaia”
não conquistou a audiência que se esperava e não a conquistou muito mais pelo
tardio horário de exibição do que pela falta de qualidade que, aliás, não faltou
em “Saramandaia” tanto nos efeitos especiais quanto no capricho da produção e
no desempenho de um elenco que esteve perfeito em todos os momentos - tanto que
não é justo destacar um único trabalho: o time inteiro jogou coletivamente
muito bem entrosado. “Saramandaia” chegou ao fim deixando um saldo positivo
para a televisão de uma maneira geral. Só é de se lamentar que não tenha
conseguido a quantidade de público que realmente merecia. (Eli Halfoun)
Bom senso é o melhor esquema tático para bons campeonatos de futebol
por Eli Halfoun
Não se tem falado no assunto com
muita frequência e com entusiasmo (a mídia dá uma notinha aqui outra ali), mas
ainda assim especialistas em bastidores de futebol (ou seja, da mesma e suja
política que se instala em tudo nesse país) acreditam que o movimento de
jogadores timidamente chamado de “Bom Senso” conseguirá enfim mudar o
desgastante calendário do futebol brasileiro que parece estar mais preocupado
com arrecadação do que em permitir desenvolver um futebol de qualidade. A
mudança de calendário, ou seja, menos jogos e menos desnecessários campeonatos,
é um sonho antigo que deverá ao que tudo indica finalmente virar uma realidade
e que permitirá melhor desempenho dos atletas e maiores possibilidades para o
comparecimento da torcida aos estádios. Não há trabalhador (e atletas são
trabalhadores) que aguente uma exagerada carga horária de trabalho. Com tempo
para um melhor preparo físico e técnico os jogadores sofrerão menos contusões e
não estarão arriscados a encerrar por contas do desgaste físico suas carreiras
prematuramente. Os torcedores também serão beneficiados pelo necessário
(fundamental até bom senso): com o atual e exorbitante preço dos ingressos par
a realidade salarial do trabalhador brasileiro não há torcedor que tenha condições
financeira de ver todos os jogos de seu time, o que sem dúvida empobrece a
qualidade do espetáculo que tem na presença da torcida um motor humano que faz
o futebol ser ainda mais mágico e emocionante. Não é mais possível que dirigentes
esportivos continuem jogando a bola no meio do mato: a bola deve ser tratada com
carinho e com bom senso e não ser pisoteada como se costuma fazer também com a
torcida. (Eli Halfoun)
sábado, 28 de setembro de 2013
Repórter do Estadão é detida no Estados Unidos ao tentar falar com Joaquim Barbosa
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| Foto: Reprodução |
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por JJcomunic
Como foi noticiado por aqui, Joaquim Barbosa, do STF, foi convidados, junto com ministros dos tribunais superiores de vários países, para um encontro na Universidade de Yale, nos Estados Unidos. A repórter Claudia Trevisan, de O Estados de São Paulo, pediu formalmente à universidade autorização para cobrir o evento. A direção de Yale negou. A repórter avisou que procuraria falar com os participantes, mesmo do lado de fora do salão. Em seguida, segundo O Globo, ligou para Joaquim Barbosa e pediu uma entrevista. O ministro negou. Claudia Trevisan disse-lhe, então, que tentaria falar com ele à saída da palestra. No seu papel de repórter, a jornalista foi a Yale. Lá, supresa, foi abordada por um policial logo ao chegar. Teve o passaporte apreendido, foi algemada e levada para uma cela do distrito policial de New Haven. Na matéria, Globo informa que tentou ouvir Joaquim Barbosa mas não o localizou. O Estado contratou advogado já que Claudia Trevisan foi indiciada por "transgressão criminosa" e será obrigada a se apresentar a um juiz no dia 4 de outubro.
LEIA NO BLUE BUS. CLIQUE AQUI
Viu essa no HuffPost? Funcionários da NSA, a agência americana que espiona o Brasil, usam as ferramentas para bisbilhotar amantes, maridos, mulheres, vizinhos, colegas... é a fofoca de segurança nacional
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| Reprodução |
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| Reprodução |
por JJcomunic
Dilma Roussef deflagrou uma campanha mundial contra a espionagem industrial e política empreendida pela NSA, uma espécie de KGB americana. Mas o buraco é literalmente mais embaixo e vai muito mais fundo do que supõe a vã digitalização. O Comitê de Justiça do Senado americano, que também está incomodado com os poderes totais da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, analisa 12 casos de abusos que nada têm a ver com política institucional ou combate ao terrorismo. São denúncias sobre funcionários que usam as ferramentas de espionagem para vigiar esposas e maridos. Na prática, podem ver se o "ricardão" (ou a "ricardona") está na área, fuçar se as amantes são exclusivas ou coletivas, checar o que o cunhado pentelho anda fazendo, os ex-cônjuges, vigiar a vizinha boazuda ou as contas bancárias de uns e outros e dar um confere em quem tá comendo quem na firma etc. Ou seja: uma fofocada geral ocupa os gigantesco servidores da NSA. Como se sabe, as operações da mega agência estão sob análise desde que o ex-funcionário Edward Snowden divulgou documentos comprovando que a agência espiona dados de telefone e de internet de cidadãos americanos de e todos os países. Mas na baixaria pessoal que agora vem à tona, há provas de que um militar, só no seu primeiro dia de trabalho, acessou seis endereços de email e números de telefones de uma ex-namorada. Uma diplomata suspeitou de que um agente, que era seu amante, estava ouvindo seus telefonemas.
Bom, o que vale lá, deve valer aqui. Se a NSA entrou até na caixa postal de Dilma, imagine o que não deve ter de deputado e senado grampeado em alegres conversas com suas amantes ou seus garotões. Como tudo acaba vazando em algum momento, é bom que suas excelências coloquem a baba, ou a camisinha, de molho.
LEIA NO HUFF POST, CLIQUE AQUI
Globo promove dança de cadeiras com apresentadores jornalísticos
por Eli Halfoun
Aquela velha história de
que em time que está ganhando não se mexe não vale muito para a TV Globo, que
decidiu movimentar uma dança de cadeiras em seu jornalismo, trocando apresentadores
de lugar. É uma mudança que se justifica para que os apresentadores não tenham
suas imagens definitivamente associadas a um único jornalístico. Até agora as
mudanças decididas são as saídas de Renata Vasconcellos do “Bom Dia Brasil”, onde dividiria a apresentação do novo “Fantástico” com Tadeu Schmidt. Renata
Ceribelli que era a apresentadora titular será corresponde do programa em Nova
York. A vaga de Renata Vasconcellos no “Bom Dia Brasil” passará a ser ocupada
por Ana Paula Araújo. Zeca Camargo também deixa o “Fantástico” para comandar o
novo “Video Show” para o qual realizará inclusive entrevistas internacionais. A
Globo está mexendo nas pessoas e tudo indica que também mexerá no conteúdo dos
programas jornalísticos Só o “Jornal Nacional” e o “Jornal da Globo estão poupados
por enquanto o que garante as permanências de William Bonner e Patrícia Poeta
no JN e de Cristiane Pelajo e William Wack no JG, o que não significa dizer que
eles têm cadeiras cativas. (Eli Halfoun)
Gugu oferece no SBT uma sábado mais musical e divertido
por Eli Halfoun
Gugu Liberato estará de
volta à televisão, mais precisamente ao SBT, antes do final do ano. Seu novo
contrato com a emissora de Silvio Santos ainda não é confirmado oficialmente,
mas sabe-se que ele comandará um programa de variedades nas noites de sábado. A
escolha do dia me parece perfeita já que foi aos sábados que Gugu viveu com o
“Sabadão Sertanejo”, programa pioneiro no gênero, um dos melhores momentos de
audiência. No mercado da televisão parecia não haver dúvidas de que Gugu
retornaria ao SBT e foi esse o motivo que fez com que o apresentador permanecesse
absolutamente em silêncio durante o período de “férias forçadas”, depois que deixou a
Record. Foram sem dúvida férias necessárias porque permitiram ao apresentador
descansar o corpo e principalmente a imagem - uma imagem que, aliás, andava
desgastada depois que foi envolvida em várias desconfianças em relação aos
quadros de seu programa. Gugu é, não se pode negar, um apresentador carismático,
mas precisa mudar não o seu simpático comportamento no palco, mas sim o
comportamento de seu programa: Gugu não precisa de quadros apelativos e de
jornalismo fajuto pra ganhar audiência e aos sábados não tenho dúvidas de que
voltará a fazer um programa divertido com muitos números musicais – até porque
o que o telespectador espera nas noites de sábado é apenas e simplesmente
diversão. E isso Gugu sabe fazer muito bem desde que não se deixe como vinha
fazendo aos domingos enfiar os pés pelas mãos, o que lhe permitirá, aí sim,
recuperar a credibilidade simpática que conquistou em sua carreira como
apresentador. (Eli Halfoun)
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