sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
A última chance de Neymar
por Niko Bolontrin
Um olhada em jornais esportivos europeus mostra que o interesse na volta de Neymar ao Santos é mínimo e geralmente cauteloso. Ninguém dúvida mas ninguém avança em previsões sobre a real capacidade do jogador atuar em alto nível. Craque é, mas terá resistência física para exercer técnica e talento?
A mídia brasileira parece acreditar. Canais nas redes sociais vibram e vários dão sinais de impulsão encomendada. Um ex-jogador chegou a viralizar uma "informação": um time da Premier League teria colocado na mesa uma proposta para levar Neymar. Não apareceu. Nem mesmo Miami sinalizou qualquer interesse.
Tudo isso indica que os próximos seis meses no Santos definirão o futuro de Neymar em termos de desempenho e imagem. Seis meses é exatamente a duração do contrato. Os números alcançados em campo dirão ou não se o Neymar voltou. Se mostrar resistência e confiança certamente atrairá interesses. Em paralelo, um retorno à seleção brasileira também a vitrine.que ele precisa. Sabe-se que Neymar buscou propostas de times que jogarão o mundial da FIFA nos Estados Unidos. Esse seria um display ainda mais vistoso, mas não aconteceu. Então, boa sorte para ele no Peixe e no trem ainda sem rumo de Dorival Júnior.
Trump joga War no Salão Oval
Por ordem de Trump Google passa a nomear o Golfo do México como Golfo da América. Isso, por enquanto, apenas para visualização dos usuários estadunidenses. Nos planos do desvairado, virão Oceano da América no lugar do Atlântico, Cataratas da América em vez de Niágara. O oligarca da Casa Branca administra o país como se jogasse War.
O clone de Trump
O bufão Milei vai construir cercas na fronteira da Argentina com o Brasil. Deve ser para impedir os hermanos de virem para Búzios e Camboriú.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Pela primeira vez a Lua é incluída pela WMF em lista de patrimônios mundiais em risco
Neil Armstrong já morreu, mas ele e outros astronautas deixaram 96 sacos resíduos orgânicos na Lua. Foto NASA |
por José Esmeraldo Gonçalves
A Lua acaba de ser incluída na lista de patrimônios mundiais ameaçados. A organização WMF (Fundo Mundial de Monumentos justifica a medida ao constatar que o satélite natural da Terra - tanto o meio ambiente local quanto os sítios históricos - está em risco. A pegada de Neil Armstrong, por exemplo, é uma dessas marcas memoriais de valor cultural. A sucata que sobrou dos módulos lunares, além de veículos dos astronautas (os pequenos "jipes"), robôs e sondas está espalhada na superfície lunar. Tudo junto soma mais de 180 toneladas, segundo a NASA admite. É lixo espacial, sim, mas tem significado histórico. A WMF teme que a retomada das missões tripuladas anunciadas por empresas privadas norte-americanas e países como China e Índia comprometa o acervo da exploração lunar. Estima-se que equipamentos e objetos largados na superfície lunar alcancem cifras de milhões de dólares. Empresários como Elon Musk demonstram interesse nesse "tesouro". E não se pode ignorar a perspectiva de que, em alguns anos, o turismo espacial se consolide. Turistas costumam arrecadar lembrancinhas por onde passam. Devem ser alertados que em meio a colecionáveis há na Lua um item inusitado da época das missões tripuladas: a Apollo deixou lá 96 sacos com conteúdo orgânico. Isso mesmo, ao lado da famosa placa fixada pelos astronautas ("Por toda a humanidade, nós viemos em paz"), os terráqueos presentearam possíveis visitantes extraterrestres com cocô e urina.
A iniciativa da WMF tem um objetivo em paralelo à questão ambiental. O predator Elon Musk, que já enviou ao espaço um carro Tesla, pode ter planos inacreditáveis. Por exemplo, levar à Lua um estátua de Hitler, do qual é um admirador, construir um condomínio para trilionários no Mar da Tranquilidade ou, quem sabe, implantar uma usina nuclear para iluminar a face oculta da Lua. Não duvide, Musk já sequestrou até as estrelas. Experimente olhar para cima em uma noite clara, sem nuvens. Um belo céu estrelado? Não exatamente. Aquelas fileiras de luzes que parecem "constelações" ainda não nomeadas por astrônomos são os milhares de satélites estacionários da Starlink em uma altitude de até 500 km. Além de poluir o visual estelar, a "constelação" de Musk tem outro problema. Periodicamente, os técnicos do magnata têm que derrubar satélites queimados, quase sempre danificados pela radiação solar. Diz a Starlink que essas quedas são "controladas". Mas se até os foguetes da empresa explodem no ar... vai saber.
domingo, 26 de janeiro de 2025
Oscar 1960 - O Brasil esteve lá. O filme Orfeu Negro foi premiado mas a França levou a estatueta
por Ed Sá
No momento em que o Brasil comemora a histórica performance de "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles, indicado ao Oscar nas categorias Melhor Atriz (Fernanda Torres), Melhor Filme e Melhor Filme Internacional, vale lembrar o feito igualmente épico de "Orfeu Negro". Lançada em 1959, a coprodução francesa, italiana e brasileira dirigida por Marcel Camus ganhou o Oscar 1960 de Melhor Filme Estrangeiro. Embora falado em português, com elenco quase todo formado por atores e arrizes brasileiros, baseado na peça "Orfeu da Conceição ", de Vinícius de Moraes, com trilha sonora de Tom Jobim e Luis Bonfá, além de canções de Vinicius e Antonio Maria (o cantor Agostinho dos Santos interpetrou a célebre "Manhã de Carnaval"), filmado no Brasil , "Orfeu Negro" foi inscrito pela França, que levou a estatueta. Vinícius se inspirou no mito grego de Orfeu e Eurídice e ambientou a trama em uma favela carioca.
O filme de Camus foi também a primeira produção em lingua portuguesa a vencer o Oscar. Um pouco antes, em 1959, ganhou também a Palma de Ouro, em Cannes. No elenco, Breno Mello como Orfeu, a norte-americana Marpessa Dawn como Eurídice, Lourdes de Oliveira, Léa Garcia, Adhemar Ferreira da Silva, Alexandre Constantino, Waldir de Souza, Chico Bôto, Jorge dos Santos,Tião Macalé e |Cartola.
sábado, 18 de janeiro de 2025
Os saraus da Ceres: patrimônio imaterial da República de Ipanema • Por Roberto Muggiati
![]() |
Ceres Feijó. Ao fundo, pintura de Ana Maria Maiolino |
![]() |
Uma vista da mesa do pato, com as amendoeiras à janela. Fotos Theca Vasques |
Começo do começo, por um casal corajoso: Ceres Feijó e Flávio de Aquino, que deixaram seus cônjuges para formar uma união eterna – ela com três filhos, ele com quatro. Um casal com um dom genial para compartilhar sua alegria de viver com uma seleta legião de amigos. Eu os conheci na Manchete em 1966 e, depois de uma temporada na Veja em São Paulo, aprofundei meu relacionamento com o Flávio na redação do EleEla, um antro de intelectuais, dirigido pelo escritor Carlos Heitor Cony. Enquanto “revista masculina”, entregávamos muito pouco ao leitor, ou quase nada: o que o Cony chamava de “mulherio” de nossas páginas coloridas eram fotos da franquia alemã da revista Jasmin, robustas valquírias de biquínis largões, pois na época toda nudez era castigada pela ditadura militar. Procurávamos valorizar nossa edição mensal com matérias inteligentes e sofisticadas: Mário Pontes com seus achados literários, Paulo Perdigão com as últimas novidades de Hollywood, Cinecittà e adjacências, Flávio der Aquino com sua fabulosa erudição em artes plásticas (lembro de um texto seu sobre a Vênus de Willendorf com suas nádegas e seios fartos) e eu tentando contestar o Sistema com o rock e a contracultura, depois do AI-5, ficou totalmente proibido escrever sobre política. O próprio Cony – nas generosas sobras de tempo do fechamento – escreveu ali o romance Pilatos, que considerava sua obra mais criativa e transgressora.
Em 1978, editor da Manchete, pedi ao Flávio que escrevesse uma série sobre a História dos Papas. O tema se tornara atualíssimo com a morte de Paulo VI e a primeira eleição no Vaticano em 15 anos. E ganhou ainda mais força quando o sucessor, João Paulo I, morreu misteriosamente após apenas 33 dias de pontificado, o que levou a uma nova eleição, a do polonês Karol Wojtyla. Flávio ficou tão satisfeito com a publicação que ofereceu um jantar comemorativo no seu apartamento da Rua Alberto de Campos, em Ipanema, perto da Lagoa.
![]() |
Muggiati, com o filho Roberto, Ceres, Flávio de Aquino, Burle Marx e Zulema Rida. Fotos de Lena Muggiati. |
O bom Flávio sofria de insuficiência renal e submetia-se a sessões regulares de hemodiálise. Nosso último encontro memorável foi uma viagem ao sítio de Burle Marx em Guaratiba. Flávio escreveria uma grande matéria sobre o paisagista, minha mulher Lena faria as fotos. Marx fez questão de nos levar para ver as molduras de portas e janelas de pedra de cantaria que havia comprado de um prédio demolido no centro do Rio. As preciosidades estavam numa parte elevada do terreno. Na descida, debilitado pela doença, Flávio chegou atrasado à biblioteca, onde Burle Marx tocava uma peça barroca num antigo harmônio de igreja. Mirou um convidativo sofá de couro e desabou sobre ele com todo o seu peso. Do couro ressecado, cheio de furos, jorrou um jato de pequenas penas brancas do enchimento, que se chocaram contra o teto e caíram lenta e silenciosamente como neve ao som de uma fuga de Bach. Fellini puro!
Os anfitriões lendários de Ipanema eram o casal Guguta e Darwin Brandão, encastelados no seu apartamento da Rua Redentor, até a morte dele, em 1978. Flávio, o florianopolitano de alma carioca, também nos deixou, em 1987, no dia de São Sebastião. Passado o luto, a discreta Ceres começaria a empunhar o facho dos Brandão, com seu talento natural para a arte de receber. Em sua agenda anual destacavam-se duas datas: a feijoada do seu aniversário, no sábado mais próximo do 28 de julho; e o pato com lentilhas do Ano Novo. Simbolismos não faltam aqui: as lentilhas remetem à prosperidade e fartura. E Ceres na mitologia é a deusa da agricultura, vem dela a palavra cereal.
Lembro-me de meus primeiros patos, no início dos anos 2000, na cobertura da Visconde de Pirajá, acessada por uma escada em espiral. Você tomava o elevador até o sexto andar, abria a porta e se via enclausurado num cubículo retangular forrado de espelhos, a única saída era escalar os três metros da pesada escada de madeira em caracol. A subida até que era fácil. A descida, difícil – quase impossível para alguns – depois de umas e muitas outras... Ao entrar no apartamento, você respirava o clima de montanha do ar condicionado e os aromas convidativos que recendiam da cozinha. Mas, antes do pato, o papo, noblesse oblige. Ele rolava, animado pelo reencontro de velhas amizades e pelo nascimento de novas amizades, estimulado pelos melhores vinhos e uísques.
Da rica entourage, devo esquecer alguns nomes, mas vou me esforçar para lembrar. Em certa ocasião, um décimo da Academia Brasileira de Letras estava presente: Cícero Sandroni, Ferreira Gullar, Zuenir Ventura (e sua primeira-dama Mary) e Ana Maria Machado, então presidente da ABL. A pintora Marília Kranz – a misteriosa Madame K das degustações do crítico de gastronomia Apicius – era assídua. O crítico de teatro e cinema Wilson Cunha e o dramaturgo e autor de musicais Flávio Marinho também, quando não estavam de férias na Europa. O mestre do design Karlheinz Bergmüller era outro dos comensais, ex-colega de Flávio como professor da pioneira Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) carioca, casado com a ex-fotógrafa Zulema Rida, mãe (do primeiro casamento) de Júlia Pentagna. Júlia casou com o cônsul da Alemanha no Rio, Michael Geier. Amigo da Intelligentsia esquerdista e simpatizante do PT nos seus prolegômenos, Michael prodigalizava viagens oficiais à Alemanha para seus amigos, de A[quino] a Z[iraldo]. Fui incluído na lista em fevereiro de 1979, com minha mulher, Lena Muggiati, fotógrafa de Manchete. Visitei as principais revistas semanais do país: Stern e Der Spiegel em Hamburgo, Bunte Illustrierte em Offenburg, Quick e Bravo em Munique. Fomos também a Berlim, com direito a um concerto da lendária Philarmoniker. Michael Geier, que, depois do Rio, serviu em rincões remotos como Ouagadougou, capital de Burkina Faso, se aposentou com brilho, como embaixador da República Federal da Alemanha em Roma e passou a morar em Berlim com Júlia. Esporadicamente, o casal veio ao Brasil, dando o ar de sua graça na casa da Ceres.
Nos últimos anos, o endereço da festa mudou: um belo apartamento de cobertura na Saddock de Sá, sombreado na frente pelas verdes copas das amendoeiras e, na varanda traseira, com uma vista deslumbrante da Lagoa Rodrigo de Freitas. Foi nesse novo cenário que reencontrei Beatriz, ex-Sra. Fernando Sabino quando ele era, em 1964, o Adido Cultural do Brasil em Londres e eu trabalhava no Serviço Brasileiro da BBC. Sabino e eu formávamos, com o jornalista Narceu de Almeida, os Três Mosqueteiros do Ronnie Scott’s Jazz Club, assistindo a shows memoráveis do pianista Bill Evans e do saxofonista Stan Getz.
O Pato do Jubileu • Compareci ao pato deste ano na companhia de minha agente literária, Thereza Cavalcanti Vasques, que veio de São Paulo passar o réveillon no Rio e combinar a minha agenda de compromissos para 2025. Senti a falta de meu colega bolsista de jornalismo na França Zuenir Ventura, teria feito forfait por problemas de mobilidade. A gravurista Teresa Miranda, 96 anos, estava lá, lépida e fagueira. Guguta Brandão, aos 87, esbanjava jovialidade, como nos tempos em que recebia na Rua Redentor. Karlheinz Bergmüller, 96 anos, era esperado, mas não apareceu, talvez ainda estivesse pegando umas ondas na praia. Com certeza vai dar as caras no Pato de 2026. Dos filhos da Ceres, Quinca, com o marido Noronha, e Nando, com a namorada Verônica, prestigiavam a festa, assim como os filhos de Flávio de Aquino, Maria Helena e Roberto, que concilia miraculosamente as funções de funcionário da Receita Federal e percussionista de escola de samba. Conversei muito com Rosa Freire D’Aguiar, viúva de Celso Furtado e correspondente da Manchete em Paris nos anos 1970, recém-premiada pelo Jabuti por seu livro Sempre Paris. Atualmente ela traduz com Mário Sérgio Conti Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust. Perguntei a Rosa como se pode traduzir uma obra que começa com uma frase intraduzível: “Longtemps, je me suis couché de bonne heure”.
Ano que vem, muitos de nós estaremos de novo reunidos no sarau da Ceres. Esta história daria um belo filme. Eu o chamaria A um pato da eternidade.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Suécia já deu cartão vermelho ao VAR. Agora a Noruega quer acabar com a verificação eletrônica que só traz confusão para o jogo
No jornal português Público, edição de hoje, matéria sobre times da Noruega que se unem para acabar com o VAR nos jogos de futebol no país. Noruegueses alegam que a checagem eletrônica foi idealizada para aperfeiçoar as arbitragens. Ao contrário do previsto veio para confundir e despertar suspeição.
Imaginem se os noruegueses conhecessem o VAR brasileiro, um foco frequente de confusões e desconfiança. Os times noruegueses ainda se queixam que pagam por algo que prejudica o futebol.
A Suécia já deu cartão vermelho ao VAR há muito tempo.
No Brasil a estrutura de verificação digital custa uma fortuna, empresas faturam em cima da geringonça e dificilmente o lobby instalado vai abrir não da bocaça.
Boquita presidencial - Responda rápido: quem inspirou quem?
quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
terça-feira, 14 de janeiro de 2025
Musk quer mesa no Salão Oval
A capa da New Yorker com data de 20 de janeiro, dia da posse de Donald Trump, antecipa uma competição de egos que promete transformar a Casa Branca em um octógono de UFC. De um lado Donald Trump, do outro Elon Musk, o "czar" a quem o presidente eleito delegou podres poderes. Musk não vai aceitar papel de figurante. Desde que seu nome foi anunciado para "reorganizar os Estados Unidos" e torná-lo uma "corporação" eficiente, ele circula em Washington como se pisasse em tapete vermelho o tempo todo.
A ilustração da New Yorker manda a mensagem: Trump está de olho.
Bolsonaro tem representante no BBB 25
Reprodução X
por Ed Sá
Viralizam nas redes sociais fotos do ex-atleta Diego Hypolito em momentos "fofos" ao lado de Bolsonaro e Michelle. Independentemente de qualquer coisa, ele entra na casa já com torcida dividida, no mínimo. Diego não pode reclamar. A cena bozotoca de sorrisos e afetos tem um preço. Provavelmente, ele agradecia o que Bolsonaro não fez pelo esporte.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
domingo, 12 de janeiro de 2025
Comentaristas de economia de correm sério risco de morrer de susto
por Flávio Sépia
A reprodução acima é apenas um dos exemplos que registram as previsões erradas dos chamados "especialistas" em qualquer coisa. São profissionais convidados pela mídia onde lançam toda a empáfia sobre temas diversos: finanças, inflação, mercado, geração de emprego, PIB, futebol, turismo, renda do trabalhador, serviços etc.
Os "especialistas" se surpeendem tanto com as suas próprias previsões que a qualquer hora terão síncopes em série. Economistas, cientistas políticos e comentaristas de geopolítica tombaram grogues de sustos. Os jornalões adoram ouví-los. Quanto os números reais vêm melhores do que esperado invariavelmente admitem que são acometidos de pânico com as estatísticas reais fora das suas métricas de mercado especulativo. Claro que não são motivados pela ciência mas pela política.
Embora tenham errado previsões para 2023 e 2024, os trêfegos "especialistas" estão em campo para anunciar que 2025 vai ser uma mer4a. Como têm sofrido tantos choques emocionais, é recomendável que façam eletrocardiograma, que examinem as carótidas entupidas, que aproveitem o começo do ano para esquiar na Europa e que visitem as Bahamas para ver como anda o saldo nas contas secretas. Façam isso porque tomaram muitos sustos em 2025.
Fogo nos imigrantes
sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
domingo, 5 de janeiro de 2025
sábado, 4 de janeiro de 2025
Virou piada - 2025 começa entre o ridículo e o bizarro. Basta dizer que o hit desse verão é " Nóis vai descer pra BC"
Parece um reality com roteiro medíocre. É impossível prever como será 2025. Por enquanto neste início, o ano dá sinais de que será bizarro. Vejam os primeiros sintomas:
* Janaína Lima, vereadora de direita do PP, não foi reeleita para a Câmara Municipal de São Paulo e mandou retirar privada e pia que, diz ela, foram instaladas com "recursos próprios". O vereador e ex-BBB Adrilles, que assumiu o gabinete desfalcado de vaso sanitário, ficou temporariamente impedido de evacuar no recinto. Provavelmente fez coligação sanitária com a bancada dos com- oanheiro. Janaína, que recebeu descargas de críticas, devolveu as peças sequestradas.
* Outra crise fecal aconteceu em um voo da Air France Paris-Rio após a virada do ano. O avião fez uma escala não prevista em Fortaleza porque um passageiro fez "uso excessivo" do banheiro. Não se sabe o que o indivíduo comeu, mas ele foi capaz de sobrecarregar o sistema de contenção dos resíduos.
* O cantor sertanejo Gusttavo Lima procura partido para se candidatar a presidente em 2026. Bolsonarista fanático, ele passou a ser considerado "traidor" pelos adeptos de Jair Bolsonaro que, apesar do impedimento legal, se diz presidenciável para 2026. As redes sociais se dividiram entre chamar Gusttavo Lima de "o novo padre Kelman", achar que é jogada para aparecer, estratégia política da extrema direita que deve escalar vários candidatos para somar votos no primeiro turno e outras especulações.
* A próxima campanha eleitoral deverá ser recordista em candidaturas de influencers, coachs, e "laranjas" de organizações criminosas.
* Um dos processos menos graves a que Donald Trump responde chega ao fim e magnata corre risco de pagar multa e cumprir 10 dias de prisão antes mesmo da posse.
* A oposição planeja abrir várias CPIs para paralisar o governo Lula. Mídia de direita e o mercado transformarão cada uma delas em "crise" na bolsa, na cotação do dólar etc. Isso é tática de bandido e não de parlamentares sérios.
* A ex-atriz e atual extremista religiosa e ideológica Cassia Kiss agora ataca em público jovens que usam biquíni. A ex-atriz agrediu verbalmente uma menina que usava a parte superior do biquíni ao fazer compras em um supermercado. Cássia desconhece que está no Rio, que confunde com Cabul. Bolsonarismo associado a fanatismo religioso é doença. As redes sociais acham que a "irmã" Cássia andava sumida porque estava no Afeganistão fazendo estágio de como ministrar opressão religiosa em praça pública.
* O primeiro sucesso musical do ano tem a cara desses tempos. "Nóis vai descer, descer pra BC". O clipe de Breno e Matheus está estourado nas redes sociais e no streamings da vida. É hit de verão e tem chance de se tornar hino da praia mais brega do Brasil. BC aí não e Branco Central, refere-se ao reduto dos novos ricos e assemelhados, Balneário de Camboriú, a "Dubai" nacional e bolsonarista. Dizem os críticos que BC deveria construir um monumento à lavagem de dinheiro. Seria uma wash machine gigante cercada de ricaços do agronegócio.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2025
Desengaveta, Congresso! O ano já virou e a proposta de lei para regular a internet continua barrada pela extrema direita.
Segundo o site de checagem Aos Fatos, em cada 10 anúncios sobre saúde veiculados em grandes portais de notícias do Brasil, nove são enganosos.
E a gangue da extrema direita brasileira ainda tenta impedir a regulação da internet. Excelências, o que acontece no mundo virtual tem impacto na vida real. Essa cascata de anúncios falsos, especialmente tratando-se de saúde, pode matar. E esse é apenas um dos exemplos da terra sem lei no ambiente virtual.
A proposta de criação da Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet em trâmite no Congresso Nacional tem sido barrada por bolsonaristas, eles mesmos produtores em massa de fake news. Uma delas espalha uma fake preferida dos meliantes: a regulação vai interferir na liberdade de expressão. Não passa nem perto disso.
Bom andar rápido porque a IA é um instrumento que em teclados errados vai botar pra quebrar. A democracia pode ser a maior vítima.