Cicciolina na Manchete. Foto de João Miguel Jr/Manchete |
Dewi Sukarno, também à mesa na sede da Rua do Russel |
É bom explicar à rapaziada que pegou o bonde da História andando no milênio: Ilona Staller nasceu em 1950 na Hungria, foi espiã soviética na Itália, ganhou cidadania ao casar com um italiano, entrou com furor no nascente pornô peninsular com o nome de guerra de Cicciolina (“Fofinha”), daí como um vendaval na política radical, fundando o Partido do Amor e depois o DNA (Democracia, Natureza e Amor), tendo sido a segunda deputada mais votada nas eleições de 1987.
Agora, à véspera dos 70 anos, ela embarcou num projeto polêmico, o “Classic Nudes” (disponível no You Tube), um guia interativo que faz, sem autorização, para o site Pornhub, uma releitura picante de mais de cem obras-primas de museus como Louvre, Prado, MoMA, Uffizi e outros grandes. A volta de Cicciolina às manchetes me lembrou que não foi ela a única a sentir uma atração erótica irresistível pelas mesas da Manchete.Nos anos 1970, Adolpho Bloch recebeu no primeiro prédio do Russell a viúva do presidente da Indonésia, Dewi Sukarno, hoje com 81 anos, socialite, celebridade da TV, filantropa. Nascida em Tóquio, estudante de artes e garçonete, aos 19 anos conheceu o presidente indonésio de 57 anos, que casou com ela em 1962, nomeando-a Ratna Sari Dewi Sukarno – no sânscrito javanês, “a joia essência de uma deusa”. Presidente desde 1945, Sukarno foi derrubado por um golpe de Suharto em 1967 e morreu três anos depois. Ao visitar o Teatro Adolpho Bloch em novembro de 1974, a bela Dewi, no viço dos seus 34 anos, posou soberana e suavemente sexy sobre a mesa do foyer.
Reparem: Cicciolina e Dewi ambas virginalmente de branco...
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