Ingleses erguem os braços comemorando o gol e a Copa de 1966. O mesmo gesto dos alemães é de revolta e indignação. Foto Manchete |
Em 1986, nos meses que antecederam a Copa do México, Manchete publicou a série Brasil de 12 Copas, assinada por Roberto Muggiati. Um dos capítulos focalizava a Copa de 1966, na Inglaterra. Naquele ano, o torneio foi marcado por três fatos. A desclassificação do Brasil, com a dramática contusão de Pelé, caçado em campo; o roubo da Taça Jules Rimet, depois localizada; e a bola que não entrou no gol da Alemanha, mesmo assim validado pelo árbitro. A irregularidade foi decisiva para o título da Inglaterra no lendário Wembley e na final mais discutida de todas as copas..
Depois de amanhã, domingo, Inglaterra e Itália decidem a Eurocopa. No mesmo estádio, agora reformado mas sempre mítico. Os ingleses se classificaram(2X1) para a final com a ajuda de um pênalti polêmico que despachou a Dinamarca, marcado também na prorrogação quando o atacante Sterling teria simulado uma falta.
A indignação dos dinamarqueses em campo lembrou a revolta do alemães em 1966. Naquele final, o jogo acabou em 2X2, no tempo normal. Veio a prorrogação e, aos 11 minutos, o inglês Hurst chutou de fora da área, a bola bateu no travessão e caiu à frente da linha de gol. O suiço Gottifried Dienst validou o lance. A Alemanha perdeu o gás e os ingleses fizeram mais um gol, fechando o placar em 4X2 e ganhando a Copa.
A Itália confia que, dessa vez, o árbitro não vai repetir a patriotada que vitimou a Alemanha há 55 anos e a Dinamarca, na última quarta-feira. Mesmo assim, a Azurra teme que, em possível dúvida, Sua Senhoria despreze o VAR e consulte a rainha.
Um comentário:
Inglaterra não ganha nada desde 1966.Acho que é bom a Itália ficar de olho na rainha
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