O RR é atração turística em Brasília. Foto Agência Brasil |
Desde 2012 passou a ser exibido no Palácio do Planalto às sextas-feiras e domingos. Foto Agência Brasil |
Infográfico Ministério da Defesa |
por BQVManchete
O carro não tem culpa e não precisa ser convocado pela Comissão da Verdade. Mas ao longo da sua quilometragem foi obrigado a transportar tanto ditadores quanto presidentes democraticamente eleitos. No dia 1° de janeiro, Dilma Rousseff toma posse para mais um mandato. Nesse dia, o Rolls Royce presidencial sairá da garagem, o que só costuma ocorrer uma vez por ano, no dia 7 de Setembro, e a cada quatro anos na solenidade de posse do presidente. Mas desde 2012, o Palácio do Planalto passou a exibir o carrão todas as sextas-feiras e todos os domingos na entrada da sede de governo, o que tem atraído centenas de turistas. O Rolls Royce conversível cabriolé chegou ao Brasil de navio em março de 1953. Existia uma versão supostamente oficial de que o carro teria sido uma doação da rainha Elizabeth II da Inglaterra ao governo brasileiro. Historiadores preferem aceitar o fato de que um grupo de empresários doou o RR a Getúlio Vargas. Mas este, ex-ditador e então cumprindo mandato constitucional, transferiu o bem ao patrimônio público. Getúlio usou o carro pela primeira vez em uma festividade do Dia do Trabalho. Antes, até 1951, GG usava um Mercedes conversível que lembrava muito o veículo que transportava Adolf Hitler nos desfiles da SS nas avenidas de Berlim. O carro alemão tornou-se, digamos, pelo menos por algum tempo, politicamente incorreto. E foi assim que, depois de Gegê, Café Filho, JK, Jânio, Jango, os generais da ditadura, o "ajudante de ordens" Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma experimentaram a sensação de esquentar o estofamento do imponente RR. Mas o carrão também deu carona a Yuri Gagárin, quando o cosmonauta soviético visitou o Brasil, a Charles de Gaulle, a Rainha Elizabeth e até a uma miss, Ieda Vargas, a única que teve esse privilégio por conquistar o título de Miss Universo em 1963 numa época em que o concurso era quase uma questão de Estado de tão popular e badalado.
Totalmente original, o RR tem motor de seis cilindros, é movido a gasolina, pesa 2,5 toneladas e tem capacidade para transportar sete pessoas. Já rodou mais de 30 mil quilômetros. Por seus momentos de glória, mas também de vexame no caso de alguns passageiros compulsórios, entrou definitivamente para a história.
Os generais De Gaulle e Castelo Branco. Reprodução |
O general Figueiredo e o vice Aureliano Chaves. Foto PR |
Collor. Foto PR |
Getúlio Vargas usou o RR, pela primeira vez, em solenidade do Dia do Trabalho, em Volta Redonda. Reprodução |
Antes, adotou um Mercedes conversível. Reprodução |
7 comentários:
Dilma devia ir de fusquinha como o presidente do Uruguai. Itamar não foi de Fusca mas fez com que a Volks voltasse a fabricar o carrinho
Essa história do Itamar fazer a Wolks montar novamente o fusquinha acabou em nada. Não foi uma boa ideia. A boa ideia dele que ninguém deu bola era a de abrir a Caixa PRETA da PTbras. Se ele conseguisse na sua época abrir essa caixa não teríamos hoje de assistir o desmoronamento dessa Estatal corrupta e corruptora com tanta safadeza, hipocrisia, cinismo e roubalheira.
Vendo esses ditadores fico chocada como a oposição quer os milicos de volta
Será que é só a oposição que quer os milicos de volta?
Me desculpem
Mas o carro da última foto, não é uma Mercedes, mas um Packard, norte-americano.
Me desculpem
Mas o carro da última foto, não é uma Mercedes, mas um Packard, norte-americano.
Anselmo robson, sua observação está confirmada. Obrigado pela correção.
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