por BQVManchete
Virou moda. A ideia nada original começou nos Estados Unidos (com a repórter Shoshana Roberts, do jornal The Independent, de Nova York) e vários veículos brasileiros partiram para a imitação. Na realidade, o formato é nada mais do que o da tão criticada "pegadinha" do João Kleber. Uma "isca" acompanhada por um câmera vai pelas ruas capturando incautos que não sabem que estão sendo filmados. Dessa vez, a repórter da rádio CBN, Gabriela Rangel, foi testar nas ruas de São Paulo a temperatura do assédio sofrido por mulheres. À frente, ia o câmera Hermínio Bernardo flagrando as "gracinhas" dos rapazes ao ver passar a repórter. A causa da "pegadinha" é nobre: denunciar as grosserias que as mulheres ouvem, especialmente quando circulam sozinhas. No caso, pode-se até dizer que o conteúdo do que a repórter ouviu não foi exatamente agressivo. Eram "elogios" como “que morenaço”, “que linda” e “de paz com a vida”. Um pouco mais ousado, um cara falou um “que delícia”. Claro que as mulheres devem defender o direito de andar nas ruas sem serem incomodadas por esses "elogios". E é natural que deixem isso bem claro. Mas seria interessante mostrar como seria, se é que isso ainda é possível, uma abordagem politicamente correta. Se você não for apresentado a uma mulher, como se aproximar sem desrespeitá-la ou se tornar inconveniente? Nas redes sociais isso tem sido motivos de posts machistas e irônicos. Um internauta bolsonariano chegou a perguntar como uma mulher na rua reagiria a um "elogio" do Neymar, por exemplo. Outro, mais radical, também bolsonariano, falou que depois as mulheres reclamam que o número de gays está aumentando.
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2 comentários:
Mas a "cantada " faz parte da vida das mulheres. Na verdade, elas se sentem humilhadas e ofendidas quando, todas cheirosas e nos "trinques " não recebem uma "cantada " nas onde passeiam.
Elas querem e morrem de aflição para receberem uma "cantada "na rua. Está no seu íntimo, na sua vaidade de mulher.
NO fundo elas querem ser paqueradas nas ruas e de servirem de objeto na hora do vamos ver na cama. Olha, que me confessou isso foi uma mulher.
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