(da Redação)
Por mais que venha recebendo tratamento vip por parte dos jornalões, Eduardo Campos não é o candidato preferencial da velha mídia. Sua campanha, que está coordenada com a de Aécio Neves, é destinada a esquentar o banco, ele só será titular caso vá para o segundo turno disputando com Dilma Rousseff. Nesse caso, a elite apoiaria até um poste, para usar a expressão criada por eles mesmos. O "cara" da mídia empresarial é Aécio. Como uma afinada orquestra, teve início neste fim de semana uma das estratégias da campanha. Aécio esteve presente em quase todas as colunas dos jornalões e revistas. Em uma delas, ganhou num só dia três notas positivas. No dia seguinte, duas elogiosas. Em outra, é presença diária, sempre louvado e exaltado. Uma pequena pesquisa: em uma só edição, em apenas um jornal, Aécio e o PSDB tiveram oito notas ou citações elogiosas. Campos, três. O PT e Dilma "ganharam" oito notas negativas, algumas até agressivas. Sem novidades, é mais ou menos a tática que levou Collor ao poder. À medida em que a campanha se acelerar, essa tendência, como aconteceu em todas as eleições neste século e no anterior, apenas se acirrará. Se na na TV e no rádio, que são concessões públicas, o desequilíbrio é explícito, no meio impresso, que não tem regras para espaço a candidatos, a campanha corre solta. Explicando, para que não restem dúvidas, não se pede um controle de conteúdo da mídia. A deformação é institucional e empresarial. Na mídia impressa não há pluralidade. No rádio e na TV, por exemplo, seria necessário que movimentos sociais fossem titulares de uma parcela das concessões. Iniciativas de uma comunicação democrática não sobrevivem tratando-se de jornais e revistas onde a concorrência é extremamente desleal. É isso que é preciso mudar. Resta, ocupar todos os espaços na internet, nos movimentos sociais e na base da sociedade. E torcer para que milhões de brasileiros não votem em patrão e se recusem a abrir mão dos avanços sociais da última década. Falta muito a conquistar mas já há muito a perder. Basta votar em propostas anunciadas de um "governo financeiro" cuja prioridade é o "deus mercado", os especuladores, e cuja consequência será um golpe mortal na política social que tirou da pobreza largas faixas da população e no mínimo deu-lhes ganho em termos da melhor distribuição de renda.ocorrida até aqui. Não por coincidência, os mesmos jornalões que mostram seu engajamento de sempre na corrida eleitoral combatem ferozmente iniciativas como Bolsa Família, Cotas universitárias, Prouni, Mais Médicos, política de ganhos reais do salário mínimo, SUS, Luz para Todos, Minha Casa, Minha Vida etc, etc. Tudo junto e misturado, faz sentido, não? .
Um comentário:
O companheiro que é trabalhador ou aposentado e bota na urna o mesmo voto do dono do Itaú, da Globo, do Bradesco, da Veja, da Andrade Gutierrez etc, alguma coisa tá errada ou deve ser imbecil misturado com idiota. Vote no povo brasileiro, amigo. Não seja traíra.
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