sábado, 29 de setembro de 2012

O poço das vaidades

por deBarros
Temos mais um palco de teatro recém-inaugurado em Brasíia.  Em um moderno prédio de linhas ousadas criado pelo mais famoso arquiteto de "iglus" se desenvolve peça teatral onde seus atores competem entre si sobre quem mais interpreta as suas falas com mais emoção e sentimento deitando falação que levam, ás vezes, um dia e meio, quando não dois. Não poderia ter melhor palco diante de uma plateia sequiosa de condenações onde um dos seus atores, maravilhado pelos olhares e ouvidos a ele dirigido, com voz sofrida e postada, revela os seus pensamentos e suas ideias  do que seja o bem e o mal na sua parte da encenação dessa peça teatral chamada: “O Mensalão.
De fazer inveja a Aristófanes, na comédia, os autores do “O Mensalão” são julgados nesse palco transformado em verdadeiro “poço de vaidades” . Alguns atores seriam merecedores de prêmios equivalentes  ao “Oscar” do cinema se aqui o houvesse. Debaixo de mantos negros como as penas das gralhas e corvos, esses atores se esforçam para serem os interpretes mais dramáticos das melhores cenas teatrais de suas vidas. Outras oportunidades iguais a essa nunca mais acontecerão. O “to be or not to be” de suas vidas será agora ou o pano do fim do espetáculo descerá sobre suas vidas e  o “never more” sepultará a suas pretensões aos melhores prêmios de teatro deste país.

Um comentário:

debarros disse...

O administrador voltou. Apesar de ter sido detido na célebre "Lubianka", de triste memória, conseguiu escapar de seus tenebrosos corredores usando da sua cultura cearense e malicia carioca aprendida depois de longos anos no Rio de Janeiro. Claro que visitou o túmulo da múmia do regicida em exposição num buraco do muro do Krenlin, apesar do povo russo achar que tá na hora de queimar essa múmia tão visitada por por progressistas de alguns exóticos países que ainda acham que a teoria de Karl Max e aplicada como regime de governo.