segunda-feira, 20 de setembro de 2010

"Contos de Cubango": livro de J.A. Barros

J.A.Barros: contos, tipos e letras
por José Esmeraldo Gonçalves
Ex-diretor de Arte de revistas ilustradas como O Cruzeiro, Manchete, Fatos & Fotos, Manchete Esportiva, Fatos e outras publicações, o amigo J.A.Barros, que escreve neste blog, certamente viu passar pela sua prancheta milhares de fotos. Um acelerado desfile de acontecimentos da semana e, principalmente, de personagens de tragédias, conquistas esportivas, aventuras, crimes famosos, protagonistas dos bons e dos maus momentos do drama humano. Tudo e todos se submetiam à precisão da régua e ao olho treinado do diagramador J.A.Barros. Um dos autores e organizadores da coletânea "Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou" (Desiderata), onde mergulhou nos bastidores da extinta Bloch Editores, ele se volta, agora, para a ficção. Neste exercício, como valioso instrumento, recorre ao mesmo olhar preciso e observador que desenvolveu na vida profissional. “Contos de Cubango” é o cotidiano em páginas, colunas e linhas. Erotismo, violência, fantasia, delírio, relacionamentos, a beleza de pequenos encontros e o choque de grandes desilusões são ingredientes dos contos do designer e escritor J.A.Barross, que, em geral, oferece aos leitores desfechos surpreendentes.
Como escreve no prefácio o jornalista Eli Halfoun, "a narrativa é agradável e simples, como o próprio Barros costuma ser na convivência com os muitos amigos que conseguiu transformar também em admiradores".
A propósito, J.A.Barros está participando do concurso "Talentos da Maturidade". Neste link, você poderá ler um dos seus contos. Clique AQUI

Limite não é castigo. É lição para aprender a viver

por Eli Halfoun
Neymar está de castigo: comportou-se mal e praticamente obrigou o "pai", no caso o técnico e a diretoria do Santos, a fazer o que qualquer pai faz com o filho quando pisa na bola. Acredito quer a punição é a forma que o “pai” Santos encontrou para fazer o "filho" jogador perceber que na vida é preciso aprender a ter limites. A vida nos impõe limites diários e, portanto, é necessário conviver com eles da melhor forma possível. Impor limites não significa estabelecer nenhum tipo absurdo de cerceamento, mas sim ensinar e beneficiar um jovem que aos 18 anos apenas começa a deixar de ser criança e tem ainda muito a aprender. O estabelecimento de limites costuma ser a melhor lição. O que acontece com Neymar não é um fato isolado: costuma acontecer com quase todos os jovens que se encantam com o poder fazer as coisas que antes não podiam. Deslumbrados com a descoberta da vida, acabam sempre enfiando os pés pelas mãos e, no caso de Neymar, é fundamental que os pés estejam sempre plantados solidamente no chão, especialmente nos dos campos de futebol, para que possam continuar desenvolvendo com correção uma deslumbrante habilidade como atleta. Outros jogadores da idade de Neymar certamente passaram e passam por esse tipo de deslumbramento e transformação, mas suas condutas não ganham a repercussão do que a de Neymar tem merecido simplesmente porque não são todos os jovens jogadores que recebem a unanimidade da mídia e um salário mensal que o próprio Neymar jamais imaginou ganhar tão cedo. É evidente que as facilidades que o dinheiro proporcionou ao menino como Neymar, que não teve uma vida tão fácil assim, exerça uma enorme influência em quem antes não podia comprar um pão e agora pode adquirir a padaria. Neymar está precisando ficar adulto e só se fica realmente adulto quando se aprender a conviver com os limites da vida. O “caso Neymar” deixa claro também e uma vez mais, a necessidade dos clubes aprenderem que jovens atletas precisam de apoio psicológico desde o início de suas carreiras. Nesse aspecto são os clubes que cometem o erro maior: também se deslumbram com o que o jogador com pinta de craque poderá proporcionar financeiramente ao clube e o colocam para jogar de qualquer maneira expondo-o a um tiroteio de cobranças que acaba sendo inevitável. Atletas da idade de Neymar não precisam apenas de chuteiras, calção e camisa do clube. Precisam muito mais é de orientação e fundamentais limites. Que de uma forma ou de outra sempre virão impostos pelo próprio dia a dia.

Pitangy: “Tolerar a própria imagem é a melhor cirurgia que existe”

por Eli Halfoun
“Quando me perguntam por que ainda não fiz plástica respondo: porque tolero minha imagem. Tolerar a própria imagem é a melhor operação que existe. O ego condescendente vale dez cirurgias. Quando o processo não está inserido no plano do desejo interno, nada do que é feito vai dar satisfação” - quem garante isso e sabe o que diz é o mestre da cirurgia plástica Ivo Pitanguy. Essa é uma das muitas declarações de Ivo Pitangy para a nova edição da revista ‘“Go Where-Rio”, da qual também é a capa. Considerado o mais famoso cirurgião plástico do mundo Pitanguy já realizou milhares de intervenções cirúrgicas, mas nunca se submeteu ao seu próprio bisturi porque tolera a sua imagem.

Brasileiro pode ganhar um Oscar para a Espanha

por Eli Halfoun
Pelo menos um brasileiro já tem participação garantida na próxima disputa do Oscar. É o diretor Andrucha Waddington que estará entre os concorrentes não em nome do Brasil mas sim da Espanha. A Academia das Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha indicou o filme “Lope”, dirigido por Andrucha. Rodado na Espanha, o filme relembra a trajetória de Félix Lope de Vega, um dos mais importantes poetas e dramaturgos do século de ouro. No elenco de “Lope”, que estreou recentemente na Europa, estão os espanhóis Leonor Wasling, Pilar de Ayala e Alberto Amann. O filme de Andrucha foi indicado com outros dois espanhóis - “Cela 211” e “Tambien la Lluvia”, mas só no dia 25 de janeiro a Academia de Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos divulgará a lista dos concorrentes. A premiação será no dia 27 de fevereiro.

Não virou notícia, mas o Ricardo Kotscho lembrou no IG...

é Primavera.

sábado, 18 de setembro de 2010

Uma puttana vai brilhar em Estoril

Violante Placido, do filme "The American", na Playboy italiana.
 George Clooney contracena com Violante Placido. A atriz vive uma prostituta no filme "The American" e tenta fazer valer uma tradição do cinema, que impulsiona a carreira de estrelas que interpretam 'puttanas' nas telas como...

Sophia Loren em "Casamento à italiana"...
Anna Magnani em "Mamma Roma",...
Julia Roberts em "Pretty Woman e...

Catherine Deneuve em "Bela da Tarde".
por JJcomunic
O Estoril Film Festival acontecerá em Cascais, Portugal, a partir do dia 5 de novembro. O novo filme do diretor Anton Corbijn, "The American", com o ator George Clooney no papel principal, gera todas as expectativas. E não necesssariamente pela presença do ator americano que, no filme, é o assassino Jack. Quem promete fazer Estoril ferver é a atriz italiana Violante Placido, que faz o papel de uma prostituta. Dizem que uma atriz não se completa enquanto não vive uma prostituta na tela. De fato, não são poucas as estrelas que ganharam impulso na carreira após rodar a bolsinha no cinema. Julia Roberts em "Pretty Woman", Catherine Deneuve em "Bela da Tarde", Sophia Loren em "Casamento à Italiana", Silvana Mangano em "A Grande Guerra", Anna Magnani em "Mamma Roma", Claudia Cardinale em "Era Uma Vez no Oeste"... Encarar uma "puttana" pode ser o grande passo da bela Violante. Polêmica, ela já criou.Quando saiu do set, entregou que George Clooney foi inexperiente e inseguro nas cenas de sexo.

Aphrodite se quiser

Kylie Minogue em foto de divulgação do seu novo álbum
Aphrodite é o nome do novo álbum da cantora Kylie Minogue, que vendeu 60 milhões de discos em todo o mundo. Pela foto, a australiana representa à altura a deusa grega da beleza.

Vox Populi, pesquisa diária, hoje

Deu na Band News.

Luis Inácio falou

O site Folha.com transcreve trechos da fala do Lula hoje em Campinas. O Presidente critica a imprensa. O operário leva tanta porrada que está no seu direito de revidar. Lula diz que alguns veículos se comportam como partidos políticos.
*  "Não vamos derrotar apenas os nossos adversários tucanos, nós vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como partido político e não tem coragem de dizer que têm partidos políticos"
* "E eles falam em democracia. A democracia que eles não suportam é dizer que a economia brasileira vai crescer mais de 7% neste ano."
* "Não sou eu [que] vou censurá-los, é o telespectador, é o ouvinte, e é o leitor que vai medir aquilo que é mentira e aquilo que é verdade. Essa gente [da imprensa] não me tolera. É por isso que essa gente, mesmo lendo nas pesquisas de opinião pública e vendo que tem apenas 4% que acham o governo ruim e péssimo. Deve ser na casa do Serra e na casa do Alckmin. Essa gente não tolera."
* O que eles não se conformam [é] que um metalúrgico fez mais universidades que todos os presidentes elitistas que passaram por este país e geramos quase 15 milhões de empregos com carteira profissional assinada. O que eles não se conformam é que os pobres não aceitam mais o tal do formador de opinião pública. Eles não se conformam é que os pobres estão conseguindo enxergar com os seus olhos, pensar com a sua cabeça, pensar com sua consciência, andar com as suas pernas e falar com sua boca. Não precisam do tal de formador de opinião pública. Nós somos a opinião pública e nós mesmo nos formamos."
Já o presidente do PT, José Eduardo Dutra, atacou a oposição. 
* "[São] falsos defensores da liberdade que acusam o senhor [Lula] de governar em cima de palanques, mas eles sentem falta dos que governavam em cima de tanques".
Conclusão? Lula cutucou a onça: vai apanhar muito da mídia conservadora  nos próximos dias.

Jornal do Brasil sai do papel para dobrar o número de leitores na internet

por Eli Halfoun
O que no início era uma imposição econômica para escapar da falência e para muitos uma temeridade e uma incógnita acabar com a edição impressa e transformar o Jornal do Brasil no primeiro jornal 100% digital do país está se transformando em uma agradável e até surpreendente realidade: ao mesmo tempo em que perdeu seu tradicional espaço nas bancas, o JB ganha mais leitores. Dados do Google Analytics publicados no próprio JB revelam que no primeiro dia ocorreram cerca de 650 mil visualizações de páginas, o que representou aumento de 92% de visualizações de suas páginas digitais, quase o dobro do dia anterior (31 de agosto). Confesso que nem com minha longa experiência jornalística estou convencido que o jornalismo virtual tem ou terá em curto espaço de tempo maior (ou pelo menos igual) importância e repercussão do que o jornal (e as revistas) de papel. Em jornalismo ainda vale não só o que está escrito, mas também e o que está impresso. Não tenho dúvidas de que o jornalismo virtual já é uma realidade e será muito forte daqui para frente: muitos outros veículos seguirão esse mesmo e pioneiro caminho do Jornal do Brasil que está escrevendo em sua bela história de 119 anos de jornalismo mais um importante capítulo: o da coragem e da audácia que só os pioneiros têm. Para conhecer o JB digital, que continua bem editado, basta fazer (http://jb.digitalpages.com.br/home.aspx) uma assinatura (R$ 9,90 mensais, o equivalente a 20% do preço da antiga assinatura).

A queda do Império Romano

deBarros
Dos velhos porões do antigo e mais tradicional Palácio do Catete do Governo brasileiro aos porões do mais novo e sem tradição nenhuma Palácio do Planalto , em Brasília, sede do governo brasileiro, nos dias atuais, o mar de lama que matou um presidente continua a aterrorizar e ameaçar com seus cheiros e bactérias putrefactas a estabilidade de mais um governo brasileiro que se vê ameaçado pela corrupção, roubos, tráfico de influência, lobbies, sigilos fiscais quebrados e o que mais possa acontecer, tirando, à beira de mais um pleito eleitoral, a lisura e a honestidade política que se faz sempre necessária nesses momentos de afirmação de um regime democrático que o país atravessa exitoso e pleno de seus poderes.
Deus queira que esses escândalos fiquem restritos a essas revelações constrangedoras, que envergonham e deprimem um governo que se diz honesto e defensor do povo.
Deus queira que nenhum arreganho militar – as Forças Armadas, apesar de destruidas por falta de verbas negadas pelo governo atual – ainda viva pelas suas tradições se mantenha isenta de manifestações e continue quieta e mansa nos seus quartéis, que é o seu indiscutível lugar.
Deus queira que o povo, na sua majestade e ciente da sua soberânia, se mantenha tranquilo e como observador acompanhe sereno o desenvolvimento desse mar de lama que mais uma vez, ameaça o regime democrático que impera neste país.
Deus queira que as "forças ocultas", que sempre estão atrás dos proeminentes ocupantes dos cargos relevantes do governo não venham com seu bafo podre e pestilento transformar esse governo muito pior do que já é.
Mas, como diz a maioria deste povo tão sofrido – apesar de alguns acharem que não – Deus é grande não deixará o país se transformar numa "cubata african".

60 anos de televisão são 60 anos de história do talento brasileiro

por Eli Halfoun
A televisão brasileira está completando 60 anos e a festa maior acontece em torno do pioneirismo de Assis Chateaubriand que trouxe a novidade para o Brasil. Nada mais justo que Chateaubriand seja o grande homenageado sempre que se fala em televisão no (e do) Brasil, mas somente 30 anos depois da TV Tupi ter exibido a primeira imagem no “aparelho mágico” foi que nossa televisão ganhou espaço, reconhecimento e prestígio internacional. Mesmo os que não aceitam o quase monopólio (monopólio é mesmo inaceitável) que a Globo exerce hoje é impossível deixar de reconhecer a importância da (das) emissoras dos Marinho. Foi a Globo que estabeleceu um novo padrão de qualidade para e na televisão brasileira. Exportou e exporta o talento nacional para o mundo. Mais do que contar a história dos 60 anos de TV no Brasil, o importante é mostrar que nunca se pode desacreditar das novidades. A caixinha mágica que trazia inexplicavelmente as pessoas para dentro de nossas casas teve um início de total desconfiança e descrédito (“isso não vai pegar") assim como tiveram depois o videocassete, o CD player, o computador, o celular e tudo mais que parece mágica da comunicação e por isso mesmo torna-se muito assustador no início. Em 60 anos de história, a televisão brasileira mostrou não só o talento e a capacidade de lidar e até melhorar o que é novo, mas também e principalmente que o brasileiro é suficientemente capaz conviver bem (e até melhorar) com qualquer novidade. Por mais avanços que a eletrônica apresente, o homem será sempre a principal e mais importante peça. Como foi e tem sido nesses 60 gloriosos anos de televisão no Brasil. Com um talento e uma técnica invejáveis.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Bolsa-Lexotan 2

Deu no Ig. Pesquisa Vox Populi. 78% dos eleitores já decidiram o voto. Faltam 15 dias. Serra tem duas semanas para virar o jogo. Na reta final vai valer até pescoçada eleitoral. Muita calma nessa hora.

Bolsa-Lexotan 1

Deu no G1.

Arpoador, o tempo começando a mudar

TV no Brasil: 60 anos. Veja matéria do Meio & Mensagem

Clique AQUI

Enfim um palhaço assumido na política

por Eli Halfoun
Lembra do Cacareco, o rinoceronte do Zoológico de São Paulo que foi eleito (mas evidentemente não assumiu o cargo), em 1958, como uma forma de protesto do eleitor contra os políticos? Pois é: um novo Cacareco está pintando na eleição para deputado federal em São Paulo. Dessa vez em forma de gente: o palhaço Tiririca, que se fez famoso em todo o país cantando a música (?) “Florentina” é até agora o candidato preferido nas pesquisas eleitorais paulistas (esse, ao contrário do outro, se ganhar vai levar). Tiririca tem feito uma campanha bem-humorada, brincando inclusive com a política. Resultado: o eleitor - esse que tem sido feito de palhaço ao longo dos anos - decidiu colocar um palhaço assumido na Câmara dos Deputados. Talvez querendo mostrar que está na hora de todos os outros também assumirem e mostrar definitivamente que os palhaços não somos nós os eleitores ainda de boa fé.
(O slogan do candidato é "Vote Tiririca, pior que está não fica". A campanha tem site. Clique AQUI . Lá você pode ler coisas como "alô abestados de Caieiras, obrigado pela calorosa recepção". Foto: Divulgação)

O mau humor e o bico furioso de quem sabe que já perdeu

por Eli Halfoun
Sabemos todos que pesquisas não definem eleições e sabemos também que, mesmo assim, são um forte indício de como será o comportamento do eleitor nas urnas - essa sim, a pesquisa definitiva e real. Há outros indícios que favorecem uma análise do resultado final. Um desses indícios têm sido, sem dúvida, o mau humor e nervosismo que o tucano José Serra (ele entrou para a disputa achando que sua vitória seria uma barbada) tem mostrado, especialmente depois da divulgação, na última quinta feira, de uma nova pesquisa Datafolha mostrando que Dilma Roussef está virtualmente eleita no primeiro turno com 51% dos votos contra 27%. Na medida em que todas as que as pesquisas praticamente definem o resultado final, os candidatos derrotados passam a apelar para acusações ofensas e um sintomático mau humor sempre que são solicitados para entrevistas. José Serra anda bicando tudo e todos, está com um indisfarçável mau humor e não consegue mais esconder a cara de quem já perdeu. Enquanto isso Lula gargalha triunfante e como um grande vitorioso: ninguém acreditava que ele faria de Dilma a sua sucessora com tanta, até agora, facilidade. Ainda falta um tempinho para a eleição, mas é bom que ela se defina logo no primeiro turno e tudo indica que acontecerá. Assim a vitória fica ainda mais incontestável.

Velha fórmula do “quem matou” busca mais audiência para “Passione”

por Eli Halfoun
O autor Silvio de Abreu deixou claro em muitas de suas entrevistas que “Passione” seria uma novela policial, ou seja, com assassinatos e, portanto, suspeitos para intrigar e mobilizar o público. O que não é nenhuma novidade em novelas, desde o “quem matou Odete Roitman" tomou conta da curiosidade popular e em conseqüência do noticiário da chamada imprensa de variedades, em 1988, na novela “Vale Tudo”, de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. No caso de “Passione”, a trama policial saiu da novela e ganhou o noticiário com várias especulações sabiamente alimentadas pelo autor. Primeiro, insinuou que o assassinado da vez poderia ser Saulo (ótimo trabalho de Werner Schunneman); depois, a imprensa especulou o assassinato de Fred (Reinaldo Gianechinni) e, agora, é dado como certo o assassinato de Diana (Carolina Dickman) que se vier mesmo a ser confirmado revela que o casal romântico que seria formado com Gerson (Marcelo Anthony) não teve junto ao público a química que se esperava e a solução é tentar formar outros casais tanto para Gerson quanto para Mauro (Rodrigo Lombardi). Esse poderá ser mais um mistério na base do “com quem será com quem será que o Gérson (ou o Mauro) vai casar”. Silvio de Abreu incentiva a especulação em torno do assassinato de Diana, mas não dá muitas dicas sobre quem é o assassino e deixa claro que serão muitos os suspeitos (personagens não faltam) e o público terá de esperar até o fim pela revelação (até lá agüente-se as especulações e os joguinhos de adivinhação que as revistas costumam fazer). A outra dica policial de Abreu é a de que a morte de Gouvêa (Mauro Mendonça) no início da novela não foi natural como se pensa, mas também um crime. De assassinato em assassinato, “Passione” espera encher o papo de audiência e embora a fórmula do “quem matou” seja antiga e repetitiva mostra uma vez mais que ela sempre funciona. Em cinemas, teatro e televisão é mesmo assim: nada acontece uma única vez.

Jornalista colombiana perseguida. Essa a mídia brasileira não deu

por JJcomunic
A Federação Europeia de Jornalistas denuncia: a Inglaterra negou visto à jornalista colombiana Claudia Julieta Duque, que iria a Londres receber prêmios por diversas reportagens sobre violação de direitos humanos na Colômbia. Segundo a FEJ, a jornalista foi sequestrada, passou dez dias em cativeiro, por conta das denúncias, e sofre perseguições por parte de do governo e de políticos. Uma das suas reportagens investigou a morte do jornalista Jaime Garzon e responsabilizou orgãos de segurança do governo e resultou em uma condenação de um dos chefes do serviço. Anteriormente, a Inglaterra havia elogiado Claudia Julieta Duque pelo seu trabalho. Além de ter sido sequestrada, a jornalist já foi obrigada a deixar o país três vezes em seguidas ameaças de morte. Seu jornal deu isso? Provavelmente, não. Para a mídia comercial brasileira, que apoiou até o golpe em Honduras, a Colômbia é o novo shangrilá da América do Sul.

iPhone 4, que nada! Vá de iPhone retrô...

iPhone de mesa criado pelo designer escocês Scott Freeland. Do Neatorama AQUI

Um dia a casa cai

deBarros
Diz o ditado: "Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe". Agora é só puxar o fio do novelo, que começa a se desmanchar, e puxar toda as mazelas e podridão que se escondem nesses porões. Aliás, sempre há de haver porões. Nunca na história desse país aconteceram coisas que estão acontecendo. Quem está me lendo, sabe do que estou escrevendo. Mas, não fiquem surpreendidos, muitos mais escândalos ainda virão à público. Para mim não será surpresa. Tinha certeza de que um dia as portas desse porão seriam escandaradas e a luz iluminaria os negros crimes cometidos contra essa nação.
Quem sobreviver, verá.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Voltando...

Tarde de quinta: Cinelândia vista do Ateliê Culinário (Odeon)

Do baú do paniscumovum: o candidato-robô segundo a Pif-Paf



por José Esmeraldo Gonçalves
O jornalismo de humor está na moda. CQC, Pânico, Casseta, blogs como o Kibelouco, são alguns dos exemplos do segmento. Que não é novo. Publicada entre 1876 e 1898, a Revista Illustrada, de Angelo Agostini, já fazia sátira política. Há outras publicações do gênero na imprensa brasileira. Uma das mais destacadas é a revista Pif-Paf, de Millor Fernandes. Criada em 1964, ampliando a ousadia e o espírito da coluna do jornalista, que fez história na revista O Cruzeiro, Pif-Paf sobreviveu por apenas oito edições (em 2004, a Argumento editou uma coleção fac-símile da Pif-Paf, organizada por Eliane Caruso) mas deixou sua marca. Estreou em maio de 1964, pouco mais de um mês após se instalar no Brasil a ditadura militar. A capa aqui reproduzida é a do número 2. Com ilustração de Ziraldo, trazia um "jogo da democracia" onde "cada jogador tem que vir acompanhado de 100 mil votos. Ou 100 mil contos. Ou um jornal diário. Ou uma divisão blindada". Já em clima de sombras e chumbo, a regra do jogo determinava: "Pelo seu caráter pernicioso e violento, o Jogo da Democracia já foi proibido em vários países. Mesmo no Brasil, durante vários anos, em vários períodos, o Jogo só era permitido clandestinamente. É por isso que repetimos: Jogue o Jogo da Democracia hoje mesmo. Amanhá pode ser tarde".
O melhor daquela edição era o Robô do Presidente Perfeito. Com indicações válidas para essa eleição que vem aí, 46 anos depois. Algumas características do "presidente" segundo a Pif-Paf:
- Alavanca de mudar de opinião
- Braço extra (com mão especial para tapinha nas costas
- Mão direita enluvada para saber o que a esquerda está fazendo
- Dois estômagos (um para engolir sapo)
- Calos especiais para não serem pisados
- Válvula para não dar com a lingua nos dentes
- Muito topete
- Manga (para arregaçar)
- Disposição para a pantomima
- Boné já pedido (para o momento em que a situação ficar insustentável
- Um pé atrás
(Reproduções Pif-Paf)

Futebol: no tempo dos apelidos

por JJcomunic
O post mais abaixo sobre a primeira transmissão de futebol via twitter e os bordões de Waldir Amaral faz lembrar uma época em que os locutores tornavam a narração de um jogo ainda mais saborosa usando apelidos até hoje famosos. Relembre alguns:
Nilton Santos era a Enciclopédia; Vavá, o Leão da Copa; o goleiro Pompéia, o Constelattion; Zagalo, o Formiguinha; Amarildo, o Possesso; Almir, do Vasco, o Pernambuquinho; Rivelino, o Garoto do Parque; Pepe, o Canhão da Vila; Didi, o Príncipe Etíope...

Nas ruas a opinião política de quem sabe o que diz

por Eli Halfoun
Tempo de eleição permite e justifica todo tipo de comentário nas calçadas ocupadas por um cada vez maior número de entregadores de propaganda eleitoral instruídos para elogiarem o candidato mesmo que não saiba direito quem é candidato que, digamos, representam. Em uma movimentada esquina da rua Conde de Bonfim, na Tijuca, um propagandista tenta convencer a eleitor a votar em um canditado a deputado federal e vende seu peixe: “Esse tem história, trabalha muito, trabalha sério e é honesto”. Um senhor que também ouve a argumentação limita-se a dizer para o rapaz: "Esse candidato que você descreveu ainda não nasceu”.
E mais não disse. Nem era necessário.

Tim Maia ganha musical e filme sobre uma vida que parecia (mas não era) ficção

por Eli Halfoun
O delicioso e movimentado livro “Vale Tudo - O som e a fúria de Tim Maia" que Nelson Motta lançou há meses sairá das estantes para ganhar vida no palco: está sendo (era inevitável) adaptado como musical e também ganhará uma versão cinematográfica. A vida de Tim Maia parecia mesmo ficção, mas tudo o que está deliciosamente narrado no livro é a mais a pura verdade. Tim Maia viveu como um personagem no qual acabou se transformando.

Da série Bolsa-Lexotan: Serra queria "apagar" a televisão...

por Gonça

Há tensão no ar, lado a lado. A campanha se acirra e não dá para prever o que vem por aí. Ontem, na CNT, Serra não gostou de uma pergunta da Márcia Peltier sobre o suposto dossiê fiscal. "Se a entrevista é essa, não preciso ficar". Na discussão, o tucano, irritado, acusou a entrevistadora de repetir o argumento do PT de que a quebra do sigilo fiscal teria acontecido antes da campanha. "Faz de conta que eu não vim", disse, antes de ser convencido a ficar até o fim da entrevista. Uma repórter do portal Terra gravou um áudio da encrenca. Em um trecho, Serra diz "apaga aqui". Márcia pergunta: "O que senhor quer que apague?". "Ué, a televisão", diz o candidato. Marcia dirige-se à equipe, com audível ironia: "Apaga a televisão, gente".(Foto:Divulgação/CNT)
Para ouvir o bate-boca, vá ao You Tube e veja a matéria do Terra. Clique AQUI

Datafolha: Dilma sobe, Serra estaciona

Deu no Folha.com: se a eleição fosse hoje, Dilma venceria no primeiro turno. Nada decidido. Serra, tucanos, demos, os demais partidos da coligação da oposição (o nome é Brasil Pode Mais, impronunciável por um fanho) e até a velha mídia têm 16 dias para virar o jogo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Futebol via twitter

por JJcomunic
Lembra dos bordões do locutor esportivo Waldir Amaral, da Rádio Globo? "Tem peixe na rede do Flamengo", "Estão desfraldadas as bandeiras do Vasco", "Choveu na horta do Vascão", "Indivíduo competente o Roberto, dez é a camisa dele" eram algumas das suas marcas registradas que ecoavam no Maracanã e no Brasil. Tudo isso leva a uma novidade: o jogo Fluminense e Corinthians, no Engenhão, hoje, dá o ponta-pé inicial na primeira cabine de transmissão de um jogo via twitter do mundo. Anote os endereços dos "locutores": @OCriador, @MrManson, @Na_kombi, @Cmerigo e o casseta @Beto_Silva. A transmissão também poderá ser acompanhada, ao vivo, no site www2.ale.com.br/cabine
A Cabine é comandada pelos humoristas Silvio Lach e Ulisses Mattos (do @Na_Kombi).
O relóóóooogio maaaaaaaarca!!!!!! Saudades do grande Waldir Amaral, que marcou gerações de torcedores.

Lady Gaga entra para a universidade como tema de estudo

por Eli Halfoun
As faculdades norte-americanas costumam colocar entre as matérias que lecionam o estudo das biografias dos grandes nomes da literatura americana como, entre outros, Ernest Hemingway e John Steinberg. Os tempos mudaram e personalidades musicais também estão virando tema de aulas, caso de Lady Gaga que entrou na grade curricular com Gaga for Gaga Sex, Gender e Idendity (Gaga por Gaga Sexo, Gênero e Identidade). O tema foi desenvolvido pela aluna de pós-graduação Christa Ramanosky que propõe aos alunos analisarem o fenômeno pop através de suas músicas e videoclipes e a influência no comportamento sexual e nos movimentos feministas. A discussão e o curso são para alunos de pró-graduação da Universidade de Virginia.

Ipanema batida pelo vento