por José Esmeraldo Gonçalves
Em geral, previsões costumam não dar certo. Antecipar mudanças geopolíticas ou urbanísticas, então, leva os futurólogos a um campo ainda mais traiçoeiro. Talvez o primeiro futurólogo - ou, pelo menos, quem popularizou o termo - tenha sido o americano Herman Kahn, do Instituto Hudson. Kahn, que pesava 150kg e tinha Q.I maior do que isso (cravado em 200, dizia-se). O gordo era ligado à CIA, daí, suas "previsões" eram consideradas suspeitas. Foi dele, em meados dos anos 1960, a ideia - que virou até projeto - de que a Amazônia seria inundada por cinco grandes lagos que criariam uma vasta via de transporte unindo o Peru e a Venezuela ao Atlântico. De qualquer forma, imaginar o mundo na reta final do século 20 estava na moda. Ainda no clima de comemoração do Quarto Centenário da cidade, a Manchete pediu ao Sérgio Bernardes, em abril de 1965, que idealizasse o Rio do futuro. O arquiteto produziu uma série de ilustrações e detalhou vários projetos urbanísticos que, na sua visão, recriariam a cidade para as próximas gerações. A revista recebeu tanto material que reservou nada menos do que 44 páginas para a viagem de Bernardes na máquina do tempo. Justino Martins, diretor
da revista, escreveu na apresentação da edição: "O leitor será tentado a duvidar das possibilidades de realizar-se o projeto de Sérgio. Mas ele próprio adverte, num pequeno preâmbulo: 'Utopia não é saber se este plano será realizado amanhã ou daqui a um século. Realismo é constatar que ele pode ser feito'".
Sérgio Bernardes imaginou o Rio libertando-se da "asfixia do mar e da montanha" e queria aperfeiçoar a convivência do homem com o seu ambiente. "O plano que apresento é uma contribuição desinteressada ao meu Estado e, sobretudo, ao seu povo", escreveu na abertura do texto. Aproveitamento das encostas como vias expressas, transportes elevados cruzando os leitos das estradas de ferro, uma ponte-pier que uniria o Rio a Niterói, com seu pilares funcionando também como cais de atracação de navios, e uma segunda ponte, esta chamada de Turística, que teria nove hotéis instalados nos imensos pilares do percurso de cinco quilômetros, um túnel Av.Presidente Vargas-Niterói, Bairros Verticais que abrigariam torres de 200 metros, como essas que Dubai ergue hoje, estavam entre as visões do arquiteto.
O Concorde ainda não estava voando, mas Bernardes já antevia que o Rio precisaria de um Aeroporto Supersônico e apontou Santa Cruz como local ideal para o projeto. "Para que a densidade e as dimensões colossais não reduzam o homem a uma parcela do coletivo, serão também multiplicados os pequenos lugares de contatos culturais (cinemas, teatros, galerias de arte, auditórios", imaginou. Haveria também um palácio das Sete Artes, com anfiteatro para 5 mil pessoas. Para o arquiteto, o centro de equilíbrio da cidade era Jacarepaguá. Lá seria construído o edifício dos Três Poderes. Se o Rio nem sonhava em sediar uma Olimpíada, nem por isso Sérgio Bernardes deixou de projetar Centros Esportivos.
Ele atendeu ao convite da Manchete com tal entusiasmo, que mobilizou seu escritório para produzir ilustrações e envolveu instituições e especialistas. Algumas propostas são tão detalhadas, como se pode ver nas ilustrações abaixo, que dão a impressão de que não foram feitas para o leitor, apenas, mas para serem entregues a mestres-de-obra.
Parodiando Paulinho da Viola, foi um Rio que passou na vida do arquiteto e seu coração se deixou levar.
Ele criou, assim, a cidade que não saiu do papel.
sábado, 29 de agosto de 2015
Há 50 anos, o arquiteto Sérgio Bernardes criou, com exclusividade para a Manchete, o Rio que não saiu do papel...
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Mundial de Pequim: os campeões a caminho dos Jogos Olímpicos Rio 2016...
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A russa Maria Kuchina: ouro no salto em altura. Outra que é favorita na Rio 2016. Foto IAAF/Getty Images |
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Mo Farah, pela Inglaterra, venceu os 5 mil metros. Será outra grande atração na Rio 2016.Foto IAAF/Getty Images |
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
A "holandesa voadora"... Dafne Schippers é ouro no Ninho de Pássaro... Por motivos óbvios, foi uma das mais fotografadas em Pequim
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Foto IAAF/Getty Images |
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Foto IAAF/Getty Images |
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Foto IAAF/Getty Images |
Na prova dos 200m, no Ninho de Pássaro, Dafne Schippers saiu atrasada, perdeu alguns metros no início da corrida, mas atropelou as adversárias, especialmente as americanas e a jamaicana, no final. E não qualquer jamaicana: quem disparava na frente era ninguém menos do que Veronica Campbell-Brown, bicampeã olímpica da prova (Atenas 2004 e Pequim 2008).
VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI
TV americana adia exibição de capítulo final de série após assassinato de jornalistas
O canal USA Network adiou para setembro a exibição do capítulo final da série “Mr. Robot”, que iria ao ar, nos Estados Unidos, na última quarta-feira, 26. O motivo foi o brutal assassinato da repórter Allinson Park e do câmera Adam Ward, da CBS. É que o desfecho do seriado envolvia uma cena semelhante ao ataque fatal que chocou o mundo. ""Por respeito às vítimas, suas famílias e colegas, e aos nossos espectadores, estamos adiando o episódio dessa noite. Nossos pensamentos estão com todos os afetados", confirma a nota oficial.
Deu no Portal Imprensa: Comissão de Assuntos Sociais aprova na Câmara projeto que regulamenta profissão de fotógrafos de publicidade, de ensino técnico e científico, pesquisadores ou que trabalham em empresas especializadas
(do Portal Imprensa)
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou na última quarta-feira (26/8) o projeto de Lei da Câmara (PLC) 64/2014 que regulamenta a profissão de fotógrafo. As propostas seguem para análise do Plenário.
Segundo a Agência Senado, o projeto determina que estão aptos ao exercício profissional de fotógrafo os diplomados em fotografia no ensino superior ou técnico. Os não diplomados também poderão exercer a profissão, desde que, no início de vigência da nova lei, tenham exercido a atividade por, no mínimo, dois anos.
Essa comprovação será realizada por meio de declaração da respectiva entidade de classe, além de recibos de pagamentos de trabalhos prestados ou declaração da empresa empregadora, com firma reconhecida em cartório.
O projeto não inclui o repórter-fotográfico na regulamentação. Trata somente dos fotógrafos que prestam serviços para empresas especializadas, com ensino técnico e científico, os pesquisadores ou os que trabalham com publicidade, por exemplo.
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quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Cinegrafista trapalhão atropela Usain Bolt
No Mundial de Atletismo, em Pequim, é possível ver que a TV usa uma variado aparato para captar as imagens. No Ninho de Pássaro, há câmeras em drones, em cabos e em trilhos. Outras, estão fixadas na pista, além de imagens aéreas feitas por helicópteros. Mas chamam atenção os cinegrafistas que circulam em Segways, aquele veículo em duas rodas equilibrado por giroscópio. Evidentemente, para um câmera preocupado em enquadrar a imagem, pilotar a geringonça é tarefa dupla e de certa forma complicada. Foi o que mostrou o cinegrafista desastrado que atropelou Usain Bolt, logo após ele conquistar o ouro nos 200m. Veja o vídeo da trapalhada que podia ter custado caro; Bolt, que não se machucou, é dono de duas pernas que valem milhões de dólares. A TV teria que vender muitos Segways para cobrir o seguro do atleta que quase virou desfalque para a Rio 2016. Veja o vídeo, clique AQUI
Lições de história nas páginas da Manchete. Um leitor da revista, assinalado em foto publicada em abril de 1964, compara as manifestações da classe média conservadora: ontem e hoje...
Restou a memória, como nesse caso, de várias gerações de leitores da revista.
O engenheiro que se vê em uma foto publicada na Manchete e tirada no dia 2 de abril de 1964 guardou a revista. Ele conta que a imagem foi feita na Av. Rio Branco, esquina da Rua São José, no Centro do Rio de Janeiro. O país ainda estava sob o impacto do golpe e uma multidão foi às ruas apoiar a intervenção militar. Na foto, no círculo preto, está o citado engenheiro, então com 26 anos. Ele observa que foi à passeata acompanhado de uma cunhada e da sogra, "um católica que deixou saudades". "Uma importante característica da amostra representativa das pessoas da passeata fotografada: nenhum negro" - ele escreve, ao ressaltar que ali está "a classe média branca, católica e udeno-lacerdista". O autor da mensagem - Olavo Cabral - comenta que os netos de muitos participantes daquela passeata devem estar hoje em protestos similares não na Av. Rio Branco, mas na Av. Paulista e na Vieira Souto e Delfim Moreira. "O mais importante desses dados históricos" - diz ele - "é o fato de o jovem engenheiro que, na época, era um 'fascistinha de carteirinha', isto é, um 'señorito', como se dizia na Espanha, nos anos 30, saber, hoje, muito bem, como é o pensamento daqueles que vão hoje às passeatas". Para o autor da mensagem, nada mudou "nas cucas". "Nada mudou na cor da pele, na classe social e na ideologia dos passeantes". Ao fim da mensagem, ele constata: "O engenheiro mudou. Afinal, aconteceu, a partir daquela data da foto, uma ditadura militar repulsiva de 20 anos. O engenheiro teve a oportunidade de devorar leituras com importantes influências. Não se apressem: não foi Marx. Foi Bertie Russell e Bakunin. Lamento o lugar comum: apesar de fazer imensas restrições a "Pasionaria"e seu partido na Espanha, uso o seu grito: 'Non pasarán!'"
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Pequim: show de imagens do Mundial de Atletismo 2015 no Ninho de Pássaro
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A alemã Carolin Schafer no salto em altura. Foto IAAF/Getty Images |
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A frustração de Brianne Theisen Eaton. Foto IAAF/Getty Images |
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Salto em altura no céu de Pequim. Foto IAAF/Getty Images |
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O jamaicano Usain Bolt corre os 100 metros e... |
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...dispara o raio na pista. Fotos IAAF/Getty Images |
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A vitória da jamaicana Shelly-Ann-Pryce nos 100 metros com a holandesa Dafne Schippers em segundo. Foto IAAF/Getty Images |
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A queda de Yadisleide Pedroso nos 400m com barreiras. Foto IAAF/Getty Images |
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O Ninho de Pássaro. Foto IAAF/Getty Images |
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A vibração de Mo Farah ao vencer os 10 mil metros. Foto IAAF/Getty Images |
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Habiba Gribin à frente no s 3 mil metros com barreira. Foto IAAF/Getty Images |
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A alemã Christina Schwanitz no arremesso de peso. Foto IAAF/Getty Images |
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Katharina Jonhson Thompson desaba após o salto em altura. Foto IAAF/Getty Images |
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O esforço e a... |
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emoção de Jessica Ennis Hill, vencedora do heptatlo. Fotos IAAF/Getty Images |
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Na prova de salto em distância, o Ninho de Pássaro em ângulo aberto. Foto IAAF/Getty Images |
VEJA MAIS FOTOS NO SITE DA IAAF (International Association of Athletics Federations), CLIQUE AQUI
Comemorou cedo demais... deu nisso
A atleta americana Molly Huddle terminava em terceiro lugar a prova dos 10 mil metros do Mundial de Atletismo, no Ninho de Pássaro, em Pequim, quando resolveu comemorar um décimo de segundo antes da hora. Resultado, foi ultrapassada pela compatriota Emily Infeld e perdeu a medalha de bronze. Veja o vídeo, clique AQUI
Donald Trump na Time. Debaixo da franja do penteado, o pré-candidato republicano passa a impressão de que vai transformar o Salão Oval em sala de guerra
por Flávio Sépia
Donald Trump, pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, é uma mistura de Maluf, Bolsonaro e Eike Batista. Mas não ria da piada. Cara-de-pau, fanático pela direita e bilionário que já deu errado e se recuperou, ele é bem mais perigoso do que o trio citado, até porque pretende ser inquilino da Casa Branca. Trump está na capa da Time. Deu uma entrevista, longa, que é um primor de vácuo, mas embute alguns riscos futuros. Deu poucas pistas do que pretende fazer, opiniões genéricas sobre comércio exterior. Disse que os Estados Unidos devem "vencer" a China e o Japão, devem voltar a ser ricos e a ter superávit com todos os países. Queixou-se da regulação do sistema financeiro, quer construir um muro "enorme" na fronteira mexicana e pretende revogar o Obamacare. Disse que a guerra no Iraque foi um erro. Mas não diz o que teria feito, se largaria um bomba A na cabeça do Saddam. Posou ao lado de uma águia chamada Tio Sam e defendeu a hegemonia americana. Revelou que fica irritado ao ver carros importados nos portos americanos.
A Time tentou mas não conseguiu arrancar do pré-candidato dados concretos do seu programa de governo, sobre mudanças políticas radicais e a anunciada guinada para a direita.
De qualquer forma, Trump deixou a impressão de que vai transformar o Salão Oval em sala de guerra. Ele vai bem nas pesquisas mas os próprios republicanos estão divididos. O governador do Texas, Rick Perry, também pré-candidato pelo partido, diz que o bilionário é "um câncer que deve ser diagnosticado, extirpado e descartado". Recentemente, Trump teve que retirar do seu site uma montagem sobre um foto de banco de imagens onde aparecia ao lado de soldados, como apoio aos "nossos rapazes". Só que os soldados vestiam uniformes nazistas. Irritado com o senador republicano John McCain, por ter este criticado sua opinião de que imigrantes são, em geral, estupradores e traficantes, o bilionário o chamou de "idiota" e questionou o fato de ele ser um herói de guerra. "Ele é um herói de guerra porque foi capturado? Gosto de pessoas que não são capturadas", disse. McCain teve seu jato abatido no Vietnã e ficou preso por cinco anos e recusou-se a delatar colegas. Já Trump conseguiu um atestado médico sobre um problema no pé e escapou da convocação. O deboche pegou mal em um país que preza seus veteranos de guerra e entre os próprios aliados do pré-candidato. Dono de uma fortuna de 10 bilhões de dólares - Trump confessa que ganhou muito dinheiro durante a "bolha imobiliária" que atingiu as hipotecas e levou milhares de americanos a venderem suas casas a preços abaixo do mercado. Ele parece disposto a falar o que quer por julgar que está em sintonia com a parcela ultraconservadora do país. Avalia que não depende dos grandes financiadores de campanha e diz que é o único nome capaz de derrotar Hillary Clinton, a pré-candidata democrata.
Donald Trump, pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, é uma mistura de Maluf, Bolsonaro e Eike Batista. Mas não ria da piada. Cara-de-pau, fanático pela direita e bilionário que já deu errado e se recuperou, ele é bem mais perigoso do que o trio citado, até porque pretende ser inquilino da Casa Branca. Trump está na capa da Time. Deu uma entrevista, longa, que é um primor de vácuo, mas embute alguns riscos futuros. Deu poucas pistas do que pretende fazer, opiniões genéricas sobre comércio exterior. Disse que os Estados Unidos devem "vencer" a China e o Japão, devem voltar a ser ricos e a ter superávit com todos os países. Queixou-se da regulação do sistema financeiro, quer construir um muro "enorme" na fronteira mexicana e pretende revogar o Obamacare. Disse que a guerra no Iraque foi um erro. Mas não diz o que teria feito, se largaria um bomba A na cabeça do Saddam. Posou ao lado de uma águia chamada Tio Sam e defendeu a hegemonia americana. Revelou que fica irritado ao ver carros importados nos portos americanos.
A Time tentou mas não conseguiu arrancar do pré-candidato dados concretos do seu programa de governo, sobre mudanças políticas radicais e a anunciada guinada para a direita.
De qualquer forma, Trump deixou a impressão de que vai transformar o Salão Oval em sala de guerra. Ele vai bem nas pesquisas mas os próprios republicanos estão divididos. O governador do Texas, Rick Perry, também pré-candidato pelo partido, diz que o bilionário é "um câncer que deve ser diagnosticado, extirpado e descartado". Recentemente, Trump teve que retirar do seu site uma montagem sobre um foto de banco de imagens onde aparecia ao lado de soldados, como apoio aos "nossos rapazes". Só que os soldados vestiam uniformes nazistas. Irritado com o senador republicano John McCain, por ter este criticado sua opinião de que imigrantes são, em geral, estupradores e traficantes, o bilionário o chamou de "idiota" e questionou o fato de ele ser um herói de guerra. "Ele é um herói de guerra porque foi capturado? Gosto de pessoas que não são capturadas", disse. McCain teve seu jato abatido no Vietnã e ficou preso por cinco anos e recusou-se a delatar colegas. Já Trump conseguiu um atestado médico sobre um problema no pé e escapou da convocação. O deboche pegou mal em um país que preza seus veteranos de guerra e entre os próprios aliados do pré-candidato. Dono de uma fortuna de 10 bilhões de dólares - Trump confessa que ganhou muito dinheiro durante a "bolha imobiliária" que atingiu as hipotecas e levou milhares de americanos a venderem suas casas a preços abaixo do mercado. Ele parece disposto a falar o que quer por julgar que está em sintonia com a parcela ultraconservadora do país. Avalia que não depende dos grandes financiadores de campanha e diz que é o único nome capaz de derrotar Hillary Clinton, a pré-candidata democrata.
"A blindagem de Eduardo Cunha". Por Elio Gáspari para O Globo e a Folha
"Fernando Henrique Cardoso disse o seguinte:
"Se a própria presidente não for capaz do gesto de grandeza (renúncia ou a voz franca de que errou e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional), assistiremos à desarticulação crescente do governo e do Congresso, a golpes de Lava Jato."
Poderia ter dito a mesma coisa a respeito de Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, denunciado pelo procurador-geral da República junto ao Supremo Tribunal Federal. Não disse. Nem FHC, nem qualquer outro grão-tucano.
Até agora, Dilma é acusada no Tribunal de Contas da União de ter pedalado as contas públicas. O TCU não é um tribunal, mas um conselho assessor da Câmara.
Ademais, a acusação ainda não foi formalizada. Eduardo Cunha foi acusado pelo Ministério Público de ter entrado numa propina de US$ 5 milhões.
O PSDB quer tirar Dilma do Planalto e admite manter Eduardo Cunha na presidência da Câmara.
Surgiu em Brasília o fantasma de um "acordão". Nele juntaram-se Dilma e Renan Calheiros.
Há outro: ele junta Eduardo Cunha, o PSDB, DEM e PPS. Um destina-se a segurar Dilma. O outro, a derrubá-la. À primeira vista, são conflitantes, mas têm uma área de interesse comum: nos dois acordões há gente incomodada com a Lava Jato. A proteção a Dilma embute a contenção da Lava Jato, evitando que chegue ao Planalto ou a Lula. A proteção a Eduardo Cunha pretende conter a responsabilização dos políticos de todos os partidos metidos em roubalheiras.
É sempre bom lembrar que Fernando Collor, também denunciado por Janot, renunciou ao mandato em 1992, mas foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal. Renan Calheiros foi líder do governo Collor e Eduardo Cunha dele recebeu a presidência da Telerj"
"Se a própria presidente não for capaz do gesto de grandeza (renúncia ou a voz franca de que errou e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional), assistiremos à desarticulação crescente do governo e do Congresso, a golpes de Lava Jato."
Poderia ter dito a mesma coisa a respeito de Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, denunciado pelo procurador-geral da República junto ao Supremo Tribunal Federal. Não disse. Nem FHC, nem qualquer outro grão-tucano.
Até agora, Dilma é acusada no Tribunal de Contas da União de ter pedalado as contas públicas. O TCU não é um tribunal, mas um conselho assessor da Câmara.
Ademais, a acusação ainda não foi formalizada. Eduardo Cunha foi acusado pelo Ministério Público de ter entrado numa propina de US$ 5 milhões.
O PSDB quer tirar Dilma do Planalto e admite manter Eduardo Cunha na presidência da Câmara.
Surgiu em Brasília o fantasma de um "acordão". Nele juntaram-se Dilma e Renan Calheiros.
Há outro: ele junta Eduardo Cunha, o PSDB, DEM e PPS. Um destina-se a segurar Dilma. O outro, a derrubá-la. À primeira vista, são conflitantes, mas têm uma área de interesse comum: nos dois acordões há gente incomodada com a Lava Jato. A proteção a Dilma embute a contenção da Lava Jato, evitando que chegue ao Planalto ou a Lula. A proteção a Eduardo Cunha pretende conter a responsabilização dos políticos de todos os partidos metidos em roubalheiras.
É sempre bom lembrar que Fernando Collor, também denunciado por Janot, renunciou ao mandato em 1992, mas foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal. Renan Calheiros foi líder do governo Collor e Eduardo Cunha dele recebeu a presidência da Telerj"
sábado, 22 de agosto de 2015
Políticos e corporações atacam Uber, Netflix e Whatsapp e imitam Dom Quixote lutando contra moinhos de vento...
por Flávio Sépia
Uber, Netflix e Whatsapp estão sob ataque no Brasil. Trata-se de um guerra perdida e em curtíssimo prazo. No século 19, com o avanço das máquinas da Revolução Industrial, operários com medo de perder emprego e comerciantes temerosos de perder mercado uniram-se para promover quebra-quebra de fábricas que inovavam em suas linhas de produção. O Uber, o novo serviço público de transporte é visto como "inimigo" quando é apenas a realidade. Claro que se apresenta como opção não-regulamentada ao sistema convencional de táxis. Mas, e daí? Saiba que o Rio, para citar um exemplo, tem 30 mil táxis. Destes, apenas cerca de 5 mil pertencem a autônomos. A imensa maioria está nas mãos de um cartel de empresas, algumas, como já foi denunciado, com digitais de políticos influentes. É grande a chance de o taxista que leva você para o trabalho ou para o lazer estar rodando há mais de 12 horas. Isso porque, segundo uma deles, só a partir da oitava ou nona hora de trabalho ele começa a auferir algum lucro depois de juntar o dinheiro da diária escorchante e do combustível. É surpreendente que, em tais condições, ainda exista uma boa parcela de taxistas que atendem o freguês com atenção e simpatia e dirijam com certo cuidado. Mas você já testemunhou - e muitos dos seu amigos também - cenas chocantes de taxistas agressivos no trânsito e até com o próprio cliente. Claramente, é um sistema ultrapassado até e principalmente do ponto de vista trabalhista.
O ministro das Comunicações, ao lado de corporações de telecomunicações e de mídia, ameaça jogar sua lança de Quixote contra o Netflix e o Whasapp. Para ele, são ferramentas "piratas", embora ambos, como o Facebook, gerem um imenso trânsito de dados que eleva o faturamento das telefônicas. Mesmo assim, algumas dessas empresas se queixam de que a telefonia por voz está sendo prejudicada pela concorrência. Voz? Pergunte a um garoto quantas vezes ele fala ao celular por dia e quantas vezes se comunica via mensagem de texto? Pois é, a telefonia por voz não vai acabar mas virou acessório. Quanto ao sucesso do Netflix é fácil explicar: o sistema dá ao usuário o livre arbítrio para escolher o filme ou a série que quer ver e decreta o fim das passividade do usuário diante da TV aberta que, aliás, já perde em qualidade até para os canais a cabo. Não sei se o ministro sabe, mas o Google desenvolve o carro totalmente automático que vai dispensar o motorista. Ou seja, o fim do Uber já pode estar datado. Automóveis controlados remotamente são uma alternativa que técnicos e visionários buscam há muito tempo. Mas só recentemente a comunicação (rede de satélites, rastreadores, sensores etc) se desenvolveu a ponto de tornar seguro e viável o carro sem motorista. E aí quando tal sistema chegar às grandes cidades será proibido porque muitos motoristas perderão seus empregos? Talvez haja quebra-quebra de carro na ruas tal como nas fábricas do século 19. Ou o ministro da vez vai dizer que carro automático é pirataria.
Uber, Netflix e Whatsapp estão sob ataque no Brasil. Trata-se de um guerra perdida e em curtíssimo prazo. No século 19, com o avanço das máquinas da Revolução Industrial, operários com medo de perder emprego e comerciantes temerosos de perder mercado uniram-se para promover quebra-quebra de fábricas que inovavam em suas linhas de produção. O Uber, o novo serviço público de transporte é visto como "inimigo" quando é apenas a realidade. Claro que se apresenta como opção não-regulamentada ao sistema convencional de táxis. Mas, e daí? Saiba que o Rio, para citar um exemplo, tem 30 mil táxis. Destes, apenas cerca de 5 mil pertencem a autônomos. A imensa maioria está nas mãos de um cartel de empresas, algumas, como já foi denunciado, com digitais de políticos influentes. É grande a chance de o taxista que leva você para o trabalho ou para o lazer estar rodando há mais de 12 horas. Isso porque, segundo uma deles, só a partir da oitava ou nona hora de trabalho ele começa a auferir algum lucro depois de juntar o dinheiro da diária escorchante e do combustível. É surpreendente que, em tais condições, ainda exista uma boa parcela de taxistas que atendem o freguês com atenção e simpatia e dirijam com certo cuidado. Mas você já testemunhou - e muitos dos seu amigos também - cenas chocantes de taxistas agressivos no trânsito e até com o próprio cliente. Claramente, é um sistema ultrapassado até e principalmente do ponto de vista trabalhista.
O ministro das Comunicações, ao lado de corporações de telecomunicações e de mídia, ameaça jogar sua lança de Quixote contra o Netflix e o Whasapp. Para ele, são ferramentas "piratas", embora ambos, como o Facebook, gerem um imenso trânsito de dados que eleva o faturamento das telefônicas. Mesmo assim, algumas dessas empresas se queixam de que a telefonia por voz está sendo prejudicada pela concorrência. Voz? Pergunte a um garoto quantas vezes ele fala ao celular por dia e quantas vezes se comunica via mensagem de texto? Pois é, a telefonia por voz não vai acabar mas virou acessório. Quanto ao sucesso do Netflix é fácil explicar: o sistema dá ao usuário o livre arbítrio para escolher o filme ou a série que quer ver e decreta o fim das passividade do usuário diante da TV aberta que, aliás, já perde em qualidade até para os canais a cabo. Não sei se o ministro sabe, mas o Google desenvolve o carro totalmente automático que vai dispensar o motorista. Ou seja, o fim do Uber já pode estar datado. Automóveis controlados remotamente são uma alternativa que técnicos e visionários buscam há muito tempo. Mas só recentemente a comunicação (rede de satélites, rastreadores, sensores etc) se desenvolveu a ponto de tornar seguro e viável o carro sem motorista. E aí quando tal sistema chegar às grandes cidades será proibido porque muitos motoristas perderão seus empregos? Talvez haja quebra-quebra de carro na ruas tal como nas fábricas do século 19. Ou o ministro da vez vai dizer que carro automático é pirataria.
Vá lá, essa matéria é da rubrica Humor: Jornalista da revista Época quer tirar a roupa de Dilma Rousseff. A direita está excitada...
por Omelete
Não chega a ser uma matéria "investigativa". Saibam os voyeurs que não há links para vídeos nem fotos. Aparentemente, a direita desenvolve uma espécie de fixação sobre a intimidade mais profunda de Dilma Roussef. Recentemente, a cúpula "coxinha" produziu um adesivo que colado sobre o bocal do tanque de combustível dos carros simulava penetração. Não se sabe se já foi desenvolvida uma boneca inflável da ex-guerrilheira. Provavelmente, a peça ainda está em estudos nos laboratórios instalados nos subterrâneos da Av. Paulista.
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Trecho do artigo que transforma a crise política em objeto sexual. LEIA NO PORTAL IMPRENSA SOBRE A REPERCUSSÃO DA MATÉRIA CLIQUE AQUI |
A MATÉRIA QUE ANALISA A SEXUALIDADE DE DILMA FOI RETIRADA DO SITE DA REVISTA, MAS JÁ EROTIZOU A INTERNET. CLIQUE AQUI
O Rio sem prédios, segundo a Iluminata... Foi assim que Estácio de Sá viu a futura Cidade Maravilhosa há 450 anos...
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A Enseada de Botafogo. Foto Iluminata |
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Ipanema e o morro Dois Irmãos. Foto Iluminata |
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