segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Pelé será atração de cinema em produção americana
Ronaldinho Gaúcho está decidido: vai “pendurar as chuteiras”
domingo, 12 de agosto de 2012
Revista Panorama: galeria de fotos dos Jogos
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Reprodução. Site da revista Panorama. |
Brasil é prata no vôlei masculino
Record no pódio da audiência
Na hora das decisões, a Rede Record marcou sua mais bela vitória com a transmissão dos Jogos de Londres. Tanto na decisão entre Brasil e México no futebol quanto a de Brasil e Estados Unidos no vôlei, a Record liderou a audiência vencendo inclusive a sempre campeã o Globo. Essa comparação repetida com orgulho e entusiasmo pela Record não faz muito sentido já que a Globo não estava transmitindo os Jogos e talvez por isso tenha sido derrotada no ouro da audiência. Na verdade em termos de Olimpíadas a disputa da Record foi com o canal fechado SporTV, que realizou um bom trabalho, mas nem assim liderou o campeonato de audiência, provando uma vez mais que a televisão por assinatura está longe de ser uma realidade de sucesso em um país no qual a maioria da população não tem condições de pagar por uma caríssima assinatura para ver o que assiste de graça na chamada televisão convencional. Na hora das decisões a maioria dos telespectadores só tinha mesmo a opção de ver a Record que também realizou uma ótima cobertura e, no futebol, teve em Romário, atuando como comentarista, um craque que, como acontecia quando estava em campo, atraiu torcedores de todos os times. Não é difícil prever que daqui para frente a Globo fará de tudo para adquirir a exclusividade dos direitos de transmissão de todos os Jogos Olímpicos. (Na Olimpíada carioca, de 2016, divide os direitos com Band e Record). Agora não foi a Globo que perdeu. Foi a Record que venceu. Com méritos. (Eli Halfoun)
O ouro fácil que virou uma frustrante medalha de lata
Mais frustrante do que perder no futebol, o ouro mais fácil que já tivemos nas mãos, é saber que a maioria dos jogadores de prata estará no time que disputará Copa de 2014. O momento não é exatamente o de indicar culpados, mesmo porque sabemos exatamente quais são, mas sim de começar a pensar em formar uma comissão técnica capaz de fazer o Brasil voltar bilhar no campo do futebol e recuperar o entusiasmo com que era visto no mundo inteiro. A chamada seleção olímpica enfrentou times bastante inferiores, sofreu, jogou mal e ganhou, mas na hora de mostrar um futebol mais convincente abriu as pernas para o México, que não tem um time tão deslumbrante assim, mas o suficientemente bom para impor-se contra um Brasil na maioria das vezes perdido em campo e também fora dele. Não é muito difícil imaginar e até garantir que Mano Menezes não estará no comando da seleção em 2014. Até que seja oficialmente substituído muitos nomes entrarão na lista de substitutos, mas o mais provável é que o novo técnico seja Felipão, embora os nomes de Muricy Ramalho e Wanderley Luxemburgo também sejam prováveis.
A frustração da torcida só não foi maior porque as meninas do vôlei mostraram em quadra a aplicação e o entusiasmo que faltou aos meninos do futebol. Pelo menos no último sábado passamos a ser o país do vôlei. É bom, mas é preciso que voltemos a ser também e urgentemente, o país do futebol. Ganhar no vôlei é animador, mas perder no futebol é desalentador. O Brasil pode estar bem em qualquer modalidade esportiva, mas se não vencer no futebol será sempre um grande perdedor. Afinal, o brasileiro respira futebol. Agora com a dificuldade respiratória de quem está se afogando. (Eli Halfoun)
Primeira crítica: a Seleção, mais uma vez, amarelou..., diante de Peralta, o “Pancho Villa” do México
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México é ouro. Foto: Divulgação/Federación Mexicana de Fútbol Asociación |
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A vibração dos campeões. Foto: Divulgação/Federación Mexicana de Fútbol Asociación |
Isto pode ser um alerta para a Copa de 2014, aqui no Brasil. A grande verdade é que não somos mais os melhores do mundo como afirmam alguns. Temos muitos pontos fracos em várias posições, a começar pelo treinador, que é frio, não sabe escalar e muito menos mexer na equipe.
Nesta seleção olímpica, temos alguns bons jogadores; o Hulk, o Oscar, que acabou perdendo um gol que seria o de empate, o Marcelo, o Juan um bom zagueiro, o Neymar que acaba se perdendo com o excesso de jogadas individuais, o Thiago Silva e, só.
Na seleção do México, havia um tal de Peralta, o "Pancho Villa" da seleção mexicana que era "o cara". Como dizia o escritor Artur Azevedo nos versos aqui adaptados;
PERALTA, frívolo Peralta,
Que foi um paspalhão desde fedelho,
Tipo incapaz de ouvir um bom conselho,
Tipo que, morto, não faria falta...
É, mas o "Pancho Villa" estava bem vivo, aguardando a oportunidade de marcar os gols que derrotaram o Brasil. Pelo que se viu ontem, muita coisa precisa ser feita na seleção brasileira, para enfrentarmos de igual para igual, adversários que se modernizaram na maneira de atuar como o México, a Espanha, a Argentina, a Alemanha, a Inglaterra, etc, etc. Haja coração...Acho que se o Brasil não tivesse levado o primeiro gol, que desestabilizou a equipe, o resultado poderia ser outro. (Nélio Barbosa Horta)
sábado, 11 de agosto de 2012
Mano tchau
Reprodução SporTV |
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Campanha divulga lista de deputados que assinaram recurso que retarda o Plano Nacional de Educação (PNE) e prejudica milhões de brasileiros
A Campanha Nacional pelo Direito à Educação apresenta abaixo lista dos 80 deputados que assinaram recurso protelatório ao Projeto de Lei 8035/2010, que trata do novo PNE (Plano Nacional de Educação). Caso seja aprovado o referido recurso, a implementação do PNE ficará ainda mais atrasada, o que retardará a elaboração dos consequentes planos estaduais e municipais de educação, prejudicando gravemente o direito à educação de milhões de brasileiros.
Em matéria da Agência Brasil, a SRI (Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República), articuladora do recurso, argumentou que uma lei tão importante quanto o PNE não pode ser analisada por "apenas 16 parlamentares" que compõem a Comissão Especial.
No entanto, a instalação de uma Comissão Especial para elaborar o novo PNE foi uma proposta do Governo Federal, questionada na época pela sociedade civil. O impasse levou à negociação de um acordo de tramitação, firmado entre a Campanha Nacional pelo Direito à Educação e o então Ministro da Educação, Fernando Haddad. O acordo foi integralmente cumprido.
Ademais, a composição da Comissão Especial do PL 8035/2010 reflete a representação de todas as forças partidárias da Câmara dos Deputados, composta por 52 parlamentares, sendo 26 titulares e 26 suplentes. Ou seja, a instância deliberativa não era formada por "apenas 16 deputados", como informou erroneamente a SRI.
Foi após 20 meses de análise da matéria e da realização de inúmeras audiências públicas e estudos, que podem ser encontrados no site da Comissão Especial, que este grupo de trabalho parlamentar aprovou por unanimidade o patamar de 10% do PIB para a educação pública. Para tanto, inclusive, se reuniu com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, em 10 de abril de 2012.
Diante desses fatos, para o coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, levar o projeto a plenário pode gerar modificações graves no PNE, amplamente analisado e debatido pela Comissão Especial, em diálogo com a sociedade civil e especialistas. "Levar o PNE ao plenário significa atrasar os rumos da educação, impor risco de prejuízo ao texto e retardar o direito à educação de milhões de familiares, estudantes e professores brasileiros. Correto seria debater o projeto no Senado Federal, deixando a tramitação avançar", disse.
Ontem (quinta-feira, 9/8), a Campanha divulgou nota alertando a sociedade brasileira sobre as manobras pelo adiamento. Notas com o mesmo teor também foram publicadas pelo FNE (Fórum Nacional de Educação), pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) e pela Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).
Nenhum parlamentar do PCdoB, PSB, PSOL, PSDB, DEM, PPS, PV, PEN, PHS, PRP, PSL, PTC e PTdoB assinou o recurso protelatório. O partido que teve mais deputados que assinaram o recurso foi o PSD (28 parlamentares), seguido por PT (18), PMDB (10), PSC (6), PP (5), PDT (3), PR (3), PTB (3), PRB (2), PMN (1) e PRTB (1). Daniel lembra que o parlamentar que assinou o recurso ainda tem tempo de requerer a retirada de sua assinatura. "Essa é a melhor forma dos deputados não prejudicarem o andamento da educação pública brasileira e de não serem identificados como 'adversários da educação'", ressaltou.
Ademir Camilo PSD MG
Afonso Hamm PP RS
Andre Vargas PT PR
Ângelo Agnolin PDT TO
Arlindo Chinaglia PT SP
Armando Vergílio PSD GO
Arolde de Oliveira PSD RJ
Átila Lins PSD AM
Benedita da Silva PT RJ
Bohn Gass PT RS
Carlos Magno PP RO
Carlos Souza PSD AM
Celso Maldaner PMDB SC
Costa Ferreira PSC MA
Danrlei de Deus Hinterholz PSD RS
Diego Andrade PSD MG
Dilceu Sperafico PP PR
Domingos Dutra PT MA
Edmar Arruda PSC PR
Elcione Barbalho PMDB PA
Eliseu Padilha PMDB RS
Erivelton Santana PSC BA
Fábio Faria PSD RN
Fátima Pelaes PMDB AP
Felipe Bornier PSD RJ
Fernando Ferro PT PE
Francisco Araújo PSD RR
George Hilton PRB MG
Geraldo Resende PMDB MS
Geraldo Simões PT BA
Giovanni Queiroz PDT PA
Guilherme Campos PSD SP
Guilherme Mussi PSD SP
Hélio Santos PSD MA
Homero Pereira PSD MT
Hugo Leal PSC RJ
Hugo Napoleão PSD PI
Janete Rocha Pietá PT SP
Jaqueline Roriz PMN DF
Jilmar Tatto PT SP
João Magalhães PMDB MG
José Carlos Araújo PSD BA
José de Filippi PT SP
José Mentor PT SP
Júlio Cesar PSD PI
Laercio Oliveira PR SE
Leonardo Gadelha PSC PB
Luciano Castro PR RR
Luiz Alberto PT BA
Manoel Salviano PSD CE
Márcio Macêdo PT SE
Marcon PT RS
Moreira Mendes PSD RO
Nazareno Fonteles PT PI
Nelson Marquezelli PTB SP
Nelson Meurer PP PR
Nelson Padovani PSC PR
Nilton Capixaba PTB RO
Onofre Santo Agostini PSD SC
Paulo Feijó PR RJ
Paulo Magalhães PSD BA
Pedro Chaves PMDB GO
Policarpo PT DF
Professor Victório Galli PMDB MT
Reinhold Stephanes PSD PR
Ricardo Archer PMDB MA
Ricardo Izar PSD SP
Roberto Balestra PP GO
Roberto Britto PP BA
Roberto Santiago PSD SP
Rogério Peninha Mendonça PMDB SC
Sérgio Barradas Carneiro PT BA
Sérgio Brito PSD BA
Sérgio Moraes PTB RS
Sibá Machado PT AC
Silas Câmara PSD AM
Vitor Paulo P RB RJ
Walter Tosta PSD MG
Zé Silva PDT MG
Vem aí um novo modelo de carro, mas é só para quem pode
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Divulgação |
Ex-atletas amadores faturam milhões de dólares por ano
Presidente não perde “Avenida Brasil” e também se liga no vôlei
Pelo menos duas atrações a presidente Dilma Roussef adora acompanhar na televisão. Não perde, por exemplo, nenhum capítulo da novela "Avenida Brasil" (adora as confusões das personagens Carminha (excepcional trabalho de Adriana Esteves) e Nina (Débora Falabella), mas como está quase sempre ocupada na hora da novela grava os capítulos para ver depois. A outra atração que a presidente também manda gravar são as partidas de vôlei (especialmente o feminino) realizadas nas Olimpíadas de Londres. A presidente aproveita as partidas para relembrar a época em que era jogadora e se considerava até uma boa levantadora. Agora ela levanta e corta. (Eli Halfoun)
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
O governo não pode permitir que o povo brasileiro seja maltratado e usado como massa de manobra através de uma greve ilegal
Bolívia quer expulsar a Coca-Cola. Verdade? Não. Jornalões da América do Sul deturparam a notícia
Vôlei feminino: Brasil vai encarar as americanas na final
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Brasileiras comemoram vitória contra o Japão. Foto: FIVB/Divulgação |
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Vibração na quadra. Foto: FIVB/Divulgação |
Vitórias não garantem Mano Menezes na seleção em 2014
Ministro Joaquim Barbosa não pode exagerar com movimentos da bacia
Dilma não é a Cinderela, mas também adora um sapatinho
Agora argentinos copiam o jeitinho brasileiro. Em dólares
Jogos dos sete erros?
Por dedicação e esforço, atletas merecem todo o reconhecimento. Mas isso não os exime de cobranças e questionamentos. Ao lado de conquistas importantes no judô, no vôlei, na natação, no iatismo, no boxe, na gínástica (argolas), algumas medalhas podem ter escapado por conta de "acidentes" quase inacreditáveis. Relembre alguns desses vacilos e seus estranhos fatores:
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
A foto já é a melhor da semana: deputados dão um "confere" na musa da CPI, a senhora Cachoeira...
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Reprodução Correio Braziliense de foto de Monique Renne/CB/D.A.Press |
A foto de Monique Renne para o Correio Braziliense já é a melhor da semana. Se você pensa que os nobres deputados e senadores estão interessados apenas nos áridos documentos e depoimentos do Caso Cachoeira, esqueça. Há espaço para devaneios. Convocada, Andressa Mendonça, a mulher do patrono do escândalo, recorreu ao seu "direito constitucional" e ficou calada. Mas sua visita à CPMI não foi ignorada. Ao sair, foi acompanhada por intensos olhares parlamentares.
Veja no Correio Braziliense. Clique AQUI
Documentários jornalísticos: novo canal do You Tube. E o melhor é que não se limita à mídia conservadora. The I Files veicula produções independentes
The I Files é um novo canal do You Tube, lançado há pouco dias, dedicado apenas a documentários jornalísticos. São vídeos com material investigativo produzidos por veículos como o New York Times, BBC, ABC e Al Jazeera. O mais interessante é que o canal não fica restrito à grande mídia: reúne filmes de canais independentes e de produtoras alternativas.
Rei morto, rei posto. Na nova versão do anúncio olímpico da Sadia, Diego Hipolyto foi abduzido...
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O comercial da Sadia com Diego, que passou longe da medalha, e... |
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...o mesmo filme já com o medalha de ouro Zanetti |
O chavão diz que uma imagem vale por mil palavras? Sim, mas não por muito tempo. Ainda na era das fotos analógicas em preto&branco, Stálin já mantinha um retocador de plantão cuja função era eliminar das imagens de arquivo os aliados que caíam em desgraça. Hoje, com os programas digitais, abduzir indesejáveis é mais fácil ainda.
De volta à boa vida, Demóstenes Torres solta a voz e canta "Let me try again".
Reprodução Folha de São Paulo |
Com Olimpíada e mensalão no ar, câmeras e holofotes dão uma trégua a Demóstenes Torres (ex-DEM). E o ex-senador está curtindo. Essa semana ele "causou" no Piantella, o famoso restaurante de Brasília point de fichas-limpas e fichas-sujas. O ex-senador deixou o Nextel de lado, pegou o microfone e entoou "Let me try again", canção que Sinatra tornou famosas. Seria um recado ao Brasil? Ou deboche mesmo?
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Dane-se o usuário... é a lei da selva nas agências (des) reguladoras herdadas da privataria tucana
Sucesso das novelas não depende apenas do elenco de “medalhões”
Anderson Silva faz tabelinha com Ronaldo para abrir academias
Aeroportos ainda jogam contra a Copa do Mundo de 2014
Lady Gaga confirma pessoalmente dois shows no Brasil
A hora é essa. Ou a gente come eles ou eles comem a gente
Chega hoje às bancas a nova edição brasileira da Forbes
A iniciativa não é inédita - entre 2000 e 2007, a Forbes teve edição brasileira sob a responsabilidade da CBM, de Nelson Tanure, empresário que fechou o JB e tem tradição mais de encerrar do que de manter empresas - mas os leitores encontrarão hoje nas bancas a nova versão brasileira da revista americana de negócios. Agora editada pela BPP LTDA, com Antonio Camarotti à frente, tem tiragem inicial de 50 mil exemplares e promete 60% de conteúdo nacional.
São Cristóvão: um bairro que era feliz e não sabia
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Quinta da Boa Vista - Ilha dos Amores |
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Palácio Imperial, na Quinta, abriga o Museu Nacional de História Natural |
Onde é hoje o Pavilhão, havia um campo imenso, descampado. Nos fins de semana, peladeiros jogavam cerca de dez, doze partidas ao mesmo tempo pela manhã. Tinha uma arquibancada, de ferro, importada, toda trabalhada, linda, que estava lá desde não sei quando, e também não sei para onde foi levada. À tarde, uma parte do campo era destinada aos jogos do Primeiro de Maio, timaço da época que ficou um ano sem perder. A arquibancada ficava lotada para ver jogadores amadores, verdadeiros craques que fariam sucesso em qualquer time de hoje. Havia uma grande feira, aos domingos, onde meu pai comprava os Gibis e o Tico-Tico que eu "devorava" no mesmo dia. A Quinta da Boa Vista era um verdadeiro Central Park , onde havia todo tipo de comemoração, e o lugar preferido dos moradores que faziam pic-nic em volta dos lagos, os famosos barcos à remo e aIlha dos Amores onde os casais de namorados trocavam despreocupadas confidências.
Os namoros naquela época eram cercados de severa fiscalização das mães, tias, avós e irmãos que, no máximo,permitiam encontros nas festas do Grêmio, aos sábados, que eram realizadas entre quatro horas da tarde e oito da noite. As garotas achavam, com alguma razão, que os jovens eram terríveis e tinham mesmo que ser policiados. As normalistas preferiam os cadetes e a "cachorrada" como eram chamados os alunos dos outros colégios. Em algumas festas, nos casarões, havia a presença de conjuntos de renome, como o de Rago, (jamais te esquecerei...) e os romances, infinitos enquanto durassem...
Havia, as professoras e todos nós em algum momento nos apaixonamos perdidamente por alguma, ou várias professoras. Paixão secreta, nunca revelaremos nossa preferência. Algumas já senhoras, gordas, lembravam nossas mães e eram respeitadas. Mas tinham outras, bonitas, morenas e louras que, quando andavam, pareciam flutuar, mas que reprovavam sorrindo sem piedade com suas equações e polinômios. A professora de matemática era o terror dos alunos do científico. Tinha carinho somente pelos sonsos e quietinhos do primeiro ano ginasial.
Moradores ilustres povoaram o bairro, como a ex-cantora Olivinha Carvalho filha do "seu" Carvalho e que morava na Rua Curuzu. A irmã dela era belíssima, mas era noiva do Dodô, goleiro do Luzitânia, time da Rua Major Fonseca, onde mais tarde também joguei. Havia corrida de bicicleta em volta das praças, subindo e descendo as ruas. Nunca mais encontrei com ninguém daquela época. O Baden Powell, que foi da minha sala no ginásio e que morava na Rua São Januário, aniversariava no mesmo dia que eu: 6 de agosto. Depois das aulas íamos para a casa dele escutar em primeira mão, músicas que seriam sucesso bem mais tarde. O primo dele, o João de Aquino, também era morador, além dos jogadores famosos como o Ademir Menezes, o"queixada" que morava numa belíssima casa na Rua Coronel Cabrita. Os compositores Paquito e Romeu Gentil, (daqui não saio, daqui ninguém me tira...) também moravam no bairro e muitos outros. Dizem que o Sílvio Caldas iniciou sua carreira em São Cristóvão. Lembro de algumas serestas feitas pelo cantor Orlando Correia, na Praça Argentina. A Escola de Samba Paraíso doTuiuti iniciava seus desfiles passando pela Praça, com uma coreografia modesta mas que nós achávamos original e belíssima. Nesta época, não haviam as famosas "Rainhas daBateria", só moradoras do Tuiuti e adjacências.
Durante o tempo de São Cristóvão, sempre morei nas chamadas Casas de Cômodos. Eram casarões antigos, cujos quartos eram alugados para as famílias pobres. Só havia um banheiro para todos e "filas" para se usar os banheiros... Precursores dos atuais condomínios, tinham regulamento, como, por exemplo, os rádios (TV era muito raro) não podiam ficar com o som muito alto, o horário para entrada na casa, que era até as 11 horas, os gatos tinham que ter nas portas dos quartos, uma portinhola que eles usavam para entrar em casa depois das seus prazeres mundanos. A água e a luz eram racionadas e muito "barraco" foi levantado devido aos excessos de alguns moradores, inconformados com a economia forçada.
Existe ainda hoje o Observatório Nacional, inaugurado pelo Imperador Pedro II e a casa da Marquesa de Santos (Museu do Primeiro Reinado). Além de prédios históricos espalhados pelo bairro, São Cristóvão possui diversas atividades culturais, especialmenteem seus museus históricos, como, o Museu Militar Conde de Linhares, e o Museu de Astronomia e Ciências Afins. A Quinta da Boa Vista abriga o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sua biblioteca e o Jardim Zoológico do Rio de Janeiro.