segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ôpa, esse comercial escapou da censura. Ainda bem


por JJcomunic
A Euro RSCG criou o novo comercial da Nova Schin. Chama-se “Empatados” e mostra a provocação de um dos rapazes com a irmã do outro. Paulo Henrique Gomes é o diretor de criação, a produção é da Fulano Filmes, e a direção de René Sampaio.

Veja o filme, clique AQUI

Guerra do Rio: alô mídia, segura a onda, ouça o rap...

por Gonça
Na entrevista coletiva de ontem, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, estava naturalmente satisfeito com o desfecho da crise e a ocupação do Alemão, mas parecia mais contido do que a mídia. Ontem, um jornal estampava nas bancas, antes da invasão, um título que anunciava a "carnificina" que estava por vir. Não veio. Hoje, a mídia festeja a "vitória" e   exagera no tom. Parece que a cidade ganhou a Terceira Guerra Mundial. Não ganhou. Calma, pessoal. Hoje, segunda-feira, a polícia já registra três carros incendiados. Há favelas importantes na cadeia do tráfico, como Rocinha, Mangueira, Maré, Vidigal... ainda não ocupadas. O caminho é longo, o governo do Estado, pela primeira vez, tem um projeto para combater o crime e desalojá-lo das favelas. E esse projeto vai além das ocupações, tem componentes sociais que seguem a trilha das operações policiais e já alcançou algumas metas importantes. A euforia da mídia vende jornal e alavanca audiências mas o que a operação no Alemão demonstrou foi que o tráfico pode ser vencido e não que tenha sido esmagado.
Quer ver se falta muito?
Relembre a letra da música  "Sem esquecer as favelas", de MV Bill.

"MV tá no ar pra lembrar, pra falar, falei / C.D.D. em outro rap, eu já citei /Não esqueci do Iriri, Rato Molhado/Vigario Geral eu já mandei fechado/ Mineira, Pedreira, Chapéu Mangueira/Rocinha tem um baile que invade a segunda feira/Urubu, Prazeres, Cruzada/Tem polícia na rua, tem coroa assustada/Lugar que o bicho pega Vila Operária/Rio das Pedras, moradia precária/Vila Vintem, Padre Miguel,
Chácara do Céu, Portão Vermelho, Tatui, Borel, Estadão, Chumbada,, Chacrinha, Lixã, Casa Branca, Gogó da Ema, Cesarão, Favela da Maré, Formiga, Nova Holanda / Lugar que bicho pega, o gatilho que manda /
Boa Vista, Favela do Pira, Querozene / Pra ser inimigo, basta ser PM /
Parque União, Andaraí, Batô Muche, Turano /Alô Serrinha, humildemente eu tô chegando / Acarí, Para Pedro, Favela de Manguinho/ Se quiser chegar, chega no sapatinho/ Santa Marta, Fubá, Cajueiro, São José / Sem parar de lutar, sem perder a fé / Morro do Macaco, Morro do Amor / A maioria é careca e tem a minha cor / Pavão Pavãozinho, todo meu respeito/ Valorizo minha raiz que trago no peito / A lei da favela é a lei do cão / Se liga na fita bando pra não cair em contradição / A lei da favela é a lei do cão / Sangue bom, ladrão não dá dois papos igual de vacilão / Complexo do Alemão e Jorge Turco /
Quem vacila na favela tem o tempo muito curto / Encontro, Salgueiro, Vidigal, Barro Preto / Morro Azul, Morro Agudo e Ouro Negro/ Vilar Carioca, Muquiço, Jacarezinho/ Juramento, Boogui Ugui, Tijolinho / No sapatinho, Barão e Vila Sapê / Barreira do Vasco, Morro do Pinto, Dendê /Providência, Vila Cruzeiro, Chapadão / Mangueira, Antares, Vila do João/ Cidade Alta, Curicica, Playboy, Camorim/ Eu tô na Favela e a favela tá em mim / Morro da Palmeira, Castelar, Zé Moreno / Se enfraquecer, pra você vai ficar pequeno / Vila Rosali, Fumacê, Flamenguinho/ Cacuia, Cavalão, Chatuba, Amarelinho / Fazenda Botafogo, Cocotá, Arará / Muro Vermelho, Vila Nova, Gambá / Favela, pobreza fazendo dinheiro / Fogueteiro, Oteiro, Vila Cruzeiro, Rio de Janeiro / Ratolândia, Adeus, Carrapato / Um abraço pro Adão sangue bom do morro do Galo / Morro do Pinto, Penhão, Valão /
Serra Cará, Gogo de São João / Roupa Suja, Cardin, Gardênia Azul / Favela, Lugar que meu povo se instalou / Favela, a única coisa que sobrou / Caixa D¹agua, Ucrânia, Favela da Galinha / Embariê, Pereirão, Cachoeirinha /Muita criança, na escola uma esperança / Parada de Lucas, Vila Aliança / Grota, Coroa, Favela do Aço / Jardim Metropole, Parque Araruama/ Aqui não tem playboy, aqui não tem bacana / Barbante, Pombal, Dique, Barreira / Complexo da Penha, Rodo, Cruz Vermelha / o lixo é luxo é mole de ver / Parque Bom Menino, Batam, Pedra do B / Morro da Fé, Baixa do Sapateiro / Esse é o outro lado do Rio de Janeiro / São Geraldo, Rolas, Vila Ideal / Quem deixa falha tem um triste final / Curral das Éguas, Kenedy, Vargem Pequena / Toda comunidade sempre tem problema / C.D.D. minha área está no meu coração / Da zona sul à baixada de negão pra negão / Desculpe se sua favela, não citei / Estará presente no próximo rap, que eu sei / Orando pelo os seus e pelo os meus / A todas as favelas, fé em Deus"  
Ouça o rap, clique AQUI      

Rombo de Silvio Santos também pode ser artístico

por Eli Halfoun
Sabe quando a bola de boliche atinge o pino principal e sai derrubando todos os outros? É mais ou menos isso que está acontecendo com as empresas do Grupo Silvio Santos a partir do rombo descoberto no banco Pan Americano. Agora Silvio enfrenta problemas em todos os pinos e, de uma forma ou de outra, tenta reergue-los para voltarem ao jogo. Uma das situações mais complicadas é a do SBT, que poderá perder muitas atrações. Hebe Camargo, por exemplo, já disse que não aceitará renovar seu contrato com a redução do salário de R$ 5OO mil para R$ 250mil. O mesmo deverá acontecer com Carlos Alberto de Nóbrega, que também não aceita a redução de seu salário der R$ 120 mil mensais e poderá levar o humorístico “A Praça é Nossa” para a Rede TV, caminho que poderá ser também o de Hebe. É pouco provável: não acredito que a Rede TV esteja disposta a bancar esse jogo milionário de atrações. É claro que Silvio deverá apelar para o lado emocional, já que tanto Hebe quanto Nóbrega são amigos pessoais, prata da casa e devem muito ao SBT. O mesmo apelo Silvio não poderá fazer para a fábrica de cosméticos Jequiti que, supostamente sem financiamento, não poderá renovar seus equipamentos. A Avon estaria interessada em comprar a Jequiti e já até teria reservado dinheiro para isso. Silvio enfrenta os problemas sem deixar os cabelos brancos aparecerem (pinta semanalmente) e sorrindo. Esperto como é ele, não há dúvidas de que conseguirá dar a volta por cima. Afinal, foi assim que se transformou no mais imitado e respeitado apresentador da televisão brasileira e em um quase bem sucedido-empresário como o público acreditava até agora.

Direto do front: o tuiteiro do Alemão


Renê Silva: no Globo de hoje
por JJcomunic
Renê Silva, morador do Alemão, 17 anos, viu um furacão se mudar para sua vizinhança, nos últimos dias. O adolescente - e seu computador - estavam bem no olho desse furacão. Ao lado de dois amigos, Igor Santos, de 15 anos, Jackson Alves, de 13, Renê tuitou informações sobre o conflito no jornal A Voz da Comunidade. O endereço @vozdacomunidade que atraia 180 leitores bombou a partir de sábado para 20 mil seguidores e chegou à lista dos tópicos mais lidos do Brasil. On line 24 horas - eles mal dormiram - Renê e equipe, por conhecerem bem a favela, corrigiam informações dos repórteres, alertavam sobre tiroteios, desmentiam que moradores estivessem sequestrados. A quem perguntava se imagens de casa demolidas que apareciam na Tv eram resultados de bombas, ele explicava que eram as obras do PAC. O jornal Voz da Comunidade foi criado por Renê há cinco anos para reivindicar melhorias para a sua região. Recentemente, uma operadora de celular ofereceu patrocínio e lhe deu um iPhone, que virou instrumento de trabalho. O desfecho do conflito do Alemão trouxe fama e repercussão ao jornal comunitário, que foi parar nas páginas do Dia e do Globo, hoje. É a democracia da mídia social, que dá voz a quem não era ouvido e vez a quem não tinha oportunidade de se expressar.

Aeroportos: o outro lado

por JJcomunic
Faltam investimentos nos aeroportos do Brasil, que estão sobrecarregados com o surpreendente aumento de tráfego? Claro, isso é visível. Milhões de brasileiros ascenderam de classe e fizeram seus merecidos check-in. Com a persistente queda do desemprego e com os aumentos reais de salários - uma das conquistas da Era Lula que até a oposição reconhece (hoje, no Globo, até o colunista Noblat, a pretexto de criticar a influência de Lula na formação do governo Dilma, refere-se aos "resultados positivos" da gestão do operário) -, ganharam o direito de trocar o ônibus pelo avião e viraram turistas pela primeira vez na vida. Os aeroportos não estão preparados para atendê-los e, muito menos, as campanhias aéreas se organizaram para isso.
A mídia está em lobby pela privatização dos terminais. Isso explica porque noticiam amplamente quando o "caos" é estatal e o minimizam quando o tumulto é privado. Querem exemplos? Em fins de setembro, o aeroporto dos Confins foi fechado por pouco mais de uma hora em função do mau tempo. Isso foi o suficiente para uma companhia, a Web Jet, cancelar vôos e fundir outros. Supostamente, faltaram aviões e tripulação. Naquele dia, outras companhias normalizaram imediatamente suas rotas. Ou seja, o problema era da Web Jet, que por falta de aviões ou de tripulações transformou vôos que deveriam durar menos de três horas em uma peregrinação de 12 horas pelo país até levar o passageiro ao seu destino. Ontem, também coincidentemente em fim de mês, a Tam cancelou vôos e levou o "caos" a Congonhas. Tudo normal nas outras companhias. O problema seria outro, que a mídia nem badalou. As tripulações têm um número de horas regulamentares a cumprir durante o mês. E tendem a estourar esses limites. Aproximando-se o fim do mês, a fiscalização aperta o cerco e pilotos e comissários que estão no limite da lei são obrigados a ficar em terra. O passageiro paga o pato. Ou melhor, o passageiro é o pato. Alguém critica as companhias aéreas? Claro que não: vão dizer que culpa é do mercado que está "aquecido". Ou da falta de aviões e pilotos, cuja formação leva tempo. Ué! Contratem pilotos lá fora (a China faz isso, há brasileiros trabalhando lá). Façam leasing de aviões. Abram o mercado interno para companhias aéreas estrangeiras que queiram trabalhar aqui.
Ou globalização no dos outros é refresco?

domingo, 28 de novembro de 2010

Uma destaque na cobertura da guerra do Rio...

O twitter do jornal Extra. Quer ver mais? Clique AQUI

É do contra?

Nessas horas, quando não se tem o que dizer, é melhor ficar calado...

Vencemos. Agora é garantir a vitória do futuro

por Eli Halfoun
A cidade voltou a ser maravilhosa pelo menos no iluminado sol de hoje, domingo, depois que se confirmou a tomada (é expressão usada nas guerras, mas foi exatamente o que vimos na batalha travada contra o tráfico no conjunto do Alemão, que era o mais complexo e perigoso da cidade). O sufocado carioca, vítima de um poutpourri de violências que vem de muitos anos, respira aliviado, sorri nas ruas como se tivesse tirado do corpo sofrido um câncer e foi isso mesmo o que aconteceu. Foi isso mesmo o que aconteceu. A polícia promete consolidar território (é preciso também estar também e a hora é essa em outras favelas, especialmente a da Rocinha). Sem dúvida, a polícia deve ter aprendido muito nessa batalha em que foi o “mocinho” de nossa intensa torcida, que já não se mostrou tão desconfiada quanto se mostrava até agora. O governo promete mais e necessárias ações sociais porque sabe que sem elas as ações policiais não funcionarão: os grupos se reorganizarão e outras batalhas virão. Especialistas em segurança (desses que fazem discursos, mas nunca estão no campo de batalha) acreditam que outros “comandos” tentarão ocupar o espaço deixado pelos derrotados. É evidente que embora enfraquecidos (perderam armas, perderam mercadorias, mas o importante é que de uma forma ou de outra os de bem perderam o medo). Os grupos do mal só conseguirão novos territórios e o reagrupamento de bandidos isso se as autoridades de segurança permitirem: o governo tem de continuar mostrando que é a força mais valente do estado. Nesse momento, o principal é, além de consolidar a vitória, não permitir em hipótese alguma que os marginais se renovem e se reorganizem. É preciso cortar o mal pela raiz. Afinal, foi o deixar correr mole no começo que sempre permitiu aos bandidos se organizarem e deu no que deu. Não é permitido permitir que isso se repita pra que a vitória de hoje não fique sem sentido amanhã.

Chegou lá

Reprodução imagem Globo News.

A piscina do chefão é das crianças

A foto é simbólica. O chefão deu no pé e crianças do Alemão aproveitam o dia de sol na piscina da mansão do bandido. A cena está no portal IG.

A guerra do Rio na imprensa internacional


Na Voz da Rússia

Na Al Jazeera

Na BBC

Problema social?

Dá para ver que o tráfico é business armado e extremamente cruel. Passa longe de ser problema social. Este, subproduto daquele, só pode começar a ser resolvido se o outro, o "problema" armado for desbaratado. Entenderam, sociólogos e demais especialistas? (Reprodução G1)

Rio na CNN

Destaques da CNN: o conflito da Coreia do Norte e a guerra do Rio. De um modo geral, a percepção da crise carioca na imprensa mundial é positiva pelo fato de a cidade reagir fortemente contra o crime organizado.

Em Botafogo, tudo em paz...

...chato é ter que trabalhar nesse dia de sol.

Cadeia neles. Com ou sem diploma

por Eli Halfoun
Embora muitas vezes sejam levados a defender clientes indefensáveis (ossos do oficio), advogados são profissionais de respeito e credibilidade mesmo quando representam clientes que até eles sabem de inocentes não tem nada, o que não lhes tira o direito de defesa. Advogados que trabalham com seriedade formam a maioria da classe e sem dúvida honram seus diplomas, mas há, como em qualquer profissão, advogados que apenas usam o diploma para levar vantagem e esses a classe quer ver de longe, de preferência proibidos de exercer a profissão tão nobre. O fato de lidar com a lei e suas muitas sutilezas não significa que todos os advogados estejam dentro da lei. Pelo contrário: há muitos bandidos dos quais, repito, a classe quer distância. Não surpreende e é até benéfica para toda a sociedade a prisão dos advogados que, como se noticia, vinham supostamente sendo usados (ou se deixando usar, o que é pior) como pombos-correio dos traficantes, trazendo recados criminosos que transformaram o Rio em praça de guerra. Não é a primeira vez que advogados são acusados por esse tipo de comportamento que nada tem a ver com a profissão que escolheram. Não será também a última vez, mas as prisões de agora deixam claro que daqui pra frente advogados-bandidos, mesmo usando apenas a palavra como arma, irão para a cadeia. Com ou sem diploma.

Uma guerra para o povo, um super programa para a televisão

por Eli Halfoun
As emissoras de televisão estiveram sintonizadas em casa, nos botequins e nos escritórios nas imagens da cobertura da guerra aos traficantes. Algumas dedicaram menos espaço, mas não menor atenção e importância ao noticiário e preferiram mostrar apenas flashes ou usar os telejornais habituais que em muitos casos esgotavam o noticiário em torno do que estava acontecendo. Como tem nos programas policiais a força maior de sua audiência, a Record-Rio transformou a guerra em um espetáculo e transmitiu ao vivo (nem tão ao vivo assim já que as mesmas imagens eram repetidas várias vezes). Cumpriu, embora com exagerado tempo o seu papel de informar à população e realizou um bom trabalho jornalístico mostrando que está pronta para grandes coberturas que não precisam ser necessariamente e somente policiais. A Record foi não tenho dúvidas, a emissora do povão e se não chegou ser uma campeã de audiência marcou importante presença nos acontecimentos e com seu público, que aumentará muito sempre que houver um grande fato policial para ser coberto. Há quem critique a Record por esse trabalho que para muitos analistas passou da medida. Talvez tenha passado sim, mas mesmo assim foi a emissora que acabou virando uma espécie de porta-voz quase oficial dos lamentáveis acontecimentos e exibindo algumas imagens que ficarão na história ao mostrar um povo angustiado, amedrontado e mesmo assim esperançoso - de uma necessária e tão grande esperança que até aplaudiu a chegada do exército ao combate, o que mostra que o exército não existe só para ficar nos quartéis, mas sim para ser acionado sempre que necessário.

A invasão: chegou a hora

Bope, PF, atiradores de elite, Forças Armadas no apoio logístico, efetivos de cerca de 2 mil e 600 agentes entram no Alemão. (Reprodução imagem Globo News)

Reprodução imagem Globo News

Reprodução imagem Globo News

sábado, 27 de novembro de 2010

Invasão ou rendição?

por Gonça
Em nota divulgada agora há pouco o governador Sérgio Cabral reafirma seu compromisso de prosseguir com a atual política de segurança do Rio de Janeiro e combater o poder paralelo que se instalou na cidade.
Cabral destacou a parceria do Rio com o governo federal, o presidente Lula e a presidente eleita Dilma Roussef. Leia a nota:
"As operações em curso no Rio de Janeiro, desenvolvidas por nossos policiais, pela Polícia Federal e pelas tropas militares, são essenciais para garantir o ir e vir das pessoas. É um direito básico, que é o nosso dever. O momento é de retomada de territórios, de afirmação da ordem e do Estado de Direito Democrático.
As equipes de Segurança vêm informando e esclarecendo à população sobre os acontecimentos, inclusive sobre o anúncio (hj, 27/11) de um ponto de rendição aos bandidos. O conjunto de ações no combate à criminalidade está recebendo o apoio da sociedade civil, o que nos estimula e reforça o fato de que estamos no caminho certo. Estamos todos unidos. Todos com o mesmo propósito: seguir em frente sem qualquer recuo na busca da libertação das pessoas do poder de bandidos nas comunidades.
A referência e o poder nas comunidades - e em toda a sociedade - deve ser a do Poder Público, com pacificação e ações sociais em seguida. Isso já ocorre em várias comunidades, a partir das Unidades de Polícia Pacificadoras, as UPPs, contra as quais a bandidagem agora reage, porque as UPPs lhes tomaram os territórios.
A parceria do Governo do Rio com o Governo federal, em contatos diretos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente eleita, Dilma Rousseff, e ministros de Estado beneficia diretamente à nossa sociedade. A população deseja e vai se libertar, porque não vamos recuar na nossa política de Segurança.
A população está confiante. Os nossos policiais estão orgulhosos por esse apoio. É o meu compromisso, reafirmo, pacificar todas as comunidades onde houver o domínio do poder paralelo." (Sérgio Cabral, Governador do Estado do Rio de Janeiro)
O trecho em que o governador afirma que "a referência e o poder nas comunidades e em toda a sociedade deve ser a do Poder Público, com pacificação e ações sociais em seguida" merece crédito. Cabral se refere ao programa de UPPs, a primeira estratégia de governo que tem resultados a apresentar na luta com o domínio cruel que os traficantes exercem sobre as comunidades. É possível que esse trecho da nota também carregue um alerta à "comissão" formada, entre outros, por um pastor e um dos dirigentes da ong Afroreggae (que faz, por sinal, um belo trabalho social), que foi conversar com os traficantes e propor uma rendição ao bando. A própria polícia, como diz a nota, fez esse apelo aos bandidos, indicando-lhes, inclusive, o local onde deveriam se apresentar. Há cerca de meia hora, alguns traficantes se entregaram. Um dos membros da "comissão" comentou, ao voltar do encontro, que subiu lá por ser "neutro" e, assim, tentar evitar um derramamento de sangue. A tentativa foi válida e merece elogios. Mas, como assim, "neutro", se as comunidades, as maiores interessadas, querem se livrar desses bandos opressores?  É possível ser "neutro" em um FlaxFlu se você é Vasco, mas nesse jogo sujo aí não dá.

O Casseta broxou...

por JJcomunic
Depois de 18 anos, chega ao fim, por exaustão da fórmula e queda de audiência, o humorístico Casseta&Planeta. O programa, que já teve médias superiores a 30 pontos, despenca no ibope desde 2006. O grupo pretende apresentar um novo projeto no ano que vem.

Edney Silvestre: da Manchete ao Prêmio Jabuti

Globo, Segundo Caderno.
A capa do Prêmio Jabuti de Melhor Romance
O trecho em que Edney revela sua passagem pela Manchete.
por José Esmeraldo Gonçalves
Vencedor do Prêmio Jabuti de Melhor Romance com o livro "Se eu fechar os olhos agora", o jornalista Edney Silvestre conta ao Globo (Segundo Caderno), hoje, em excelente matéria de Karla Monteiro, que há mais de 14 anos dormia e acordava com a trama do livro na cabeça: um cadáver de mulher encontrado no meio do mato por adolescentes numa cidade do interior do Rio. Segundo o autor, foram seis anos escrevendo o romance que tem como cenário o Brasil dos anos 60. Essa também foi a década em que Edney, que nasceu em Valença, chegou ao Rio para estudar. Sem dinheiro para frequentar a noite carioca - como o texto do Globo revela - ele ia ao cinema. Acabou aprendendo inglês com os filmes e passou a traduzir livrinhos de faroeste. Curiosamente, foi este o caminho que o levou à Manchete. Edney fazia História, mas trancou a matrícula na faculdade por falta de dinheiro. Arranjou um emprego de datilógrafo na Bloch. Como dominava o inglês foi parar na Manchete Press, a agência de notícias da editora, onde fazia a versão das matérias publicadas nas revistas e traduzia para português o material jornalístico que vinha do exterior. Em pouco tempo, passou a fazer reportagens para a Fatos & Fotos e, depois, para a Manchete. Ainda passou pelo O Cruzeiro, trabalhou em propaganda e no jornal O Globo, antes de ir para a TV Globo e ser escalado para o posto de correspondente em Nova York. Edney escreveu outros dois livros: "Dias de Cachorro Louco", uma seleção de crônicas, e "Contestadores", com entrevistas que fez ao longo da carreira. É mais um escritor entre tantos que passaram pelas redações do Russell.

Aconteceu... no show de Paul Mc Cartney

A campanha acabou, os tucanos perderam as asas mas o derrotado José Serra continua sendo perseguido pelo grave "atentado" da "bolinha de papel". Clique AQUI

Uma tarde para mulheres que os homens também gostarão

por Eli Halfoun
O encontro é só para o sexo feminino, mas seria muito bom se homens também pudesse participar para aprender novos segredos sobre o que eles mais gostam e procuram: mulheres. A “tarde mulherzinha” está confirmada pela especialista em marketing de moda Patrícia Villar, organizadora de um  workshop no dia 4 de dezembro, das 16 às 19 horas, no Salão Garden do Shopping Garden, na Barra da Tijuca, Rio. O ingresso custa R$60,00 e pode ser adquirido até o próximo dia 30, na Pselda (Rua Ataulfo de Paiva 706/403). A tarde, regada a espumante, promete ser animada com um talk show em que Patrícia Japiassú, da boutique erótica Santo Prazer, “falará sobre brinquedinhos e otras cositas más para apimentar a vida dos casais”. Além das sugestões de Patrícia, as mulheres receberão dicas de segredinhos de sedução ministradas por Suzana Leal, da Pselda, que falará também sobre “Segredos de Pselda”, seu novo livro. O encerramento da tarde fica por conta da sexóloga Cristina Barros Leal com uma palestra sobre sexualidade. Cristina também responderá a perguntas depositadas anonimamente em uma urna especial. O evento terá ainda a presença de uma representante do fotógrafo Enio Guimarães, especializado em books sensuais. Quem quiser pode marcar uma sessão de fotos com desconto. "A tarde será muito animada", garante Patrícia Villar. Isso os homens só saberão de noite em casa.

Milton Gonçalves e Ronaldo Bôscoli para sempre. Em livros

por Eli Halfoun
Livros biográficos de artistas talentosos e importantes escrevem a memória cultural de um país. Depois de perpetuar, com justiça, as biografias de Bráulio Pedroso e Mauro Mendonça, o jornalista e escritor Renato Sergio, um craque em texto, coloca para sempre na história cultural do Brasil o nome do ator e diretor Milton Gonçalves, que ajudou a plantar a história da televisão, do cinema e da arte negra no país. Renatinho, como nós, os amigos, tratamos, já recolheu depoimentos e está em fase de colocar no papel mais um livro (pode-se garantir antecipadamente) de qualidade. Quem também ganhará merecida homenagem literária em biografia de Denílson Monteiro (que já escreveu sobre Carlos Imperial) é Ronaldo Bôscoli, um dos mais importantes compositores da Bossa Nova e criador (ao lado de Miele) dos pocketshows que movimentaram e fizeram história na noite carioca. Ronaldo também é personagem de algumas das mais folclóricas histórias acontecidas na redação da Manchete, na época em que foi repórter da revista. São histórias deliciosas que, é claro, estarão no livro, mesmo porque a Manchete também fez história.

Guerra ao tráfico: leia esta análise





por Jussara Razzé
Vou deixar aqui o link para uma análise da cobertura da imprensa nos recentes episódios no Rio. É de Rafael Casé, para o site Observatório da Imprensa. Concordo com ele.
Clique AQUI

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Sexta-feira, estação Botafogo vazia. O carioca foi para casa mais cedo...

Na guerra do Rio, os outros alvos...

Além de implodir as cidadelas do tráfico, a polícia deve atacar alvos que parecem mas são importantes na estrutura do crime: a parentada dos chefões, que lava dinheiro e os pombos-correio que têm a função estratégica de conectar comando e comandados da bandidagem. Ambos, parentes e "pombos", desfrutam de acesso privilegiado aos presos. Traficante detido em presídio de segurança máxima, no Brasil, nem tem tempo de se sentir solitário tal o número de visitas que a justiça lhes concede.

Guerra do Rio: a Folha, enfim, deu primeira página:

Capa da Folha de hoje. A sucessão de atentados no Rio, com dezenas de carros incendiados, tinha merecido na visão dos editores do jornalão paulista apenas chamada em canto de primeira página. Na edição de hoje, a Folha saiu da província editorial, caiu na real e viu que o assunto era de interesse mundial.

A guerra urbana

deBarros
O que estamos assistindo nas ruas e bairros do Rio de Janeiro é apenas o efeito de uma causa de alguns anos atrás quando as autoridades normativas e disciplinares se deixaram corromper, em muitos casos se igualando aos bandidos e traficantes, que diante de uma polícia ineficiente foram crescendo finaceiramente, com o dinheiro arrecadado – muito dinheiro – no tráfico de drogas e se armaram com poderosas armas importadas no mercado negro mundial de artefatos bélicos.
No Rio, tivemos até chefe de polícia envolvido – hoje preso julgado e condenado – com notórios
membros das máfias que tomaram conta desta cidade.
Agora, só resta a guerra total. E guerra pra vencer o inimigo que passeia, arrogante, embaixo de nossas janelas. A Itália, para vencer as poderosas máfias, suspendeu direitos de bandidos afirmando que o bandido tem direito sim, mas de ir pra cadeia e levar bala se enfrentar a polícia à mão armada. A polícia tem de recuperar a sua moral vencendo esses bandidos e traficantes de uma vez por todas. Não deixar pedra sobre pedra e voltar a ser a polícia das décadas de 40 e 50, patrulhar as ruas e proteger os cidadãos.

Perdeu, bandido

A fuga dos bandidos
O terror se espalha na cidade.
Mesmo bem armados, os bandidos tiraram o time de campo.
A capa do caderno especial do Globo.
por Gonça
Se a guerra ainda não foi vencida - falta muito - o Rio, pelo menos, deixou o canto do ringue e começou a se livrar do mata-leão que o crime lhe impõe há décadas. A varredura policial, além de coibir a violência e o cruel domínio que o tráfico exerce sobre as comunidades, vai, a médio prazo, tornar possível a implantação de políticas sociais que essas áreas tanto reclamam e precisam. A imagem dos blindados entrando em Vila Cruzeiro é simbólica. Mostra o acerto do apoio das Forças Armadas, que embora já tenham participados de operações urbanas esporádicas relutavam em ajudar a resolver um conflito que esmaga a  cidade que vai sediar uma Copa e um Olimpíada. A repercussão internacional, na maioria dos jornais, é significativa: ao mesmo tempo em que as fortes imagens surpreendem, o fato de a cidade ter se decidido a resolver um dos seus mais graves problemas é comemorado. O que o Rio assiste hoje é a resistência do crime nos territórios que as UPPs ainda não ocuparam. E ficou claro definitivamente que problema social é uma coisa - e eles existem e precisam ser resolvidos - bandido com fuzil na mão é outra. Ao contrário dos "especialistas", os cariocas das comunidades dominadas pelos criminosos já sabiam disso há muito tempo. Os aplausos à chegada dos blindados traduzem ao mesmo tempo o drama que vivem e o que parece ser a porta para a reconquistas dos seus direitos humanos. A violência não vai acabar - mas pode chegar a níveis normais para um grande centro urbano - o tráfico de drogas também não (isso depende de outras soluções, entre as quais um debate sério sobre a legalização e políticas de saúde para os dependentes) mas o domínio de territórios por grupos armados e a subjugação de comunidades pode ter um fim. O Rio merece que o dia de ontem signifique um marco na recuperação da cidadania de todos os cariocas.  Que a cidade partida enfim se una. Em torno da paz.

Caminho mais curto para o sonho de uma carreira

por Eli Halfoun
Uma reclamação sempre presente em quem sonha com a carreira artística é a de que faltam oportunidades na televisão. É verdade que a televisão não tem espaço para tantos jovens sonhadores e que, por isso mesmo, as oportunidades são reduzidas, raras até. Não se pode deixar de reconhecer que a TV, que é uma “fábrica” de sonhos e de talentos, tenta, embora nem sempre consiga. Os programas musicais para calouros raramente são uma porta para a carreira. Para os atores, a Globo criou “Malhação”, novela adolescente com a qual realmente conseguiu “pescar” vários atores. “Malhação” está em um puxa-estica que dura anos e hoje não é mais o que se espera, mas continua sendo uma esperança para jovens talentos. Se outra qualidade não tivesse (e tem muitas) a série “Clandestinos’ terá valido a pena porque está dando oportunidades para jovens talentos de todo o país, o que é fundamental para um país que quer olhar e caminhar para o futuro. Não sei se depois a Globo aproveitará alguns desses “clandestinos” (acredito que sim), mas mesmo que isso não aconteça o programa criado por João Falcão (aliás, o talento desse baiano ultimamente está em todas) já cumpriu um bom e fundamental papel: o de mostrar que em um país tão grande os sonhos sempre são possíveis. E a televisão está aí para diminuir a distância entre longínquas cidades e as chamadas capitais culturais, como São Paulo e Rio de Janeiro. Afinal, concretizar o sonho de uma carreira vence qualquer obstáculo e qualquer distância.

Ronaldo é da Ambev até 2020. Mesmo sem jogar

por Eli Halfoun
Mesmo “pendurando as chuteiras” no final de 2011 (deve continuar no Corinthians com outras tarefas), Ronaldo Fenômeno Nazário continuará sendo o “garoto-propaganda” da Ambev. Está renovando seu contrasto até 2020 até porque criou uma, digamos, espécie de estabilidade: ele participa de campanhas publicitárias da Ambev desde os 16 anos quando ainda era apenas um promissor craque do Cruzeiro. O novo acerto de Ronaldo é de 2,5milhões de dólares e a novidade é que de agora em diante sua empresa é que cuidará de tudo o que se relacione a sua participação. Quando o contrato terminar, em 2020, Ronaldo estará com 44 anos, mas ainda com o prestígio e o carinho conquistados em uma carreira vitoriosa em campo e fora dele. (Foto: Reprodução TV)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Na capa 1


Priscila Fantin é capa da Vip de dezembro.

Na capa 2


Irina Shayk, modelo e namorada do jogador Cristiano Ronaldo, é a capa da revista GQ de dezembro.

“Prince é um babaca e Pavarotti um chato”. Tá no livro de Ricardo Amaral

por Eli Halfoun
Ricardo Amaral deixou claro desde o início que “Vaudeville”, seu primeiro livro (ele garante que outros virão), não desrespeitaria ninguém e não teria nenhum grande escândalo para alavancar as vendas que, aliás, vão bem. Mesmo sem histórias escandalosas, o livro tem fatos curiosos e o autor fala com franqueza de muitas celebridades consideradas intocáveis. Exemplos: sobre o cantor Prince, Amaral diz: “é um babaca”. A cantora Grace Jones merece adjetivos mais contundentes: “é uma idiota, uma imbecil”. Nem Luciano Pavarotti escapa da franqueza de Ricardo Amaral: “é um chato, cheio de frescura. Achou que seu camarim ficava longe do palco e queria um carrinho de golfe para transportá-lo”. Amaral conta também que nos anos 70 e 80 problemas de drogas nas boates eram muito menores do que hoje e que os seguranças ficavam de olho. Mesmo assim, muitos clientes freqüentavam o banheiro para cheirar. Amaral lembra: “um amigo meu decorador dizia que o exaustor do banheiro tinha de ser forte o suficiente para tirar o cheiro da maconha, mas não forte demais para não levantar o pó”.