Salvar o letreiro Hollywood, plantado em Los Angeles e que se fez famoso em todo o mundo, é agora uma corrida contra o tempo: o grupo que luta para não ver o letreiro destruído tem menos do que 16 dias para arrecadar o U$ 1,5 milhão que faltam para comprar o terreno nas montanhas ao norte de Los Angeles e salvá-lo das mãos do grupo imobiliário que pretende construir no local um condomínio com mansões de luxo. Há dois meses o grupo Trust Pacific Land tenta arrecadar os US$ 12,5 milhões para comprar os 56 hectares que pertencem um grupo de investidores que não se importa em derrubar as letras famosas que ali estão desde 1923. Várias celebridades ligadas ao cinema, entre as quais Steven Spielberg, Tom Hanks e Rita Wilson, lutam para não ver o letreiro derrubado. Se fosse aqui a queda do letreiro seria apenas uma questão de tempo, ou melhor, de chover mais ou chover menos.
Jornalismo, mídia social, TV, atualidades, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVII. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
sábado, 17 de abril de 2010
Garganta profunda
por JJcomunic
A atriz Lindsey Lohan deve viver no cinema o papel de Linda Lovelace em Garganta Profunda (Deep Throat), o clássico pornô de 1972. A "trama" do filme é curiosa: uma jovem vai ao consultório queixando-se de que não tem orgasmos. O doutor a examina e constata que a moça na verdade é desprovida de clitóris. Depois de uma cuidados pesquisa, encontra o badalo perdido: está lá... bem no fundo da garganta da Lovelace. Gore Vidal, David Letterman, Frank Sinatra, Camille Paglia e meio-mundo admitiram que viram o filme. O termo Deep Throat - lembram-se? - até ganhou as páginas políticas ao apelidar a fonte secreta dos repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein na rumorosa apuração de um escândalo da época, o de Watergate.
Belo Monte, usina de polêmica
por Gonça
Sobre o post do debarros, abaixo. Há controvérsias. Muitas. É preciso pesar bem essa questão de dano ambiental. Itaipu, por exemplo, construida pela ditadura, teve enorme impacto na natureza. Verdade. Mas você consegue imaginar o Brasil hoje sem Itaipu? Teria que gerar energia muitas vezes mais poluente, o país estaria mais pobre, sem força e luz para mover cidades e empreedimentos. Pobreza, sabe-se, é um dos maiores danos ambientais. Assim como falta de projetos e de perpectivas. Um exemplo: durante o governo FHC, o Brasil não fez obras de infraestrutura. A política era vender bens públicos, mas aí é outra história. Como consequência, veio o célebre apagão, o maior que o país já sofreu. A saída do governo anterior foi, então, liberar a instalação de emergência de termelétricas extremamente poluentes, movidas a óleo diesel e até condenáveis unidades a carvão.
Mas a discussão não deveria ser política, nem enquadrada em tema de governo versus oposição. O país vai precisar de energia, principalmente após ter voltado a crescer desde 2003.
Hoje há métodos e técnicas para minimizar danos ambientais. Debarros provavelmente não se preocupou em ler um pouco mais sobre o projeto. Belo Monte terá impacto ambiental sim, mas não será um desastre ecológico como Balbina, outra usina construida na Amazônia pelos militares. Segundo os técnicos, a nova hidrelétrica formará um lago, mas de proporções menores, por adotar técnicas mais mais modernas de geração de energia. A futura hidrelétrica submete-se à vazão do Rio Xingu (PA), o que evita que seja construida uma enorme parede e um imenso lago artificial. Isso porque a usina terá turbinas convencionas e também turbinas tipo bulbo, que funcionam a fio-d'agua, na expressão dos técnicos, ou seja, são movidas pela própria vazão do rio. Se a discussão não for política, o que as organizações de defesa do meio-ambiente devem fazer é lutar para que sejam minimizados os efeitos sobre as populações. Curiosamente, o governo Lula é violentamente criticado pela oposição por instalar as reservas territoriais necessárias à sobreviência dos índios. Subitamente, a mesma oposição passa a ser "defensora" dos índios, no caso de Belo Monte, que serão afetados pelas obras. Uma posição meio hipócrita. Que o país encontre o equilíbrio entre gerar energia (que resulta em progresso e ascensão social de milhões de brasileiros), o controle ambiental e o respeito à cultura e aos direitos dos índios. Quanto ao outro ponto do post do debarros, o financiamento, é naturalmente innevitável aqui e em qualquer país do mundo. Empresas privadas não entram em um projeto dessa magnitude, de grande aporte de recursos e retorno a longo prazo, sem uma forte participação estatal. Essa, aliás, foi uma das razões da paralisação do pais no governo passado em matéria de infraestrutura. Os tucanos parecem ter imaginado que ao privatizar as estatais e abrir concessões de estradas, portos etc poderiam esperar que grandes grupos privados tocassem adiante novas e grandes obras. Como se sabe - e as estatísticas mostram - nada foi construído. Com atraso, só depois de 2003 foram retomadas construções de hidrelétricas, ferrovias, portos, o país voltou a construir, por exemplo, navios (será lançado essa semana o primeiro grande petroleiro construido em estaleiro nacional após mais de dez anos de inércia no setor), gasodutos etc. São os fatos.
Sobre o post do debarros, abaixo. Há controvérsias. Muitas. É preciso pesar bem essa questão de dano ambiental. Itaipu, por exemplo, construida pela ditadura, teve enorme impacto na natureza. Verdade. Mas você consegue imaginar o Brasil hoje sem Itaipu? Teria que gerar energia muitas vezes mais poluente, o país estaria mais pobre, sem força e luz para mover cidades e empreedimentos. Pobreza, sabe-se, é um dos maiores danos ambientais. Assim como falta de projetos e de perpectivas. Um exemplo: durante o governo FHC, o Brasil não fez obras de infraestrutura. A política era vender bens públicos, mas aí é outra história. Como consequência, veio o célebre apagão, o maior que o país já sofreu. A saída do governo anterior foi, então, liberar a instalação de emergência de termelétricas extremamente poluentes, movidas a óleo diesel e até condenáveis unidades a carvão.
Mas a discussão não deveria ser política, nem enquadrada em tema de governo versus oposição. O país vai precisar de energia, principalmente após ter voltado a crescer desde 2003.
Hoje há métodos e técnicas para minimizar danos ambientais. Debarros provavelmente não se preocupou em ler um pouco mais sobre o projeto. Belo Monte terá impacto ambiental sim, mas não será um desastre ecológico como Balbina, outra usina construida na Amazônia pelos militares. Segundo os técnicos, a nova hidrelétrica formará um lago, mas de proporções menores, por adotar técnicas mais mais modernas de geração de energia. A futura hidrelétrica submete-se à vazão do Rio Xingu (PA), o que evita que seja construida uma enorme parede e um imenso lago artificial. Isso porque a usina terá turbinas convencionas e também turbinas tipo bulbo, que funcionam a fio-d'agua, na expressão dos técnicos, ou seja, são movidas pela própria vazão do rio. Se a discussão não for política, o que as organizações de defesa do meio-ambiente devem fazer é lutar para que sejam minimizados os efeitos sobre as populações. Curiosamente, o governo Lula é violentamente criticado pela oposição por instalar as reservas territoriais necessárias à sobreviência dos índios. Subitamente, a mesma oposição passa a ser "defensora" dos índios, no caso de Belo Monte, que serão afetados pelas obras. Uma posição meio hipócrita. Que o país encontre o equilíbrio entre gerar energia (que resulta em progresso e ascensão social de milhões de brasileiros), o controle ambiental e o respeito à cultura e aos direitos dos índios. Quanto ao outro ponto do post do debarros, o financiamento, é naturalmente innevitável aqui e em qualquer país do mundo. Empresas privadas não entram em um projeto dessa magnitude, de grande aporte de recursos e retorno a longo prazo, sem uma forte participação estatal. Essa, aliás, foi uma das razões da paralisação do pais no governo passado em matéria de infraestrutura. Os tucanos parecem ter imaginado que ao privatizar as estatais e abrir concessões de estradas, portos etc poderiam esperar que grandes grupos privados tocassem adiante novas e grandes obras. Como se sabe - e as estatísticas mostram - nada foi construído. Com atraso, só depois de 2003 foram retomadas construções de hidrelétricas, ferrovias, portos, o país voltou a construir, por exemplo, navios (será lançado essa semana o primeiro grande petroleiro construido em estaleiro nacional após mais de dez anos de inércia no setor), gasodutos etc. São os fatos.
...temos um pouco
debarros
"Pau que bate em Chico, bate em Francisco".
A vida não deixa de ser uma grande ironia. Viver é uma ironia. Ora, a esquerda "progressista", vivia e ainda vive batendo no governo anterior por ter feito as privatizações das estatais com o dinheiro público. E agora, José?, com o projeto da Usina Hidroelétrica de Belo Monte – A Bela tragédia anunciada de uma usina fadada ao desastre por erro de concepção – provocará a maior tragédia ambiental que se terá notícia nos tempos atuais.
E, pasmem aqueles que por acaso me lerem; para atender a vaidade de um megalomaníaco – que se tornou o mandatário supremo do país – que quer marcar a sua gestão com uma grandiosa obra faraônica, nada menos com a construção da terceira Hidroelétrica de Belo Monte em tamanho, no mundo conhecido. E será construida com o dinheiro dos Fundos de Pensão, BNDES e outros Órgãos Públicos.
Enredado na sua própria linguagem política se vê de cara com as mesmas circunstâncias de financiamento com que enfrentou o governo passado.
Não é preciso ir muito longe para entender a pobreza intelectual e desatinada desse governo que não sabe muito bem o que tá fazendo nesse país.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Musical americano “Mamma mia” ganha patrocínio milionário no Brasil
por Eli Halfoun
Mamma mia: R$ 13.3 milhões é a quantia liberada pelo Ministério da Cultura para a montagem brasileira do musical de mesmo nome, que ocupará o palco do Teatro Abril, em São Paulo, ainda esse ano. “Mamma Mia” continua fazendo sucesso na Broadway, Estados Unidos, mesmo depois de ter chegado ao cinema com uma versão estrelada por Meryl Streep. A música é uma das garantias do êxito do espetáculo: foram todas criadas pelo grupo sueco Abba, incluindo o sucesso “Dancing Queen”. A produção brasileira será da T4Fque fez acordo com o Ministério da Cultura para retribuir a gentileza do milionário patrocínio: distribuirá 30 mil ingressos para sessões fechadas de idosos, deficientes e jovens especiais. Assim não precisará reduzir o preço dos ingressos.
Mamma mia: R$ 13.3 milhões é a quantia liberada pelo Ministério da Cultura para a montagem brasileira do musical de mesmo nome, que ocupará o palco do Teatro Abril, em São Paulo, ainda esse ano. “Mamma Mia” continua fazendo sucesso na Broadway, Estados Unidos, mesmo depois de ter chegado ao cinema com uma versão estrelada por Meryl Streep. A música é uma das garantias do êxito do espetáculo: foram todas criadas pelo grupo sueco Abba, incluindo o sucesso “Dancing Queen”. A produção brasileira será da T4Fque fez acordo com o Ministério da Cultura para retribuir a gentileza do milionário patrocínio: distribuirá 30 mil ingressos para sessões fechadas de idosos, deficientes e jovens especiais. Assim não precisará reduzir o preço dos ingressos.
Feijão com arroz é o novo rei dos jantares chiques
por Eli Halfoun
Uma velha e popular culinária está tomando o lugar de comidas sofisticadas e geralmente cheias de formas e de temperos esquisitos nos jantares e festas sofisticadas. A nova bossa é servir a velha, simples e sempre deliciosa comidinha de botequim. Para os cardápios de jantares sofisticados, a ordem agora é oferecer o nosso tradicional feijão com arroz acompanhado de bifinhos acebolados, batata frita, ovos fritos, farofa e outras receitas que conhecemos e comemos desde crianças. Para a sobremesa, nada de mouses, tortas e coisas desse tipo. O novo e doce dono dos requintados salões é o tradicional Romeu e Julieta, ou seja, goiabada com queijo Minas ou requeijão. A nova bossa está agradando em cheio e depois da festa ninguém precisa ir ao botequim mais próximo para, aí sim, matar a fome e fartar-se do que realmente tem gosto e faz a alegria maior do paladar brasileiro.
Uma velha e popular culinária está tomando o lugar de comidas sofisticadas e geralmente cheias de formas e de temperos esquisitos nos jantares e festas sofisticadas. A nova bossa é servir a velha, simples e sempre deliciosa comidinha de botequim. Para os cardápios de jantares sofisticados, a ordem agora é oferecer o nosso tradicional feijão com arroz acompanhado de bifinhos acebolados, batata frita, ovos fritos, farofa e outras receitas que conhecemos e comemos desde crianças. Para a sobremesa, nada de mouses, tortas e coisas desse tipo. O novo e doce dono dos requintados salões é o tradicional Romeu e Julieta, ou seja, goiabada com queijo Minas ou requeijão. A nova bossa está agradando em cheio e depois da festa ninguém precisa ir ao botequim mais próximo para, aí sim, matar a fome e fartar-se do que realmente tem gosto e faz a alegria maior do paladar brasileiro.
Deu no JB: reforço na Amazônia
A Aeronáutica apresenta três dos 12 helicópteros russos que o governo adquiriu para basear na Amazônia. São os famosos e sofisticados AH-2, também conhecidos como MI-35. Carrega mísseis, metralhadoras e até um canhão no nariz. Um poderoso equipamento que já participou de várias batalhas. Bom que seja usado também para abater aeronaves que contrabandeiam fuzis e drogas. O Rio de Janeiro agradece.
Roberto Muggiati no Estadão
por Roberto Muggiati
As primeiras palmas a gente nunca esquece
"Conhecemos o som de duas mãos batendo palmas. Mas qual é o som de uma mão batendo palma?'' Charada Zen, epígrafe de Nove Histórias, de J.D. Salinger
Cheguei a Paris na manhã de 14 de outubro de 1960, uma sexta-feira, no trem de Madri, 20 horas de viagem. Eu tinha 20 anos, é a mais bela idade da vida (Há controvérsias.) Sentado num café da Gare de Lyon, sentia-me como o sujeito do filme Ascensor para o Cadafalso, que passa um fim de semana preso num elevador e depois vai tomar café au lait com croissants e folhear o jornal do dia. Meu olho caiu numa pequena nota nas páginas internas: concerto de jazz esta tarde no Théâtre des Champs-Elysées, com um punhado de americanos exilados e bambas locais. Peguei um táxi até a Cité Universitaire, descobri na Maison du Brésil que ainda não tinha um quarto: colocaram-me para dormir nos bastidores do pequeno teatro (na mesma época, vim a saber depois, os Beatles dormiam atrás da tela de um cinema em Hamburgo.) Em bom francês pensei Je m''en fiche ("não tô nem aí"), larguei as malas ainda fechadas e saí pela vasta cidade em busca do meu destino. O Théâtre des Champs-Elysées havia testemunhado em 1913, entre apupos e aplausos, a grande explosão moderna, com a estreia da Sagração da Primavera, de Stravinsky, pelos Ballets Russes de Nijinsky e Lifar. Em poucas horas eu vivia uma verdadeira overdose de cultura, sem mencionar o fato de estar pisando nas ruas de Paris, aquela obra de arte viva. O lendário teatro não me impressionou, escuro, meio deprê, estava só metade ocupado. Mas a música foi o primeiro jazz de verdade que ouvi, Bud Powell ao piano, Kenny Clarke à bateria e Pierre Michelot ao baixo. Participou também do concerto, em memória do baixista Oscar Pettiford (morto um mês antes em Copenhague), o saxofonista Lucky Thompson. Ao fim de cada peça, batíamos palmas enérgicas, para compensar a metade vazia da sala. Eu não sabia que o concerto foi gravado e que um disco sairia dois anos depois... com as minhas palmas. A glória!
No mês seguinte, fui ver a Concert Jazz Band de Gerry Mulligan, no Olympia. Sala tradicional da chanson francesa, templo da Piaf, o Olympia começava a acolher concertos de jazz. Fui sozinho ao show da tarde e, à noite, na torrinha, com uma namoradinha inglesa, Gillian. O público francês sabe ser chato, quando quer, e naquele dia encarnou no Gerry (ironicamente, Jerry Mulligan é o nome de Gene Kelly no filme Sinfonia em Paris.) Compositor e arranjador, Mulligan volta e meia tocava piano, sob os protestos da plateia, que pedia aos brados "Saxo! Saxo!" Do concerto, outro álbum ao vivo emergiu nas lojas, assim como o da apresentação de Thelonious Monk no mesmo Olympia, em abril de 61, tocando - é claro - April in Paris num belo solo de piano.
Em dois anos de Paris e três de Londres, os concertos de jazz continuaram rolando e, como o replicante de Blade Runner, eu podia dizer "meus olhos viram coisas em que vocês não acreditariam... e todos aqueles momentos se perderão no tempo como lágrimas na chuva". Tristemente, não reconheci minhas palmas em nenhum daqueles álbuns gravados ao vivo. Descobri que, por questões técnicas, as gravadoras preferiam botar nos discos palmas clonadas pelos sonoplastas, reduzidas à equalização padronizada. Foi, de certa forma, a perda da inocência - musical e ontológica. Indo mais fundo, hoje sou capaz até de contestar o próprio processo do jazz gravado. Música do aqui e agora, que se propõe à prática da espontaneidade absoluta através da improvisação, aqueles registros não passariam de peças arqueológicas congeladas no tempo, verdadeiros fósseis sonoros. Mas, à falta de melhor, é o que nos resta para que aqueles momentos não se percam, como lágrimas na chuva.
(Roberto Muggiati, jornalista, escritor e saxofonista, autor do livro Improvisando Soluções)
Fonte: jornal Estado de São Paulo. Clique AQUI
As primeiras palmas a gente nunca esquece
"Conhecemos o som de duas mãos batendo palmas. Mas qual é o som de uma mão batendo palma?'' Charada Zen, epígrafe de Nove Histórias, de J.D. Salinger
Cheguei a Paris na manhã de 14 de outubro de 1960, uma sexta-feira, no trem de Madri, 20 horas de viagem. Eu tinha 20 anos, é a mais bela idade da vida (Há controvérsias.) Sentado num café da Gare de Lyon, sentia-me como o sujeito do filme Ascensor para o Cadafalso, que passa um fim de semana preso num elevador e depois vai tomar café au lait com croissants e folhear o jornal do dia. Meu olho caiu numa pequena nota nas páginas internas: concerto de jazz esta tarde no Théâtre des Champs-Elysées, com um punhado de americanos exilados e bambas locais. Peguei um táxi até a Cité Universitaire, descobri na Maison du Brésil que ainda não tinha um quarto: colocaram-me para dormir nos bastidores do pequeno teatro (na mesma época, vim a saber depois, os Beatles dormiam atrás da tela de um cinema em Hamburgo.) Em bom francês pensei Je m''en fiche ("não tô nem aí"), larguei as malas ainda fechadas e saí pela vasta cidade em busca do meu destino. O Théâtre des Champs-Elysées havia testemunhado em 1913, entre apupos e aplausos, a grande explosão moderna, com a estreia da Sagração da Primavera, de Stravinsky, pelos Ballets Russes de Nijinsky e Lifar. Em poucas horas eu vivia uma verdadeira overdose de cultura, sem mencionar o fato de estar pisando nas ruas de Paris, aquela obra de arte viva. O lendário teatro não me impressionou, escuro, meio deprê, estava só metade ocupado. Mas a música foi o primeiro jazz de verdade que ouvi, Bud Powell ao piano, Kenny Clarke à bateria e Pierre Michelot ao baixo. Participou também do concerto, em memória do baixista Oscar Pettiford (morto um mês antes em Copenhague), o saxofonista Lucky Thompson. Ao fim de cada peça, batíamos palmas enérgicas, para compensar a metade vazia da sala. Eu não sabia que o concerto foi gravado e que um disco sairia dois anos depois... com as minhas palmas. A glória!
No mês seguinte, fui ver a Concert Jazz Band de Gerry Mulligan, no Olympia. Sala tradicional da chanson francesa, templo da Piaf, o Olympia começava a acolher concertos de jazz. Fui sozinho ao show da tarde e, à noite, na torrinha, com uma namoradinha inglesa, Gillian. O público francês sabe ser chato, quando quer, e naquele dia encarnou no Gerry (ironicamente, Jerry Mulligan é o nome de Gene Kelly no filme Sinfonia em Paris.) Compositor e arranjador, Mulligan volta e meia tocava piano, sob os protestos da plateia, que pedia aos brados "Saxo! Saxo!" Do concerto, outro álbum ao vivo emergiu nas lojas, assim como o da apresentação de Thelonious Monk no mesmo Olympia, em abril de 61, tocando - é claro - April in Paris num belo solo de piano.
Em dois anos de Paris e três de Londres, os concertos de jazz continuaram rolando e, como o replicante de Blade Runner, eu podia dizer "meus olhos viram coisas em que vocês não acreditariam... e todos aqueles momentos se perderão no tempo como lágrimas na chuva". Tristemente, não reconheci minhas palmas em nenhum daqueles álbuns gravados ao vivo. Descobri que, por questões técnicas, as gravadoras preferiam botar nos discos palmas clonadas pelos sonoplastas, reduzidas à equalização padronizada. Foi, de certa forma, a perda da inocência - musical e ontológica. Indo mais fundo, hoje sou capaz até de contestar o próprio processo do jazz gravado. Música do aqui e agora, que se propõe à prática da espontaneidade absoluta através da improvisação, aqueles registros não passariam de peças arqueológicas congeladas no tempo, verdadeiros fósseis sonoros. Mas, à falta de melhor, é o que nos resta para que aqueles momentos não se percam, como lágrimas na chuva.
(Roberto Muggiati, jornalista, escritor e saxofonista, autor do livro Improvisando Soluções)
Fonte: jornal Estado de São Paulo. Clique AQUI
Promessa eleitoral também é um problema britânico
por Eli Halfoun
A intenção pode até ser das melhores, mas mesmo assim a promessa eleitoral do Partido Conservador Britânico de conceder dedução fiscal aos casais de baixa renda, mereceu severas críticas por estar marginalizando as mães solteiras. A escritora J. K. Rowling, autora de “Harry Pottter”, protestou publicamente em favor das mães solteiras e criticou a prometida dedução de 150 libras anuais para 4 milhões de casais. Os autores da promessa dizem que “não é uma questão de dinheiro e sim de mensagem”. A autora de ”Harry Potter” não aceitou o argumento e em artigo publicado no jornal “The Times” escreveu: “Ninguém que tenha experimentado a pobreza pode dizer isso”. A autora de “Harry Potter” fala de cadeira: antes de ficar milionária graças ao livro viveu muitos anos com a ajuda da assistência social. A briga continua, mas é um bate-boca inútil: lá como cá promessas eleitorais nunca são cumpridas mesmo.
A intenção pode até ser das melhores, mas mesmo assim a promessa eleitoral do Partido Conservador Britânico de conceder dedução fiscal aos casais de baixa renda, mereceu severas críticas por estar marginalizando as mães solteiras. A escritora J. K. Rowling, autora de “Harry Pottter”, protestou publicamente em favor das mães solteiras e criticou a prometida dedução de 150 libras anuais para 4 milhões de casais. Os autores da promessa dizem que “não é uma questão de dinheiro e sim de mensagem”. A autora de ”Harry Potter” não aceitou o argumento e em artigo publicado no jornal “The Times” escreveu: “Ninguém que tenha experimentado a pobreza pode dizer isso”. A autora de “Harry Potter” fala de cadeira: antes de ficar milionária graças ao livro viveu muitos anos com a ajuda da assistência social. A briga continua, mas é um bate-boca inútil: lá como cá promessas eleitorais nunca são cumpridas mesmo.
Um charuto especial para mulheres
por Eli Halfoun
As mulheres estão fumando mais charutos. Não há pesquisas oficiais, mas foi o que ficou claro na recente XII edição do Festival de Charutos, em Cuba, com a realização de uma noite especial dedicada às mulheres com o lançamento do Romeo y Julieta dedicado ao público feminino, inclusive com um toque diferente na embalagem. São charutos para dar uma rapidinha, ou seja, para fumadas ligeiras: o Romeu y Julieta das mulheres tem 1,31 cm de largura e 12 cm de comprimento. Os homens não foram, é claro, esquecidos e poderão consumir a nova linha Cohiba Behike, considerada a mais exclusiva que a Habanos já lançou e tem o diferencial em seu blend, que inclui tabaco “Médio Tempo” que é uma folha encontrada apenas na parte superior de alguns pés de tabaco. Outro lançamento masculino é o Wilde Churchillis com 2.18 cm de largura e 13 cm de comprimento, ou seja, um charuto grosso com um blend mais rico e diferenciado. Leva mais tempo queimando o dinheiro do fumante
As mulheres estão fumando mais charutos. Não há pesquisas oficiais, mas foi o que ficou claro na recente XII edição do Festival de Charutos, em Cuba, com a realização de uma noite especial dedicada às mulheres com o lançamento do Romeo y Julieta dedicado ao público feminino, inclusive com um toque diferente na embalagem. São charutos para dar uma rapidinha, ou seja, para fumadas ligeiras: o Romeu y Julieta das mulheres tem 1,31 cm de largura e 12 cm de comprimento. Os homens não foram, é claro, esquecidos e poderão consumir a nova linha Cohiba Behike, considerada a mais exclusiva que a Habanos já lançou e tem o diferencial em seu blend, que inclui tabaco “Médio Tempo” que é uma folha encontrada apenas na parte superior de alguns pés de tabaco. Outro lançamento masculino é o Wilde Churchillis com 2.18 cm de largura e 13 cm de comprimento, ou seja, um charuto grosso com um blend mais rico e diferenciado. Leva mais tempo queimando o dinheiro do fumante
Modelo brasileira é estrela de famoso calendário para 2011
por Eli Halfoun
A modelo brasileira Isabeli Fontana será a atração maior do famoso Calendário Pirelli para 2011. O calendário é o preferido das borracharias e ficou famoso por reunir todos os anos modelos bonitas e famosas em todo o mundo. Isabeli, que já participou de outras edições do calendário, foi escolhida pessoalmente pelo estilista Karl Langerfeld para ser a estrela de 2001. Ela já está em Paris posando para as fotos de pouca roupa. Isabeli tem mesmo o que mostrar.
A modelo brasileira Isabeli Fontana será a atração maior do famoso Calendário Pirelli para 2011. O calendário é o preferido das borracharias e ficou famoso por reunir todos os anos modelos bonitas e famosas em todo o mundo. Isabeli, que já participou de outras edições do calendário, foi escolhida pessoalmente pelo estilista Karl Langerfeld para ser a estrela de 2001. Ela já está em Paris posando para as fotos de pouca roupa. Isabeli tem mesmo o que mostrar.
Ex-empregados da Bloch fazem assembleia nesta sexta às 11h
(Do site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro)
Os ex-empregados de Bloch Editores estão convocados para participarem da assembleia que se realizará nesta sexta-feira, dia 16, às 11h, no auditório do Sindicato dos Jornalistas – Rua Evaristo da Veiga 16, 17º andar, Cinelândia.
Vários assuntos serão debatidos nesse encontro, entre os quais o pagamento dos juros e da correção monetária das indenizações trabalhistas, as ações em andamento, os leilões de imóveis e das obras de arte e a dívida da massa falida com o Imposto de Renda.
Nesta quinta-feira, dia 15, antes da assembleia, representantes da Associação dos Ex-Empregados participarão de audiência com o promotor Luiz Roldão, da 5ª Promotoria Pública de Massas Falidas, de quem receberão informações atualizadas sobre o caso. A audiência está marcada para as 14h.
A Associação destaca a importância da assembleia para os ex-empregados porque é fundamental que todos se mantenham unidos e bem informados a respeito das decisões que forem sendo tomadas no decorrer do processo de pagamento das indenizações trabalhistas.
Vários assuntos serão debatidos nesse encontro, entre os quais o pagamento dos juros e da correção monetária das indenizações trabalhistas, as ações em andamento, os leilões de imóveis e das obras de arte e a dívida da massa falida com o Imposto de Renda.
Nesta quinta-feira, dia 15, antes da assembleia, representantes da Associação dos Ex-Empregados participarão de audiência com o promotor Luiz Roldão, da 5ª Promotoria Pública de Massas Falidas, de quem receberão informações atualizadas sobre o caso. A audiência está marcada para as 14h.
A Associação destaca a importância da assembleia para os ex-empregados porque é fundamental que todos se mantenham unidos e bem informados a respeito das decisões que forem sendo tomadas no decorrer do processo de pagamento das indenizações trabalhistas.
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TV Manchete: ex-empregados temem calote
por Nicola Manna Piraino
Em maio de 1999, foram transferidas as concessões públicas da extinta TV Manchete do grupo Bloch para empresários anônimos no meio televisivo, os senhores Amilcare Dallevo e Marcelo Carvalho, dos famosos sorteios de prêmios do sistema telefônico 0900, que foram os agraciados com cinco canais nas praças do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza.
A Lei de Telecomunicações e a própria Constituição Federal foram burladas porque haveria obrigatoriamente necessidade de se abrir novas licitações em 1986, após 15 anos da outorga, ocorrida em 1981. Na época, o governo Fernando Henrique não fez isso, inclusive sob o argumento de que os trabalhadores seriam protegidos em seus direitos, o que o tempo se encarregou de mostrar o contrário. Ou seja, após a publicação no Diário Oficial das transferências das concessões públicas, a Rede TV (nome de fantasia da TV Ômega), “se esqueceu” de cumprir suas obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais, formalmente pactuadas na época.
Também não há como negar que a extinta TV Manchete foi sucedida pela TV Ômega Ltda., sob as mais variadas formas, tudo formalmente documentado, ou seja: a) em decorrência da Lei (Decreto Presidencial); b) pelo contrato firmado entre ambas com a transferência do Fundo de Comércio (atividade fim – canais de televisão); c) pela inexistência de solução de continuidade das transmissões, e a utilização de equipamentos e instalações de antenas receptoras, transmissoras de sinais de telecomunicações, geradores e torres, componentes relativos aos mesmos, através de contrato de locação; d) pelo estranho e inusitado pagamento, em se tratando de uma concessão pública, que deveria ser efetivado aos sócios da TV Manchete, acima de U$ 7 milhões, pela transferência da emissora; e) pela celebração de acordo coletivo com os sindicatos das categorias envolvidas (radialistas, jornalistas e artistas), no qual foi estabelecido de forma clara o aproveitamento de mão-de-obra, com estabilidade empregatícia de 90 dias e que na realidade durou cerca de 180 dias; f) pelo modo de pagamento de salários atrasados; g) pela implantação de Programa de Demissão Voluntária, entre outros aspectos relevantes, como o direito ao uso da marca TV Manchete por 15 anos.
Para que todos saibam, a sucedida (extinta TV Manchete) e sucessora (Rede TV) celebraram, em maio de 1999 – já caracterizada a transferência da concessão para exploração de sinais de radiodifusão de imagens e sons – um Acordo Coletivo. Assinaram o acordo várias entidades sindicais, incluindo o Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro, e entre os vários compromissos citados, incluíam- se o pagamento dos salários atrasados a serem quitados em 12 parcelas mensais e sucessivas.
Contudo, somente foram pagas seis parcelas, desrespeitando-se o contrato celebrado, inclusive perante o Ministério das Comunicações, através dos documentos de transferência dos canais de televisão, assim como perante a opinião pública – comunicado publicado nos principais jornais do país naquela época. Portanto, a TV Omega possuía e possui a obrigação de pagar todos os direitos dos empregados oriundos da extinta TV Manchete, pois firmou compromisso documental perante o Ministério das Comunicações e o próprio Congresso Nacional.
No final de novembro de 1999, como num passe de mágica, a TV Omega passou a fugir de suas responsabilidades obrigacionais, limitando-se a dizer, de forma hilária, “fale com a TV Manchete”. Ora, a TV Manchete deixou de existir em 16 de maio de 1999, e a não ser que viva como uma “laranja podre”, não possui mais os canais de televisão.
Esta situação não foi resolvida até hoje. Reina um completo silêncio das autoridades governamentais e também do parlamento brasileiro. Os empresários da TV Ômega celebram contratos, se obrigam com os direitos trabalhistas, mas depois, com a chancela lamentável e inexplicável do Governo Federal daquela época e do Congresso Nacional, fingem que nada foi acordado. Vale destacar que, só de FGTS, a dívida, em 1999, era de mais de R$ 40 milhões e as contribuições previdenciárias devidas alcançavam mais de R$ 100 milhões. Nada disso foi pago, sem falar do Imposto de Renda, que também alcançava uma cifra milionária.
Os trabalhadores, cansados de esperar, ajuizaram ações trabalhistas, sendo certo que houve o reconhecimento, passados mais nove anos, de forma unânime, da sucessão trabalhista em todos os Tribunais do Trabalho. No fim de 2007, surpreendentemente, os controladores da TV Omega buscaram no STJ, violando e usurpando escandalosamente a competência da Justiça do Trabalho e a Constituição Federal, dois processos judiciais denominados conflitos de competência. Alegou divergência entre todos os juízos trabalhistas e uma Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro, na qual discutiu tão somente questões comerciais entre os adquirentes da Rede TV e o grupo Bloch.
O objetivo é dar o calote em mais de 2.500 processos sentenciados, mais de 90% deles já transitados em julgado e todos já sentenciados em primeira e segunda instâncias, inclusive com o reconhecimento unânime da sucessão trabalhista pelo próprio TST. Centenas de processos foram julgados de forma definitiva.
Esses dois processos que estão no STJ, relacionando mais de 800 processos trabalhistas, e que foram aceitos, até o momento, de forma inusitada e surpreendente, com o deferimento de medida liminar, ferem inclusive a jurisprudência daquele próprio Tribunal. A Súmula 59 impediria a tramitação de quaisquer conflitos de competência, quando existentes processos com trânsito em julgado. Sem falar que foi utilizado como absurdo precedente a Lei 11.101/2005, no processo da antiga Varig, sem base legal para utilizá-lo nos processos da TV Omega, que foi adquirente dos canais de televisão da extinta TV Manchete em maio de 1999. Nenhuma dessas empresas nunca esteve sob o regime da recuperação judicial que alude tal norma legal, o que mostra a gravidade da situação.
Enfim, estamos todos lutando, o Sindicato dos Radialistas, dos Jornalistas, a Fitert e os demais trabalhadores, com ações trabalhistas individuais, pelos seus advogados, para evitar mais uma lamentável tentativa de apagar todos os compromissos assumidos e confessados pela TV Omega (Rede TV!), busca concretamente efetivar um calote em milhares de trabalhadores e também no Tesouro Nacional.
Precisamos, portanto, de uma ampla mobilização de outras entidades da sociedade brasileira, tais como a OAB, as associações de magistrados trabalhistas, as associações do Ministério Público do Trabalho, as Centrais Sindicais, Federações e outras entidades representativas, a fim de denunciar estes fatos ao TST e ao STF. Estamos correndo um enorme risco desses “conflitos de competência” no STJ se transformarem num gravíssimo precedente para outras tantas empresas negarem a sucessão trabalhista e suas obrigações legais.
O que se busca, lamentavelmente, é desferir um golpe mortal não só em relação aos direitos dos trabalhadores, ao instituto da coisa julgada, mas também, e de forma preocupante, em face da própria Justiça do Trabalho, quanto à usurpação concreta da sua competência material consagrada no artigo 114 da Constituição Federal.
Teremos o absurdo de a Justiça Estadual passar a julgar pedidos de aviso prévio, férias, horas extras, 13º salário e FGTS, por exemplo, como já decidido, mesmo que provisoriamente pelo STJ, nos dois conflitos de competência. Seria teratológico em nosso universo jurídico brasileiro.
Aguardamos ansiosamente que o governo federal também cumpra o seu papel de credor e fiscalizador nesta novela sem fim. Esperamos que o direito e a justiça se façam presentes e que não se perpetue uma vergonhosa crônica de uma morte anunciada.
(Transcrito do site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro. Nicola Manna Piraino é advogado do Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão - Fitert)
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Em maio de 1999, foram transferidas as concessões públicas da extinta TV Manchete do grupo Bloch para empresários anônimos no meio televisivo, os senhores Amilcare Dallevo e Marcelo Carvalho, dos famosos sorteios de prêmios do sistema telefônico 0900, que foram os agraciados com cinco canais nas praças do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza.
A Lei de Telecomunicações e a própria Constituição Federal foram burladas porque haveria obrigatoriamente necessidade de se abrir novas licitações em 1986, após 15 anos da outorga, ocorrida em 1981. Na época, o governo Fernando Henrique não fez isso, inclusive sob o argumento de que os trabalhadores seriam protegidos em seus direitos, o que o tempo se encarregou de mostrar o contrário. Ou seja, após a publicação no Diário Oficial das transferências das concessões públicas, a Rede TV (nome de fantasia da TV Ômega), “se esqueceu” de cumprir suas obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais, formalmente pactuadas na época.
Também não há como negar que a extinta TV Manchete foi sucedida pela TV Ômega Ltda., sob as mais variadas formas, tudo formalmente documentado, ou seja: a) em decorrência da Lei (Decreto Presidencial); b) pelo contrato firmado entre ambas com a transferência do Fundo de Comércio (atividade fim – canais de televisão); c) pela inexistência de solução de continuidade das transmissões, e a utilização de equipamentos e instalações de antenas receptoras, transmissoras de sinais de telecomunicações, geradores e torres, componentes relativos aos mesmos, através de contrato de locação; d) pelo estranho e inusitado pagamento, em se tratando de uma concessão pública, que deveria ser efetivado aos sócios da TV Manchete, acima de U$ 7 milhões, pela transferência da emissora; e) pela celebração de acordo coletivo com os sindicatos das categorias envolvidas (radialistas, jornalistas e artistas), no qual foi estabelecido de forma clara o aproveitamento de mão-de-obra, com estabilidade empregatícia de 90 dias e que na realidade durou cerca de 180 dias; f) pelo modo de pagamento de salários atrasados; g) pela implantação de Programa de Demissão Voluntária, entre outros aspectos relevantes, como o direito ao uso da marca TV Manchete por 15 anos.
Para que todos saibam, a sucedida (extinta TV Manchete) e sucessora (Rede TV) celebraram, em maio de 1999 – já caracterizada a transferência da concessão para exploração de sinais de radiodifusão de imagens e sons – um Acordo Coletivo. Assinaram o acordo várias entidades sindicais, incluindo o Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro, e entre os vários compromissos citados, incluíam- se o pagamento dos salários atrasados a serem quitados em 12 parcelas mensais e sucessivas.
Contudo, somente foram pagas seis parcelas, desrespeitando-se o contrato celebrado, inclusive perante o Ministério das Comunicações, através dos documentos de transferência dos canais de televisão, assim como perante a opinião pública – comunicado publicado nos principais jornais do país naquela época. Portanto, a TV Omega possuía e possui a obrigação de pagar todos os direitos dos empregados oriundos da extinta TV Manchete, pois firmou compromisso documental perante o Ministério das Comunicações e o próprio Congresso Nacional.
No final de novembro de 1999, como num passe de mágica, a TV Omega passou a fugir de suas responsabilidades obrigacionais, limitando-se a dizer, de forma hilária, “fale com a TV Manchete”. Ora, a TV Manchete deixou de existir em 16 de maio de 1999, e a não ser que viva como uma “laranja podre”, não possui mais os canais de televisão.
Esta situação não foi resolvida até hoje. Reina um completo silêncio das autoridades governamentais e também do parlamento brasileiro. Os empresários da TV Ômega celebram contratos, se obrigam com os direitos trabalhistas, mas depois, com a chancela lamentável e inexplicável do Governo Federal daquela época e do Congresso Nacional, fingem que nada foi acordado. Vale destacar que, só de FGTS, a dívida, em 1999, era de mais de R$ 40 milhões e as contribuições previdenciárias devidas alcançavam mais de R$ 100 milhões. Nada disso foi pago, sem falar do Imposto de Renda, que também alcançava uma cifra milionária.
Os trabalhadores, cansados de esperar, ajuizaram ações trabalhistas, sendo certo que houve o reconhecimento, passados mais nove anos, de forma unânime, da sucessão trabalhista em todos os Tribunais do Trabalho. No fim de 2007, surpreendentemente, os controladores da TV Omega buscaram no STJ, violando e usurpando escandalosamente a competência da Justiça do Trabalho e a Constituição Federal, dois processos judiciais denominados conflitos de competência. Alegou divergência entre todos os juízos trabalhistas e uma Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro, na qual discutiu tão somente questões comerciais entre os adquirentes da Rede TV e o grupo Bloch.
O objetivo é dar o calote em mais de 2.500 processos sentenciados, mais de 90% deles já transitados em julgado e todos já sentenciados em primeira e segunda instâncias, inclusive com o reconhecimento unânime da sucessão trabalhista pelo próprio TST. Centenas de processos foram julgados de forma definitiva.
Esses dois processos que estão no STJ, relacionando mais de 800 processos trabalhistas, e que foram aceitos, até o momento, de forma inusitada e surpreendente, com o deferimento de medida liminar, ferem inclusive a jurisprudência daquele próprio Tribunal. A Súmula 59 impediria a tramitação de quaisquer conflitos de competência, quando existentes processos com trânsito em julgado. Sem falar que foi utilizado como absurdo precedente a Lei 11.101/2005, no processo da antiga Varig, sem base legal para utilizá-lo nos processos da TV Omega, que foi adquirente dos canais de televisão da extinta TV Manchete em maio de 1999. Nenhuma dessas empresas nunca esteve sob o regime da recuperação judicial que alude tal norma legal, o que mostra a gravidade da situação.
Enfim, estamos todos lutando, o Sindicato dos Radialistas, dos Jornalistas, a Fitert e os demais trabalhadores, com ações trabalhistas individuais, pelos seus advogados, para evitar mais uma lamentável tentativa de apagar todos os compromissos assumidos e confessados pela TV Omega (Rede TV!), busca concretamente efetivar um calote em milhares de trabalhadores e também no Tesouro Nacional.
Precisamos, portanto, de uma ampla mobilização de outras entidades da sociedade brasileira, tais como a OAB, as associações de magistrados trabalhistas, as associações do Ministério Público do Trabalho, as Centrais Sindicais, Federações e outras entidades representativas, a fim de denunciar estes fatos ao TST e ao STF. Estamos correndo um enorme risco desses “conflitos de competência” no STJ se transformarem num gravíssimo precedente para outras tantas empresas negarem a sucessão trabalhista e suas obrigações legais.
O que se busca, lamentavelmente, é desferir um golpe mortal não só em relação aos direitos dos trabalhadores, ao instituto da coisa julgada, mas também, e de forma preocupante, em face da própria Justiça do Trabalho, quanto à usurpação concreta da sua competência material consagrada no artigo 114 da Constituição Federal.
Teremos o absurdo de a Justiça Estadual passar a julgar pedidos de aviso prévio, férias, horas extras, 13º salário e FGTS, por exemplo, como já decidido, mesmo que provisoriamente pelo STJ, nos dois conflitos de competência. Seria teratológico em nosso universo jurídico brasileiro.
Aguardamos ansiosamente que o governo federal também cumpra o seu papel de credor e fiscalizador nesta novela sem fim. Esperamos que o direito e a justiça se façam presentes e que não se perpetue uma vergonhosa crônica de uma morte anunciada.
(Transcrito do site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro. Nicola Manna Piraino é advogado do Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão - Fitert)
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quinta-feira, 15 de abril de 2010
É piada ? Fique zureta vendo TV
A TV 3D vem aí. Mas parece aqueles remédios que trazem uma bula de cinco páginas com um monte de contra-indicações. Os fabricantes dos primeiros televisores com a nova tecnologia advertem:
- Grávidas, bêbados e idosos podem ficar mareados diante de um filme 3D.
- Alguns espectadores podem sofrer ataques após a exposição a imagens intermitentes de algum programa.
- Enjôo, espasmos musculares, confusão, desorientação também podem rolar.
- O televisor 3D não deve ser colocado perto de varandas nem escadas das quais o freguês possas despencar.
- É indispensável, claro usar os óculos apropriados. Mas não esqueça de tirá-los quando for ao banheiro. Você pode tropeçar, confundir a banheira com a privada, apalpar a sogra pensando que é a patroa...
Ainda este ano, aparelhos de TV3D chegarão ao mercado brasileiro. Tá afim de comprar uma dessas?
Tire os LPs da estante
por JJcomunic
Dizem que os antigos LPs são a nova onda retrô. Pode haver um exagero nesse revival mas alguns fabricantes acreditam na moda e lançaram um toca-discos portátil com saída USB que transfere músicas para arquivos digitais. Preço: cerca de 300 reais.
Veja AQUI
Jackie Kennedy no cinema
A atriz Rachel Weiz será a protagonista de "Jackie", um filme sobre os quatro dias seguintes ao assassinato do presidente John F. Kennedy.
Livros eróticos tomam banho com Christina Aguilera
por Eli Halfoun
Não é qualquer ambiente que serve para que a cantora Christina Aguilera de 29 anos e mãe de um filho de 2 anos do produtor musical Jordan Bratman, exerça uma de suas preferências que é a leitura. Ela não esconde que adora livros eróticos e para a revista “OK Magazine” revelou: “gosto de ler livros eróticos no banho porque são uma boa solução para esquentar minhas noites domésticas hoje em dia”. Christina só enfrenta um probleminha: ainda não encontrou livros à prova d’água e, pensando bem, não seria má idéia lançá-los. Mesmo assim a cantora não abre mão desse tipo de leitura. Desse jeito não é só ela que sai molhadinha do banheiro.
Não é qualquer ambiente que serve para que a cantora Christina Aguilera de 29 anos e mãe de um filho de 2 anos do produtor musical Jordan Bratman, exerça uma de suas preferências que é a leitura. Ela não esconde que adora livros eróticos e para a revista “OK Magazine” revelou: “gosto de ler livros eróticos no banho porque são uma boa solução para esquentar minhas noites domésticas hoje em dia”. Christina só enfrenta um probleminha: ainda não encontrou livros à prova d’água e, pensando bem, não seria má idéia lançá-los. Mesmo assim a cantora não abre mão desse tipo de leitura. Desse jeito não é só ela que sai molhadinha do banheiro.
Pode?
por Omelete
"O Brasil pode mais", o slogan do candidato José Serra, já virou polêmica. Geraldo Alkmin está pedindo direitos autorias já que usou a expressão há anos em uma das suas campanhas. Lula ironiza. E um fanho da minha área ou entendeu tudo errado ou não consegue pronunciar o P e o troca por um sonoro F: "O Brasil fode mais".
"O Brasil pode mais", o slogan do candidato José Serra, já virou polêmica. Geraldo Alkmin está pedindo direitos autorias já que usou a expressão há anos em uma das suas campanhas. Lula ironiza. E um fanho da minha área ou entendeu tudo errado ou não consegue pronunciar o P e o troca por um sonoro F: "O Brasil fode mais".
Drogas permitidas: uma difícil discussão
por Eli Halfoun
O excelente ator Wagner Moura disse em recente entrevista que é favorável à liberalização das drogas. Está aí um assunto difícil que nem os especialistas costumam discutir com, digamos, precisão e com soluções. Não é culpa deles: é uma questão de difícil solução. É verdade que a droga liberada, mas não como se fosse a “casa da sogra”, tem a vantagem maior de acabar (será que acaba mesmo?) com os traficantes e de mostrar claramente quem são consumidores e de, assim, se poder prestar a ajuda que eles necessitam mesmo que, como na maioria das vezes, fujam dela. A liberalização das drogas deixa uma importante pergunta: será que permitido “legalmente” o consumo da droga não aumentará? Sei não, mas o que se vê até agora é que o álcool e o tabaco (as duas mais difíceis dependências químicas de tratar), que podem ser adquiridos em qualquer esquina não aumentam, o número de alcoólatras e nem o de fumantes. Pelo contrário: no caso do fumo pesquisas mostram que é cada vez maior o número de pessoas que abandonam o cigarro. Pode até ser que com a droga liberada muitos dependentes façam como os agora ex-fumantes e abandonem o vício. Infelizmente o ser humano só gosta mais do que deve e pode de tudo que é proibido, ou seja, liberou não quer mais. Pode ser que funcione também assim com a droga. Essa dúvida também é uma droga.
O excelente ator Wagner Moura disse em recente entrevista que é favorável à liberalização das drogas. Está aí um assunto difícil que nem os especialistas costumam discutir com, digamos, precisão e com soluções. Não é culpa deles: é uma questão de difícil solução. É verdade que a droga liberada, mas não como se fosse a “casa da sogra”, tem a vantagem maior de acabar (será que acaba mesmo?) com os traficantes e de mostrar claramente quem são consumidores e de, assim, se poder prestar a ajuda que eles necessitam mesmo que, como na maioria das vezes, fujam dela. A liberalização das drogas deixa uma importante pergunta: será que permitido “legalmente” o consumo da droga não aumentará? Sei não, mas o que se vê até agora é que o álcool e o tabaco (as duas mais difíceis dependências químicas de tratar), que podem ser adquiridos em qualquer esquina não aumentam, o número de alcoólatras e nem o de fumantes. Pelo contrário: no caso do fumo pesquisas mostram que é cada vez maior o número de pessoas que abandonam o cigarro. Pode até ser que com a droga liberada muitos dependentes façam como os agora ex-fumantes e abandonem o vício. Infelizmente o ser humano só gosta mais do que deve e pode de tudo que é proibido, ou seja, liberou não quer mais. Pode ser que funcione também assim com a droga. Essa dúvida também é uma droga.
Comediantes solitários fazem rir com negros e latinos
por Eli Halfoun
No Brasil já existem muitos adeptos da stand-up comedy (comediantes que atuam sozinhos no palco), mas é nos Estados Unidos, onde essa “febre” surgiu e cresce, que alguns desses solitários comediantes estão enchendo grandes teatros, casos, por exemplo, de Ellen DeGeneres e de Chris Rock, que só faz piadas sobre negros. O novo fenômeno da modalidade nos EUA é um mexicano chamado George Lopes que recentemente levou 19 mil espectadores para o auditório do AT&T, de San Antonio, no Texas. Em suas aplaudidas apresentações (algumas exibidas na televisão brasileira pela HBO) o mexicano garante gargalhadas fazendo piadas sobre as relações de americanos com latinos. Que na maioria das vezes são realmente uma piada por parte dos preconceituosos americanos, é claro.
No Brasil já existem muitos adeptos da stand-up comedy (comediantes que atuam sozinhos no palco), mas é nos Estados Unidos, onde essa “febre” surgiu e cresce, que alguns desses solitários comediantes estão enchendo grandes teatros, casos, por exemplo, de Ellen DeGeneres e de Chris Rock, que só faz piadas sobre negros. O novo fenômeno da modalidade nos EUA é um mexicano chamado George Lopes que recentemente levou 19 mil espectadores para o auditório do AT&T, de San Antonio, no Texas. Em suas aplaudidas apresentações (algumas exibidas na televisão brasileira pela HBO) o mexicano garante gargalhadas fazendo piadas sobre as relações de americanos com latinos. Que na maioria das vezes são realmente uma piada por parte dos preconceituosos americanos, é claro.
Ameaça ao Aterro: o MAM quer construir mais um prédio em um dos parques mais bonitos do Rio
por Gonça
É impressionante a "criatividade" de um pessoal aí que dia sim, dia não, tem "idéias" para ocupar o Aterro. Aos poucos, um dos mais belos locais do Rio é ameaçado sob os mais diversos pretextos. A novidade no Aterro, além da expansão da Marina da Glória (até um teleférico foi anunciado), é um projeto para construção de um novo Anexo no MAM. A "boa causa" que esconde mais uma agressão a uma região tombada seria guardar um coleção particular e abrigar parte da reserva técnica. A verdade é que o Museu de Arte Moderna, que já foi muito mais ativo e movimentado, perdeu parte da sua importância desde que um incêndio destruiu grande seu acervo há mais de 20 anos. Desde então, o MAM não foi mais o mesmo. Da Cinemateca, que era um foco cultural nos anos 70, quase não se ouve falar. Resumindo: o MAM está subutilizado e há muito o que fazer no espaço atual para que atue como a cidade merece. Desfiles de moda, festas e feiras culinárias que se instalam no local (nada contra, imagino que são fontes de renda para a instituição), parecem chamar mais atenção do que o calendário de exposições. Um dos argumentos para a construção do Anexo é que terá cafeterias, restaurantes etc. Coisas que o MAM atual já tem. Que os conselheiros do Iphan tenham bom senso e rejeitem mais essa ameaça ao Aterro. Se o MAM precisava de espaço, porque não usa o que hoje esta cedido ao Vivo Rio? Pelo menos aquele prédio estava previsto no projeto original. A verba para a construção desse novo entulho arquitetônico deveria ser destinada à recuperação das áreas de lazer de um Parque que, apesar do abandono, é um dos mais frequentados pela população. Olho vivo, cariocas!
É impressionante a "criatividade" de um pessoal aí que dia sim, dia não, tem "idéias" para ocupar o Aterro. Aos poucos, um dos mais belos locais do Rio é ameaçado sob os mais diversos pretextos. A novidade no Aterro, além da expansão da Marina da Glória (até um teleférico foi anunciado), é um projeto para construção de um novo Anexo no MAM. A "boa causa" que esconde mais uma agressão a uma região tombada seria guardar um coleção particular e abrigar parte da reserva técnica. A verdade é que o Museu de Arte Moderna, que já foi muito mais ativo e movimentado, perdeu parte da sua importância desde que um incêndio destruiu grande seu acervo há mais de 20 anos. Desde então, o MAM não foi mais o mesmo. Da Cinemateca, que era um foco cultural nos anos 70, quase não se ouve falar. Resumindo: o MAM está subutilizado e há muito o que fazer no espaço atual para que atue como a cidade merece. Desfiles de moda, festas e feiras culinárias que se instalam no local (nada contra, imagino que são fontes de renda para a instituição), parecem chamar mais atenção do que o calendário de exposições. Um dos argumentos para a construção do Anexo é que terá cafeterias, restaurantes etc. Coisas que o MAM atual já tem. Que os conselheiros do Iphan tenham bom senso e rejeitem mais essa ameaça ao Aterro. Se o MAM precisava de espaço, porque não usa o que hoje esta cedido ao Vivo Rio? Pelo menos aquele prédio estava previsto no projeto original. A verba para a construção desse novo entulho arquitetônico deveria ser destinada à recuperação das áreas de lazer de um Parque que, apesar do abandono, é um dos mais frequentados pela população. Olho vivo, cariocas!
Roberto Carlos voa mais com seu próprio avião
por Eli Halfoun
Não só os carrões fazem o entusiasmo motorizado de Roberto Carlos. O novo xodó entre seus potentes veículos é, agora, um avião fabricado no Canadá pela Bombardier. RC receberá o avião durante a excursão internacional (viaja hoje, sábado 10, para Miami, local do primeiro show) por vários países e receberá o avião, que já está no pátio do fabricante, quando se apresentar no Canadá. Roberto deveria ter recebido o avião há dias, mas preferiu adiar a viagem por conta dos problemas de saúde de sua mãe. RC tem confirmadas também apresentações em Boston e em Nova York. Agora ele pode voar mais rápido e mais longe
Não só os carrões fazem o entusiasmo motorizado de Roberto Carlos. O novo xodó entre seus potentes veículos é, agora, um avião fabricado no Canadá pela Bombardier. RC receberá o avião durante a excursão internacional (viaja hoje, sábado 10, para Miami, local do primeiro show) por vários países e receberá o avião, que já está no pátio do fabricante, quando se apresentar no Canadá. Roberto deveria ter recebido o avião há dias, mas preferiu adiar a viagem por conta dos problemas de saúde de sua mãe. RC tem confirmadas também apresentações em Boston e em Nova York. Agora ele pode voar mais rápido e mais longe
Futebol em 3D
A Globo vai transmitir uma partida do Brasileirão em 3D. O jogo, porém, só poderá ser acompanhado em salas de cinema. A transmissão será um teste para um projeto Copa em 3D.
Monique Evans reclama do que ela mesmo faz
por Eli Halfoun
Contratada da Rede TV e morando faz sete anos em São Paulo, Monique Evans que agora só vem ao Rio como visitante, tem uma nova visão sobre a cidade onde morou e brilhou durante anos. Fala aí Monique: “Hoje há muita modinha e as pessoas ficam muito preocupadas com o julgamento das outras. Parece que a vida está muito devassada. Antigamente, você estava mais protegida e cercada por amigos. Não tinha essa de telefone celular, nem de paparazzi. Sinto falta de ir à praia e poder ficar em paz. Outro dia fui a Barra (da Tijuca) e, quando olhei para o lado, tinha um fotógrafo. Não gosto depois de ver as fotos publicadas. Se aparece um pouco do peito, quando a gente sai da água, as pessoas pensam que estou querendo me mostrar. O que mais sinto falta do Rio é estar perto da minha família”. Calma Monique: essa conduta dos fotógrafos da qual você reclama agora é a mesma que você adota nas “reportagens” do programa “TV Fama”.
Contratada da Rede TV e morando faz sete anos em São Paulo, Monique Evans que agora só vem ao Rio como visitante, tem uma nova visão sobre a cidade onde morou e brilhou durante anos. Fala aí Monique: “Hoje há muita modinha e as pessoas ficam muito preocupadas com o julgamento das outras. Parece que a vida está muito devassada. Antigamente, você estava mais protegida e cercada por amigos. Não tinha essa de telefone celular, nem de paparazzi. Sinto falta de ir à praia e poder ficar em paz. Outro dia fui a Barra (da Tijuca) e, quando olhei para o lado, tinha um fotógrafo. Não gosto depois de ver as fotos publicadas. Se aparece um pouco do peito, quando a gente sai da água, as pessoas pensam que estou querendo me mostrar. O que mais sinto falta do Rio é estar perto da minha família”. Calma Monique: essa conduta dos fotógrafos da qual você reclama agora é a mesma que você adota nas “reportagens” do programa “TV Fama”.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Novo Jornal dos Sports
O Jornal dos Sports, uma marca histórica da imprensa brasileira, muda de nome e passa a se chamar JSports.com.br. A cor rosa, tradicional, mantém-se junto ao título.
Pela abertura dos arquivos da ditadura
A Seccional Rio da Ordem dos Advogados do Brasil lança na sexta-feira, 16, na sede da entidade, às 10hs, a Campanha pela Memória e pela Verdade. O movimento exige a abertura dos arquivos da ditadura.
São Paulo é Penta, Sport campeão de 1987 e Flamengo fica sem taça e sem Hexa
por Gonça
Acabou a polêmica: a CBF decidiu entregar ao São Paulo a "Taça de Bolinhas" do Campeonato Brasileiro. O time paulista fica com o troféu por ser o legítimo primeiro pentacampeão brasileiro. Com isso, a CBF oficializa o Sport como o campeão de 1987. O troféu foi criado em 1975 e, pelo regulamento, ficaria para sempre com o clube que conquistasse o Brasileiro três vezes seguidas ou cinco alternadas. Pelo regulamento de 1987, o vencedor do módulo verde (Flamengo) tinha de enfrentar o ganhador do módulo amarelo (Sport). Mas o Flamengo não entrou em campo para a decisão e a CBF decretou o Sport campeão. Desde que conquistou o penta em 2007, o São Paulo reivindica a posse definitiva do troféu. A polêmica de 23 anos chegou ao fim.
Acabou a polêmica: a CBF decidiu entregar ao São Paulo a "Taça de Bolinhas" do Campeonato Brasileiro. O time paulista fica com o troféu por ser o legítimo primeiro pentacampeão brasileiro. Com isso, a CBF oficializa o Sport como o campeão de 1987. O troféu foi criado em 1975 e, pelo regulamento, ficaria para sempre com o clube que conquistasse o Brasileiro três vezes seguidas ou cinco alternadas. Pelo regulamento de 1987, o vencedor do módulo verde (Flamengo) tinha de enfrentar o ganhador do módulo amarelo (Sport). Mas o Flamengo não entrou em campo para a decisão e a CBF decretou o Sport campeão. Desde que conquistou o penta em 2007, o São Paulo reivindica a posse definitiva do troféu. A polêmica de 23 anos chegou ao fim.
Giovanna Ewbank na Men’s Health de abril
A loura Giovanna Ewbank é a capa da Men’s Health de abril. No press release, a atriz diz que adora homens seguros de si, porém sem serem petulantes. “O cara que fala se achando o fodão incomoda”, afirma. Além disso, para a atriz a estratégia de fazer o “joguinho” de ligar alguns dias depois é a maior furada. “Ele tem que dizer ‘gostei de você’ e, sim, ligar mesmo no dia seguinte”.
Concurso de contos e crônicas
A Geração Editorial lança um concurso de contos e crônicas para dar espaço a novos escritores. O ganhador vai ter o texto publicado no espaço exclusivo Todos Nós no site www.geracaoeditorial.com.br e levará um prêmio surpresa. Os melhores também serão publicados na home page da editora que recebe mais de 50 mil visitas mensalmente. É só enviar o texto com seu nome (com no máximo 4.000 caracteres (será aceito apenas um por participante), endereço completo e telefone para todosnos@geracaoeditorial.com.br até 30 de maio de 2010. O resultado sairá na primeira semana de junho.
Sucesso do Youtube vira livro: jovem inglesa ensina a maquiagem das celebridades
por JJcomunic
A inglesa Lauren Luke postou um vídeo caseiro no Youtube recriando maquiagem de estrelas do cinema e da música. O filminho fez tanto sucesso que agora vira livro: "Looks, a maquiagem das celebridades passo a passo". Luke vendia cosméticos e passou a fazer vídeos ensinando o uso dos produtos. Mas a moça bombou mesmo ao ensinar como as famosas se maquiam: seu vídeo foi visto por 3 milhões de pessoas. O livro, lançado agora no Brasil pela Editora Globo, é ilustrado com fotos de Beyoncé, Scarlet Johanson e Ashley Tisdale e seus truques de beleza. Veja o canal de Lauren Luke.
Clique em HTTP://www.youtube.com/panacea81
Brasileiros do Uruguai não querem reabertura dos bingos no Brasil
por Eli Halfoun
Essa história de reabertura do jogo no Brasil (incluindo os bingos) virou uma novela mais longa (e chata) do que o seriado “Malhação” da Globo. E, como em todas as novelas, existem “bandidos” e “mocinhos” dependendo , é claro, do ponto de vista de quem acompanha o assunto. Agora tem também quem faça lobby (um lobby caríssimo, por sinal) com dinheiro de fora na tentativa de impedir a reabertura dos nossos bingos e cassinos, se bem que muitos já funcionam clandestinamente e só não vê quem não quer, como,aliás, em quase tudo nesse pais de quem se faz de cego. O jornalista Giba Um conta que cassinos do Uruguai, especialmente os de Punta del Este que faturam U$ 8 milhões por dia, estão pagando alto (fazendo apostas) no lobby contra a reabertura do jogo no Brasil. Giba conta ainda que esses cassinos uruguaios seriam controlados por brasileiros (como o Conrad, que é do grupo do ex-senador Gilberto Miranda Batista), o Del Estado e o Mantra, dirigidos por Egberto Miranda, irmão de Gilberto e ex-secretário de Desenvolvimento Regional do governo Collor. Eles seriam contra a reabertura dos bingos porque acreditam que se os bingos forem reabertos o próximo passo será a reabertura (dessa vez oficial) dos cassinos no Brasil.
Essa história de reabertura do jogo no Brasil (incluindo os bingos) virou uma novela mais longa (e chata) do que o seriado “Malhação” da Globo. E, como em todas as novelas, existem “bandidos” e “mocinhos” dependendo , é claro, do ponto de vista de quem acompanha o assunto. Agora tem também quem faça lobby (um lobby caríssimo, por sinal) com dinheiro de fora na tentativa de impedir a reabertura dos nossos bingos e cassinos, se bem que muitos já funcionam clandestinamente e só não vê quem não quer, como,aliás, em quase tudo nesse pais de quem se faz de cego. O jornalista Giba Um conta que cassinos do Uruguai, especialmente os de Punta del Este que faturam U$ 8 milhões por dia, estão pagando alto (fazendo apostas) no lobby contra a reabertura do jogo no Brasil. Giba conta ainda que esses cassinos uruguaios seriam controlados por brasileiros (como o Conrad, que é do grupo do ex-senador Gilberto Miranda Batista), o Del Estado e o Mantra, dirigidos por Egberto Miranda, irmão de Gilberto e ex-secretário de Desenvolvimento Regional do governo Collor. Eles seriam contra a reabertura dos bingos porque acreditam que se os bingos forem reabertos o próximo passo será a reabertura (dessa vez oficial) dos cassinos no Brasil.
Ana Hickmann trabalha com Serra, mas não declara voto
por Eli Halfoun
Dizem que o voto é secreto, mas a verdade é que ninguém guarda a sete chaves o nome do candidato em quem votou ou votará, mas esse não é pelo menos agora, o caso da apresentadora Ana Hickmann: embora esteja participando (ou talvez por isso mesmo) como apresentadora dos eventos de campanha do tucano José Serra, Ana não declara seu voto em hipótese alguma. Não faz isso por acreditar que o voto é realmente secreto, mas sim porque recebeu orientação da direção da Record para nada comentar sobre sua escolha nas urnas. Ela prefere dizer que ainda não decidiu e que sua atuação profissional contratada pelo PSDB nada tem a ver com sua escolha como eleitora e cidadã. Ela pode até votar em outro candidato, mas o segredo não adianta nada: de qualquer maneira seu nome será associado ao de José Serra: ela não merece.
Dizem que o voto é secreto, mas a verdade é que ninguém guarda a sete chaves o nome do candidato em quem votou ou votará, mas esse não é pelo menos agora, o caso da apresentadora Ana Hickmann: embora esteja participando (ou talvez por isso mesmo) como apresentadora dos eventos de campanha do tucano José Serra, Ana não declara seu voto em hipótese alguma. Não faz isso por acreditar que o voto é realmente secreto, mas sim porque recebeu orientação da direção da Record para nada comentar sobre sua escolha nas urnas. Ela prefere dizer que ainda não decidiu e que sua atuação profissional contratada pelo PSDB nada tem a ver com sua escolha como eleitora e cidadã. Ela pode até votar em outro candidato, mas o segredo não adianta nada: de qualquer maneira seu nome será associado ao de José Serra: ela não merece.
Transgênicos: a natureza se vinga?
por Gonça
Há alguns anos, por pressão de multinacionais e forte campanha dos principais veículos de comunicação, o Brasil abriu suas pernas e terras para o cultivo de sementes geneticamente modificadas. Sabe-se que até hoje não são conclusivas as pesquisas sobre os efeitos das tais sementes. O interesse dos laborátórios em vendê-las é puramente comercial: os agricultores que as usam pagam royalties aos fabricantes da semente. Daí a pressa em levar o maior número de paises a adotá-las. Por aqui, a opinião de cientistas contrários à campanha da mídia e das multi foi rotulada de "ideológica". Movimentos com o Via Campesina, que protestava contra a adoção da biotecnologia ainda suspeita, foram chamados de "terroristas". A batalha foi perdida. A soja brasileira e o milho, por exemplo, estão contaminados. A prática foi adotada na América Latina e na Ásia, além dos Estados Unidos. A Europa negou-se a receber sementes geneticamente modificadas (e viu alguns dos seus produtos se valorizarem, já que é grande o mercado dos que se assustam com os transgênicos). No Brasil, as mesmas pressões não permitem nem mesmo que a população tome conhecimento, claramente, em rótulos visíveis ou prateleiras próprias, da presença dos transgênicos nos alimentos que adquire em supermercados. O New York Times acaba de publicar que a respeitada Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos divulgou, embora com grande atraso, o primeiro relatório de avaliação do impacto dessas sementes na agricultura desde 1996. Um dos argumentos dos defensores dos transgênicos era, além da diminuição dos custos das plantações, o fim do herbicidas, já que as sementes seriam imunes às pragas. O estudo aponta na direção oposta: ervas daninhas e insetos foram afetados, tornaram-se resistentes, e os agricultores têm de aplicar cada vez mais (e mais fortes) agrotóxicos. A notícia foi reproduzida aqui em discreto pé de página.
Há alguns anos, por pressão de multinacionais e forte campanha dos principais veículos de comunicação, o Brasil abriu suas pernas e terras para o cultivo de sementes geneticamente modificadas. Sabe-se que até hoje não são conclusivas as pesquisas sobre os efeitos das tais sementes. O interesse dos laborátórios em vendê-las é puramente comercial: os agricultores que as usam pagam royalties aos fabricantes da semente. Daí a pressa em levar o maior número de paises a adotá-las. Por aqui, a opinião de cientistas contrários à campanha da mídia e das multi foi rotulada de "ideológica". Movimentos com o Via Campesina, que protestava contra a adoção da biotecnologia ainda suspeita, foram chamados de "terroristas". A batalha foi perdida. A soja brasileira e o milho, por exemplo, estão contaminados. A prática foi adotada na América Latina e na Ásia, além dos Estados Unidos. A Europa negou-se a receber sementes geneticamente modificadas (e viu alguns dos seus produtos se valorizarem, já que é grande o mercado dos que se assustam com os transgênicos). No Brasil, as mesmas pressões não permitem nem mesmo que a população tome conhecimento, claramente, em rótulos visíveis ou prateleiras próprias, da presença dos transgênicos nos alimentos que adquire em supermercados. O New York Times acaba de publicar que a respeitada Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos divulgou, embora com grande atraso, o primeiro relatório de avaliação do impacto dessas sementes na agricultura desde 1996. Um dos argumentos dos defensores dos transgênicos era, além da diminuição dos custos das plantações, o fim do herbicidas, já que as sementes seriam imunes às pragas. O estudo aponta na direção oposta: ervas daninhas e insetos foram afetados, tornaram-se resistentes, e os agricultores têm de aplicar cada vez mais (e mais fortes) agrotóxicos. A notícia foi reproduzida aqui em discreto pé de página.
Brasileira faz filme nos EUA e nem precisa falar
por Eli Halfoun
Mais uma brasileira (pouco badalada por aqui) ganha vez no cinema americano. É a modelo Aline Weber, escolhida pelo estilista e agora também cineasta Tom Ford para integrar o elenco de ”Direito de Amar”. Em sua estréia cinematográfica, Aline interpreta a namorada do estudante (Nicholas Hoult) que se envolve com o professor (interpretado por Colin Firth). Aline aparece em apenas quatro cenas, entra muda e sai calada. Ela ganhou o, digamos, papel no filme por indicação da poderosa editora da Vogue Anna Wintour, que a considera “uma mistura de Brigitte Bardot e Jane Birkin”, sem dúvida uma bela e explosiva mistura.
(Na reprodução, Aline Weber na capa da L'Officiel)
Mais uma brasileira (pouco badalada por aqui) ganha vez no cinema americano. É a modelo Aline Weber, escolhida pelo estilista e agora também cineasta Tom Ford para integrar o elenco de ”Direito de Amar”. Em sua estréia cinematográfica, Aline interpreta a namorada do estudante (Nicholas Hoult) que se envolve com o professor (interpretado por Colin Firth). Aline aparece em apenas quatro cenas, entra muda e sai calada. Ela ganhou o, digamos, papel no filme por indicação da poderosa editora da Vogue Anna Wintour, que a considera “uma mistura de Brigitte Bardot e Jane Birkin”, sem dúvida uma bela e explosiva mistura.
(Na reprodução, Aline Weber na capa da L'Officiel)
terça-feira, 13 de abril de 2010
Boleiros nos quadrinhos
Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Júlio César viraram personagens de uma das aventuras do Pato Donald em versão italiana. Mas com novos nomes: Kaká é "Qua-Qua", Ronaldinho Gaúcho é "Paperinho" e Júlio César é "Giulio Cesare Ottaviano Augusto".
C&A pega pesado: depois de Nicole Scherzinger, Beyoncé..
A cantora Beyoncé grava em Nova York o novo comercial da C&A. A campanha será veiculada às vésperas do Dia dos Namorados.
Rio na Allure
por Gonça
A atriz Catherine Zeta-Jones é uma das atrações da edição de maio da revista Allure, mas o que chama igual atenção é um concurso promovido pela publicação no qual o prêmio maior é passar uns dias, com acompanhante, no Fasano... do Rio.
A atriz Catherine Zeta-Jones é uma das atrações da edição de maio da revista Allure, mas o que chama igual atenção é um concurso promovido pela publicação no qual o prêmio maior é passar uns dias, com acompanhante, no Fasano... do Rio.
Gerson: o dia de um almoço italiano indigesto na Alemanha
por Eli Halfoun
Faltam menos de 60 dias para a Copa do Mundo na África do Sul e é natural que histórias de outras copas saiam do baú. Uma delas envolve Gérson, o “Canhotinha de Ouro”. Ele protagonizou um episódio absurdo e engraçado ao mesmo tempo em um restaurante de Frankfurt. Gérson foi almoçar sozinho em um restaurante italiano e enquanto escolhia o prato no cardápio o proprietário (italiano, é claro) veio até a mesa em que o nosso craque estava e perguntou:
- Você é o Gérson
- Sou eu mesmo
- O Gérson que jogava no meio do campo?
- Exatamente
- Foi o senhor que fez aquele segundo gol do Brasil no jogo contra a Itália e que levou seu time à vitória?
Gerson respondeu afirmativamente esperando, como seria normal, uma homenagem qualquer, mas foi diferente. Enfurecido, o dono do restaurante pediu que Gérson se retirasse e ainda ameaçou uns tapas. Essa foi o próprio Gerson, com que tive o privilégio de atuar durante muito tempo em um programa de rádio (o “Apito Final” na Tupi quem me contou: para aperfeiçoar seu famoso passe de 40 metros, ele treinava horas e sozinho tentando acertar a bola molhada e, portanto mais pesada (ele mesmo a encharcava) em um mini baliza colocada a 40 metros de distância. A bola pesada exigia maior precisão e foi assim que o nosso eterno craque fez famosa sua mais bela jogada repetida muitas e muitas vezes dentro em campo para desespero dos adversários.
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