domingo, 16 de março de 2025

Quem matou Odete Roitman? Elementar: foi a Manchete • Por Roberto Muggiati

Esta foi a única capa que a Manchete publicou com a grande personagem da TV em 1988: Odete Roitman em um flagrante captado por Wilson Pastor durante um rápido intervalo de gravação. A novela Vale Tudo fazia enorme sucesso mas a atriz Beatriz Segall se recusava a posar com exclusividade para as revistas da Bloch. E ela tinha razão. Saiba o motivo.  

A pior roubada que me aconteceu como editor de Manchete foi obra de uma repórter de sobrenome começado por M, de Macunaíma. Para emplacar uma reles notinha na seção Gente, que se resumia a uma foto e dez linhas, ela engambelou a atriz Beatriz Segall – que atuava numa peça em São Paulo – a vir ao Rio, trazendo o ator e a atriz com os quais contracenava, para fazer uma foto no estúdio. Todas as despesas pagas pela própria Beatriz, convencida pela repórter de que seria capa da revista – a jornalista  jurou, como dizia Adolpho Bloch, “pela minha morta mãe”. Quando saiu a Manchete, Beatriz teve um choque ao ver que a capa era outra. Folheou a revista várias vezes até encontrar a foto e o textículo protocolares meio sumidos entre doze outras notinhas na página dupla da seção Gente. 

Beatriz Segall era uma pessoa muito elegante, nora do grande pintor Lasar Segall e filha do diretor do Instituto Lafayette, um dos melhores educandários femininos do Rio, onde aprendeu francês, piano e costura. Depois, foi bolsista de teatro e literatura em Paris, onde conheceu o marido. Telefonou para mim, a voz calma e o discurso sóbrio, expondo a grande falcatrua a que fora submetida. Fiquei embasbacado, desconhecia os detalhes da história, e prometi que falaria com os Bloch, pleiteando um ressarcimento que, já sabia de antemão, seria causa perdida. Beatriz e eu costumávamos frequentar os saraus da Ceres Feijó, a partir de então me vi constrangido a ficar sempre à distância dela, praticamente me escondendo de tanta vergonha.

Acabou que, poucos meses depois, a doce Beatriz Segall teve o seu gosto de vingança. A TV Globo estreou o que seria talvez a sua novela de maior sucesso em todos os tempos, Vale tudo. E Beatriz brilhava no papel da arquivilã, Odete Roitman. Durante meses o Brasil inteiro viveu em suspense o enigma “Quem matou Odete Roitman?” A mídia vivia à sua caça. Beatriz/Odete recebia a todos cordialmente, menos aos veículos da Bloch. Manchete e Amiga perderam capas preciosas, obrigadas a recorrer a fotos e informações de segunda mão, sem contato direto com a “dona da notícia”.

PS • O autor de Vale tudo, Gilberto Braga, também vivia dias de glória. Vinte anos antes, amargou um anonimato humilhante como foca na reportagem da Manchete com o sobrenome materno, Gilberto Tumscitz.

segunda-feira, 10 de março de 2025

Os planos de fuga de Bolsonaro

 

Reprodução 


Comentário do blog - por O. V. Pochê 

A nova edição da Fórum vem com Bolsonaro na capa. Em atualização da situação jurídica do meliante, a matéria principal cita um plano de fuga do ex-presidente elaborado em 2021 e retrofitado em 2022.  

A essa altura, com o cerco se fechando em torno do golpista, o plano deve ter recebido mais emendas de bancadas 

Vale especular sobre as estratégias de Bolsonaro. O sujeito não se destaca pela inteligência. Seu histórico em Agulhas Negras não  é exatamente peça a ser emoldurada. Ele se considera-se um ex-militar, mas sua carreira foi curta. Foi afastado cedo do Exército e, na aposentadoria, apenas recebeu a patente de capitão como ato meramente burocrático. 

Nos anos 1980, a Veja publicou o esboço quinta série do seu plano terrorista abortado. Imaginem então o teor do seu plano de fuga. Pode fugir disfarçado de Jojo Todinho, atualmente sua mais fervorosa adepta? Ou de Regina Duarte a caminho de compras no Paraguai. 

Uma das hipóteses e escapar em um jet ski pilotado pelo Malafaia. Fotos que circularam na semana passada mostrando os dois evoluindo em uma moto aquática, seria um esquenta para a fuga do século. 

Não se sabe se Bolsonaro  obteve ajuda para finalizar o plano de fuga. Ele confia em alguns "estrategistas" de talento discutível. Seria o general da banda golpista Heleno? 

Uma alternativa estudada seria a organizar de uma motociata em Foz do Iguaçu . Os motoqueiros, com o Bozo à frente, percorrem as ruas da cidade e, em determinado momento aceleram em direção à Ponte da Amizade e cruzam a fronteira. 

Refugiar-se na Argentina é uma possibilidade. O pretexto é um convite de Milei a Bolsonaro para inaugurar uma estátua de Trump em frente à Casa Rosada. Após a cerimônia, o ex-presidente será hóspede oficial de Milei. A segunda parte desse plano remete ao resgate de Mussolini, então preso na Itália, por um comando nazista que o trabsporta para a Alemanha. A ideia é pedir a Trump para enviar os Seals para levarem Bolsonaro para um quarto e sala do Airbnb alugado pelo governo americano ao lado de uma loja de compra e venda de relógios em Orlando. 

Comenta-se que, para evitar a fuga, autoridades têm a intenção de obrigar Bolsonaro a usar tornozeleira eletrônica. O problema é e que temem que ele considere que é um presente e venda o dispositivo na Feira do Rolo em Ceilândia.


domingo, 9 de março de 2025

Racismo envergonha o futebol. Chegou a hora de punir o crime. Basta de "campanha educativa"

por José Esmeraldo Gonçalves 

Notas de repúdio, campanhas educativas, multas, agressores afastados de estádios, nada disso reduziu a incidência de racismo no futebol. Um dos motivos é surpreendente: na maioria dos países, racismo, ao contrário do que expressa a lei brasileira, não é crime. Na semana passada, o jogador Luighi Hanri, do Palmeiras, foi vítima de racismo por parte de torcedores do Cerro Portenho. O Palmeiras exige uma punição rigorosa ao time paraguaio, levou o caso à CONMEBOL e promete acionar a FIFA. Chegou a hora de afastar das competições, em medida proporcional ao crime, time que não se cerca de medidas como câmeras, fiscalização e ação imediata para reprimir racistas. Também está mais do que na hora de os árbitros pararem o jogo diante de agressão racista por parte de torcedores, dirigentes e jogadores.  É preciso que, independentemente de recurso à justiça e polícia, se efetive uma punição esportiva grave. No Brasil, apesar das leis, há uma leniência que alivia aplicação das penas. Nem quando condenados, racistas não pegam cadeia. Recebem penas "divertidas" como doar cestas básicas, não ir a estádios etc. Por isso, um caminho mais efetivo talvez seja a dor no bolso dos cartolas, corte de cotas e premiação, afastamento do time por um período e outras medidas rigorosas. Quanto ao argumento de que um torcedor foi o autor do crime, isso não exime o clube. Ele que processo o torcedor racista e exija indenização do prejuízo financeiro sofrido.

Atualização em 09/3/2025 - A CONMEBOL multou o Cerro em 50 mil dólares; obrigou o clube paraguaio a jogar com portões fechados a Libertadores Sub-20; o Cerro terá que fazer uma campanha de conscientização anti-racismo. Moleza. Desse jeito, os torcedores paraguaios estão prontos para cometer novos atos de racismo. Aguardem.

Mídia - Sambódromo carioca 2025 - Transmissões dos desfiles das Escolas de Samba - Globo se reabilita do desastre na cobertura do ano passado

Milton, Mariana, Alex, Karine e Pretinho da Serrinha. Foto de Cadu Pilotto. Divulgação Rede Globo

por José Esmeraldo Gonçalves
A Rede Globo aprendeu com o erro monumental cometido em 2024. Empolgado com influencers, o então diretor Boninho resolveu colocar amadores para entrevistas e intervenções na pista. Foi um caos. Algo para esquecer. Havia uma fulano inteiramente perdido, que se considerava estrela do sambódromo e fazia irritantes piadas de quinta série. Uma fulana demonstrou não saber o que estava fazendo ali, parecia desconhecer absolutamente tudo sobre escolas de samba e fazia perguntas ou observações banais sobre enredos, alas, entrevistados etc. 

Ao fim do carnaval, patrocinadores teriam reclamado da cobertura fora dos padrões. Com razão.

Já a performance da equipe do estúdio montado na Sapucaí no ano passado, aliás formação repetida em 2025, foi esforçada mas não conseguiu salvar aquele "Titanic". As intervenções dos repórteres, especialmente dois deles que tinham mais espaço, derrubavam o clima e a espontaneidade. Os amadores contagiaram a cobertura e acabaram afetando o desempenho do restante da equipe. Vale uma metáfora futebolística: a tal dupla de 2024 recebia a bola redondinha passada pelos profissas e devolvia uma melancia. 

Neste ano, a Globo voltou a valorizar a experiência e o profissionalismo. A troca de passes entre o grupo do estúdio (Milton Cunha, Alex Escobar, Karine Alves e Pretinho da Serrinha) com Mariana Gross, que atuou como uma âncora de pista, foi dinâmica e criativa e, principalmente, informativa. O trabalho dos repórteres  Pedro Bassan, Lilia Teles, Hélter Duarte, Mônica Teixeira, Mariana Bispo e Alexandre Henderson foi perfeito. 

Se Mariana Gross fez toda a diferença solta na passarela, demonstrando o conhecimento e a  informalidade de quem conhece o ambiente das escolas e seus personagens. Milton Cunha brilhou  na dispersão. Enquanto registrava a comemoração dos componentes que acabavam de atravessar o terrível portão da cronometragem, ele se jogava no meio da euforia dos componentes, era literalmente carregado por eles, sem deixar de pontuar as imagens um segundo sequer. Se houvesse um estandarte de ouro para jornalistas, Mariana e  Milton  levariam o troféu.  E, o mais importante, segundo institutos de aferição de audiências, a cobertura da equipe premium, além da inovação dos desfiles em três noites que tornaram menos cansativa a maratona, rendeu bons resultados.  

domingo, 2 de março de 2025

“Tomara que chova” antecipou “Cantando na chuva” • Por Roberto Muggiati

 


Um dos maiores sucessos do Carnaval carioca, a marchinha Tomara que chova, de Paquito e Romeu Gentil, é cantada por Emilinha Borba no filme da Atlântida Aviso aos navegantes (1950), com o par romântico Eliana-Anselmo Duarte e a dupla cômica Oscarito-Grande Otelo. A cena de Tomara que chova é coroada por um incrível balé “frevando-na-chuva”, que antecipa em dois anos o famoso número de dança de Gene Kelly em Cantando na chuva. VEJA NO LINK 

1950 - Emilinha Borba - Tomara Que Chova


Mais uma vitória para o nosso cinema, muito antes do Orfeu Negro e de Ainda estou aqui. Plágio inconsciente? Há controvérsias. Nos velhos  papos cinéfilos com Carlos Heitor Cony na Manchete, ele lembrou que o Brasil era um fetiche para o diretor de Cantando na chuva, Stanley Donen. Em 1984, Donen filmou aqui Blame it on Rio/Feitiço do Rio, primeiro papel importante de Demi Moore. (Outra vitória para nossas cores: por artimanhas do repórter Tarlis Baptista, a starlet de 21 anos posou seminua para EleEla...) E ainda tem mais Manchete na área: no final dos anos 1970, Tomara que chova foi um número de destaque no musical-besteirol de Wilson Cunha e Flávio Marinho, redator e crítico da Manchete, parodiando o musical transformado em filme Evita. Carnaval também é cultura. 

sábado, 1 de março de 2025

Dorival Junior relacionou ontem 52 pré-convocados para a seleção brasileira. Nem ele é capaz de citar de cor todos os jogadores. Para eliminar tanta gente, só o BBB da CBF

por Niko Bolontrin

 Memória não é saudade. É referência. Ajuda você a não ser feito de bobo. A saber o que é inovação e o que é cópia borrada de algo que já foi feito no passado.

Dorival Junior, treinador da seleção brasileira acaba de divulgar sua lista de convocados. É impressionante. O "professor" anunciou os nomes de 52 pré-convocados. Deve ser exatamente o número de dúvidas que o homem tem.  Isso para dois jogos válidos, agora em março, pelas Eliminatórias da Copa de 2026. O Brasil enfrentará Colômbia e Argentina. 

Não pergunte ao Dorival qual o time que entrará em campo. Nem ele sabe, mas até sexta-feira que vem, dizem por aí que anunciará os nomes dos inscritos. É impossível em uma semana um treinador achar um critério para eliminar quase 30 entre os jogadores presentes nessa estranha lista de mais de 50. Vai ser no sorteio ou na inteligência artificial? 

Dorival não está sozinho. Houve um ano em que a antiga CBD treinou em Minas Gerais quatro seleções, eu disse quatro, seleções basileiras. Claro que não deu certo. 

Só para lembrar: na primeira coletiva logo após ser nomeado treinador da seleção brasileira, João Saldanha revelou seus 22 convocado e seus 11 titulares. Antes que os jornalistas copiassem os nomes nos bloquinhos da época, ele finalizou: "essas são as minhas feras".  

Saldanha foi logo demitido pela ditadura, mas entregou a Zagallo basicamente o time campeão em 1970.

Para eliminar tantos jogadores da pré-lista antes da peneira final Dorival deve recorrer ao BBB25.  Paredão, bigfone e provas podem ajudar.

Atualização em 10/3/2025 - Ontem o Santos foi  no Campeonato Paulista pelo Corinthians. Neymar, com problema muscular na coxa, viu a derrota sentado no banco de reservas. Estava lá fazendo figuração, já sabia que não poderia entrar em campo. A mídia esportiva crítica o jogador por ter ido ao sambódromo carioca quando deveria estar se cuidando às vésperas de uma partida decisiva para o Santos. Esse tipo de comportamento é rotina na vida de Neymar. O único otario nessa história é a o treinador da seleção brasileira. Dorival Junior acredita que Neymar vai tirar o Brasil do sufoco das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Dorival acredita em Saci Pererê, Mula sem Cabeça e na Loura do Banheiro. E também sonha com Neymar arrebentando o jogo contra as defesas "gentis" de uma tal de Argentina e de uma "moleza" chamada Colômbia.

Marcio Ehrlich (1951-2025) - o historiador da publicidade brasileira

Marcio Ehrlich

A coluna Janela Publicitária na...


Revista Tupi, 2020

por José Esmeraldo Gonçalves 

Em 2020, em pleno isolamento social imposto pela Covid, editei um projeto interessante idealizado por David Ghivelder: uma revista para a Tupi 96.5 FM. Toda a produção, com exceção obviamente da gráfica, foi em home office. A equipe era formada por revisteiros da Manchete como Dirley Fernandes, Sidney Ferreira, Alex Ferro, David Júnior, Tânia Athayde, Roberto Muggiati, além da repórter Dani Maia, ex-Abril. Marcio Ehrlich foi o responsável pela coluna Janela Publicitária, o mesmo título do seu site e podcast. Tínhamos então, nas páginas da publicação da "rádio que vai para as bancas", o maior especialista no assunto. 

Desde os anos 1970, Marcio Ehrlich era atualidade e memória da publicidade brasileira. Foi diretor a Associação Brasileira de Publicidade (ABP). Era referência no setor. Entendia que a publicidade não apenas vendia produtos mas se connectava com a vida das pessaos. 

Sua última coluna foi sobre o Natal. Ele sentia falta das mensagens natalinas produzidas pelas agências especialmente para a época. "Todo anunciante sonhava que sua agência de publicidade trouxesse um jingle que tocado na rádio ou na TV fizesso o público sair cantarolando depois, como se fosse um hit popular", lembrou.  Ehrlich citou o antológico comercial da Varig. "Estrela brasileira no céu azul , iluminando de norte a sul, mensagem de amor e paz, nasceu Jesus, chegou Natal. Papai Noel voando a jato pelo céu trazendo um Natal de felicidade..." 

No último parágrafo da coluna ele lamentou: É uma pena. Neste momento em que muitos shoppings estão tendo que botar seus Papais Noéis atrás de uma vitrine ou de uma tela de celular, por conta do isolamento social, bem que eu gostaria de estar cantando uma nova musiquinha fofa de Natal. você não?"  

O que poucos sabiam: Ehrlich, além de jornalista e psiquiatra por formação, foi ator, trabalhou em várias novelas. Uma delas, "Pantanal", da extinta Rede Manchete. 

Marcio Ehrlich faleceu no dia 24/2/2025, aos 74 anos, vítima de choque séptico e falência de múltiplos órgãos. Era casado com a jornalista Renata Suter, deixou dois filhos e um neto. 

Mídia: a boca maldita de Sergio Maurício, o narrador de Fórmula 1, na Band


Sergio Maurício.
Foto Divulgação Band
Não se sabe se o apresentador Sergio Mauricio, da Band, é bolsonarista, mas o cara parece ter o "mito" como inspiração. Assemelha-se no preconceito, na grosseira, na intolerância, na arrogância. 

A última "patada" foi uma agressão rscista e transfóbica contra a deputada Erika Hilton (PSOL-SP). Ele a chamou de "fake news ambulante, essa coisa".

Criticado nas redes sociais e, segundo o portal F5, afastado temporariamente da cobertura de pré-temporada da Fórmula 1 no Bahrein, Sergio Mauricio alegou em defesa que seu perfil foi "invadido". Duas observações sobre essa "defesa": ele ainda não apresentou provas de que foi hackeado e o teor da agressão verbal combina perfeitamente com outros episódios no currículo do apresentador. 

Em 2022, durante a transmissão de uma prova, ele avistou uma bandeira do Botafogo, seu time, no meio da torcida. O microfone vazou o comentário preconceituoso: "Tem uma bandeira do Botafogo ali. Vê se tem flamenguista ali. É tudo duro, favelado”. 

No ano passado, o presidente da Federação Internacional do Automobilismo (FIA), Mohamed Ben Sulayem, se incomodou com os palavrões dos pilotos durante as comunicações via rádio e os comparou a rappers. "Nós não somos rappers. Eles falam palavrões quantas vezes quiserem", disse ele, em entrevista. "Esse é o estilo deles, nós somos diferentes", completou. O piloto Lewis Hamilton, criticou a fala do cartola. "Dizer rappers é muito estereotipado. Se você pensar bem, a maioria dos rappers é de negros. Então quando se diz: 'Nós não somos como eles', essas são as palavras erradas. Há um elemento racial aí". Em seguida, Sergio Mauricio abriu baterias contra Hamilton. "Ele disse que foi uma declaração racista em relação aos rappers, eu não entendi bem o racismo aí. Hamilton aproveitou para 'surfar'". debochou. 

No mês passado, o alvo da boca maldita de Sergio Mauricio foi Luíza Trajano, da Magalu. Segundo o portal Metrópoles , o apresentador não gostou de um post em que a empresária pedia ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que não comunicasse aumentos dos juros, e disparou um comentário de baixíssimo nível. "Vai dar meia hora de b… dona do Magalu, que rima com c…”.

Desse jeito, as transmissões de Fórmula 1 correm o risco de serem classificadas para meia noite, quando as crianças já estiverem dormindo.   

A deputada Erika Hilton anunciou que vai processar o apresentador. A Band não se manifesta sobre o assunto e não informa se Sergio Mauricio voltará a narrar GPs para a emissora. 

Vem asteroide!

 por Ed Sá 

Anote essa sigla: 2024 YR4. Ela identifica o asteroide descoberto no ano passado que pode cair sobre a sua cabeça. O alertas é da Agência Espacial Europeia alerta sobre a trajetória do corpo celeste que mede entre 40 e 100 metros de diâmetro e tem a Terra na mira. Os cientistas explicam que o 2024 YR4 viaja em trajetória incerta. Inicialmente a chance de se chocar com nosso terreiro era de 1,3%, mas o risco subiu para 2,3%. Não é possivel estimar o perigo em 22 dee ezembro de 2032, data prevista para a possível colisão. Pode aumentar, pode diminuir. Apesar do tamanho e caso acerte a Terra na testa, o 2024 YR4 pode ser catastrófico. Se cair em área urbana tem potencial para fazer muitas vítimas; se cair no mar provocará um tsumani de proporções consideráveis.

Há algum tempo a NASA estuda processos para para desviar um asteroide que ameace a Terra. Basicamente seria através de lançamento de mísseis portadores de ogivas nucleares capazes de reduzir a pó o "invasor" da nossa órbita ou da instalação de propulsores que "empurrem" a ameaça para outros rumos.

O povo gosta de arte - Arquiteto Miguel Pinto Guimarães desvenda a construção e os artistas construtores do Carnaval das Escolas de Samba do Rio de Janeiro no livro "Pra tudo se acabar na Quarta-Feira" (Editora Capivara, 386 páginas)

 O jornalista Roberto Muggiati comenta no jornal Valor sobre a obra monumental organizada por Miguel Pinto Guimarães e Luisa Duarte reunindo 12 colaboradores, entre os quais Haroldo Costa, Leonardo Bruno, Flávia Oliveira, Aydano André Motta, Helena Teodoro, e Fábio Fabato. 

LEIA NO VALOR DE 28/1/2025


  

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Os áudios da bandidagem golpista

O Fantástico expôs as vísceras podres de Bolsonaro na preparação do golpe. São impressionantes os diálogos dos meliantes fardados e civis ao detalhar o ataque à democracia. Gorilas falam como se fossem donos do país. É ressaltado também que as gravações revelam que Bolsonaro estava no topo da pirâmide dos fascistas que tentavam abrir um novo ciclo de ditadura no Brasil com o pacote completo de tortura, sequestros de opositores e naturalmente  a corrupção que o autoritarismo de 1964-1985 possibilitou e que enriqueceu muitos fardados e empresários que surfaram nas negociatas. 

O Brasil escapou por muito pouco  das garras desses pilantras na tentativa de implantar a ditadura.2. Os diálogos registram uma evidência já divulgada: o golpe só não prosperou porque  a maioria do Alto Comando do Exército e a Aeronáutica não apoiaram a bandidagem golpista.  Em paralelo, Lula não caiu na armadilha de decretar uma G.L.O (Garantia da Leu e da Ordem) que, para os golpistas seria a senha para botar tropas nas ruas e criar um fato consumado. Por tudo isso, anistia não. Ao contrário, cadeia para essa quadrilha antidemocrática.


sábado, 22 de fevereiro de 2025

O arrastão do golpe - Tem jornalista na denúncia do Mauro Cid

por O V.Pochê

A TV Fórum é o primeiro veículo a revelar o nome de um repórter da CNN Brasil  citado por Mauro Cid na sua delação sobre a conspiração golpista liderada por Bolsonaro. Trata-se de Leandro Magalhães que, segundo o delator, ajudou a forjar "provas" sobre Alexandre Moraes. Na redação ele é tido como protegido de Bolsonaro.

Há muitos outros no meio jornalístico que, embora não citados no que se conhece do dossiê, compõem uma linha auxiliar dos golpistas. O meio jornalístico os conhece, leitores e telespectadores os identificam. São os chamados "kid pretos" da imprensa alinhados com a extrema direita. Dá até para escalar o time titular, quantitativamente: Globo News tem dois comentaristas, um deles se dedica a pregar a anulação da delação de Cid; jornal O Globo tem BB pelo menos três articulistas engajados sem pudor na extrema direita; a Folha tem mais, uns quatro convocados; Estadão idem. Aliás, a "defensoria jornalística" da Folha parece estar em modo desespero para desmontar a argumentação da PGR junto ao STF. O patrão mandou?

Não vale a pena listar Jovem Pan, Oeste, Antagonista, sites e canais do YouTube de jornalistas impregnados de "kids pretos", além de "analistas" convidados que despejam o ideário extremista de olho nas eleições de 2026. Supõe-se que a falange midiática tem em comum,  junto com as idéias, pôsteres de Milei e Trump no banheiro.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Diploma de nazi

por Flávio Sépia 

É chocante a foto que mostra um estudante gaúcho, da UFRGS,  durante a cerimônia de formatura usando uma suástica pintada no rosto. O criminoso - sim, não parece, ninguém vai pra cadeia por isso - mas apologia do nazismo é crime no Brasil. Não vamos reproduzir aqui a imagem desse canalha. Trata-se de um formando em engenharia

É preciso ter muita convicção ideológica para receber um diploma usando uma suástica de maneira tão acintosa. O sujeito só pode ser um nazista raiz, é corajoso, assume o que faz, quer botar pra quebrar. Certamente vai arrumar emprego fácil em alguns bolsões do Sul. 

Uma análise a tirar desse triste acontecimento serve àqueles que pregam a "pacificação" do "Brasil dividido", a anistia, o abraço dos contrários, o fim da polarização. Não contem comigo. 

A essa altura, a pacificação é rendição. 

Desconfie dos editorias e das declarações desses "pacificadores" tão suspeitos que ainda não têm coragem de usar a suástica em público mas já ostentam o símbolo nos seus pijamas. 

Sério, dá para "pacificar" com esse elemento desprezível?

Wall Street Journal junta dois meliantes em uma mesma página


Do Wall Street Journal - Na Argentina, a vez do estelionatário Milei...


...no Brasil o cerco ao golpista e vendedor de jóias e relógios Bolsonaro.


Os dois líderes do fascismo no Cone Sul, Bolsonaro e Milei, têm muitas afinidades extremistas: são serviçais apaixonados por Donald Trump, cortejam as elites e têm visão própria e bastante flexibilizada do que é honestidade. Os dois acabam de sair graficamente juntos no Wall Street Journal classificados como golpistas e trambiqueiros. Bolsonaro por conspirar contra a democracia, além de já estar indiciado por afanar jóias e relógios caros do acervo da Presidência da República, e por de vários outros crimes. Milei foi protagonista explícito de um estelionato coletivo. Ele usou suas redes sociais para promover a criptomoeda Libra. Em poucas horas a moeda se valorizou para em seguida, caracterizada a fraude, despencar. Nesse intervalo o pessoal mais chegado ao estelionatário fascista Milei faturou milhões de dólares. As primeiras denúncias indicam que um assessor do presidente da Argentina recebeu um agrado de cerca de milhões de dólares. Seria a propina a ratear. A oposição quer a condenação de Milei. Difícil. Ele tem controle das instituições, tem apoio confortável no Congresso. O chamado mercado está com ele. Mais ou menos como acontece no Brasil. Os bolsonaristas trabalham por uma anistia que pode sair antes mesmo da conclusão dos processos que incluem Bolsonaro e sua organização criminosa.

Um detalhe curioso sobre o golpe financeiro que envolve Milei. A mídia internacional destacou a jogada. Já a mídia neoliberal brasileira , que ama Milei, minimizou o episódio e registrou mais a defesa do presidente argentino do que a acusação. Trump também não falou sobre os acontecimentos que envolve seus dois serviçais.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

O cinema retratou Trump e Musk e você já viu esses filmes

"Trump" em trip delirante a maneira do Adenóide Hynkel de Charles Chaplin em o Grande Ditador.


"Musk" no trono da Casa Branca replica o Aladeen do filme O Ditador de Sasha Baron.

por Ed Sá 

Após Trump mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América, o oligarca Elon Musk quer renomear o Canal da Mancha. "Aquela porção de água", como ele diz, "passará a se chamar Canal George Washington em homenagem ao primeiro presidente dos Estados Unidos".

A performance autoritária de Donald Trump e sua gangue de ultra direita tem produzido momentos ridículos que remetem a dois filmes. Um deles, com o ator Sasha Baron, é O Ditador. A trama se desenrola na República  de Wadiya comandada por pelo general Aladeen que se dedica a impedir que a democracia não chegue ao seu país. 

Ao estilo que Trump exibe, o ditador de Wadiya, entre outras megalomanias,  cria seus próprios Jogos Olímpicos. 

O outro filme é mais genial. O Grande Ditador, de Charles Chaplin, é uma sátira do nazismo de Adolf Hitler e do fascismo de Mussolini. Se tivessem vivido da Alemanha nazista, Trump e Musk nem precisariam fazer estágio na Juventude Hitlerista ou na temida SS. A julgar pelas atitudes e idéias de ambos, hoje, já estavam credenciados para o núcleo duro e íntimo do Fuhrer. O mais duro possível.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Vivemos pra ver isso - O elenco do BBB25 é tão ruim que está boicotando a própria Globo. O BBB26 pode não acontecer?

por O.V. Pochê

Para uma parte dos brasileiros, o tal BBB da Globo é irrelevante. Os números a cada audiência demonstram isso. Nem equivalem aos programas populares  da TV aberta do passado. Aliás a TV aberta é como o galã ou a estrela que fazem tantas plásticas, lipos e botox que se desfiguram até que as mães não o reconheçam. 

Mas há quem curta as fofocas agora bombadas pelas redes sociais.  O BBB25 parece ser um desastre para a Globo. Os personagens da casa são insuportáveis, segundo os números da audiência claudicante. Não seriam convidados para uma festinha de subúrbio tal a irrelevância. Se fossem para um churrasco no sítio do Zeca Pagodinho, em Xerém, jogariam no chão a fama de animação dos churrascos do cantor. O pessoal é chato. Tem um par de irmãos ex-atletas que de tão pentelhos comprometeram o astral até da quadra da Mangueira em festa de comemoração de título de campeã. E como falam de doenças e traumas e dramas. Algum marqueteiro de realities deve ter dito para eles que desgraça dá ibope. Para a Globo, o castigo veio de dentro. Sem dúvida, o reality passará por avaliação ao fim da trmporada. Até aqui o elenco do BBB25 é tão ruim em comparação com muitas das edições anteriores que deixa no ar o risco de não haver BBB26. Afinal o programa é uma potência em faturamento publicitário e os anunciantes também assistem ao eventual fracasso 


Carnaval Carioca - Bloco Imprensa que Eu Gamo faz seu último desfile

O Imprensa na volta de despedida.
Foto de Jussara Razzé. 


"Valeu, Rio". Foto de Jussara Razzé 

por José Esmeraldo Gonçalves 

Alegria, como sempre, mas em clima de despedida. Há 30 anos, um grupo de jornalistas criou o bloco Imprensa que Eu Gamo. As mesas dos bares instalados no Mercadinho São José, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro, foram testemunhas. Para os fundadores, chegou a hora de parar. Depois de três décadas, o Imprensa Que Eu Gamo fez seu último desfile no circuito Laranjeiras-Largo do Machado, na Zona Sul do Rio de Janeiro, no sábado,15. Rita Fernandes, presidente do Imprensa e da Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro (Sebastiana), relatou ao G1 alguns motivos para o adeus do Imprensa. Segundo ela, "alto custo do carnaval, excesso de burocracia, falta de pessoas na organização, mudança de público". 

O Imprensa, que nunca foi corporativo e nem exigiu crachá, (sempre recebeu todos os públicos) fechou sua trajetória que, ao longo de três décadas, reuniu várias gerações de jornalistas. Alguns coleguinhas só se encontravam uma vez por ano durante o desfile. Uma jornalista brincou: "estamos fazendo prova de vida".


O ritmista Nilton Retchman, ex-Manchete e ex-Furiosa, a bateria do Salgueiro. Foto Arquivo Pessoal 

Na bateria do Imprensa, um integrante lembrava na camiseta uma publicação identificada com o carnaval carioca.  Era o ex-funcionário da Bloch Nilton Retchman, ritmista que fez parte da lendária Furiosa do Salgueiro.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

A revista que se recusa a desaparecer - Manchete volta às bancas


2008 - A capa da última edição da Manchete. Foto de Dani Barcelos


por José Esmeraldo Gonçalves 

 O jornalista Roberto Muggiati, o editor que por mais tempo esteve à frente da Manchete, costuma dizer que a revista parece ter um pacto de ressurreição com o príncipe romeno Vlad III, aquele que atendia pela alcunha de Conde Drácula. A Manchete saiu das bancas quando atingida no peito por uma estaca representada pela falência da Bloch Editores (em agosto de 2000), mas se recusou a deixar o imaginário de muitos leitores. 

Seu conteúdo gerou dezenas de livros e teses universitárias. Seu arquivo de fotos construído por gerações de fotojornalistas permanece desaparecido, mas o sumiço não impede que imagens marcantes sejam reproduzidas em jornais, revistas e até em documentários sobre fatos e personagens presentes nas coberturas da revista. 

Digitalizada pela Biblioteca Nacional a coleção da Manchete de abril de 1952 ao ano 2000 venceu o tempo e pode ser consultada por pesquisadores, jornalistas, antigos leitores, historiadores, estudantes etc.

Aquela estaca da falência em 2000 não conseguiu encerrar a trajetória da Manchete. Em periodicidade semanal, a revista voltou às bancas em 2001 editada por Roberto Barreira e Lincoln Martins à frente de uma cooperativa de jornalistas formada por ex-funcionários da Bloch. O expediente citava então que a publicação era autorizada pela Massa Falida da Bloch Editores e supervisionada por um Conselho Curador formado por Murilo Mello Filho, Roberto Barreira, Lincoln Martins, José Rodolpho Câmara, Roberto Antunes, Marcos Salles e Elço Ferreira. Em fevereiro de 2001, a tradicional Manchete de carnaval chegava às bancas de todo o Brasil. Especialistas com DNA do sambódromo, como Wilson Pastor, David Junior, Jussara Razzé, Alex Ferro, Armando Borges, João Mário, Alexandre Loureiro, Orlando Abrunhosa, Alberto Carvalho, José Carlos Jesus, Maurício Chicrala, Maria Alice Mariano, J. A. Barros, Orestes Locatel, Regina D'Almeida,  Marcelo Horn, Pedro Borgeth, Eliane Peixoto, Enilson Costa, Renato Sérgio e Vicente Datolli,  entre tantos outros colaboradores, abriram alas para épicas, novamente, edições de carnaval.  

Os jornalistas que bancaram aquela volta resistiram o quanto puderam, até que mais uma estaca, dessa vez financeira, retirou a revista da bancas. 

Tempos depois o editor e empresário Marcos Dvoskin arrematava em leilão alguns títulos da Bloch, incluindo Manchete. A partir de 2004 a Editora Manchete, de Dvoskin, lançou edições de Carnaval até 2008. Após isso, a publicação  - a última capa está reproduzida no alto - saiu das bancas mais uma vez.

Agora a Manchete ressuscita. Sites especializados noticiam que o jornalista Marcos Salles - que, a propósito, como citado acima, fez parte do Conselho Curador das edições pós-falência -, acaba de adquirir de Marcos Dvoskin o título Manchete. Salles, que foi diretor de O Dia e até recentemente esteve à frente do Correio da Manhã, relançará a revista no dia 17 de março, em apresentação festiva no Teatro Adolpho Bloch, no edifício que sediou as redações da Bloch Editores, na Rua do Russell, Rio de Janeiro. 

Manchete volta em edição mensal, impressa. Além disso, os vídeos das entrevistas poderão ser acessados por QR Code nas páginas da revista que levam ao portal R7, do Grupo Record e serão exibidos na TV Max, na NET. 

Segundo as informações divulgadas, a primeira edição trará uma grande reportagem sobre o Carnaval. Uma referência simbólica a um tipo de pauta, entre tantas outras especiais, que marcaram a trajetória da Manchete.   

Panis cum Ovum surgiu há quase 16 anos como expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", coletânea que reuniu textos de jornalistas e fotógrafos que trabalharam na Bloch. Temos a revista na veia e, agora, exclusivamente na memória. 

O mercado mudou, mas muitas publicações impressas encontraram seus espaços no novo mercado. O blog deseja sucesso à iniciativa. Força, equipe. Que Manchete aconteça mais uma vez.

"Justiça Feita" é a chamada da edição da Fórum. Só que o bolsonarista que assassinou o petista Marcelo Arruda não esquentou lugar na cadeia. Ele foi condenado a 20 anos de prisão em regime inicial fechado mas a caneta rápida de um desembargador o mandou para prisão domiciliar. A Justiça ainda não chegou

 


por José Esmeraldo Gonçalves 

A capa da Fórum dessa semana registra a condenação do assassino bolsonarista e ex-policial penal  Jorge José da Rocha Guaranho, que matou o guarda municipa e ex-tesoureiro do PT Marcello Aloizio de Arruda. 

Na quinta-feira, 13, após  decisão do juri popular, a juíza Mychelle Pacheco Stadler determinou uma pena de 20 anos para o homicida, em regime inicial fechado. Guaranho foi encaminhado ao presídio, mas nem chegou a esquentar o chão da cela. Um dia depois de receber a pena (em 14/2) e antes mesmo do lançamento da edição da Fórum, o desembargador Garnaliel Seme Scaff, provavelmente a caneta mais rápida da Justiça do Paraná (TJPR), ordenou que o assassino voltasse para a prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. A defesa argumentou que o criminoso bolsonarista tinha problemas de saúde e Scaff aceitou o argumento. Cabe recurso. 

O crime aconteceu em 9 de julho de 2022, a poucos meses das eleições presidenciais. Marcelo Arruda comemorava seu aniversário de 50 anos e o assassino passou de carro diante do salão de festas, por duas vezes, em atitude provocativa, tocando músicas de apoio a Bolsonaro. Houve uma discussão e pouco depois Guaranho invadiu a festa e atirou em Arruda. O petista, caído e mortalmente ferido, chegou a revidar e atingir o assassino, mas faleceu no hospital.  Arruda deixou viúva Pâmella Silva e os quatro filhos do casal.