sexta-feira, 26 de maio de 2023
Culto de celebridades a Bretas virou mico
quinta-feira, 25 de maio de 2023
quarta-feira, 24 de maio de 2023
terça-feira, 23 de maio de 2023
La Liga: Racismo Futebol Clube
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| No twitter, o prefeito do Rio Eduardo Paes reagiu à altura contra o presidenta da La Liga que tenta culpar Vini Jr, a vítima, pelas agressões racistas que sofreu em campo. |
De certa forma, a Espanha fascista venceu a Segunda Guerra Mundial apoiada primeiro pela Alemanha e depois pelos Estados Unidos. A ditadura nazi-fascista de Franco sobreviveu incólume por décadas. Claro que a história deixou raízes profundas no país. Grupos fascistas e nazistas atuam lá até hoje. O racismo exacerbado em muitos setores na Espanha é uma dessas heranças malditas. O futebol não escapa da militância de ultra direita. Há torcidas organizadas que se fantasiam com símbolos nazistas e frequentam estádios livremente. O craque Vini tornou-se alvo preferencial dos marginais pela coragem de opor-se à turba e reagir a cada ofensa. É preciso mais: que patrocinadores democráticos cancelem seus contratos com La Liga, que nada faz para coibir agressões racistas; que os jogadores se unam e parem os jogos ou façam greves até que racistas sejam presos; que sejam instituídas multas altas e suspensões para clubes que toleram e não combatem o racismo no futebol. E que as instituições e os cidadãos espanhóis que respeitam todas as raças se pronunciem e partam para a ação. Notas de repúdio não são suficientes.
Não será fácil. Nove entre os onze patrocinadores da La Liga contaminada pelo fascismo ficaram em silêncio diante das ofensas e agressões ofridas por Vini Jr. São essas marcas: EA Sports, Microsoft, Cervezas San Miguel, Sorare, BKT, Socios.com, Gol-Ball, Golazos e Panini. Apenas duas divulgaram notas condenando o triste episódio no jogo Valência e Real Madrid. São elas: Santander e Puma.
terça-feira, 16 de maio de 2023
segunda-feira, 15 de maio de 2023
Eu podia ser hoje um aposentado do Brexit, sabiam? • Por Roberto Muggiati
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| O casal real perdeu um súdito. Foto: Reprodução |
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| Foto Cláudia Alves |
– Nada de ficar por aqui mofando como funcionariozinho da BBC.... Vamos voltar para o Brasil, você vai entrar para o Itamaraty!
Até hoje não sei explicar por que embarquei tão passivamente na onda da Lina. O Itamaraty não aconteceu, não me tornei lacaio da ditadura. Caí nos braços da Manchete e o resto é história... Mas houve ainda uma mãozinha da Lina na minha contratação para a Veja como um dos quatro supereditores do Mino Carta. Ela insistiu em participar das conversações durante um cozido no restaurante Ca´d’Oro. Feminista de carteirinha, aonde o marido ia, ia atrás. Ajudou-me a obter o segundo cargo em importância na revista. Mas, ano e meio depois, nunca lhe perdoei o vexame de convocar a mim e ao Mino, no meio de uma tarde de trabalho, para uma reunião em nossa casa no Pacaembu. Queria voltar para o “balneário” e exigia que eu fosse nomeado diretor da Veja no Rio. Surpreendentemente, Mino topou largar tudo na redação da Marginal do Tietê para conversar chez Lina. Até hoje devo a ele desculpas, vou mandar uma “Carta ao Mino”.
Sujei minha biografia na BBC ao desonrar meu compromisso de continuar mais dois anos. Muitas vezes ainda penso como teria sido a vida que perdi em Londres por causa da Lina? Não consigo imaginar, vivi várias outras vidas nestas sete décadas. O trauma da escolha errada entre isso ou aquilo – que chamei de Síndrome do Remorso da Escolha Binária, é tão ocioso e deletério como a Teoria do Complô. Os franceses já se descartaram dela nessa deliciosa frase de efeito: “Avec des ‘si’, on mettrai Paris dans une bouteille...”/“Com ‘suposições vãs’ a gente colocaria Paris dentro de uma garrafa...”
Mas enfrentei ainda na vida encruzilhadas marcantes que merecem citação.
• No dia dos meus 24 anos – 6 de outubro de 1961 – eu encerrava um giro de um mês pela Sicília em Taormina, um dos lugares mais bonitos do planeta, duzentos metros acima do Mar Iônio, com o Etna mais ao sul eternamente cuspindo lava. Num dos acolhedores cafés de calçada da via principal, à beira do penhasco, um simpático sessentão puxou conversa e embarquei assim num longo papo com “Il Colonnello”, um ex-oficial do exército americano, de perfil hemingwayano, que, cativado pela beleza do local, se deixou ficar por ali. “Você não é como os garotos italianos, fala um inglês perfeito e tem muita cultura, ” comentou a certa altura. Convidou-me para jantar em sua casa aquela noite. Tomei uma ducha e troquei de roupa no Albergo della Gioventù de Giardini-Naxos, à beira-mar abaixo de Taormina. “Il Colonello” morava num belo palacete no centro de um amplo terreno bem arborizado. Uma governanta rigorosamente paramentada nos encaminhou para uma sala de estar à meia-luz onde havia uma seleção de drinques ao nosso dispor. Lá pela segunda dose, o anfitrião já se mostrava mais afoito e foi então que caí na real. No fundo, sabia o que me esperava, mas a curiosidade de escritor me impeliu a ver até onde chegaria nosso bravo guerreiro. Quando aproximou o rosto do meu e senti o Bafo da Morte, saí porta afora e desci correndo os degraus que levavam a Naxos. A sorte me havia dado (com cacófato) a chance de me tornar um castelão num dos locais mais belos do mundo – o velho não devia durar mais do que uns dez anos, talvez até cinco ou menos. Mas literalmente não tive culhões para encarar a situação. O preço não valia o prêmio.
• Entre a bolsa de estudos em Paris e a temporada na BBC de Londres, passei em Curitiba o que chamei de “seis meses num DKW”. Numa crise aguda de vazio existencial, enfronhei-me no zen-budismo. Estimulado por amigos de São Paulo, participei de um concurso de monografias da Associação Cultural Brasil-Japão. Escrevi um ensaio maravilhoso sobre a influência da cultura japonesa no Ocidente, mas fiquei só com o segundo prêmio, uma viagem marítima pelas linhas OSK de Santos a Buenos Aires. Dei a passagem a meu pai, que fez com minha mãe sua primeira viagem internacional e se tornou assíduo no eixo Curitiba-Buenos Aires, naqueles tempos de moeda argentina desvalorizada.
Ganhasse o primeiro prêmio – passagem e estadia de um ano no Japão – eu me empenharia na minha busca zen, talvez até me tornasse mestre, feito só alcançado por um ocidental. Jornalista, redator de publicidade e colecionador de arte, John Toller serviu no exército americano em 1954 no Japão e ficou por lá fazendo traduções. Em 1973, aos 42 anos, raspou a cabeça e entrou para um mosteiro em Kyoto. Alternava meditação e diálogos com tarefas como cortar lenha, cultivar legumes e limpar o chão do templo. Com outros discípulos, embarcou em viagens de mendicância, caminhando no rigor do inverno pela neve com sandálias de palha, esfregando os pés com óleo para prevenir rachaduras e sangramento. Vejam só as delícias de que o destino meu poupou.
• Uma última vez sofri a Síndrome do Remorso do Dilema Binário. Eu fazia traduções para o serviço de divulgação A Voz da Rússia e, crítico de jazz com vários livros publicados, me convidaram para o Odessa JazzFest, mas, por obra e graça da dupla diabólica Putin-Medevdev, a viagem foi abortada. Lamentei amargamente perder a oportunidade de visitar a monumental e lendária Escadaria de Odessa, onde foi filmada a mais importante cena do cinema: o fuzilamento pelos cossacos do Tzar de populares que iam acolher os marujos do Encouraçado Potemkim. Aquele turbilhão de imagens na fantástica montagem de Serguei Eisenstein, inspirada – como assinalei em meu trabalho sobre a cultura japonesa – no ideograma chinês e na estrutura do haicai.
A idade me ensinou a não chorar pelo leite derramado. Quanto à ideia de reescrever o meu destino, cheguei à conclusão de que a vida de uma pessoa é a combinação daquilo que cai ao acaso no seu caminho com aquilo por que ela mesma corre trás. Como diz o Bardo, “Bem está o que bem acaba.”
domingo, 14 de maio de 2023
Ô vida dura! O salto triplo carpado dos jornalistas para evitar dizer que a inflação caiu
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| A inflação caiu, mas o Metrópoles preferiu destacar que não caiu tanto quanto Tebet esperava. |
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| O Globo ser recusou a digitar que a inflação caiu. E não deixou de usar o verbo subir. Caiu, mas subiu mais do que o previsto. |
Merece uma cadeira nas faculdades de jornalismo. Poderia se chamar "Manipulação Comparada da Informação". A mídia dos matizes que vão do conservador à extrema direita ou costeando o alambrado do fascismo se incomoda com possíveis mudanças que afetem os privilégios do topo da pirâmide e se engajou em forte oposição ao novo governo. Proliferam as "notícias" sem fontes, que equivalem a fofocas. Mas a ginástica da campanha vai mais longe na "arte" de transformar um informação positiva em negativa. O Metrópoles, por exemplo, noticiou a queda da inflação de uma forma que exigiu do redator da vez um salto triplo carpado. A inflação caiu, ele admite, mas em um índice inferior ao que o mercado previa. Ah, bom. Caiu, mas que pena, os addicted boys da Faria Limer esperavam mais. Além disso, o escriba prevê dias terríveis de inflação alta no segundo semestre.
Já o Globo evitou o verbo cair. A inflação caiu segundo os números que o próprio jornal publica, mas o funcionário dos Marinho não deu mole e escreveu que "subiu mais do que o previsto".
sexta-feira, 12 de maio de 2023
Mídia: os amigos dos amigos...
Os analistas da mídia ignoram o caminho percorrido até o Brasil alcançar a atual situação de risco à democracia. Fingem surpresa. O editorialista que escreveu o texto que a Folha de São Paulo publica hoje acabou de chegar de Marte. Vamos ajudá-lo a encontrar uma certa lucidez. Quando o estamento elitista derrubou a presidente Dilma Rousseff, atropelando a Constituição sob a euforia da mídia neoliberal e direitista, a Folha dos Frias teve orgasmos gráficos. A ação antidemocrática dos políticos, dos militares na sombra, do mercado, do agro, das igrejas evangélicas, da Justiça e até de setores criminosos foi aplaudida. Veio o Temer que, sempre com a ajuda da milícia jornalística, preparou o terreno para Jair Bolsonaro. Temer, como bom serviçal, começou a fazer a primeira etapa do trabalho sujo: reforma da Previdência, precarização da segurança trabalhista, fragilização da fiscalização ambiental e jogadas privatistas milionárias. A República registra tudo isso. Veio a campanha e eleição de Bolsonaro. A mídia conservadora, em nome dos setores que ela representa bem disfarçou, cravou Bolsonaro e usou Paulo Guedes como o "amigo" que a convenceu. Para ficar dentro de um campo que é terreno deste blog, a mídia fez o meio de campo para o Brasil de hoje, o das emendas, do orçamento secreto, do preconceito, dos CACS, da corrupção de rachadinhas, jóias, falsificações, da destruição da Amazônia, lavagem de dinheiro, do narcogarimpo, do agronegócio invasor de terras indígenas e ligado a organizações criminosas, da execução de Marielle, de Dom e Bruno, do genocídio provocado pela indiferença ideológica à covid e da matança de indígenas para favorecer o garimpo e o narcotráfico. A mídia tem digitais bem impressas nesse processo. Os Andersons e Cids da vida são crushs dos editorialistas. E, se você acha que a campanha acabou, engana-se. Leia con atenção os editoriais disparados desde que Lula tomou posse. Confira o ódio e a manipulação da mídia das famílias Mesquita, Frias, Marinho etc. Inteligentes perceberão: o golpe ainda respira.
BBC BRASIL desvenda o Narcopentecostalismo
quinta-feira, 11 de maio de 2023
Mídia - agora é assim: o jornalismo político sempre "tem um babado pra contar"
O jornalismo político atual é essencialmente de fofoca. Ontem, na Globo News, a comentarista Eliana Cantanhede falou que havia um zum zum em Brasília sobre o fracasso da visita de Celso Amorim à Ucrânia: Zelensnski não o receberia e nem mesmo o chanceler daria as caras. Apesar de usar a fofoca como "fonte" a própria Cantanhede logo desmentiu o zum zum: naquele momento Celso Amorim estava cumprindo a agenda como era esperado. Já o Metrópoles ousou "revelar" praticamente um segredo de alcova: quando o país se abalou com a tentativa de golpe de 8 de janeiro, Janja teria pedido a Lula que fechasse o GSI. A nota não diz como o colunista soube da confidencia e nem quem vazou. Se ele esteve na suite do casal, se o Lula lhe contou enquanto escovava os dentes, se Janja lhe mandou um ZAP, se o general Heleno estava escondido no armário e ouviu tudo. A nota é desprovida de fonte parece mentira, tem jeitão de fofoca do compadre foi "revelada" quatro meses depois, mas esse é o manual de redação em voga na cobertura política em Brasília. Não é "babado" que fala?
terça-feira, 9 de maio de 2023
Folha de São Paulo: o manual do ódio
A jornalista que escreveu isso tem problemas. Precisa de ajuda especializada para conter família o ódio que parece como norma. Pode ser perigoso conviver com ela. Nunca se sabe para onde vai apontar sua bazuka de frustração e ressentimento. No caso, Rita Lee foi o alvo. Mas pode ser qualquer um. A jornalista é uma "CAC" que treina "tiro" aos outros no teclado do computador.
Alguém já disse que em um regime autoritário o guarda da esquina é problema: ele incorpora o rancor do chefe. A Folha nunca foi santa. Emprestou viaturas à repressão e ajudou a financiar a tortura nos anos 1970. Mas conseguiu piorar, avançou várias casas rumo à ultra direita. Se o clã namora a intolerância típica do fascismo, a escriba sobe na ponta sobe nas tamancas, estufa o peito, ensaia o passo dos bersaglieri e mira em Rita Lee. Deve ter desfilado na redação após disparar o título acima reproduzido imaginando-se a "cara", uma "frias" entre os mortais.
Para o Banco Central sob administração bolsonarista o 8 de Janeiro não acabou
O 8 de Janeiro acabou? Não. A tentativa de golpe está em curso no Banco Central, e não apenas nesse reduto do governo passado. A ameaça persiste em setores militares e policiais, na mídia da direita, em bolsões fascistas do Senado e da Câmara, em alguns governos estaduais de aliados de Bolsonaro, em porões de radicais evangélicos, no mercado e no agronegócio. Muita gente, não? Pois é, a democracia continua sob ataque.
segunda-feira, 8 de maio de 2023
Mídia - jornalismo é catarse do povo?
A mídia apela muita vezes para uma espécie de fantasia que faz o povo pensar que a justiça e o país funcionam. Por exemplo, você lê, ouve e vê muitas vezes que as autoridades aplicaram multas milionárias a empresas e pessoas físicas que desmataram áreas preservadas. Ou condenaram a Supervia, do Rio, empresa privada que presta um péssimo serviço, a pagar milhões em multas por ser o desastre que é. A condenação a multas não devia ser notícia. Sabe-se que os multados não pagam. A população fica de alma lavada quando lê que uma determinada dondoca foi presa por racismo. Não é notícia. Notícia seria se o flagrante da multa sendo paga. Ou a madame condenada a cumprir pena e, de fato, engaiolada.
Nunca acontece.
Esse é o caso do Bolsonaro pilantra investigado por vários crimes. A IstoÉ acredita que ele pode ir para a cadeia. Não vai. Nem se sair pelado na Praça dos Três Poderes abraçado ao general Heleno, também patrioticamete nu, com uma pistola .45 ostentada nas decrépitas bochechas da bunda ameaçando o STF. A mídia induz ao logro. Acalma almas, mas não é real. É a catarse através do jornalismo
sábado, 6 de maio de 2023
Atenéia Feijó (1943-2023) é recebida na "terra de cima" dos ianomâmis
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| Atenéia Feijó na Amazônia em 1971. A foto é de Walter Firmo, então fotógrafo da Manchete. Reprodução Revista Manchete |
por José Esmeraldo Gonçalves
Da repórter e escritora Atenéia Feijó ficam a incansável defesa dos povos originários - a missão jornalística a que se dedicou e cumpriu com brilhantismo desde o começo dos anos 1970 - e o texto impecável.
Atenéia trabalhou na revista Manchete, nos jornais Estado de São Paulo, O Dia e no lendário JB. Na Manchete, em dezenas de reportagens, ela denunciou o genocídio dos ianomâmis muito antes do Brasil despertar para uma das suas maiores tragédias iniciada durante a ditadura militar de 1964 e que prossegue até hoje. O extermínio se acentuou com crueldade no governo racista e desumano de Jair Bolsonaro.
Atenéia Feijó partiu na madrugada de ontem, 5 de maio, aos 80 anos, após lutar contra a Creutzfeldt-Jakob, uma doença degenerativa.
Os ianomâmis crêem que são o povo que "segura o céu". Agora, acolherão na "terra de cima", como chamam, a repórter que mais os defendeu.
sexta-feira, 5 de maio de 2023
Bob Bozo às ordens do mercado
Roberto Campos Neto não desceu do palanque nem do posto de best fellow de Bolsonaro em churrascos e lives. Participava de tardes de bermudões e moletons com o primeito escalão. Agia como ministro e não como presidente do BC. Prossegue agora no mandato de "ministro" do Bolsonaro























