quinta-feira, 4 de junho de 2020

Boston Herald: tempos de máscaras


Na capa do Boston Herald a face dupla do momento nos Estados Unidos. A máscara é o adereço que une os protestos contra o racismo, deflagrados pelo brutal assassinato de George Floyd, 
e a luta contra a mortal Covid-19.  

Já desidratou um inimigo hoje?

O vocabulário político sempre em renovação.

Embora ainda seja usada, a expressão fritado (para rotular ministros que caminham sobre a prancha em direção à demissão geralmente humilhante) ganha agora um up grade na palavra desidratado. Exemplo: Moro foi fritado até ser despachado do Ministério da Justiça. Mas isso não bastou a Bolsonaro. O ativo gabinete do ódio do Planalto, temendo a candidatura do juiz da Lava Jato à presidência em 2022, trabalha agora para desidratar a imagem de Moro e murchar suas pretensões presidenciais.

Fenômeno novo na área política é a incorporação do jargão das redes sociais, onde as disputas políticas e ideológicas correm soltas impulsionadas pelas militâncias digitais. 

O verbo cancelar agora refere-se a prática de romper com alguém por motivo forte.  Celebridades, políticos ou autoridades que publicam posts racistas, por exemplo, são cancelados em massa no twitter, facebook ou instagram. Cancelamento vai além do famoso block, que é apenas deixar de seguir alguém. Cancelar equivale a desprezar, ignorar.

Trabalho não falta para dicionaristas e caçadores de neologismos. 

terça-feira, 2 de junho de 2020

Voar depois da quarentena: como embarcar no modo Covid Airlines de viajar

O seu check in jamais será como antes. É o que conta a mídia dos países que já estão saindo das fases mais críticas da pandemia. A maioria das regras aguarda definição das associações do setor, mas já se sabe que no pós-quarentena o novo normal implicará em muitas mudanças. Se o 11 de Setembro alterou para sempre os procedimentos de segurança em aeroportos, a Covid-19 vai praticamente implodir o protocolo atual de embarque e comportamento durante os voos.

Distanciamento social, higienização dos passageiros, checagem de temperatura corporal, limpeza completa da cabine, das bagagens e uso obrigatório de máscaras, assentos bloquedos, túnel de desinfecção e luvas estarão entre as medidas. Prepare-se para multiplicar por dois ou três o tempo de permanência no salão de embarque só para cumprir o novo ritual. É possível que as companhias passem a exigir do passageiro um passaporte de imunidade, algo que comprove que fez testes negativos recentíssimos ou até feitos no local e, futuramente, espera-se, a garantia de que foi vacinado. Estuda-se reservar corredores e salas de espera para cidadãos de países que ofereçam menor risco. Nesse ponto, o Brasil pode se tornar um pária. O tamanho do desastre que Bolsonaro patrocina, além de provocar mortes, causadas pela seu comportamento criminoso e irresponsável frente à pandemia, poderá marcar os passageiros tupiniquins como "suspeitos" em relação ao coronavírus.


De qualquer forma, há muito voar já não significava regalias, com exceção da primeira classe, claro. Os dias de conforto aéreo foram deixados no século passado e agravados pela crise de grandes companhias e pela chegada das empresas franciscanas de baixo custo. Quando não havia a barra de cereal, as grandes empresas serviam refeições em nível cinco estrelas. Em tempos imemoriais a antiga Varig se destacava nesse item. Oferecia de frango à Kiev, a lagosta a Therrmidor, steak Diana e estrogonofe. A empresa chegou a ganhar a láurea de melhor serviço de bordo do mundo e usava isso como marketing em campanhas publicitárias. Agora, entre as medidas pós-pandemia, algumas companhias pretendem abolir o serviço de bordo ou, nos voos de muito longa distância, fornecer sanduíches no pacote.


Fotojornalismo - Black Lives: as imagens importam..

Foto de Jerry Holt/Star Tribune/Vox (link abaixo)

Foto de Mark Vancleave/Star Tribune/Vox (link abaixo)

Foto de Keren Youcel/AFP/Vox (link abaixo)

Foto de John Michilio/AP/Vox (link abaixo)

O site Vox publicou uma galeria de fotos marcantes dos protestos contra o assassinato do negro George Floyd por um policial branco nos Estados Unidos. As imagens mostram a revolta em Minneapolis, onde ocorreu o crime e começaram os protestos que se espalharam pelo país.

VOCÊ PODE VER MAIS FOTOS NO VOX, AQUI 

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Em São Paulo: Bolsonaristas escalam o terror e assumem bandeira neonazista

No centro da foto, a bandeira dos neonazistas ucranianos importada por manifestantes da ultra direita, em São Paulo, ontem.

Reprodução Twitter/Kai

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Na capa da Time: a pandemia que marca uma geração


Dimenstein, um exemplo...


VEJA O VÍDEO AQUI

O fascismo está na moda e quer dar uma gravata na democracia

A história mostra que o fascismo gosta de adereços e acessórios.

Desde a primeira metade do século passado os adeptos da ideologia são trendsetters: desenham camisas, gravatas e até cuecas para difundir suas ideias.

Bolsonaro apareceu no "curral", que mais parece cloaca, do Alvorada usando uma gravata estampada por fuzis. Certamente quis dar um recado claro ao STF no momento em que o clã está acossado por investigações. Símbolo é tudo para a seita.

Chamou atenção, mas não é novidade. No Brasil há lojas virtuais que vendem gravatas de inspiração fascista ainda mais evidente. Custam pouco mais de 100 reais. Durante a campanha do sociopata, armas estampavam milhares de camisetas que abasteceram os apoiadores.
É curioso. Dá a impressão que bem antes de planejar movimentos e manifestações os fascistas vão para a prancheta e para as máquinas de costura criar modelitos.

Na Alemanha, na Itália e no Brasil eles desfilavam orgulhosos da moda que criavam. Eram os camisas negras de Mussolini, em tom funéreo do fascismo que exalta a morte. Os ingleses adotaram o mesmo modelo com alterações: corte de cintura fina combinando com calças que deixavam os glúteos fascistas arrebitados. Nos Estados Unidos, foi adotada a camisa prateada e calças de veludo. No Brasil, a Ação Integralista Brasileira adotou a camisa verde, gravata preta e calça branca. Assim engomados desfilavam pela Rio Branco como se fossem arianos marronzinhos. O slogan dos fascistas dos anos 1930 - "Deus, Pátria, Família"- não por acaso ressurgiu no material de campanha do eleito em 2018. A moda fascista também está nas ruas e nos palácios.

La Gioconda americana...

Reprodução/O Globo
A foto de Donald Trump publicada no Globo, hoje, tem uma curiosa semelhança com a estética da famosa pintura de Leonardo Da Vinci. A posição das mãos é praticamente a mesma.

O fotógrafo Jonathan Ernst, da Reuters, assina a imagem.

La Gioconda mostra um olhar convidativo. Trump, a arrogância usual. O sorriso da Mona Lisa é tido como enigmático; o de Trump, semi-aberto, não se sabe o que é, mas boa coisa não parece ser. Da Vinci, o mestre das proporções, certamente identificaria no magnata americano uma desproporção entre o tamanho da boca presidencial e o rosto. Trump é visivelmente dotado de uma boquita de señorita mexicana.

Há centenas de teorias sobre a Gioconda. Uma delas, que seria um auto-retrato de Da Vinci em momento transformista, com pose e vestes de mulher. Nunca saberemos se era nisso que Trump pensava ao descansar as mãos no colo como uma madonna florentina.

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Brasil e Estados Unidos: enfim aliados. Na tragédia e no genocídio




A capa do New York Times, publicada no último domingo, repercutiu enormemente nos Estados Unidos e no mundo. Lista mil nomes de mortos pela Covid-19, 1% das 100 mil vítimas fatais que as estatísticas consolidariam três dias depois. Abaixo do título que lamenta a perda incalculável, um subtítulo registra que não são apenas simples nomes em uma lista, "eles são nós".

Dias antes do New York Times, O Globo publicou uma capa gráfica igualmente impactante, com os nomes e histórias de 10 mil brasileiros que se foram. Somos nós, também,

Jornais europeus, como Le Monde e Liberation comentaram a capa no NY Times e relacionaram a tragédia americana com a do Brasil. Ambas são imensas e alcançam a liderança mundial nos trágicos números. A do Brasil ainda em dramática aceleração.

A triste liderança Estados Unidos-Brasil remete a dois líderes irresponsáveis: Donald Trump e Jair Bolsonaro. Os dois desprezam a pandemia, fazem piadas e campanha contra o isolamento recomendado pelo cientistas. Ambos assumiram o papel de cientistas loucos, disseminaram fake news e recomendaram remédio que não cura, pode matar, a tal Cloroquina. Trump ultrapassou o colega brasileiro e "receitou" doses orais de detergente como preventivo da Covid-19. No dia em que foi publicada essa capa do NY Times, o presidente americano passou a fazer uma inexplicável campanha contra o uso de máscaras, segundo a CNN. O brasileiro já citou o isolamento como "babaquice" e, na mesma frase, ironizou sobre o uso de máscaras.

Tio Trump e o seu sobrinho tropical estão irmanados na prática genocida.

Do Jornalistas & Cia: imprensa na mira das milícias do ódio


quarta-feira, 27 de maio de 2020

Fotomemória da redação: Murilo Melo Filho (1928-2020), registros do acadêmico enquanto repórter

1966: Gervásio Baptista e Murilo Melo Filho, da Manchete, e Isaac Piltcher, do Globo, embarcam para o Vietnã. 

Em Saigon, a dupla da Manchete posa ao lado de um oficial do então Vietnã do Sul. 

1963: Murilo acompanhou a comitiva de João Goulart em viagem aos Estados Unidos.
Em Washignton, o jornalista cumprimenta John Kennedy. Fotos: Reproduções Manchete
Murilo Melo Filho. Foto ABL
O jornalista e escritor Murilo Melo Filho morreu hoje, no Rio de Janeiro, ao 91 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos. Com uma longa trajetória em vários veículos - Diário de Natal, Jornal do Commércio, Tribuna da Imprensa, Estadão e Manchete - Murilo cobriu a política brasileira ao longo das crises dos anos 1950, passando pela epopeia da construção e inauguração de Brasília, o golpe de 1964, a ditadura, a abertura, a eleição e morte de Tancredo Neves, a Constituinte de 1988, os governos Collor, Itamar e FHC. Com o fim da Manchete, em 2000, encerrou sua carreira jornalística e passou a se dedicar com intensidade à vida literária, como membro da Academia Brasileira de Letras, para a qual foi eleito em 1999. Escreveu dezenas de obras, como Cinco dias de junho, Reportagens que abalaram o Brasil, O desafio brasileiro, Memória viva, Crônica política do Rio de Janeiro, Testemunho político, e O Brasileiro Ruy Barbosa.

Após a falência da Manchete, Murilo Melo Filho participou das iniciativas
da Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores na luta pelo direitos trabalhistas junto à Massa Falida da empresa. Na foto, ao lado de José Carlos de Jesus e colegas, ele faz parte da delegação que foi recebida pela Juíza Maria da Penha Nobre Mauro, da 5ª Vara Empresarial, responsável pelos processos de indenizações. 

No DCM - neoliberais comemoram: ôba, bye. bye velhinhos

Leia no DCM

Repórter do G1 vive momentos de terror


Folha, Globo, UOL e Band suspendem cobertura das sórdidas entrevistas no "curral" do Alvorada

Globo, Folha, UOL e Band suspendem a cobertura jornalística no sórdido curral do Palácio do Alvorada, em Brasília. Ameaças e intimidação levaram os veículos optar por preservar a integridade dos seus profissionais  
Há muito, as bizarras "coletivas" de Bolsonaro eram, na verdade, um show de humilhações para os jornalistas escalados para visitar o "inferno" do Alvorada. Além de ouvir ofensas do próprio sociopata-chefe, eram verbalmente agredidos pela seita instalada em um curral ao lado. Esses ataques subiam de tom e deixavam antever que havia alto risco de agressões físicas por parte dos apoiadores que se sentem respaldados pelos xingamentos proferidos no local pelo próprio Bolsonaro. 


William Bonner é o novo alvo 
da milícia política bolsonarista

Nos últimos dias, William Bonner, editor e âncora do Jornal Nacional passou a receber ameaças da seita bolsonarista. Primeiro, hackers usaram dados do seu filho em tentativa de operação financeira. Agora, em mensagens enviadas aos celulares do apresentador e da sua filha, a título de intimidação, os milicianos quiseram mostrar que estavam de posse de informações pessoais de vários outro membros da família Bonner. 

A Globo divulgou um nota sobre o caso. Leia a seguir: 

A Globo repudia a campanha de intimidação que vem sofrendo o jornalista William Bonner e se solidariza com ele de forma irrestrita. Há dias, um fraudador usou de forma indevida o CPF do filho do jornalista para inscrever o jovem no programa de ajuda emergencial do governo para os mais vulneráveis da pandemia, para isso se aproveitando de falhas no sistema, que não checa na Receita Federal se pessoas sem renda são dependentes de alguém com renda, fato denunciado publicamente pelo próprio jornalista que apresentou notícia crime junto ao Ministério Público Federal no Rio de Janeiro.

Agora, tanto o jornalista quando a sua filha receberam por WhatsApp em seus telefones pessoais mensagem vinda de um número de Brasília com uma lista de endereços relacionados a ele e os números de CPFs dele, de sua mulher, seus filhos, pai, mãe e irmãos, o que abre a porta para toda sorte de fraudes.

A Globo o apoiará para que os autores dessa divulgação de seus dados fiscais, protegidos pela Constituição, sejam encontrados e punidos. William Bonner é um dos mais respeitados jornalistas brasileiros e nenhuma campanha de intimidação o impedirá de continuar a fazer o seu trabalho correto e isento. Ele conta com o apoio integral da Globo e de seus colegas e está amparado pela Constituição e leis desse país.

O avanço das agressões contra repórteres, câmeras e fotógrafos


As agressões à imprensa são uma marca do atual governo e das suas milícias políticas não apenas diante do Palácio da Alvorada como em São Paulo e várias outras capitais. Invariavelmente, ficam impunes. Alguns andam armados, como seus "coordenadores" admitem e o próprio Bolsonaro incentivou durante reunião ministerial no dia 22 de abril.
Um vídeo como esse, pulicado no Twitter por @MauricioRicardo , não precisa de legendas.
Veja AQUI

Trump: a nova campanha do outro tosco

Reprodução CNN
Donald Trump agora abre campanha contra o uso de máscaras.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

A líder que o Brasil inveja faz a Nova Zelândia vencer a Covid-19 e não perde o charme nem diante de um terremoto...


A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, que é uma das personalidades mundiais que melhor conduz um país durante a pandemia e, antes disso, enfrentou com habilidade as consequências do ataque terrorista de Christchurch, mostra , mais uma vez, do que é feita. Ela dava uma entrevista por meio de vídeochamada quando um terremoto atingiu o prédios do Parlamento,  Zelândia, em Wellington, quando calmamente falou para a câmera,sorrindo:  "Estamos apenas tendo um terremoto aqui. Mas estamos bem. Parece que estou em um lugar estruturalmente sólido".
VEJA O VÍDEO AQUI


Financial Times: um desastre chamado Bolsonaro

A negação da pandemia levou o governo brasileiro a retardar providência. Mesmo na fase Mandetta, não houve vigilância em aeroportos, não houve recomendação para uso de máscaras e nem estímulo ao isolamento. Houve um momento em que o Ministério da Saúde, em meados de março, passou a recomendar tudo isso, contrariando  Bolsonaro, mqas o tempo perdido não foi recuperado.
A burrice do governo federal é tamanha que, ao combater o isolamento em nome da economia, leva prejuízo ainda maior à... economia. Basta verificar o exemplo da Espanha e da Itália, que viveram surtos gravíssimos, permaneceram em isolamento por cerca de 60 dias e já estão aliviando as restrições. O Brasil em "isolamento" meia-bomba, com Bolsonaro e sua seita desestimulando agressivamente a recomendação de #ficaremcasa, viu a contaminação e a curva de mortes dispararem. O resultado é que vai levar mais tempo para começar a volta à normalidade . O que o Brasil perde com isso? Vidas, empregos, produção industrial, vendas no varejo etc. Ou seja: os idiotas federais forçaram um tiro no pé ainda maior na economia.
Por essas e por outras, veículos como Financial Times alertam os investidores: o Brasil é um desastre.

Famosos em quarentena dão prejuízo aos paparazzi

O repórter Felipe Pinheiro, do UOL, mostra que o sumiço das celebridades durante a Covid-19 afeta o bolso dos paparazzi. "Os famosos praticamente desapareceram do radar dos paparazzi durante a pandemia do novo coronavírus. Sem praia, shopping ou parques, que foram esvaziados e fechados, os profissionais especializados em fotografar celebridades tiveram suas vidas diretamente afetadas pela quarentena, que já passa de dois meses em várias regiões do Brasil", relata a matéria.
LEIA A REPORTAGEM COMPLETA NO CANAL TV E FAMOSOS, NO UOL, AQUI