sexta-feira, 17 de abril de 2015

Guerrilheiros de imagens: nos 55 anos do filme La Dolce Vita, a saga dos paparazzi que nasceram em Roma e que hoje, de Hollywood ao Rio, combatem em todas as frentes...

Cena do filme La Dolce Vita. Marcello Mastroiani e Anita Ekberg e os paparazzi da Via Veneto. 
A famosa cena de Anita Ekberg na Fontana di Trevi. Na época, foi montado um forte esquema para impedir a atuação de paparazzi. Funcionou; as únicas imagens são da divulgação do filme. 
A Veneto, hoje. Os cafés da mítica rua de Roma atraem turistas e pouco lembram os agitados anos 60 quando astros, estrelas e playboys frequentavam o local. Paparazzo que precisa pagar as contas já não faz ponto na famosa via. Foto: J.E.Gonçalves
por José Esmeraldo Gonçalves
La Dolce Vita, de Fellini, comemora 55 anos. Neste mesmo 2015, em janeiro, morreu a atriz Anita Ekberg, que interpretou a estrela de cinema "Sylvia", a loura monumental que transformou a Fontana di Trevi e Marcelo Mastroiani (no filme, o jornalista "Marcello Rubini", especializado em celebridades) em meros coadjuvantes da mais famosa cena do regista italiano. Em 1960, La Dolce Vita provocou polêmica, tentativas de censura e boicote por parte do Vaticano. Mas a ousadia, a crítica religiosa, o retrato da alta sociedade manipuladora, a sensualidade, os escândalos focalizados como indutores de lucros, tudo isso conferiu ao filme a Palma de Ouro do Festival de Cannes de 1960. 
A Fontana di Trevi não é mais a mesma. Quem visitar Roma por esses dias poderá vê-la ainda cercada de andaimes por conta de uma grande restauração. Apenas a parte central - que mostra o carro de Netuno conduzido pelos tritões - está pronta. Turistas se revezam para selfies diante do espelho d' água que um dia recebeu Anita Ekberg. 
À distância de uma caminhada que não é impossível mas não é para fracos fica a Via Veneto, outro cenário fundamental do filme de Fellini. Também não é mais a mesma. Nos anos 1950 e 1960 era a rua mais agitada de Roma. Seus cafés e hotéis eram os preferidos dos famosos da época. Não apenas das grandes estrelas do cinema italiano, que vivia os anos dourados de Gina Lolobrígida, Cláudia Cardinale, Sophia Loren e Virna Lisi, como dos hollywoodianos Richard Burton e Elizabeth Taylor, dos franceses Brigitte Bardot e Yves Montand, além dos playboys Porfírio Rubirosa, Baby Pignatari, Aly Khan e Gunther Sachs. Hoje, os cafés da Veneto são frequentados por turistas, principalmente. A aura mítica persiste na memória e em algumas referências preservadas. Uma placa lembra Fellini, "que fece di Via Veneto il teatro della Dolce Vita'. Outra marca o "Largo Federico Fellini". Vale o passeio, é uma boa rua para andar a pé na subida rumo à Villa Borghese. 
Na ficção, as calçadas da Veneto foram cenário da ação dos paparazzi retratados por Fellini. Especialmente do fotógrafo vivido pelo ator Walter Santesso, personagem a quem o diretor deu o nome de "Signore Paparazzo". 
O diretor Federico Fellini 
na Via Veneto.
Foto Fondazione Italia
Na vida real, a Veneto foi campo de batalha entre os fotógrafos que brigavam por um flagrante das celebridades. De preferência, um flash de beijos e amassos, cenas explícitas de infidelidade ou, melhor ainda, um astro ou estrela saindo bêbado (a) de um bar. O neologismo foi popularizado e com o tempo passou a definir os profissionais que circulavam na noite de Roma, Cannes, Mônaco, Paris e Los Angeles caçando literalmente o pão de cada dia em forma de foto. Dependendo dos personagens envolvidos e do enredo, uma foto podia valer até alguns milhares de dólares. Roma era a capital do cinema europeu e a Cinecittá rodava produções com elencos hollywoodianos, o que tornava a Veneto uma extensão dos estúdios. Mas a concorrência era acirrada, os paparazzi não raro brigavam entre si e, com mais frequência ainda - embora na época não fossem comuns as tropas de seguranças que cercam celebridades -, tomavam porradas homéricas providenciadas pelos próprio atores, estrelas ou seus acompanhantes. 
Alguns desses paparazzi tornaram-se famosos. Marcello Geppetti foi um deles. Seu foco era a vida particular das celebridades do cinema, esporte, política e sociedade. Tirou a barriga da chamada miséria com duas fotos que correram o mundo: o primeiro nu de Brigitte Bardot, acho que na Côte d'Azur, e o primeiro beijo em público de Elizabeth Taylor e Richard Burton, ambos ainda casados com respectivos oponentes. Era o escândalo do momento.
O paparazzo Rino Barilari agredido na Veneto por Mike Hargitay,
então marido da atriz Jane Mansfield,
 e pela top model Vatussa Vita. Reprodução
Outros paparazzi que se tornaram referência na arte do flagrante e que bem mereciam placas na Veneto:  Rino Barillari, Elio Sorci, Guglielmo Coluzzi, Adriano Bartoloni, Alessandro Canestrelli, Licio D’Aloisio, Giuseppe Palmas, Pierluigi Praturlon, só para citar alguns entre aqueles que em certa época foram "residentes" da Veneto. Cada um deles tinha na alça da câmera, como faziam os cowboys do Velho Oeste na coronha dos seus Colts, marcas de fotos memoráveis feitas à base de sangue, suor e flash.
Curiosamente, o boom internacional dos paparazzi dos anos 60 não teve equivalência no Brasil. Claro que há registros de fotos no estilo flagrante mas não como produto de atuação de profissionais de forma consolidada. Quero dizer, não havia fotógrafos que se dedicassem exclusivamente a flagrar famosos em cenas particulares. O Cruzeiro e Manchete fizeram algo no gênero, mas eram equipes escaladas pelas revistas para determinadas coberturas. Gervásio Baptista fez paparazzo em um casamento de Marta Rocha que não foi aberto para a imprensa; a mesma Manchete flagrou a atriz francesa Myléne Demongeot na praia de Copacabana; o Globo, já nos anos 70, fotografou Christina Onassis na mesma praia. Uma foto do Cruzeiro, essa dos anos 40, bem famosa, o deputado Barreto Pinto de cuecas, tinha linguagem de paparazzo mas, na verdade, era uma foto "consentida", como se diz hoje, feita por Jean Manzon.
A atriz Anna Magnani posa com os paparazzi da Via Veneto. Observe que alguns deles ainda usavam as pesadas câmeras Speed Graph.
Foto Fondazione Italia
O primeiro fotógrafo brasileiro a se dedicar exclusivamente a paparazzi foi Carlos Sadicoff, que atuava preferencialmente na orla de Ipanema e Leblon, em fins da década de 1980. Só a partir de 1993, com a chegada da revista Caras ao Brasil, a "cultura" da foto paparazzo se impôs especialmente no Rio de Janeiro. Nos primeiros meses, a Caras escalava fotógrafos próprios para fazer "ronda" nas praias e lugares da moda em busca de celebridades.
Na maioria eram fotos ocasionais, simplesmente mostravam fulana na areia, o cantor famoso caminhando no calçadão, o casal de globais jantando etc. Sadicoff, que fazia seu próprio plantão na área do Baixo Bebê, no Leblon, e com isso flagrava muitas mães famosas com seus filhos, encaixou-se no esquema e passou a ser um fornecedor da Caras. A revista também mantinha uma atuação no estilo paparazzo ao montar operações custosas para fazer, por exemplo, a primeira foto de um novo casal de celebridades ou de um ator de Hollywood em visita ao Brasil, fosse em Ipanema, em Trancoso ou na Amazônia. O intenso uso pela Caras de fotos flagradas inspirou outros repórteres-fotográficos a entrarem nesse mercado que finalmente se profissionalizou no Brasil. Foi também a partir do modelo bem-sucedido da Caras, líder no segmento de revistas com foco exclusivo em personalidades, que vieram as concorrentes, entre as quais, Chiques&Famosos, Istoé Gente, Quem e Contigo!, esta uma publicação com tradição na cobertura de TV e que foi reposicionada para entrar no mercado de revistas de celebridades e entretenimento, tornando-se uma forte concorrente da Caras. Com o avanço da Internet e dos sites que cobrem famosos com marcante audiência na rede, cresceu ainda mais o mercado para os paparazzi. Hoje, há várias agências especializadas, com boa estrutura e bons profissionais, que investem não apenas em imagens de brasileiros famosos mas se beneficiam do fato de o Rio ser um destino frequente de atores, atrizes e cantores internacionais.
Tudo começou na rua que Fellini retratou em La Dolce Vita
E na cidade da qual o ator Lawrence Olivier dizia que se não existisse ele a criaria em sonho. A própria. Roma. 
VEJA OS PAPARAZZI EM AÇÃO NA VIA VENETO EM TRECHO DO FILME "LA DOLCE VITA". CLIQUE AQUI

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Revista Time lança sua lista das 100 personalidades mais influentes. A edição especial vem com cinco capas diferentes

Bradley Cooper na categoria "Artists"



Rapper Kanye West, em "Titans". 

Bailarino Misty Copeland, na categoria "Pioneers)

Âncora Jorge Ramos como "Leaders"
Juíza Ruth Bader Gingsburg na categoria "Icons". 
A Time lança sua lista anual de pessoas mais influentes. Dois brasileiros entraram na relação: o empresário Jorge Paulo Lehman, um dos controladores da Ambev, do Burger King, da Heinz e o surfista Gabriel Medina, que ganhou o primeiro título mundial da modalidade para o Brasil.. Na lista, que é uma grande mistureba de áreas de atuação, estão nomes como a chanceler alemã Angela Merkel, a primeira-dama do Afeganistão Rula Ghani, Alexis Tsípras, primeiro-ministro da Grécia, o presidente russo Vladimir Putin, o presidente da China Xi Jinping, Raúl Castro, presidente de Cuba, Hillary Clinton, ex-primeira-dama e ex-secretária de Estados dos EUA, o presidente Barack Obama,
Kanye West e sua mulher Kim Kardashian, ator Bradley Cooper e as atrizes Emma Watson, Reese Witherspoon e Julianne Moore.

"Pense menos, ame mais": a nova e ousada campanha do Sonho de Valsa

VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

Lagoa: o crime ambiental que a cidade não sabe ou não quer combater

Com a Olimpíada à vista, a mídia mundial descobriu um crime ambiental que choca os cariocas há décadas. Se isso acontece na Zona Sul do Rio, como esperar que políticos e técnicos resolvam a poluição no fundo da Baía da Guanabara longe dos holofotes? Reprodução

O atual surto de mortandade de peixes na Lagoa Rodrigo de Freitas, que sediará provas olímpicas de remo, repercutiu na imprensa internacional e, muito mais, na mídia norte-americana. Pode dizer que os Estados Unidos têm certa mágoa com os Jogos de 2016 já que Chicago perdeu a indicação precisamente para o Rio. Antes mesmo de surgir qualquer problema publicaram matérias negativas sobre a cidade, até com histórias fantasiosas. Essa guerra é normal. As recentes Olimpíadas de Inverno de Sochi, na Rússia, também foram bombardeadas durante os meses que antecederam as competições. A mídia ocidental propagou desde o alto risco de atentados até a falta de neve nas principais pistas passando por suposta perseguição a atletas gays nas ruas da cidade. Nada disso aconteceu. Como a Copa do Mundo, a Olimpíada carioca também é vista como um "evento do governo" e sofre pressão mas tem tudo para fazer sucesso. É o que os torcedores de todos os países e os atletas esperam. Antes da Lagoa, o foco internacional se voltou para outro problema grave: o lixo na Baia da Guanabara, raia das competições a vela.
Mas o caso da Lagoa não se enquadra em nenhuma dessas questões de imagem, de política ou supostas campanhas. É muito real e não tem nada a ver com evento esportivo. É do dia a dia. Trata-se de um dos cenários mais belos do Rio, uma área de lazer especial, principalmente depois que o poder público conseguiu recuperar terrenos cedidas a "proprietários" com privilegiadas ligações políticas e que abrigavam indevidamente parques, restaurantes, boates, academias e mafuás assemelhados. Aliás, ainda há "capitanias" lá que precisam ser devolvidas, helipontos em locais inadequados ou instalações esportivas que extrapolam na área construída e viraram point de festas de churrascos, Aliás, esses locais têm esgotos ligados à rede pública? Bom checar.
O espantoso é que a poluição na Lagoa se agravou nos últimos 30 anos. Os administradores não apresentam solução à vista e muito dinheiro já foi gasto. Quando há mortandade de peixe logo aparece um burocrata qualquer, o da vez, para dar invariavelmente três ou quatro explicações em decoreba:  o vento revirou o lodo do fundo da lagoa; a mudança brusca de temperatura afetou os níveis de oxigênio; ou a maré alta entupiu com areia o canal que renova a água.  Isso antes de qualquer análise laboratorial da água. Para quem anda na Lagoa diariamente, isso soa como piada ou deboche. Há inúmeras fotos nas redes sociais mostrando despejo de esgoto nas margens. Até latões de óleo de cozinha usado já foram despejados na água. Esporadicamente, a Cedae faz verificações até com câmeras e nunca dá zebra: ligações clandestinas na rede pluvial poluem a Lagoa. O crime é agravado por esgotos que caem no rios que desaguam no local. Há prédios que já foram autuados por jogar, literalmente, merda em um patrimônio do Rio. Alguém foi responsabilizado depois que a notícia virou passado? Dificilmente. Fiscalização e punição, não em operações anuais, mas diárias, ajudariam a resolver parte do problema. Na outra ponta, as soluções de engenharia, como a do canal (um extensão que impedisse o bloqueio por areia), a dragagem (lembrando alguns técnicos dizem que revolver o fundo da Lagoa seria pior), enfim, medidas estudadas por técnicos competentes, até importados se for o caso para dar um descanso aos daqui que há anos tentam descobrir a mágica.
Para leigos, como nós, parece claro que os peixes morrem porque a Lagoa precisa de mais água e de água limpa. Fazer com que ela receba mais água, de um lado, e eliminar os focos de poluição, de outro. Mas ao mesmo tempo isso complicado que se evita mexer com poluidores influentes.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Aviões: classe econômica cada vez mais apertada. Companhias aéreas querem botar uma poltrona a mais em cada fileira. Mulheres vão ter que diminuir os quadris e homens devem deixar os testículos em casa.

O que dizer do pobre saco desse cidadão? Se for um vôo de longa distância a dupla dinâmica vai desembarcar transformada em pizza, e de massa fina. Reprodução

Aeromoças só anoréxicas. O espaço nos corredores é menor. 
Esse pessoal aí fez um test-drive do novo modelo. Assim não vale; a Airbus escolheu só passageiro magro. Mesmo assim, olha só o "conforto" da rapaziada. Reprodução
Os fabricantes de aviões, por encomenda das companhias aéreas, estão prestes a desafiar as leis da física e conseguir pôr dois corpos ocupando o mesmo espaço. Matéria no site Mashable mostra que mais do que o conforto as poltronas de avião e a distância entre elas na classe econômica já comprometem a saúde e a segurança dos passageiros. A Airbus acaba de exibir um protótipo chamado Aircraft Interiors Expo 2015, configuração que acomoda 11 assentos em cada fileira. No mesmo corredor, que não foi expandido, conseguiram botar uma poltrona a mais em cada grupo de dez.  Os assentos já estão com apenas 18 centímetros de diâmetro e... diminuindo. Se as companhias aéreas pedirem, a Boeing também vai oferecer mais poltronas em cada fileira. A ideia é que em 2017, os passageiros da econômica já possam viajar com mais sardinhas em uma mesma lata. Veja mais no Mashable, clique AQUI 

Na capa da Esquire, de maio, Charlize Theron



Charlize Theron está na Esquire. Aos 39 anos, posou com um mínimo de maquiagem e pediu que os editores usassem photoshop. A atriz comemora dez anos como o rosto (e corpo) da grife Dior para a qual fez um comercial já exibido no Brasil.

Veja o filme, clique AQUI


Uma rara capa contra o preconceito. É a Vogue francesa

A bela modelo etíope Liya Kebede é a primeira mulher negra a aparecer na capa da Vogue francesa (edição de maio/2015) em meia década. A observação é do site Fashionista. A falta de diversidade na moda é um assunto em discussão. Em mais de 10 anos apenas outra modelo conseguiu estar em uma capa solo: foi a dominicana Rose Cordero, em 2010. Antes disso, modelos negras como Naomi Campbell e Noémie Lenoir estamparam capas mas ao lado de modelo brancas (Kate Moss e Laetitia Casta, respectivamente). Para muitos estilistas, o simples fato de uma modelo negra ainda chamar atenção quando se torna capa de uma revista sofisticada é sinal de que ainda há um longo caminho a percorrer contra o preconceito em muitas publicações. No Brasil, as restrições são ainda mais evidentes. Poucas modelos negras ganham visibilidade em capas e passarelas.

Marina Ruy Barbosa é capa da revista "Corpo a Corpo" fotografada por Yuri Sardenberg

A ruiva Marina Ruy Barbosa, 19, é capa da "Corpo a Corpo" de abril. A atriz, que fez sucesso com a personagem Maria Isis na novela "Império" e tida como a maior aposta da Globo entre os nomes da nova geração.
Marina Ruy Barbosa. Foto de Youri Sardenberg/Corpo a Corpo

O bicho tá pegando. Manifestante apavora presidente do Banco Central...


Foi em Frankfurt. Manifestante do grupo Femen subiu na mesa e jogou papeis e confetes no presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi Shwered, que participava de uma coletiva. O protesto é contra a velha e desmoralizada receita da austeridade com graves consequências sociais que o BCE impõe a muitos países e que só enriquece os especuladores do mercado financeiro. Algo que não tira a Europa do atoleiro e que o Brasil começa a praticar. A manifestante foi retirada da sala e Draghi deu uma saidinha para trocar a cueca. Veja o vídeo, clique AQUI

Eu, hein? Conar proibe para menores de 18 anos anúncio da Itaipava. Perguntinha: esse tipo de classificação não cabe apenas ao Ministério da Justiça?

O comercial censurado da Itaipava - Reprodução
O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) acaba de proibir para menores um bem-humorado anúncio da cerveja Itaipava. O processo de censura foi aberto após o órgão (epa, isso também pode ser vetado) receber denúncias de consumidores. O Conar não informa se os reclamantes são pessoas com nível de excitação extrapolado e que acabam vendo "apelo sexual" exagerado até em um pepino na feira. Pessoalzinho com cabeça mais fora de ordem...VEJA E COMPARTILHE O VÍDEO VETADO, QUE ALIÁS É VIRAL NA INTERNET E DEVE CONTINUAR ASSIM. CLIQUE AQUI

Terceirizar ou escravizar? Trabalhadores em todo o Brasil protestam contra a lei que vai derrubar salários e direitos

Trabalhadores em protesto contra a terceirização. Agora, na Rodovia Anhanguera, em Ribeirão Preto. Foto Conlutas

Metalúrgicos de Curitiba contra a terceirização. Foto Sindicato do Metalúrgicos da Grande Curitiba
O ator Danny Glover no Congresso da cUT: solidariedade aos trabalhadores e contra a  escravização. Foto Roberto Parizotti/CUT
Lula no Congresso da CUT na luta contra a terceirização das atividades-fins. Foto Roberto Parizotti/CUT
Funcionários da Replan, refinaria da Petrobras em Paulínia (SP) denunciam
a lei inconstitucional de terceirização. Foto SMESP

Há vários protestos e paralisações agora em todo o Brasil contra a aprovação do vergonhoso projeto de terceirização que detona direitos trabalhistas e que é, na verdade, projeto de "escravização'. Na foto, manifestação dos metalúrgicos de Guarulhos, São Paulo. Foto de Roberto Parizotti


Iniciativa da oposição unida à parte oportunista da tal base aliada e impulsionada por empresários, a lei da terceirização detona direitos trabalhistas, salários, benefícios e terá reflexos até na aposentadoria já que tira recursos da Previdência. Juristas já alertam que a lei é um mostrengo que vai até provocar insegurança jurídica para trabalhadores e contratantes. A terceirização plena levará empresas a trocar funcionários de CLT por terceirizados. Vai detonar, por exemplo, planos de carreira de empresas, treinamento de operários e outros programas de aperfeiçoamento de mão-de-obra já que todos serão facilmente descartáveis e substituídos.  A lei também traz dispositivo que deixa o trabalhador no fogo cruzado entre a empresa de terceirização e o contratante na hora de reclamar seus direitos. Na política interna da empresa haverá reflexos nos dois tipos de trabalhador: o celetista e o, de segunda classe, terceirizado. Diferenças salariais em funções iguais darão motivos a processos na justiça. Acima de tudo, o projeto de terceirização desengavetado pelo PMDB, com apoio da oposição e deputados que estão em vias de pular fora do barco e com o incentivo de empresários, é inconstitucional segundo vários juristas. Entre outros prejuízos, pesquisas mostram que os terceirizados trabalham três horas a mais por semana e ganham 24,7% a menos do que os contratados diretamente pelas empresas.
Reprodução Rede Brasil Atual
Reprodução G1

terça-feira, 14 de abril de 2015

A modelo brasileira Raica de Oliveira, ex-namorada de Ronaldo Fenômeno, é capa e ensaio da revista French Revue, edição Primavera-Verão 2015, fotografada por Thierry LeGoues


French Revue-Reprodução

Raica de Oliveira. Foto de Thierry LeGoues/Reprodução site French Revue

Funcionários do SUS protestam contra ameaça de privatização e lobby para planos de saúde, via terceirização, dominarem instituições de atendimento público

Foto Laycer Thomaz/Câmara dos Deputados

Foto Laycer Thomaz/Câmara dos Deputados

Foto Laycer Thomaz/Câmara dos Deputados

Fofoca ameaça empregos de jornalistas...


Dois casos recentes, mas não os únicos, mostram que rede social pode ser um granada sem pino na carreira de um jornalista. Ter uma conta privada no Facebook, Twitter, Instagram etc é hoje quase uma obrigação para um profissional de comunicação. É o passaporte indispensável para acesso a informações, com frequência em primeira mão, direto de fontes primárias. Este é o lado útil da rede social como ferramenta de trabalho. Só que na mesma rede, jornalistas inserem fotos, vídeos e comentários pessoais. Daí, profissionais já se prejudicaram em empresas apenas por difundir mensagens que não combinam com a cultura corporativa ou por ideologia ou por opinião ou por levar a público um assunto interno. 
A jornalista italiana, da Sky, chamou
o piloto Fernando
Alonso de "imbecille"
Na Itália, um caso que repercute é o da jornalista, Paola Saluzzi, do canal Sky. Ela, que é especializada em Fórmula 1, escreveu na sua conta pessoal da rede, na semana passada, que o piloto espanhol Fernando Alonso havia recuperado a memória e com isso se lembrou o "quanto era um imbecil, arrogante e invejoso". Saluzzi se referia a falhas de Alonso durante os testes do começo do ano, quando sofreu um acidente que lhe causou perda momentânea da memória. A Sky detém os direitos de transmissão da F1 e Paola Saluzzi foi demitida.
Outro caso recente que repercutiu, este no Brasil, envolveu o jornalista da Globo, que atua no Esporte Espetacular, Thiago Asmar. O motivo foi um vídeo postado no WhatsApp onde aparece nua a jornalista e modelo Carol Muniz, ex-namorada de Marco Polo Del Nero, que assume agora a presidência da CBF.
A jornalista e modelo Carol Muniz não gostou
da divulgação de um vídeo íntimo. Reprodução
No vídeo, Carol estaria conversando com Asmar. O que se comenta é que a modelo não gostou da divulgação das imagens privadas e se queixou ao ex-namorado, que teria reclamado na Globo. Chegou a circular o rumor de que o repórter havia sido demitido ou suspenso. A Globo não comenta o caso. Asmar apagou suas contas em redes sociais e estaria, por enquanto, na "geladeira".
A culpa não é da internet, embora esta amplifique os casos. Fofocas ou comentários considerados inadequados nas redações já custaram a cabeça de muitos jornalistas. Na Manchete, um editor foi defenestrado porque elogiou e mostrou-se ansiosamente interessado em se aproximar de uma ex-mulher de um dos poderosos da empresa. Deu-se mal quinze minutos depois de reverenciar explicitamente a ilustre figura em pleno hall do prédio do Russell.  Na mesma Manchete, uma repórter dançou porque queria que o maitre colocasse mais comida no seu prato. Este sugeriu que ela comesse aquela quantidade e voltasse ao bufê para pegar mais. A jornalista passou a reclamar nos corredores e a atitude acabou lhe custando o emprego. Em outra revista, a vítima foi uma repórter que comentou em um bar um suposto caso entre colegas de hierarquia acima. E o repórter que ousou divulgar na redação os chamados sinais exteriores de riqueza de um alto diretor? Tudo isso, antes das redes sociais. O que mostra que fofoca sempre ajudou a aumentar o índice de desemprego.


Mas, hein? Lembra do Berlusconi? Ele acaba de derrubar mais uma condenação na justiça italiana


Os dribles que Berlusconi dá na justiça italiana só rivalizam com a ginga de Messi na pequena área. O ex-primeiro ministro dá de goleada nos juízes e não erra uma.E não é só na área dos escândalos financeiros que ele é craque. No quesito 'suruba' também circula com desenvoltura e anulou os processos relativos às homéricas festas na mansão onde recebia meninas de fino trato. Ele derrubou todas as condenações até agora e só lhe resta um obstáculo; a inelegibilidade por seis anos. Mas isso é mole para que conseguiu anular até penas de seis anos de cadeia.

O protesto que não pede golpe mas quer ser ouvido pela presidente

Foto de Antonio Cruz/Agência Brasil

Foto de Antonio Cruz/agência Brasil

Foto de Antonio Cruz/Agência Brasil
Um grupo de manifestantes Frente Nacional de Luta (FNL) se deslocou de Goiás, São Paulo para Brasília com o objetivos de pedir a demarcação de terras indígenas e quilombolas e reforma agrária. Um dos erros do governo Dilma é se afastar dos movimentos sociais. Com isso, abre espaço para o revisionismo do Congresso que está aprovando a toque de caixa leis que fazem o Brasil recuar do ponto de vista social. Casos do projeto de terceirização (que além de precarizar empregos vai tirar dinheiro da Previdência com reflexos nas aposentadorias, da implosão dos estatuto do desarmamento e de outras legislações de interesse das bancadas corporativas que estão saindo da gaveta. Empresários e lobistas de São Paulo estariam acionando deputados com o argumento de que a horta é essa. Com Dilma grogue no canto do ringue é o momento de pôr em votação todos os projetos contrários aos trabalhadores. Na prática, uma reforma da direita neoliberal em andamento

Com estréia marcada nos Estados Unidos para o mês de maio, o filme Sharkansas Women's Prison Massacre consegue juntar dois subgêneros que costumam esquentar as bilheterias: prisão de mulheres, que anabolizam o imaginário masculino, e tubarões assassinos que atraem público de todas as idades. O filme é uma mistura de terrir com terror erótico. Dessa vez, os tubarões dominam um pântano que cerca a prisão feminina e não se limitam à água já que têm capacidade de "nadar" na terra. No elenco, Dominique Swain e Traci Lords. Esta última, ex-estrela do cinema pornô que conseguiu fazer a passagem para o cinemão.
VEJA O TRAILER DE SHARKANSAS, CLIQUE AQUI

Notícias fora da lei... e o "coxinha" que matou Lincoln há 150 anos...

por Omelete

China na área
* Enquanto colunistas com deprê política em pas de deux com analistas de apetite especulativo preconizam o caos, a China anuncia que está interessada em investir em infraestrutura no Brasil. Loucura, loucura? Pretende entrar no setores de energia elétrica, ferrovias (e para construir não para pegar concessão do que já está pronto, como é a regra por aqui) e indústria automobilística. Desde os vendilhões do templo - que pegaram carona no seguidores de Jesus como um vendedor de cerveja embarca nos bloco de carnaval - oportunidade é business. E crise é oportunidade. Mas há críticas na mídia sobre o apetite dos chineses no mercado. Sei lá porque.

Digitais
* A Light, controlada pela Cemig, empresa que foi administrada pelo tucanos durante mais de dez anos, aparece na Operação Zelotes com digitais de quase 1 bilhão de reais. Como se sabe, a mídia está "cautelosa" com a Zelotes que apura um mega esquema de sonegação envolvendo grandes empresas de vários setores, incluindo a própria mídia.

Boca livre
*Convênios, ONGs e terceirização no serviço público são, quase sempre, estruturas úteis para "atravessadores" limparem cofres da viúva. Procuradores informam que o escândalo envolvendo a Universidade Federal do Paraná e o DNIT resultou em aumento de mais 90% do custo em relação ao valor inicial.

E o complô?
* Um colunista esportivo, flamenguista declarado e que, dizem, guarda mágoa do Vasco desde que foi setorista em São Januário, vaticinou seguidamente que os juízes estavam beneficiando o gigante da Colina e insinuou que, com isso, queriam agradar o presidente da Federação apesar de o Vasco ter sido prejudicado em lances importantes ao longo da Taça Guanabara. No domingo, o Flamengo foi decisivamente favorecido pela arbitragem. O colunista reconheceu isso hoje. Devia reconhecer que sua "tese" não tinha provas. Era um "parpite".

Oposição quer faroeste
* A oposição que detonar o Estatuto do Desarmamento, facilitando a compra de armas e liberando o porte nas ruas. Dilma é contra, mas no Congresso" tá tudo dominado" por bancadas empresariais. Entre outras coisas, os conservadores querem permitir que em vez de seis (o que já é muito), a pessoa possa ter nove armas em casa. E permitir que sujeito que já tenha cumprido pena possa ter esse arsenal em casa. Traficante não vai mais precisar fazer paiol fora do lar doce lar.

"Coxinhas": manifestação a favor da muamba
* Leu isso? A Receita Federal passou a comparar o peso das malas do viajantes que embarcam para Miami com o número de quilos que trazem na volta. Com isso, os "coxinhas" que supostamente vão prá rua protestar contra a corrupção estão dando dicas na rede para facilitar o contrabando de produtos: sugerem que o elemento turista leve na ida malas cheias de jornais, sapatos velhos e outras. Na volta, é só encher a mala de celular, lap top, roupa de bebê, TV de plasma que a muamba vai enganar a Receita Federal. Pelo jeito, os viciados em fazer compras Miami são "profissas" no golpe.

Quem paga a conta do caos privado?
* O elemento faz uma negociação com um prédio que pertence ao Flamengo e foi arrendado, em pleno Morro da Viúva, no Rio. O projeto era construir um hotel para a Copa. Havia até uma linha especial de financiamento do BNDES para esse tipo de empreendimento. O elemento fracassa e abandona o prédio, segundo os vizinhos em meio a poças d'água para criar mosquito, ruínas, mau cheiro etc. Um grupo de famílias sem teto invade o local. E cabe à PM montar uma custosa e arriscada operação para retirada dos invasores. Um caso em que o Estado devia cobrar a conta dessa remoção ao elemento que largou o prédio pra lá. Não muito distante está o antigo Hotel Glória. Também seria reformado para a Copa com linha de crédito público. Dançou. O obra está lá inconclusa. Os vizinhos do Glória, que já foi uma referência do Rio, sofrem as consequências do abandono e temem que o prédio seja invadido. São duas ruínas assinadas pelo bilionário Eike Batista, que já foi incensado pelo governo e ganhou prêmios de mídia, incluindo o Faz Diferença, do Globo. Realmente, fez diferença. Pena que o contribuinte está pagando a conta do desmonte.

Degola
* Pelo menos por enquanto, o TRT mandou o Estadão parar com o passaralho em massa sem justa causa. O Estadão, que faz esse tipo de corte pelas terceira vez nos últimos dois anos, deverá apresentar explicações. A verdade é que dificilmente esses processos são revertidos.

Condenada pelo Swissleaks
* A herdeira da rede de perfumes Nina Ricci, Arlette Ricci, é a primeira condenada do Swissleaks, o caso de contas secretas do HSBC. Além de pagar multa de um milhão de euros, a empresária vai cumprir três anos de cadeia e teve confiscadas casas que tentou esconder do fisco passando-as para nomes de terceiros. Enquanto isso, aqui no patropi, a investigação patina e não merece muita atenção.

Carona olímpica
* Segundo o Globo, Anderson Silva se "oferece" para defender o Brasil no taekwondo na Rio 2016.  Não é piada. O lutador responde a processo por doping e vislumbra na Olimpíada uma chance de limpar a barra e a imagem.Os lutadores de taekwondo, os do ramo, estão ralando para disputar uma vaga e podem ser caroneados pelo paraquedas de Anderson.  Segundo o jornal, ele escreveu uma carta à Confederação Brasileira de Taekwondo comunicando sua intenção. E vai se reunir com o presidente da entidade para tratar do assunto. Há dois risco aí. Embora Anderson diga que está disposto a disputar vaga, a confederação tem direito a convidar um atleta sem que este precise passar pela seletiva. O que é um absurdo, mas existe a regra. O outro risco é ético e aparece na avaliação de que a acusação de doping do Anderson ocorre no MMA e não no âmbito da entidade que fiscaliza as modalidades olímpicas. Tem um alto cinismo aí; esporte, especialmente o olímpico, pressupõe um certa ética, envolve milhares de jovens competidores e milhões de jovens admiradores da competição. É no mínimo, um péssimo exemplo. Como interessa ao patrocinadores, há vários casas de atletas digamos mais veteranos que até estavam afastados das competições e subitamente mostram-se ansiosos por competir em 2016. Na maioria dos casos, puro oportunismo. Até seria ok se ganhassem a vaga nas quadras ou no tatame, mas a brecha do "convidado" é injusta com os novos atletas.

Um "coxinha' matou Lincoln
* Há 150 anos, em um 14 de abril igual a esse só que em 1865, o "coxinha" John Wilkes Booth, revoltado com da derrota dos confederados na Guerra Civil e mais raivoso ainda com o fim da escravidão, disparou contra o presidente Abraham Lincoln em um camarote do Teatro Ford, em Washington DC. O presidente morreu no dia seguinte.