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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Terceirizar ou escravizar? Trabalhadores em todo o Brasil protestam contra a lei que vai derrubar salários e direitos

Trabalhadores em protesto contra a terceirização. Agora, na Rodovia Anhanguera, em Ribeirão Preto. Foto Conlutas

Metalúrgicos de Curitiba contra a terceirização. Foto Sindicato do Metalúrgicos da Grande Curitiba
O ator Danny Glover no Congresso da cUT: solidariedade aos trabalhadores e contra a  escravização. Foto Roberto Parizotti/CUT
Lula no Congresso da CUT na luta contra a terceirização das atividades-fins. Foto Roberto Parizotti/CUT
Funcionários da Replan, refinaria da Petrobras em Paulínia (SP) denunciam
a lei inconstitucional de terceirização. Foto SMESP

Há vários protestos e paralisações agora em todo o Brasil contra a aprovação do vergonhoso projeto de terceirização que detona direitos trabalhistas e que é, na verdade, projeto de "escravização'. Na foto, manifestação dos metalúrgicos de Guarulhos, São Paulo. Foto de Roberto Parizotti


Iniciativa da oposição unida à parte oportunista da tal base aliada e impulsionada por empresários, a lei da terceirização detona direitos trabalhistas, salários, benefícios e terá reflexos até na aposentadoria já que tira recursos da Previdência. Juristas já alertam que a lei é um mostrengo que vai até provocar insegurança jurídica para trabalhadores e contratantes. A terceirização plena levará empresas a trocar funcionários de CLT por terceirizados. Vai detonar, por exemplo, planos de carreira de empresas, treinamento de operários e outros programas de aperfeiçoamento de mão-de-obra já que todos serão facilmente descartáveis e substituídos.  A lei também traz dispositivo que deixa o trabalhador no fogo cruzado entre a empresa de terceirização e o contratante na hora de reclamar seus direitos. Na política interna da empresa haverá reflexos nos dois tipos de trabalhador: o celetista e o, de segunda classe, terceirizado. Diferenças salariais em funções iguais darão motivos a processos na justiça. Acima de tudo, o projeto de terceirização desengavetado pelo PMDB, com apoio da oposição e deputados que estão em vias de pular fora do barco e com o incentivo de empresários, é inconstitucional segundo vários juristas. Entre outros prejuízos, pesquisas mostram que os terceirizados trabalham três horas a mais por semana e ganham 24,7% a menos do que os contratados diretamente pelas empresas.
Reprodução Rede Brasil Atual
Reprodução G1