quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Coadjuvantes foram os destaques de “Insensato Coração”

por Eli Halfoun
Agora que “Insensato Coração” está enfim perto do fim é justo destacar o trabalho de alguns personagens coadjuvantes que com excelentes trabalhos de seus intérpretes entregaram ao público momentos de boa diversão. São, entre outros, os casos de Ricardo Tozzi ao criar um Douglas que roubou a cena, enriquecido pela parceria com Maria Clara Gueiroz que também fez um Bibi impecável e que rapidamente caiu no gosto popular. Perfeito também o trabalho de Leonardo Miggiorin ao criar Roni um gay promoter sem grandes afetações (desmunhecava nas horas certas) e também com momentos bem humorados que fizeram sua presença ser marcante em todas as cenas. O destaque maior foi sem dúvida Gabriel Braga Nunes chamado às pressas para substituir Fabio Assunção. Gabriel Braga Nunes não só compôs um Leo irônico, dissimulado e simpático (como costumam ser os grandes golpistas) como roubou a cena da novela, fazendo com que o "bandido" se transformasse no “mocinho" da trama. “Insensato Coração” pode até não entrar na relação das melhores novelas produzidas prela Globo, mas certamente deixará marcada sua presença, especialmente pelo trabalho da maior parte de seu elenco que repito teve nos dito coadjuvantes os maiores destaques. (Eli Halfoun)

É preciso dar um basta à a incompetência

deBarros
A magistratura deste pais foi violentamente atingida e ferida mortalmente no assassinato da juíza Patrícia Accioli. Imolada pelo crime organizado, que neste assassinato demonstrou à sociedade brasileira o seu poder de atingir e matar quem ele quiser. Ao que parece, vai permanecer como se nada de maior importância tivesse acontecido. O que vemos, desfilando nas passarelas da vaidade, são juízes e desembargadores discutindo entre eles se a juíza teria ou não requerido em ofício escolta em defesa de sua vida, já que ela se achava ameaçada de morte.
Mas, uma voz isolada de entre os desembargadores do Tribunal de Justiça, Siro Darlan, desembargador da 7ª Câmara Criminal, se levantou e num artigo da maior contundência ataca frontalmente o atual presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, ao mesmo tempo em que pede a renúncia deste presidente.
Diz o desembargador no seu texto:
" Renuncie ao seu cargo. No mínimo será muito difícil seguir à frente do TJ com a morte de Patrícia em suas costas. Ela está agarrada ao seu corpo e ao seu antecessor, como uma chaga pestilenta". Esse artigo foi publicado no jornal O Dia de segunda-feira desta semana, dia15. Partindo de quem é essa acusação, podemos aquilatar a gravidade deste ato de assassinato da juíza Patrícia Acioli, que coloca toda a sociedade à mercê e ao humor da bandidagem que impera e reina, senão em todo Brasil pelos menos no Estado do Rio de Janeiro.
Vamos protestar, vamos exercer o direito de todo cidadão brasileiro de gritar pedindo um basta à negligência, a incompetência e a acomodação das autoridades deste Estado diante do crime organizado e porque não: um basta a arrogância e empáfia de alguns juízes e desembargadores que refestelados em sua imponência ignoram os crimes que desfilam à sua frente como se nada fosse mais importante nas suas vidas senão o seus próprios umbigos.
No meu entender ,acho que a Justiça do Estado do Rio de Janeiro deveria sofrer uma intervenção federal.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Londres enfrenta as redes sociais...

é a tática de 'matar o mensageiro". Não seria melhor enfrentar a crise social e o racismo que infesta os degradados subúrbios da cidade?

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Deu na Folha...a luta dos ex-funcionários da Rede Manchete



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Deixem os aposentados em paz

deBarros
Custa-se a acreditar que ainda existam pessoas que pensam como esse senhor que escreveu esta nota na coluna Dos Leitores, do jornal O Globo e que está anexada para comprovar como a ignorância é privilégio de uns poucos.
Ele tem, num governo democrata, o direito de se expressar e dizer o que quiser, mas não quer significar que essas falas não sejam reprovadas e condenadas pela sociedade em geral.
Ele dá parabéns a Presidente do Brasil por ter suspendido o aumento do benefício dos aposentados no ano que vem, aumento esse que seria em torno de mais ou menos 14 por cento. Acredito que esse senhor esteja mais de gozação.
De qualquer maneira, se não estiver fazendo pilhéria, estará ferindo o brio dos aposentados que estarão se sentindo realmente ofendidos. Afinal, passaram, no mínimo, cincoenta anos de suas vidas trabalhando duramente das nove às dezoito horas. Muitos recebendo baixos salários, porque este pais nunca pagou bons salários. Trabalhando em Empresas Privadas, nunca em Empresas Públicas com mordomias costumeiras como é sabido. Sob severo regime de horários e qualquer falta teria de ser justificada por atestado médico ou por falecimento de parentes devidamente comprovado.
Mas por que, gratuitamente, vem este senhor ou jovem, ofender publicamente os aposentados?
Pode ser por maldade. Pode ser por inveja por não ser um aposentado também. Pode ser por não ter nada o que fazer. Pode, até, ser um aposentado desgostoso com a decisão da Presidente e para chamar a atenção para a situação fez esse infeliz comentário na coluna de O Globo.
De qualquer maneira não deixa de ser um infeliz que na desgraça dos outros se sente feliz e realizado.
É uma pena que ainda existam criaturas de caráter voltados para o mal, mas infelizes. Então que convivam com a sua amargura e infelicidade mas deixem as outras pessoas viverem em paz.

Agências de risco e comentaristas anunciam o caos. E aí ficam surpresos quando surge um sinal positivo. Especuladores ficam mais ricos e agradecem

Contrariando as "previsões", a economia real americana cresce mais do que o "previsto". É sempre assim. E nesse jogo de exageros e até mentiras plantadas, especuladores fazem a festa. Tática simples e velha: compram em baixa, no rastro das notícias do caos e vendem em alta quando resultados reais aparecem. Claro que existe uma crise: Tem de tudo nesse bolo de aproveitadores: ação de especuladores, campanha do Tea Party de direita radical contra Obama, mídia que quer vender sensacionalismo, traços ideológicos dos analistas, oportunidade para brecar políticas sociais que não agradam aos conservadores etc etc. 


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Economista tem mãe?

É do Globo de hoje. "Especialistas" aprovam o arrocho da Dilma Rousseff nos aposentados mesmo sendo quebra de um acordo entre o Congresso e o governo. É o mesmo tipo de gente que costuma ficar de TPM quando há no ar ameaça de quebra de contratos privados, é o fim do mundo para esses caras. Mas aposentado, quem liga?


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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Farinha do mesmo saco

deBarros
Caro Eli Halfoun. Esse aumento que seria dado aos aposentados que recebem além do salário mínimo foi resolvido há mais de 2 anos, ainda no governo do senhor Lula. Esse aumento corresponderia a mais ou menos 14 %. Seria o resultado do índice de um salário mínimo em determinado ano mais o PIB do ano que passou. Esse projeto foi sacramentado com sindicatos representantes da classe dos aposentados e pelo governo.
Seria o primeiro grande aumento de benefícios que os infelizes aposentados deste país receberiam em toda a sua vida. Para vc ter uma idéia de como os aposentados são vilipendiados, humilhados, sacrificados, explorados por governos e mais governos e pelo órgão que regulamenta as aposentadorias, quando me aposentei – com 30 anos e meio de trabalho e contribuição – passei a receber um benefício correspondente a 8 e 1/2 e hoje meu caro Eli Halfoun recebo o correspondente a 4 salários mínimos. Eu e mais outros milhões de aposentados que se encontram na mesma situação ou pior.
Enquanto isso, milhões de reais são anualmente desviados dos cofres da Previdência para os bolsos de políticos espertos e funcionários do INSS mais espertos ainda.
E o governo da dona Dilma declara que não vai poder dar esse pequeno aumento aos aposentados do Brasil porque ou não tem dinheiro ou não quer.
Pra mim chega. Achava que ela seria diferente do "Seu Lula", mas vi que é farinha do mesmo saco. Não se iluda Elei Halfoun. Ela é igualzinha aos outros.

Escândalo na empresa aérea Cathay: senhores passageiros, desapertem os cintos....

Escândalo Cathay. Foto:Reprodução Internet
Escândalo da Cathay. Foto: Reprodução Internet
por JJcomunic
A companhia aérea Cathay Pacific investiga fotos que mostram uma suposta comissária de bordo simulando sexo oral, além de outras funcionárias em poses provocativas nada usuais a bordo. Pilotos chineses teriam vazado as fotos na internet. Autênticas ou não, as tais fotos fizeram a companhia cancelar uma campanha publicitária feita pela McCann Erickson e ser lançada em breve. Os novos anúncios mostrariam precisamente os funcionários da Cathay em roupas normais, sem uniformae, e em situações das suas vidas privadas no lazer ou em família. Diante da divulgação das fotos e da coincidência, a empresa achou que o slogan da campanha não caia bem: “Fazendo você sentir-se especial”.

Dilma fará o gol dos aposentados na hora certa e sem falsas jogadas

por Eli Halfoun
A decisão de não aprovar desde já um aumento real para os aposentados que recebem mais de um salário mínimo (mesmo assim recebem uma miséria) sem dúvida aumentará a impopularidade do governo Dilma Rousseff. O veto da presidente mostra claramente que ela não está “jogando para a torcida”, mas adotando uma tática que lhe permita manter o time sempre bem na ponta da tabela e sem risco de cair para a segunda divisão. O verto de agora não significa necessariamente que quando chegar a hora os aposenmtsdos deixarão de receber um justo aumrnto real. Acredito que a presidente apenas não quis colocar o carro na frente dos bois, ou seja, garantrir agora o que não sabe se poderá cumporir ananhã. Esse jogo de promessas não cumpridas é uma prárica política na qual felizmente a presidente Dilma Rousseff não quer engajar-se: prefere não prometer agora para poder fazer amanha. Também estou no bolo dos supostamente prejudicados, mas não tenho dúvida de que com o país estabilizado ecopnomicamnente, o aumrnto real será concedido para todos os aposentados. Dilma Rousseff não joga para perder e por isso não quer isolar a bola: de passe em passe certeiros chegará a grande área para enfim fazer o gol que todos os aposentados esperarm não é de hoje. (Eli Halfoun)

Parque assassino mostra que qualquer um pode botar o bloco na rua. Impunemente

por Eli Halfoun
É absurda essa história do parque de diversões (diversões?) montado em Vargem Grande e que por ter “brinquedos” (ou seriam armas?) em péssimo estado de conservação tirou a vida de uma menina de 17 anos. O que preocupa é a falta de ação das chamadas autoridades. Fica claro que qualquer pessoa ou empresa pode alugar (ou apossar-se) de um terreno e montar ali o que bem entender porque ninguém perguntará nada. A Prefeitura afirma agora que o parque não tinha autorização para funcionar (então, como funcionou?). O Corpo de Bombeiros diz que só vistoriou a capacidade (era só essa a sua função?) para receber aqueles que pretendiam apenas divertir-se. O noticiário envolve parecer de um engenheiro que pelo visto apenas assinou um papel sem ao menos visitar o local. Se tivesse visitado perceberia tranquilamente que os “brinquedos” não tinham a mínima condição de funcionamento. O noticiário revela agora que esse mesmo parque assassino já foi responsável por outros acidentes graves e até fatais. Então, como é que alguém chega em um terreno qualquer e monta uma verdadeira carga de dinamite que pode explodir (como explodiu) na cara da população. Fica a impressão de que se alguém quiser abri um buracão no meio da rua usando britadeiras e o que mais for ninguém perguntará nada. Do episódio fica um alerta: nem tudo que está montado nas ruas oferece segurança ao consumidor. É preciso estar atento para não ser a próxima vítima de empresários gananciosos e da irresponsabilidade dos que deveriam fiscalizar o funcionamento de tudo, mas, como se viu, não fiscalizam nada. (Eli Halfoun)

“Insensato Coração”: Natalie ganha um reality show para não ser deputada


por Eli Halfoun
Pelo menos um dos finais de “Insensato Coração” será diferente do que vem sendo divulgado na mídia: os autores da novela decidiram que Natalie Lamour (excelente criação de Deborah Secco) não será eleita deputada federal como estava previsto. Terá um final mais apropriado com tudo o que viveu durante a novela: será personagem de um reality show que focalizará saia vida durante 24 horas por dia. Até segunda ordem os outros finais serão mantidos, ou seja, Raul casa com Carol, Norma é assassinada por Wanda, Leo é morto na prisão a mando de Horácio Cortez, que termina preso, André e Leila vivem um casamento aberto, Cecília perde o filho e vive seu grande amor com Rafa, Eunice é flagrada como adúltera, perde o marido e o cargo de diretora da Liga. Os autores garantem que todos esses finais estavam decididos desde o início da novela. Ou seja: a novela começou a ser escrita pelo fim. (Eli Halfoun)

O avião da Dona Dilma entra em turbulência... o pior é que nós somos os passageiros

O título acima é da página do IG, hoje. Sinal sombrio. A Argentina, aqui do lado, está crescendo 6% ao ano. O terreiro do Obama, mais lá em cima, se sacode mas o havaiano luta contra os Tea Party da vida para criar empregos, produzir e investir. A China continua com o seu rolo compressor, cresce cerca de 9% ao ano, a India não se amedronta. Dos Brics, o Brasil é o mais tímido. Dona Dilma dá sinais de que ouviu o canto neoliberal e adotou a ortodoxia econômica. Parece preferir transformar a "marola" em "tsunami". Crava o martelo nos aposentados, subsidia grandes setores sem contrapartida (alguns embolsaram a renúncia de impostos federais e não repassaram o desconto ao consumidor). Nada mais simbólico dessa virada do que o gesto que fez ao levar para a sala ao lado da sua um grande empresário como "professor" de gerenciamento. O foco é o rico topo da pirâmide social que anda feliz com a alta de juros. Beleza. Vê-se porque ganha aplausos da mídia e da oposição. O Brasil já assistiu a esse filme e o the end é a estagnação, a paralisação de obras, o corte de investimentos, a saúde sofre e a educação mais ainda, a especulação financeira festeja. Em situação parecida há três anos, o país usou suas reservas e não deixou o motor parar. A economia real segurou a bomba da especulação. O mercado interno, esse mesmo que a atual política econômica está trucidando, deu conta do recado e manteve o Brasil no rumo. Tá na hora da presidenta despentear o cabelo, deixar o ar condicionado pra lá e cair nas ruas e grotões para conferir a temperatura da febre. Ou quem terá que ir para as ruas defender o que conquistou será o povo. Não demora muito.

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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Guilhermina Guinle na revista Alfa fotografada por Maurício Nahas

Em foto de Mauricio Nahas (Divulgação/Alfa) Guilhermina Guinle deixa rolar a fantasia...

... em ensaio para a edição de agosto da revista Alfa. (Foto Maurício Nahas/Alfa/Divulgação)



Guilhermina Guinle em momento Sônia Braga. (Foto Mauricio Nahas/Alfa/Divulgação



Guilhermina Guinle. Foto Mauricio Nahas/Alfa/Divulgação

por Omelete
A atriz Guilhermina Guinle é a estrela da Alfa, de agosto. A Beatriz, de O Astro, repetiu em uma das fotos a célebre cena de Sonia Braga em "A Dama do Lotação". Veja e conclua.

Ô mané, a crise está resolvida: Dilma veta aumento de aposentados acima da inflação

Está cada vez mais claro que a "gerente" Dilma Rousseff prefere governar para o andar de cima da pirâmide social. Enquanto ameaça retirar conquistas dos trabalhadores presenteando empresas com uma "desoneração" que só fará aumentar lucros, acaba de tomar uma decisão "corajosa", pena que contra a parcela da população que é a parte fraca da história: os aposentados. Com um canetada, vetou o item da proposta orçamentária para 2012 que previa aumento das aposentadorias acima da inflação. Na ótica de Dilma, a arma para vencer a crise é meter a mão grande no bolso dos aposentados. Demorô, mané!

Polêmica que vem do espaço...

Deu na Folha. Esse meteorito vai dar dor de cabeça na ala "criacionista". Cientistas encontraram elementos químicos do DNA, ou seja, os códigos completos da vida, em meteoritos que atingiram a Terra. É um considerável reforço à teoria da evolução em contrapartida à crença criacionista". O criacionismo tem defensores em alas conservadoras como o controvertido bloco do Tea Party, nos Estados Unidos. No Brasil, uma das adeptas da crença é a ex-candidata a presidente, a evangélica Marina Silva.   

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domingo, 14 de agosto de 2011

Roberto Muggiati, direto do Muro de Berlim.... há 50 anos


Posto de observação: Muggiati no Muro de Berlim, construido em 13 de agosto de 1961. A imagem acima é de dezembro de 1961. Foto: Arquivo Pessoal

E à frente do Portão de Brandemburgo. Foto: Arquivo Pessoal
por Roberto Muggiati
Diria que 1961 foi o inverno do meu descontentamento. Tinha terminado um curso de jornalismo em Paris, viajara o verão todo, vivera o sol da meia-noite na Finlândia e o sol do meio-dia na Itália e de repente, sem dinheiro, só me restava voltar para Curitiba. Como último recurso para ficar um pouco mais na Europa, lembrei do convite do governo alemão, feito ainda em Curitiba. Reatei os contatos e, na noite de 10 de dezembro, um domingo, eu embarcava para a Alemanha no aeroporto de Orly num avião da BEA. (...)
Leia a matéria completa na Gazeta do Povo, clique AQUI

Ney Bianchi revive no Globo de hoje...

Yashin no chão, Vavá correndo para as redes. Este é o gol que Ney Bianchi, citado por Bial, narra no Globo de hoje. A foto é de Jáder Neves reproduzida da Manchete Esportiva.
Trecho do texto de Pedro Bial, no Globo

por Gonça
Pedro Bial transcreve no Globo de hoje um texto de Ney Bianchi publicado na Manchete Esportiva. A propósito de um sugestão de pauta sobre o "renascimento" do futebol brasileiro feita por Arnaldo Bloch para "Logo, a página móvel", Bial, que não compartilha do mesmo otimismo, contesta a atual fase do futebol brasileiro. E conclui sua argumentação reproduzindo o relato, que chama de "histórico", do repórter Ney Bianchi. Leia a introdução de Pedro Bial e o texto do Ney, em destaque.
(...) "Certas coisas não acontecem duas vezes. Quero fazer um brinde à esperança luzidia do Doutor Bloch, reproduzindo um texto histórico, o relato de Ney Bianchi para a "Manchete Esportiva" sobre um jogo no dia 15 de junho de 1958":    
"Monsieur Guigue, gendarme nas horas vagas, ordena o começo do jogo. Didi centra rápido pra direita: 15 segundos de jogo. Garrincha escora a bola com o peito do pé: 20 segundos. Kuznetzov cai e fica sendo o primeiro João da Copa do Mundo: 25 segundos. Garrincha dá outro drible em Kuznetzov: 27 segundos. Mais outro: 30 segundos. Outro. Todo o estádio levanta-se. Kuznetzov está sentado, espantado: 32 segundos. Garrincha faz assim com a perna. Puxa a bola para cá, para lá e sai de novo pela direita. Os três russos estão esparramados na grama, Voinov com  o assento empinado para o céu. O estádio estoura de riso: 38 segundos. Garrincha chuta violentamente, cruzado, sem ângulo. A bola explode no poste esquerdo da baliza de Iashin e sai pela linha de fundo: 40 segundos. A platéia delira. Garrincha volta para o meio do campo, sempre desengonçado. Agora é aplaudido.
A torcida fica de pé outra vez. Garrincha avança com a bola. João Kuznetzov cai novamente. Didi pede a bola: 45 segundos. Chuta de curva com a parte de dentro do pé. A bola faz a curva ao lado de Igor Netto e cai nos pés de Pelé. Pelé dá a Vavá: 48 segundos. Vavá a Didi, e este a Garrincha, outra vez a Pelé, Pelé chuta, a bola bate no travessão e sobe: 55 segundos. O ritmo do time é alucinante. É a cadência de Garrincha. Iashin tem a camisa empapada de suor, como se já jogasse há várias horas. A avalanche continua. Segundo após segundo, Garrincha dizima os russos. A histeria domina o estádio. E a explosão vem com o gol de Vavá, exatamente aos três minutos". 
Assim Ney encerra seu texto citado por Bial, que conclui:
(...) "Didi centra para direita" - não, Ney Bianchi não errou, assoberbado pela emoção. É raro, muito raro acontecer, mas acontece: quando um homem com nome de passarinho e pernas tortas de aleijado torna-se divino, o centro está onde ele estiver. Tenho saudades do futuro, Doutor Arnaldo".
Fim do texto do Bial. Fica agora o nosso registro: a Manchete e a Manchete Esportiva fizeram uma ampla cobertura da Copa de 1958. Estão lá as reportagens de Ney Bianchi e as crônicas de Nelson Rodrigues. O fotógrafo Jáder Neves trabalhou em dupla com Ney. Sua Roleiflex captou os momentos mágicos daquela seleção brasileira. Bial revive o texto "histórico" do Ney. Mas, e as fotos? Pois é: essa e outras imagens, como a que reproduzo da revista, acima, fazem parte do arquivo fotográfico da Manchete, leiloaado no ano passado e que, pelo que se sabe, jaz atualmente em local ignorado.  Gol contra na memória do jornalismo brasileiro. Colegas que trabalharam na Manchete, como José Carlos Jesus, presidente da Comissão de Ex-Empregados da Bloch Editores,  já levantaram o problema junto ao Ministério da Cultura e outras instituições públicas e privadas. Sem êxito. Atualmente, um grupo de fotógrafos tenta, através do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro, buscar informações sobre o acervo que pertenceu à Manchete.

Redações multimídia...

por Gonça
Alô, futuro. Acelera-se a integração entre as redações das versões impressa e digital de cada veículo. No Brasil, essa etapa de completa e absoluta sinergia ainda não foi alcançada, pelo menos não como mostra a nova rotina de uma publicação como a Sports Illustrated. A conhecida revista americana está em site e em aplicativos na web para tablets iPad, HP TouchPad, Galaxy Tab e Motorola Xoom, além da edição impressa semanal. Os responsáveis por todas as versões trabalham juntos em uma só redação e fazem reuniões de pautas conjuntas. A produção editorial dos jornalistas é enviada para todos os canais. Núcleos de design cuidam de adaptar os conteúdos. Cada jornalista deve escrever sua reportagem em três ou quatro formas diferentes. O objetivo é um só: alcançar o leitor esteja ele onde estiver.

Cláudio Mello e Souza: trajetória e talento

Sequestro de Elbrick: edição da Fatos&Fotos quando a revista era dirigida por Cláudio Mello e Souza.
Diário Carioca, Jornal do Brasil, O Globo, TV Globo, Extra... Foi longa a trajetória de Claudio Mello e Souza. O jornalista, que morreu na última sexta-feira, também trabalhou na Bloch Editores, mais precisamente na revista Fatos & Fotos. Botafoguense apaixonado, tinha um texto primoroso, traço que aparecia na sua coluna no Extra, que manteve entre 1998 e 2006. Cláudio dirigiu a F&F na virada dos anos 60 para os 70. A edição aqui reproduzida foi assinada por ele que, na época, dirigia uma equipe onde se destacavam nomes como José Augusto Ribeiro, Sérgio Augusto, Ney Bianchi e Margarida Autran. Nos últimos meses, ele trabalhava em dois projetos: um livro sobre Eça de queiroz e a biografia de Carlos Lacerda.