sábado, 2 de julho de 2011

Itamar Franco: marcas da trajetória

por JJcomunic
O ex-presidente e senador Itamar Franco morreu hoje em São Paulo. Ele sofria de leucemia. Alguns episódios ajudam a definir a personalidade do político mineiro. Em plena ditadura, Tancredo Neves, que seria o candidado natural ao senado pelo PMDB mineiro, amarelou (teve medo de perder para o candidato dos militares) e lançou Itamar ao sacrifício. Deu zebra, Itamar venceu. Seria reeleito para um segundo mandato. Tancredo amargou a frustração por anos. Já presidente, ficou famoso o episódio da "pasta" do ACM. A história circulou na época nas rodas políticas e na mídia. O baiano, que era aliado de Collor, alardeava que tinha uma pasta com denúncias que envolviam o governo federal. ACM dava entrevistas, brandia a pasta, mas não a abria nem detalhava as "denúncias". Itamar o convidou para uma conversa no Planalto. Lá se foi o baiano, pasta debaixo do braço. Foi recebido por Itamar. Quando imaginava que seria uma conversa a sós, quando cada um, depois, faz circular a versão que lhe é mais proveitosa politicamente, o mineiro o convidou para passar a uma sala maior. Dizem que ACM perdeu a cor ao se deparar com toda a imprensa reunida pronta para ouvir as denúncias e conhecer os documentos da tal pasta. A imprensa, que foi ao palácio em busca de notícias, voltou sem as tais "denúncias". ACM não tinha o que relatar, a pasta jamais foi aberta. Era uma mera coreografia política. Mas ficou o fato e a história do mineiro que fez uma "pegadinha" com o  poderoso ex-aliado da ditadura.
Itamar assumiu a presidência com país em plena crise. Collor havia sido eleito com forte apoio da mídia e empresários. Governo que não durou muito, arrastado por um tsunami de corrupção. Além da crise política, o principal problema do país era a hiperinflação. Em 1992, chegou a espantosos 1.100%, após os desastres de Zélia Cardoso e companhia. Itamar tomou a corajosa decisão de montar uma equipe para formular e executar o Plano Real. Foi a grande marca do seu curto mas decisivo. governo. A virada econômica começou ali.
No noticiário, digamos, mais leve, adicionou outro marcante episódio ao seu currículo. A popularidade ia bem e o mineiro, um típico come-quieto, foi convencido a ir ao Sambódromo carioca assistir, de camarote, ao desfile das escolas de samba. Tudo ia bem, a "república do pão de queijo" estava animada, quando uma das acompanhantes da trupe, a modelo Lilian Ramos, de minissaia, se aproxima do parapeito do camarote. Os fotógrafos se surpreenderam, deram nota dez no quesito ousadia, e acionaram seus flashes repetidamente. A bela e curvilínea Lilian estava sem calcinha com a inconfundível alegoria íntima, ela, a própria, à vista. O caso não saiu mais da biografia do mineiro Itamar. Pensando bem, melhor a visão transparente da modelo do que as sombras que viriam em seguida: escândalos do Banestado, das famosas Contas C-5, da nebulosa votação da emenda da reeleição, as CPIs natimortas para apurar casos como o do Sivam, as privatizações, a jogada bilionária do Fonte-Cidam, desvalorização do real etc, etc.

Idiotas até quando?

deBarros
Parece que existem sob os céus brasileiros mais idiotas que supõe a nossa vã filosofia. Com licença de William Shakespeare. Mas o fato é que uma declaração de um notável político, por demais conhecido, me deixou, até um certo ponto, surpreso com essa afirmação. Depois de tantos anos rodando em cargos públicos, além de mandatos no Congresso e governança de Estados reconhece, publicamente a existência exagerada de idiotas no cenário político em que sempre viveu.
Mas, pressionado a revelar quem seriam esses idiotas mais uma vez, essa personagem, vem me surpreender porque, diz ele, estava se referindo à Imprensa. Como à Imprensa, pergunto eu. Queria dizer, esse prócer político, que os idiotas seriam os jornalistas? Esses mesmos jornalistas que durante todos os anos de atuação política sempre o apoiaram são agora idiotas? Gostaria que esse personagem explicasse melhor, não a mim, propriamente, mas à opinião pública, que sempre o respeitou como político e como pessoa de bem, honesta e de caráter impoluto.
Mas, na vida estamos sempre aprendendo uma lição a mais e essa é mais uma que devo guardar no meu fichário da escola da vida da qual sou freqüentador assíduo.

Fafá não quer que o Pará seja dividido

por Eli Halfoun
Como se já não tivéssemos estados suficientes (alguns completamente abandonados) estão querendo criar mais alguns. No Pará, por exemplo, a idéia é transformar Carajás e Tapajós em estados independentes, ou seja, sem qualquer vínculo com o estado maior e original. Nem todos os concordam com a divisão e uma forte voz contrária é a de Fafá de Belém, que tem um forte e imbatível argumento para não concordar com a divisão. Fala Fafá: “As cidades vão virar capitais sem saneamento básico e até Belém só dispõe de 6% de rede de esgoto. O dinheiro de campanha pode muito bem ser investido no bem estar da população de lá”. Bem estar da população é o que os políticos menos pensam e querem. (Eli Halfoun)

Um novo partido para Marina Silva. Será também um novo tempo?

por Eli Halfoun
Os que estão por aí há anos não são confiáveis e talvez seja mesmo o momento de criar novos partidos, de preferência com novos políticos. Os novos partidos estão chegando, mas para azar dos eleitores os políticos continuarão os mesmos. Depois do prefeito paulista Gilberto Kassab, é a ex-senadora Marina Silva (está deixando o PV) quem está decidida a dar aos eleitores uma nova sigla política, talvez até com novas propostas, mas com as mesmas raposas de sempre. Marina Silva, que tem um belo currículo político, só começará a tratar do novo partido depois das próximas eleições, mas não está perdendo tempo e corre atrás do um milhão de assinaturas necessárias para a criação do partido e também conversa com deputados e senadores do PT e do PDT para convencê-los a mudar de sigla, o que não é muito difícil. Um novo partido pode até nos fazer bem, mas com velhos políticos certamente continuará a ser um mal para o país. (Eli Halfoun)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Efeito Aldo Rebelo?

Depois da aprovação do Código Florestal, desmatamento ilegal no Brasil virou atividade de bandido grande. A novidade, segundo o Ibama flagrou, é a destruição de matas em terras pertencentes à União por meio de bombardeio aéreo de agrotóxicos. Algo como o lançamento de Agente Larajna no Vietnã. As terras atingidas ficam no Parque Nacional de Mapinguari. Confiantes e agora agindo aparentemente com mais tranquilidade, as quadrilhas. interpretam o novo Código como uma autêntica licença para matar (além da destruição, aumentaram também os atentados, ameaças e assassinatos de ambientalistas)..

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Acreditem... Deu no Globo Zona Sul, ontem

Recadinhos de editor para editor acabaram publicados. Os leitores certamente não entenderam nada ao tentarem se programar: show do fulano em algum lugar, restaurante tal, bar tal... acontece.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Madonna é agora uma história também em quadrinhos

Madonna em quadrinhos. Reprodução
por Eli Halfoun
Histórias em quadrinhos não são exclusividade de personagens de ficção: passaram a ser também uma fórmula popular e bem sucedida de contar de a vida de personalidades. A mais recente é Madonna, transformada em tema de uma revista em quadrinhos da editora Bluewater Production Inc., que já tinha feito a experiência com, entre outros, Michelle Obama, Hillary Clinton e a escritora JK Rowlingo. Madonna é atração da série “Female Force” em uma revista de 32 páginas. A editora marcou para agosto o lançamento na Europa e Estados Unidos. A revista foi ilustrada por Michael Johnson e custará nas bancas US$ 3,90. Segundo a editora, o objetivo é mostrar acontecimentos pouco conhecidos e as influências que “resultaram no fenômeno que Madonna é até hoje, mais de um quarto de século depois que apareceu no cenário musical.” A revista conta o período em que Madonna abandonou a faculdade para ser dançarina e viajou, em 1977, para Nova York com US$ 35 no bolso o sonho de se transformar em um dos maiores fenômenos da música”. Para os que não curtem a cantora, o sonho de Madonna ainda é apenas um terrível pesadelo auditivo. (Eli Halfoun)

Myrian Rios falou demais e está ouvindo o que não queria

por Eli Halfoun
Ninguém mais pode sair por aí falando o que bem entender: a atenta vigilância de blogs e do twitter entra imediatamente em cena sempre que uma declaração, um ato ou um discurso não são exatamente os mais adequados. É preciso pensar direitinho no que se vai dizer para depois não ser vítima de uma saraivada de críticas e até ofensas nos muitos espaços virtuais aos quais todos têm acesso para escrever e ler. A hoje deputada Myrian Rios cometeu o descuido de comparar homossexualismo com pedofilia (depois desmentiu dizendo que tinha sido uma forma errada utilizada em seu discurso na Assembléia Legislativa do Rio) e mereceu severas respostas de todos os setores ao confundir as coisas e deixar-se levar pelo sectarismo religioso (ela é "missionária" da Comunidade Católica Canção Nova). O novelista e escritor Walcyr Carrasco, por exemplo, foi taxativo ao responder, também via web, ao equivocado discurso da ex-atriz-deputada: “Myrian Rios deve ser muito burra. Só mesmo a falta de inteligência faz alguém confundir orientação sexual com pedofilia”. Carrasco não livrou a cara da deputada e nem da atriz: “Ela nunca foi uma boa atriz. Era medíocre”. As respostas dadas à Myrian Rios reforçam a sempre atual verdade de que em “boca fechada não entra mosca” e que a nova realidade virtual não mais permite que se saia por aí dizendo qualquer besteira. Portanto, os políticos e autoridades de uma forma geral que se cuidem. Se os “blogueiros” e “tuiteiros” começarem a responder a todas as besteiras faltará espaço até na imensa internet. (Eli Halfoun)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Instituto Alana desrespeitado pelo Conar brincalhão...

O Instituto Alana é um organização sem fins lucrativos que busca promover a educação, a cultura e a assistência social, a conscientização da população e a melhoria da qualidade de vida. O Alana também defende as crianças expostas a um excessivo consumismo pela indústria e pela propaganda. Com base nesses princípios, a instituição entrou com um representação no Conar contra um comercial que o McDonald's exibia antes das sessões do desenho animado Rio.  O orgão que cuida da suposta autorregulamentação da publicidade arquivou a denúncia contra a poderosa rede de lanchonetes. Só que o relator da representação, Enio Basilio Rodrigues, partiu para a piada. Deu na coluna da Monica Bergamo na Folha de hoje a "pérola" do sujeito. Leia. "Vale a fantasia de trocarmos o nome do instituto por outro mais característico, a Bruxa Alana, que odeia criancinhas. Ao contrário dos EUA, aqui o McDonald's nao é vício, é aspiraçao. Cada vez mais crianças pedirão um brinquedo para o pai e este orgulhosamente dirá, Sim, eu posso. Queira ou não a Alana".
O Alana rebateu o estranho relatório: "Até esse voto, reconhecíamos o órgao como um conselho de ética. Mas nos desrespeitam, com difamaçao e injúria. Isso mostra claramente que a autorregulamentaçao nao é séria".
De fato, considerar o McDonald's "aspiração" só na cabeça desse tal relator.
Quer saber? Esqueça o deboche do Conar e faça algo melhor: conheça o trabalho do Alana.
Clique AQUI

Serviço de filmes on demand chega ao Rio

O presidente da Net, José Antonio Felix, anunciou hoje que chegou ao Rio de Janeiro o serviço Now, que disponibiliza  conteúdo on demand para assinantes da Net HD.  Ao preço de R$9,90. o assinante terá acesso ao Telecine On, de filmes que acabaram de sair dos cinemas. 


Só dá Neymar. Olha a capa da Placar...

Neymar já é o craque mais assediado da seleção de Mano Menezes. Os jornalistas europeus dão prioridade à cobertura dos treinos do Brasil para conhecer o novo fenômeno do futebol mundial. A garoto Neymar vai precisar de boa cabeça para não se mascarar com tanta badalação. Ele é capa da Placar que chega às bancas.

As Tchecas do Pânico na Playboy, fotografadas por Jairo Goldflus

Playboy divulga capa da edição de julho com as Tchecas. Michaela Matejkova e Alicia Seffras, na verdade, uma eslovaca e uma inglesa, fizeram o programa Pânico cair em uma pegadinha e divulgar sem saber as garotas-propaganda de uma cerveja concorrente da marca que patrocina o programa da Rede TV. As fotos do ensaio foram feitas por Jairo Goldflus. 

terça-feira, 28 de junho de 2011

"Morte" de Amin Khader: mídia cai em pegadinha. Ninguém confirma mais a notícia antes de divulgar? Conclusão: Amin não morreu mas a mídia não passa nada bem

por JJcomunic
Brincadeira, pegadinha, piada de amigos... Pouco importa. A mídia divulgou como se fosse verdade a falsa informação de que o apresentador Amin Khader havia morrido. E aí? Ninguém mais cumpre o fundamento do jornalismo que manda apurar e confirmar com mais de uma fonte antes de publicar? Colunistas já têm o péssimo hábito de publicar sem confirmar e só no dia seguinte acatar o desmentido do personagem da falsa notícia. Em um desses supostos escândalos há alguns anos, ficou célebre a afirmação de uma revista de informação em nota publicada junto com a reportagem: os editores simplesmente admitiam que não tinham a menor ideia de como confirmar determinada acusação mas resolviam publicar assim mesmo. Ou seja: vestiam na boa a carapuça do amadorismo.
Não faz muito tempo, dois grandes jornais do país contaram para os seus leitores que o senador Romeu Tuma havia morrido. Tuma, que só morreu mesmo alguns meses depois, estava hospitalizado, vivo e conversando com a família. Um dos jornais admitiu que falhou, que tinha sido informado por um funcionário do hospital mas não checou a informação. O outro não reclamou: sua fonte era o site do concorrente de quem a redação copiou e colou a notícia.
No caso do Amin, a própria TV Record, onde o apresentador trabalha, alardeou a "morte". Um dos seus âncoras chegou a pedir desculpas pela voz embargada. A Globo também noticiou. Em poucos minutos, havia centenas de portais de notícias e sites de veículos impressos divulgando a "morte", o local do velório e ouvindo amigos abalados.
O pior nesse episódio da pegadinha da "morte" de Amin Khader é o sintoma. O que vier neguinho publica. Apurar pra que? Melhor fazer onda e criar "polêmica". E a credibilidade? Deve ser apenas um detalhe que atrapalha vendas de jornais, revistas e a audiência de TVs, rádios e sites.
O humorista Tom Cavalcante, comovido, postou no twitter: "Nosso querido e irreverente Amim partiu.Vai com Deus. A morte e certa e bem verdade, mas inaceitável nessas horas. Parece brincadeira".
Pagou mico mas acertou na última frase: era brincadeira.

Um novo jornal no Brasil com investimento do grupo Murdoch

por Eli Halfoun
Será que cabe mais um grande jornal de circulação nacional no mercado brasileiro da comunicação? Para alguns especialistas do ramo se existe espaço é muito limitado: jornais poderosos como, por exemplo, O Globo, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, dominaram o mercado e com o cada vez maior número de internautas que só procuram jornais na web, o mercado está sufocado. Não é o que pensa Rupert Murdoch, poderoso empresário australiano da comunicação (dono da New Corp que controla o Wall Street Journal, o New York Post, Sunday Times, Fox Broadcasting etc). Murdoch estará breve no Brasil e não como turista: vem negociar a implantação de mais um grande jornal que planeja montar em sociedade com investidores brasileiros. O projeto é ter uma base em São Paulo e rodar edições em vários Estados, como Samuel Wainer chegou a fazer com a Última Hora. Pelo visto o mercado da comunicação só está ruim para quem gosta de reclamar de tudo. E nós gostamos. Chega a ser mania (Eli Halfoun)

Deu no Globo... haja bondade

A queda de um helicóptero no Sul da Bahia parece ter levado para o fundo do mar algumas imagens cuidadosamente trabalhadas nos últimos anos. O governador Sérgio Cabral saiu arranhado do episódio. Em meio a uma boa fase do Rio, com UPPs, Copa, Olimpíada, Pré-Sal, vem a público o seu "vale-transporte" a bordo de aeronaves de empresários com altos interesses no estado. O governador incursionava em um mundo à parte. Aquele em que há empresários se consideram tão acima das leis que nem se preocupam em atualizar brevê de piloto, essa mera preocupação burucrática destinada a mortais comuns. Sergio Cabral viajou a bordo de um jato pertencente ao empresário Eike Batista. Este tem sido louvado pela mídia, é presença elogiada quase diária em colunas de um jornal carioca. Há tempos, teria destinado alguns milhões ao saneamento da Lagoa. A repercussão do acidente trouxe outras informações. Bem maiores do que as cifras desinteressadamente destinadas à Lagoa são os milhões que o empresário economiza resultante de concessões de benefícios fiscais. Até um iate de turismo alugado para festas e passeios é beneficiado. O Globo de hoje publica a matéria "O preço da bondaede" sobre esse tema. Eh, mundo bão!


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Uma voz popular em benefício da literatura

por Eli Halfoun
A crítica costuma fazer (na maioria das vezes com razão) uma série de restrições aos chamados programas de auditório. Mesmo assim não se pode deixar de reconhecer que esses programas têm sido fundamentais para o entretenimento da maior camada do público da televisão. É muito importante quando um popular programa como o “Domingão do Faustão” abre espaço para divulgar livros. Pode ser que o fato de Fausto Silva falar de um livro não signifique que aumentará sua venda. Mas de uma forma ou de outra, o apresentador desperta no público que tem pouco acesso aos livros um maior interesse pela leitura e se o livro do qual está falando não for (sempre é) diretamente beneficiado, certamente outros livros ganharão o interesse do público e isso é o mais importante. A literatura tem espaço limitado na mídia impressa que, com exceção, de alguns suplementos especiais publicados nos finais de semana, geralmente fica restrita a uma notinha aqui outra ali. Cada vez que Fausto Silva mostra um livro está falando para milhões de pessoas com um alcance que nenhum órgão da mídia impressa jamais terá. Faustão está prestando um grande serviço em benefício da literatura e incentivando o prazer, mais do que obrigação, de ler. Programas de auditório podem ser muito úteis e benéficos quando querem. Palmas para o Faustão. (Eli Halfoun)

Mais filmes dublados nos cinemas. É uma exigência comercial

por Eli Halfoun
As distribuidoras de filmes passarão a oferecer nos cinemas (e não só na televisão) maior programação de filmes dublados. A decisão foi tomada depois que recente pesquisa mostrou que filmes “falados” em português atraem mais público infantil, idosos e os que têm dificuldade de leitura. Idosos alegaram que quase não conseguem enxergar (mesmo de óculos) as legendas, os ruins em velocidade de leitura não conseguem acompanhar o ritmo das legendas e as crianças entendem melhor e assistem ao filme com mais conforto e maior atenção - um conforto que convenhamos se estende ao espectador ao lado que não precisa passar a sessão inteira ouvindo a mamãe, o papai ou a vovó explicando ao menino os personagens estão dizendo. A decisão é apenas comercial, ou seja, nada tem a ver com arte, embora vá dar mais empregos para muitos artistas. Os que preferem os filmes falados no idioma original não precisam preocupar-se: haverá cinemas em que o filme será exibido sem dublagem, o que evita ver lábios de atores famosos se movimentando e o dublador sem conseguir acompanhar o movimento labial na tela. Quem acredita que mais do que cinema é arte vai chiar. Afinal não é qualquer um que aguenta Marlon Brando falando com sotaque “carioquês” ou “paulistês”. (Eli Halfoun)

Sem luz, mas com explosões, no fim do túnel. É a incompetência da Ligth

por Eli Halfoun
Mesmo com a heróica implantação de UPPs, as balas perdidas continuam sendo um perigo a nos ameaçar diariamente. Mas o perigo maior agora não está nas armas dos bandidos e policiais, mas sim nos buracos de uma empresa forte: o perigo maior que os cariocas enfrentam agora são as explosões das galerias da Ligth que, pelo que se tem visto até agora, não fez nada para livrar a população do Rio de ser acertada em qualquer rua por uma tampa de bueiro ou estilhaços de uma explosão que em hipótese alguma deveria e poderia acontecer. Muito menos repetir-se como tem acontecido A empresa reconhece que tem problemas de conservação, ou seja, reconhece publicamente sua incompetência. Fala, fala, mas só faz acender ainda mais o problema: não o soluciona e mesmo assim as contas de energia elétrica nos são empurradas com aumentos que não se justificam com um serviço pra lá de ruim, ou seja, péssimo. Certamente a Ligth continuará prometendo uma solução não virá tão cedo. Como a energia elétrica é um serviço essencial, a população fica sem ação. Convenhamos que o ideal nesse momento seria que toda a população deixasse de pagar suas caríssimas contas de luz. Talvez assim a Ligth se mancasse. O problema é que quando se trata de serviços essências estamos nas mãos das empresas: se a conta não for paga cortam a luz. Pensando bem até que valeria a ficar um tempo a luz de velas para não continuar correndo perigo de a qualquer momento ser vítima de mais uma incompetente explosão patrocinada pela Ligth. (Eli Halfoun)

Na vida é preciso saber dançar, mesmo tendo de rebolar

por Eli Halfoun
Fausto Silva jamais negou, inclusive publicamente (faz parte de sua sinceridade com o público), que o quadro “Dança dos Famosos”, momento de maior audiência do “Domingão do Faustão”, é cópia de um programa da televisão americana. A Globo comprou os direitos da mesma forma que fez com todos os reality shows (destaque para o BBB). Não importa: comprar direitos de atrações estrangeiras é uma prática comum na televisão brasileira e em emissoras do mundo inteiro. O importante é comprar bem e usar melhor ainda. É o que o Domingão tem feito: além de mostrar atores, atrizes e cantores em cenas pouco habituais em suas carreiras, está dando ao telespectador a coragem de “colocar para fora” o gosto (e jeito) para a dança. Resultado: as academias e escolas ganharam mais e novos alunos, a dança passou a ter uma dimensão maior e menos preconceituosa e o brasileiro, que é extremante musical (um dançarino pela própria natureza) perdeu o medo de dançar, mesmo que, no caso dos homens, muitas vezes seja necessário rebolar. Aliás, para ser homem mesmo é preciso rebolar diariamente. Na vida e, se for o caso, na dança. (Eli Halfoun)

Essa é pra pensar...

Um recadinho que a leitura dos jornais de hoje pode dar aos comandos neoliberais (no Brasil, aquela turma que defende que o cofre público fique com os investimentos e os riscos e privatize todos os lucros e os isente de impostos). Desenvolvimento a qualquer custo não é tudo. Um governo com metas sociais faz diferença. Muita diferença. Governar para eliminar desigualdades é atitude rara no Brasil. E, quando acontece, haja pau da mídia, da elite e das chamadas instituições patronais. Eles chamam essas políticas de "paternalismo". Pois bem: estudo divulgado pela FGV revela que o Brasil é o país dos Brics (mais Rússia, India, China e África do Sul) que mais conciliou crescimento econômico com redução das desiguldades sociais. Ainda na Era Lula, entre 2003 e 2009, a renda per capita brasileira cresceu 1,8 ponto acima do crescimento do PIB. Isso não é pouco. Na China, por exemplo, a renda das famílias cresce 2.0 pontos inferiores ao avanço do PIB. Bom a Dilma ler isso também. Sob a sua gerência, a tropa "ortodoxa" botou as manguinhas de fora e superdimensiona "crise" para inibir políticas sociais.