terça-feira, 29 de março de 2011

Carla Bruni na justiça

por Eli Halfoun
A primeira-dama francesa Carla Bruni Sarkozy está em paz com a imprensa, de seu país, que até a idolatra, mas não se pode dizer o mesmo da cantora Carla Bruni. Ela ameaça processar o jornal “Mid Libre” e o motivo não é uma suposta ofensa: Carla ficou indignada ao ver publicado no jornal um trecho da nova versão de “Douce France”, de Charles Trenet. A nova versão da música é (era) um dos carros-chefe do novo e quarto disco de Carla. Ela pretendia que a releitura de “Douce France”, um verdadeiro hino da França fosse uma surpresa – surpresa que o jornal antecipou disponibilizando inclusive 50 segundos da gravação. O “furo” foi publicado dia 19 de fevereiro, ou seja, oito meses antes do lançamento do disco no próximo mês de setembro. A primeira-dama francesa até que não se importou muito, mas a cantora ficou e ainda está furiosa. Ainda bem que raivinha é coisa que dá e passa. (Eli Halfoun)

Urca, agora

Bolsonaro ofende Preta Gil

A cantora Preta Gil vai processar Jair Bolsonaro (PP) por racismo. Ontem, no programa CQC, o deputado associou mulher negra a promiscuidade. À pergunta da cantora e apresentadora sobre como reagiria se seu filho se casasse com uma negra, Bolsonaro mandou essa:  "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu". No dicionário, promíscuo é palavra definida como "mistura mal aceita", "degradação moral".
Veja o video no link. Clique AQUI

Lei Rouanet: é legal, e daí?

A farra continua. Com a queda de venda de Cds e a custosa produção de Dvds, gravadoras e empresas se penduram nos cofres do governo. A Lei Rouanet, que já está sob suspeita do Tribunal de Contas (que  aponta desvios de verbas e falta de prestação) é agora um trem pagador desgovernado. Depois da revelação de que cantores e cantoras se beneficiam da Lei para viabilizar blogs e turnês, o Ministério da Cultura autoriza a empresa Maior Entretenimento a captar 2,6 milhões de reais para promover um espetáculo para gravação de um Dvd reunindo Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Rita, Seu Jorge, Alcione, Marina Lima e Lulu Santos. Alguém duvida que a Rouanet Marketing e Promoções Ltda precisa ser reformada?

Rogério Ceni: bola na rede e um nome na história

por Eli Halfoun
Os 100 gols que colocaram o goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, na história do futebol servem também para mudar o conceito que se tinha (ainda tem) da posição sempre reservada para o ruim de bola: nas peladas de rua ou em terrenos baldios quem vai (ia?) para o gol é o pior do time. Não será mais: Rogério Ceni mudou esse conceito. Agora o goleiro precisa ser craque – e não só na sua posição. Nos campinhos de futebol a meninada disputa a posição de goleiro como antes só se disputava a de atacante, aquele que sempre aparece mais porque mesmo sendo perna de pau faz aquilo que é a essência do futebol: o gol. Rogério Ceni está mostrando que goleiro não só evita gols como também pode fazê-los. É muito mais pela valorização da posição de goleiro do que pelo número gols convertidos que Rogério Ceni entra para a história do futebol. Agora pereba não precisa mais ir para o gol: o máximo que ainda consegue é ser gandula. (Eli Halfoun)

Casal de "Titanic” é o mais romântico na história do cinema


Leonardo di Caprio e Kate Winslet. Titanic. Foto Divulgação

Clark Gable e Vivien Leigh. E o vento levou. Foto Divulgação
Richard Gere e Julia Roberts. Uma Linda Mulher. Foto Divulgação
por Eli Halfoun
É dos mais recentes o casal considerado o mais romântico na história do cinema. O par formado por Leonardo di Caprio e Kate Winslet em “Titanic” foi o preferido do público que lhe deu 500 mil votos em enquete realizada pela revista “People” e a rede ABC de televisão. Eles superaram casais famosos como, por exemplo, o formado por Clark Gable e Vivien Leigh em “E o Vento Levou” (ficou em segundo lugar com 15% dos votos) e Julia Roberts e Richard Gere em “Uma Linda Mulher” (terceiro lugar). A grande surpresa da enquete foi o quarto lugar alcançado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman: o casal do clássico “Caasablanca” era considerado barbada na preferência do público, que felizmente nem sempre faz o que se espera. (Eli Halfoun)

Nas novelas o reflexo de um mundo cruel

por Eli Halfoun
Novelas são obras de ficção e, portanto, abertas para quase todo tipo de exageros criativo. Os autores insistem em dizer que as novelas procuram espelhar a realidade. Nesse caso, é duro perceber a cada capítulo como a realidade é cruel. Na novela “Insensato Coração” um desfile de personagens egoístas, sem o menor escrúpulo e sempre querendo levar de uma forma ou de outra vantagem em tudo traça o perfil de uma sociedade assustadora. Entendo que novelas precisam criar complicações para valorizar o final feliz dos personagens, mas de qualquer maneira é duro perceber o número de personagens sem caráter que habita o universo das novelas e, portanto, também o real. Também é triste perceber que o amor é sempre uma equação complicada: nenhum casal de novela é feliz sem passar por um emaranhado de situações complicadas. Será que o amor não pode ser vivido como a própria palavra define: só com amor. Simples e gostoso assim. (Eli Halfoun)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Cadê os chargistas do Rio?

deBarros Em décadas passadas, os jornais do Rio traziam em suas páginas os melhores chargistas políticos, que através dos seus desenhos teciam suas críticas, não só aos políticos no exercício de seus mandatos como também aos governantes do País, e claro que as criticas se estendiam ao comportamento dos homens na sociedade. Eram críticas inteligentes e saborosas que nos faziam rir e aplaudir. Tivemos então Millôr Fernandes, no Jornal do Brasil, seguido por Ziraldo, que na minha opinião, por ocasião da doença e morte do ditador da Espanha, o General Franco, fez uma charge, que se tornou antológica. Ora, explicar a charge não terá graça e charge é visual nunca explicada. Tivemos o Ique, que além de chargista também é um excelente caricaturista. Por que estou fazendo esse comentário? Pelo fato de que, no meu entender, o Rio não tem mais chargista político. Os que estão aí se limitam a fazer desenhos, graciosos e engraçados, para o político ou o governante se achar homenageado por aparecer nas páginas dos jornais, Em contrapartida, São Paulo, nas páginas da Folha de São Paulo, tem os seus chargistas, com o Angeli, como o seu principal cartunista, dando banhos de como devem ser feitas as críticas através da charge. Rio de Janeiro, acorda! E procura melhores chargistas para competir com a turma de S.Paulo.

Deu na Folha. Brasil está mais atrasado que a África do Sul na preparação para a Copa...


Comparando os dois países a três anos da Copa, o Brasil está vacilando. Há riscos, segundo Joseph Blatter, presidente da Fifa, de não acontecerem jogos no Rio e em São Paulo. Para a Copa das Confederações, uma espécie de teste para o país-sede e que acontece em 2013, então nem se fala. Há outros locais, como Natal, em que as obras nem começaram. Inglaterra, Colômbia e Espanha estão de olho para se oferecerem como plano B.

domingo, 27 de março de 2011

Anoitece.

Outono que pensa que 'e verão

As mais belas fotos da semana. Veja na galeria da italiana Panorama

Foto de Wally Santana/AP/do site da Panorama. Luna, uma cadela beagle recolhida à prefeitura de Fukushima, Japão.
Galeria de fotos da revista italiana Panorama.

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Para ver outras imagens de Wally Santana, fotógrafo free lance italiano, clique AQUI

A menina que não apertou a mão do ditador






Belo Horizonte, 1979. Foto de Guinaldo Nicolaevsky/Reproduzida do Blogracio
por Gonça Em 1979, Guinaldo Nicolaevsky captou a famosa imagem da menina que se recusou a cumprimentar o general Figueiredo, então ditador de plantão. Desde 2008, o fotógrafo procurava identificar a criança, atualmente, calculou ele, com cerca de 38 anos. Vários blogs entraram na "campanha". E finalmente anunciam agora ter localizado a personagem da foto feita em Belo Horizonte, que correria o mundo e passaria a simbolizar a reação da sociedade aos anos de chumbo. Na época, os jornais brasileiros não publicaram a cena. Localizada no Facebook, Rachel Clemens, que se identificou como a menina da foto, fez contato com alguns blogs e pôs fim ao mistério. Veja no Blogracio, clique AQUI Em 2008, a campanha para a localização da menina, clique AQUI

Deu na Folha...

"Máfia" da comunicação: políticos, empresários e igrejas evangélicas usam "laranjas" para acumular concessões de rádios e TVs.

sábado, 26 de março de 2011

Vacilou na rede social? Aguarde o troco

por JJcomunic
Tente comparar. Há, digamos, menos de quinze anos, se um artista pronunciasse uma frase preconceituosa ou ofensiva ao Amazonas ou ao Piauí, no máximo renderia uma notinha em coluna e a repercussão não ultrapassaria o alcance local do jornal que a publicasse. Os tempos mudaram e a propagação de informações se acelerou. O baterista Thomas, da banda adolescente Restart desafinou ao dizer na rede social que não sabia se no Amazonas tinha "gente civilizada". Pura ignorância. Já o ator Marauê Carneiro postou no Facebook "estamos em Teresina do Piauí, se é q o mundo tem um cu, o cu do mundo é aqui". Ambos os comentários faiscaram na internet e foram vistos como ofensas. A barra pesou para o lado dos engraçadinhos. O teatro que exibiria a peça "Fica Frio", na qual Marauê atua, preferiu cancelar as apresentação alegando que não poderia dar segurança ao elenco e que piauienses ofendidos planejavam ir ao teatro e ameaçar a integridade do elenco e, consequentemente, orifícios protagonistas da polêmica estariam em risco. Já a empresa de Manaus que contratou o Restart alegou motivos de "ordem pública" e também cancelou o show da banda. Avaliaram que a plateia estava ansiosa demais para encontrar o autor da frase.
No passado, para demonstrar insatisfação com alguma coisa dita em um jornal, o leitor escrevia uma carta que nunca via publicada. Hoje, a galera tem voz, mobilização e capacidade de agitar o balde. Em resumo: rede social não é diário secreto de menininha. Vacilou? Aguarde o troco.

Publicidade: no novo filme da Renner, modelo anoréxica não entra

Um visual que celebra a mulher que foge do padrão modelo-magra-lipoaspirada-pelo-photoshop. É a nova campanha da Renner, "Tempo de Mulher", da agência Paim. Produção da 02 Filmes, direção e criação de Rodrigo Pinto e Carlos Thunm.
Confira o vídeo. Clique AQUI

Atriz pede 50 milhões de dólares de indenização

Uma matéria sobre Katie Holmes pode levar a Star Magazine a pagar um indenização de 50 milhões de dólares. A revista estampou na capa uma foto na qual a atriz aparece de olhar entorpecido e relacionou a imagem com o consumo de drogas. A questão agora vai ser resolvida nos tribunais. Não há nada parecido na imprensa de celebridades no Brasil. Nem os números da indenização e muito menos as características da suposta ofensa. As revistas brasileiras do segmento - o que mais cresce aqui e no mundo, aliás - seguem muito mais a linha das publicações mais qualificadas da Espanha, por exemplo, menos invasivas no que diz respeito à privacidade, do que a barra-pesada que são os tabloides ingleses e americanos. E isso embute uma explicação que vai além das diferenças culturais: o Brasil, é bom que se diga, tem desde a Constituição de 1988 uma das mais rigorosas legislações de proteção à imagem e privacidade pessoais.

A vitória (por enquanto) do ridículo mosquitinho da dengue

por Eli Halfoun
Por mais que repitam que a história não se repete, repete-se sim: todo ano é a mesma agonia com a história da dengue. Mais uma vez estamos perdendo a guerra para o ridículo e quase imperceptível mosquitinho que faz um estrago gigante. Os jornais noticiam que o município do Rio já 10 mil casos de dengue. Deve ter mais, muito mais, se levarmos em conta que, também segundo os jornais, diagnósticos de dengue não são feitos com precisão. É evidente que diante da epidemia e de alguns maus exemplos públicos com cuidados fundamentais é muito mais fácil jogar a culpa nas autoridades do que assumir a nossa responsabilidade, no caso irresponsabilidade: alertas não faltam, mas mesmo assim continuamos dando mole para o mosquitinho com a falta de cuidado nas caixas de água, nos vasos e outras medidas higiênicas que são a única forma de evitar o terrível mosquitinho que se entrincheira em nosso campo fazendo mais e mais vítimas nessa guerra que por enquanto ele, o ridículo mosquitinho está vencendo com facilidade. Até porque encontrou no inimigo (no caso a população) um forte aliado. (Eli Halfoun)

A política é cega?

por Gonça Alguns juristas costumam dizer que o STF é um tribunal político. Os fatos parecem determinar esse viés. A votação da Lei da Ficha Limpa, com cinco dos 11 ministros se declarando a favor da lei, com argumentos legais tão respeitáveis quanto a interpretação daqueles que reabilitaram e, tudo indica, deram longa vida aos fichas-sujas, é um exemplo. Outro, manter preso o italiano Cesare Batisti, após Lula negar a extradição. Hoje, nos jornais, há uma sugestão do ministro Peluso no sentido de que depois de o Congresso aprovar um projeto, a presidente Dilma, antes de sancioná-lo, "consulte" o STF. Ora, o Congresso tem comissões de Constituição e Justiça, a Presidência tem sua consultoria jurídica própria exatamente para isso. A sugestão do ministro Paulo equivale a criar um quinto poder da República: Executivo, Legislativo, Judiciário e o "aprovo" final do STF. Se for asssim, melhor que os ministros disputem eleições para, como diz a Constituição, o poder continuar emanando do povo. Imagino o país parado, aguardando que o STF se pronuncie se determinada lei deve ou não entrar em vigor. Diz o ministro ao Globo que "se houvesse consulta prévia ao STF, a Lei da Ficha Limpa não teria gerado tanta discussão". Ué, o STF é exatamente um local de discussão, de polêmica, do contraditório. Está lá para isso. Tanto, volto a dizer, que os fichas-suja foram favorecidos por apenas um voto.

Barros: um “oitentão“ de bem com a vida

por Eli Halfoun
Quem acompanha os textos e os comentários de J. A. de Barros aqui no Panis pode até discordar de alguns de suas opiniões, mas em hipótese alguma poderá negar que ele está lúcido, vibrante e participante nos 80 anos de idade que completa agora. Barros, como os amigos o chamam, continua mais ativo e criativo desenvolvendo projetos de livros e revistas, escrevendo contos, posts e livros. Não é qualquer pessoa que chega aos 80 anos de idade esbanjando talento e com um punhado de amigos que são acima de tudo entusiasmados admiradores de sua arte e principalmente de seu caráter. Têm sorte os que se podem dizer amigos do Barros, um companheiro excepcional e que usa seus comentários no Panis para, como ele diz, esquentar o blog e fazer com que os leitores participem e pensem cada vez mais. Valeu Barros: que bom se todos pudessem chegar aos “oitentão” com teu talento, lucidez, caráter e amor pela vida. É esse amor que te mantém vivo e nos faz amigos mais felizes. (Eli Halfoun)