sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Brangelina em bronze


por Omelete

O artista plástico americano Daniel Edwards esculpiu uma peça que mostra Angelina Jolie e o marido, Brad Pitt, nus. A escultor deu à obra o nome de "Brangelina". E vai levá-la para um pedestal em Oklahoma.

Café com cachaça. Já tomou?


por Eli Halfoun
Café também é cultura. Dúvida? Então dê uma olhadinha no livro “Café com suas receitas - Dicionário gastronômico” que acaba de ser lançado pela jornalista gastronômica Giuliana Bastos. Entre muitas receitas (tem a da sobremesa tiramissú) você ficará sabendo também porque o teste de degustação do café chama-se “quebra de xícaras”, se nenhuma louça é quebrada. Vai descobrir ainda como desenhar o Taj Mahal nas espuma de um cappucino. O livro reúne verbetes de A a Z, e muitas receitas, inclusive a de uma estranhíssima de caipirinha de café. Quer experimentar? São 100ml de cachaça, 50ml de café espresso, 1 limão, açucar e gelo à vontade e grãos de café para decorar. Faça assim: amasse o limão como açucar e acrescente o gelo. Agora mexa em uma coqueteleira e em seguida despeje o conteúdo em um copo, coloque o café espresso e decore com grãos de café. Agora reúna toda a coragem e beba.

Na TV do marrento Kim-Jong, só os melhores momentos (da Coréia do norte)

por Gonça
O Atlético de Sorocaba, um time de São Paulo, já jogou contra a Coréia do Norte. Dizem que a seleçõa do ditador Kim-Jong se fecha com cinco zagueiros, ataca, mas não marca a saída de bola. Os coreanos do norte voltam à Copa após 44 anos. Em 1966, no Mundial da Inglaterra, eles protagonizaram uma célebre "zebra" ao derrotar a Itália. Vamos ver o que os baixinhos aprontam dessa vez. Quer dizer, nós, ocidentais, vamos ver na TV porque lá na Coréia, segundo o líder supremo Kim Jong, só vitórias estarão na telinha. Como o país não comprou os  direitos de transmissão, não haverá jogos ao vivo, imagens só na base do velho video-tape. A galera local vai ver, literalmente, apenas os "melhores momentos" da sua seleção e só saberá quem ganhou a Copa se o vencedor for a Coréia do Norte. Apenas a "elite", um por cento da população, verá a Copa em canais por assinatura via satélite.  

Deputados voam em dobro

por Eli Halfoun
Nossos deputados federais gostam mesmo de voar e nos dois sentidos. Recente levantamento revela que um em cada quatro deputados recebeu da Câmara reembolso por alugueis de aviões nos últimos cinco meses. Olha só que exagero e desperdício: a Câmara gastou R$ 2,8 milhões com despesas de fretamento de aeronaves para 115 parlamentares (isso entre os meses de julho e novembro). O levantamento mostra que metade desse valor (R$ 1,12 milhão) cobriu gastos de apenas 17 deputados que utilizaram aviões para deslocamentos no interior de seus Estados – viagens que devem aumentar agora com as campanhas eleitorais. Cada deputado recebeu, em média, de R$ 50 mil a R$ 120 mil de reembolso só nesse período. E o povo andando em trem apertado e ônibus lotado caindo aos pedaços, mas não se pode negar que os deputados resolveram o problema do transporte. O deles.

O novo trem da alegria

por Eli Halfoun
Matemática sempre foi, apesar de sua importância, a matéria menos preferida da maioria dos alunos de qualquer série escolar, que sempre a consideraram muito complicada. Não sabíamos nem da metade até a matemática brasileira começar a nos enlouquecer. Vê aí se entende e aceita esses números levantados pelo jornalista Giba Um: se o trem-bala Rio - São Paulo vier mesmo a sair do papel consumirá R$ 34,6 bilhões, o que representa 10% das reservas brasileiras e mais do que o saldo comercial dos últimos dois anos, somados. Anote outros números: o custo total das Olimpíadas 2016 será de R$25 bilhões e o da usina de Belo Monte, considerado o maior projeto em execução no mundo, é de U$ 16,5 bilhões. Ainda sobre o trem-bala (será bala perdida?): terá que transportar 137 bilhões de pessoas para dar lucro. Haja passageiros.

Deu no sorteio, Brasil pega times de três continentes: África, Ásia e Europa

por Gonça
Coréia do Norte, Costa do Marfim e Portugal. Os comentaristas, a maioria, acham que o Brasil pegou uma chave difícil. Será? Portugal quase não se classifica; Coréia do norte é um país tão fechado que ninguém sabe a qualidade do futebol do país daquele ditador marrento, o Kim-Jong, mas não tem tradição para encarra um Copa; com a Costa do Marfim é preciso cuidado, menos pelo poder ofensivo, embora tenha bons jogadores e mais por uma certa violência e correria, características do futebol africano. Bom lembrar que hoje muitos jogadores africanos atuam em times europeus, ganharam experiência e técnica, fatores agora aliados a uma boa disposição física. Aposto que o time de Dunga tira de letra essa primeira fase.

É hoje: Charlize Theron no sorteio da Copa


Hoje é dia de ver a sul-africana Charlize Theron no palco da cerimônia do sorteios das chaves para a Copa 2010. Às 15h. De quebra, saber onde e com quem o Brasil joga na Copa. Se a atriz não nos distrair, vamos pretar atenção e torcer para a Seleção não cair em "grupo da morte", certo? (Na reprodução, a bela Charlize, eleita pela revista Esquire a "Mais Sexy do Mundo")

O apagão das concessionárias

por Gonça
Ontem, no Rio Grande do Sul, 51 cidades sem luz. Ruas do Leblon e Jacarepaguá às escuras. Brasília teve bairros inteiros apagados. A ANEEL agora promete apurar se as concessionárias privadas estão investindo, se compraram um metro de cabo que seja, se fincaram um mero poste, um transformador ou se estão apenas remetendo lucros para o exterior.
E a ANATEL se diz agora preocupada com a ameaça de um apagão nos celulares. A própria agência já constatou que nos últimios anos aumentaram os índices de ligações não completadas ou interrompidas. Falta de equipamentos, investimentos e não cumprimento de metas estabelecidas nos contratos de privatização. Nos dois casos, só uma coisa não está ameaçada: os aumentos frequentes das taxas de luz e telefonia. Querem apostar? Se não o país quiser apagão elétrico ou de telefones para vexame total na Copa de 2014 e na Olimpíada de 2016, governo, BNDES, etc, vão ter que meter a mão no cofre público e investir. Nenhuma novidade.

Não tem jeito: ou o bicho pega ou come

por Eli Halfoun
Não é saudosismo, mas bons tempos em que se esperava ansioso pela chegada de dezembro e com o 13º salário na mão sair por aí passeando e comprando, comprando e passeando sem medo de ter a bolsa arrancada das mãos e de ser assaltado em qualquer esquina e agora também dentro das lojas e não só na hora de pagar. A triste realidade do Rio nesse mês de festas (os bandidos é que continuam fazendo a festa maior) é uma cruel insegurança que a cada dia nos oferece novos e estarrecedores números. Quem compra tem medo, quem vende também: pesquisa revela que a insegurança provocou o fechamento de 10 mil estabelecimentos comerciais nos últimos dez anos (média de mil lojas por ano), o que mostra um abandono bem antigo. Faz muito tempo que não temos a tranquilidade pela qual pagamos – e pagamos caro. Agora cada um é obrigado a buscar sua própria proteção e não é diferente com os lojistas que, como nós, mereciam ter a proteção do Estado, mas não podem contar com isso. Assim são obrigados a gastar cada vez mais com proteção particular. Os gastos já somam R$ 1,3 bilhão, ou 4% do faturamento, segundo o Clube de Diretores Lojistas. Esse ano foram gastos 10% a mais do que no ano passado e só com vigilância eletrônica (câmeras e alarmes) serão gastos esse ano nada mais nada menos do que R$500 milhões. Mesmo assim os fregueses saem amedrontados (na verdade apavorados) e na maioria das vezes preferem nem sair. Não é à-toa que aumentam os serviços de entrega em domicílio. A tendência é de que o consumidor passe a fazer suas compras pela internet. O que, convenhamos, nesses tempos de “farejadores” da informática também é um perigo. Estamos vivendo cada vez mais na base do “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Como se vê, não é só Papai Noel que precisa ter saco (e bem grande) para aguentar o Natal, que já foi sinônimo de paz.

Borracha fraca

Da coluna Gente Boa, de Joaquim Ferreira dos Santos, no Globo
Durante o Pagode do Trem, da Central a Oswaldo Cruz, comemorando o Dia Nacional do Samba, o compositor da Mangueira Genaro Bahia, de 77 anos, estava deslumbrado com a beleza da Garota da Laje, Adriana Leão, que rebolava até o chão: "Faz isso com o velho, ñao, sou borracha fraca, já dei o que tinha que dar."

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A nova lei de TV paga

Do blog do jornalista Renato Cruz *
A Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara aprovou ontem (2/11) o projeto de lei 29, que abre o setor de TV paga para as operadoras de telecomunicações. Cinco destaques devem ser votados somente na semana que vem, e o projeto ainda pode ter que passar por votação em plenário, antes de seguir para o Senado.
Na prática, a presença das teles no setor já é grande. A Embratel faz parte do grupo de controle da Net e a Telefônica da TVA. Com a mudança na lei, essas empresas poderão se tornar majoritárias nas operações de cabo, o que é proibido hoje.
A mudança na lei deve aumentar a competição e a oferta de serviços. Ela abre espaço, também, para a tecnologia de IPTV (sigla em inglês de televisão via protocolo de internet). Com a tecnologia, o conversor de TV pode ser ligado a um acesso de banda larga, com vídeo de alta qualidade transmitido via rede mundial direto para o televisor. A Telefônica e a TVA já prestam esse serviço para os clientes atendidos por fibra óptica em São Paulo.
A atualização da lei é uma demanda antiga das empresas. O projeto vem sendo discutido há três anos. A Lei do Cabo, que trata somente de uma das tecnologias de distribuição, é de 1995, anterior à Lei Geral de Telecomunicações, e impede o controle estrangeiro das companhias de TV a cabo. A limitação não existe para as operadoras de telecomunicações ou para outras tecnologias de TV paga, como o satélite e o MMDS (micro-ondas terrestres). O projeto unifica os regulamentos das diversas tecnologias de TV paga.
Os pontos mais polêmicos do projeto, que emperravam sua votação, ficaram para ser votados na semana. Entre eles estão um sistema de cotas para conteúdo nacional e a cobrança da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) de todos os canais, inclusive os da TV aberta. As empresas argumentam que esses dispositivos aumentariam o preço dos pacotes para o consumidor e que não existe conteúdo nacional suficiente para suprir as cotas.
* Renato Cruz é repórter do Estadão e autor do livro TV digital no Brasil: Tecnologia versus política (Editora Senac São Paulo). www.renatocruz.com. No Twitter: rcruz

Sexo é bom e não engorda. Pelo contrário

por Eli Halfoun
Além de uma boa parceria (e camisinha sempre alerta) não é preciso mais nada para fazer sexo, qualquer dia, qualquer hora. Não é preciso nenhum motivo para praticar esse delicioso esporte do prazer, mas mesmo assim a turma do site Terra destacou cinco motivos (as observações grifadas são minhas) para que se pratique sexo todos os dias. São eles: 1) orgasmo (mesmo fingido), 2) une as pessoas (nesse caso literalmente), 3) queima calorias (melhor do que regime e exercícios fora da cama) 4) ajuda a relaxar (nem sempre), 5) é de graça e divertido (a gente é que pensa). Pode anotar no seu caderninho, mas só para constar porque na verdade não é necessário nenhum motivo especial para fazer sexo diariamente. Basta ter a parceria certa. Às vezes nem isso.

Contigo!, 46 anos


por Gonça
Contigo! anuncia recordes e vai para as bancas com 5 capas diferentes. A revista Contigo! comemora os 46 anos com uma marca invejável: anuncia mais de 91 mil assinantes e 113 páginas de publicidade na edição festiva. O número de assinantes é o maior na história da revista e a publicidade bate recorde desde o seu nascimento e do reposicionamento da publicação em 2004. A edição número 1785 chega às bancas com 5 capas diferentes que homenageiam o talento de celebridades nacionais. A capa que circula na regiao Norte tem uma reportagem especial com Joelma; na regiao Nordeste, Daniela Mercury é o grande destaque. Já no Sudeste, Carolina Dieckmann é a estrela; na regiao Centro-Oeste, Zezé di Camargo é o homenageado. Na regiao Sul, a atriz Maria Fernanda Cândido é  o destaque

O verdadeiro incrível Huck da propaganda



por Eli Halfoun
Se pedirem para você escolher entre a Gisele Bundchen e o Luciano Huck, nossa modelo mais famosa será sem dúvida a preferida. Pode ser a minha e a sua, mas não é a dos publicitários: recente pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Propaganda revela que Luciano Huck é o garoto-propaganda do momento. Um em cada dez clientes prefere que Luciano seja o “avalista” de seus produtos em anúncios esporádicos ou em grandes campanhas publicitárias. O surpreendente resultado faz com que Huck deixe para trás as até agora campeoníssimas Gisele e Ivete Sangalo que, na nova pesquisa, ocupam a quarta e segunda colocações. A outra surpresa da pesquisa é a inclusão dos nomes da cantora Claudia Leitte (3º lugar), do ator Cauã Raymond (5º lugar) e do nadador César Cielo (6º lugar). Luciano Huck agradece e vai enchendo o cofrinho: os cachês de propaganda nunca são menores do que R$200 mil com um significativo aumento dependendo do tempo em que o comercial ou a campanha serão veiculados na televisão. Os publicitários acreditam que, por conta do sucesso da novela Viver a Vida, José Mayer deve aparecer entre os preferidos dos anunciantes em 2010.
Mais do que confirmar que é um sucesso como o mais despojado de nossos apresentadores, a liderança de Luciano mostra o quanto é importante apostar no sonho, na gente mesmo. Luciano iniciou sua carreira de apresentador pagando literalmente para ver e ser visto: comprou um minuto diário na TV Bandeirantes o programinha de apenas um minuto foi fundamental para a hoje bem sucedida carreira do mais jovem apresentador da televisão brasileira e talvez mundial. Seu jeito alegre, popular e despojado contraria todas as velhas regras de conduta de um apresentador e faz com que Luciano ganhe credibilidade entre os jovens e seja o bom filhinho que toda mamãe gostaria de ter. E ainda por cima Luciano é de um exemplar bom caráter.

Negócios de família


por Gonça
O casal Katie Holmes e Tom Cruise resolveu ter um segundo filho. Até aí, normal, eles vão aumentar a família. Mas pelo acordo legal de casamento Katie receberá o equivalente a 49,6 milhões de reais apenas por concordar em ter mais um filho com o ator. Mas só vai engravidar após concluir as filmagens de dois longas: "The Extra Man Mary" e "Don´t Be Afraid of the Dark". O motivo da cláusula contratual seria a preocupação de atriz com a carreira. Barriga, parto, amamentação, essas consequências, a levam a recusar trabalhos e perder dinheiro. Daí, Tom paga caro para ser pai. Deve ser a f. mais cara do mundo. E não dá para dividir em dez vezes no cartão.

Bala perdida

por deBarros
Viver é perigoso, dizia Guimarães Rosa. Viver no Rio de Janeiro nos dias de hoje é muito mais perigoso do que pensava o nosso escritor. Na paisagem do Rio, um componente novo apareceu assustando e fazendo tremer o carioca: a bala perdida. Ela vai encontrá-lo dormindo em sua cama, saindo do cinema depois da última sessão, chupando um picolé no quiosque do MacDonald ou mesmo flertando com a lourinha sentada ao seu lado no 119. A bala perdida não tem hora certa ou lugar marcado. Ela chega nos momentos mais imprevisíveis que se pode imaginar. Nesse panorama de terror e medo de até sair nas ruas, surgiu a história daquele cidadão que, cansado da vida e por ser maluco mesmo, queria se matar mas não pelas próprias mãos: resolveu que iria se suicidar por bala perdida.
Bem informado, sabia os dias e as horas em que o BOPE ia invadir os morros do Rio de Janeiro e corria, então, para ficar no fogo cruzado entre a polícia e os bandidos. No meio do tiroteio, correndo de um lado para o outro, o suicida se desesperava. As balas perdidas se recusavam a matá-lo.
Balas que, durante essas ações, mataram umas três ou quatro pessoas, inclusive um menino de dez anos, puxado pelas mãos de sua mãe, enquanto fugiam das balas que cruzavam as ruas onde ocorria o confronto.
Mas, o senhor suicida permanecia muito vivo e já irritado, quase perdendo a paciência, por não conseguir atingir o seu objetivo. Durante a noite, quando se podia ver as balas tracejantes, em fogo, iluminando o breu da noite, o senhor suicida corria atrás na esperança de se chocar com uma delas no meio do caminho. Nada dava certo.
O senhor suicida começou a ficar famoso. A imprensa falada, escrita e televisiva passou a perseguir esse louco na esperança de focar o momento decisivo desse encontro fatal, que se tornaria a maior foto e a maior reportagem do século XXI. Em todo confronto entre a polícia e os bandidos dos morros e no meio o senhor suicida, lá estava a mídia, com todos os seus equipamentos na espera desse fatal momento. Na verdade, alguns repórteres e fotógrafos foram feridos sem gravidade e um deles morreu atingido por uma bala perdida na cabeça. Alguns editores pensaram em contratar um atirador profissional, para que no meio dessas ações, o atirador escondido em um terraço de um prédio qualquer alvejasse o senhor suicida. A reportagem, então, estaria pronta. A tentativa foi feita, mas o atirador profissional errou o alvo e foi demitido na hora sem direito à indenização.
Um dos jornais contratou uma enfermeira, Deolinda, para acompanhar o senhor suicida e aonde ia ela ia atrás. A enfermeira era uma mulher bonitona, de ancas convidativas, de fartos seios nos seus quarenta anos, que cumpria fielmente o seu contrato. O mêdo dos editores passou a ser que no meio desses tiroteios, a enfermeira pudesse ser atingida fatalmente.Mas, aconteceu que no último confronto entre a polícia e bandidos, o senhor suicida não apareceu. O movimento de apostas na morte do homem alcançava a casa dos milhões de reais concorrendo seriamente com a mega sena. Esse confronto, foi na opinião dos entendidos, o que mais teve bala perdida. Uma delas atingiu um câmera jogando-o a três metros de distância de onde se encontrava. Desesperada, a mídia procurou por todos os cantos da cidade o paradeiro do maluco suicida. O cara sumiu na poeira da cidade.
Dias depois, descobriram, através de um telefonema anônimo, que o senhor suicida tinha fugido com a enfermeira e se achava escondido em uma das praias de Búzios gozando, alegremente, das delícias do amor com a sua nova obsessão, a enfermeira Deolinda.

Para refrescar um pouco...

Cuidado pra não beber “gato por lebre”

por Eli Halfoun
O brasileiro não perde a mania de achar que tudo o que vem de fora é melhor e isso, convenhamos, nem sempre é verdade. A nova mania é consumir cerveja importada, embora a nossa “lourinha” esteja entre as cinco melhores cervejas do mundo. Recente pesquisa revela que os rótulos estrangeiros estão sendo muito procurados por conta da farra do dólar. O consumidor pode cometer um grande engano. Exemplo: a cerveja Bit Burguer, apesar de ser alemã é produzida no Brasil, mas cobra caro por ser supostamente estrangeira: cada latinha custa R$ 6,90, quantia que dá para fazer uma festa com a cerveja brasileira que como a alemã Bit Burguer também é fabricada por aqui. Brasileiro supervaloriza o que não é brasileiro e faz isso mesmo quando está fora do país. Há anos fui para Washington, EUA, e comprovei essa mania brasileira de consumir produtos estrangeiros. Entre em um bar com um amigo e ele ficou encantado com as garrafinhas de Brahma expostas na prateleira e tratou logo de pedir uma. Afinal, era uma maneira de beber cerveja importada fabricada no Brasil. Vai entender...

Aids: o mau exemplo que vem da televisão

por Eli Halfoun
Estudos sobre a Aids revelam que, ao contrário do que se pensa, não são os jovens os que mais se contaminam com o vírus HIV. Estatísticas confirmam que sã os adultos a partir do 40 anos e que, portanto, deveriam ser os mais responsáveis, que aumentam o número de contaminados em todo Brasil. De junho de 1980 a junho de 2009 o Brasil contabilizou 544.846 casos de Aids e registrou 200 mil mortes. Em 2009 tivemos 8.517 homens contaminados e 5.501 mulheres entre 40 e 49 anos. Mesmo assim a televisão nos dá péssimos exemplos. Na novela Viver a Vida a personagem Dora (Giovanna Antonelli) se descobre grávida, mas não sabe se o pai é Marcos (José Mayer) ou o argentino Maradona (Mario José Paz), o que significa que ambos dispensaram o fundamenta uso da camisinha na hora do bem bom. Os dois tem mais de 40 anos e são da geração que não suporta transar de camisinha e desnecessária e irresponsavelmente se expõe ao contágio. É verdade que se tivessem como deve ser uma rotina comum usado preservativo não haveria uma Dora grávida e mais um assunto para ser explorado na trama. Então é bom que fique cada vez mais claro que sexo sem camisinha é coisa só de novel e, portanto, de ficção.. Na vida real dispensar o preservativo pode ser fatal. Mesmo com o coquetel de medicamentos que prolongam a sobrevivência, mas não salvam nenhum contaminado com o vírus HIV do sofrimento e da morte. Melhor chupar a bala com papel do que, sem papel, ficar engasgado com ela. Até quando é supostamente mais doce e saborosa.

Terceirização

por Gonça
Há muita polêmica em relação ao Estado. Alguns políticos defendem que seja forte ou, pelo menos, presente nas áreas de saúde, educação, transporte, fiscalização dos mercados financeiros, dos serviços públicos, como energia, segurança etc. Outros, como os governantes do Brasil nos anos 90, pregam o desmonte do Estado e a mininização da máquina pública. A substituição do administrador público por agências privadas; a substituição do funcionário público por "terceirizados". As agências são instrumentos dos investidores e não dos consumidores. Quantos aos "terceirizados", a conta explode no bolso do contribuinte: milhões de terceirizados - como esses de Manguinhos que protestam hoje - levam calote das empresas e vão à justiça do Trabalho processar... o governo. E os tribunais, nesses, casos têm reconhecido a responsabilidade do contratante. Ou seja: empresas privadas, são milhares, ganham contratos, não pagam os seus funcionários, e a conta do terceirizado volta para o governo. Veja o caso da venda de ingressos no Maracanã. Era responsabilidade da Adeg e depois da Suderj. Havia denúncias de corrupção, favorecimento etc. Mas, em todo caso, todas as bilheterias do Maracanã eram abertas e a venda de ingressos era bem mais organizada. Quem ia ao Maracan, saia da praia, comprava seu ingresso e curtia uma bom futebol, sabe disso. Não tinha essa de dormir na fila noites e noites seguidas. Já há alguns anos, o Estado saiu desse processo. Os clubes são os responsáveis. Até concordo, é um espetáculo privado, que cada um cuide do seu. Mas a bagunça se instalou. Até mortes já aconteceram. O Estado, como ontem, nas lamentáveis cenas do Maracanã, só entra com a polícia na hora das brigas.

É bom jogar um pouco de bom senso nessa polêmica. Existe corrupção no Estado e que se combata. Mas a tal ausência do poder público só favorece as classes privilegiadas. Houve uma época, quando eram marqueses e condes, que nem Estado existia. Era o tempo do "L'état c'est moi!". Essa é a idéia?  (Na reprodução, ao lado, o da peruca é o  Luiz XIV, que cometeu a famosa frase)