sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Campanha política 2
Não vai ser fácil. você duvida que a baixaria vai predominar no ano eleitoral? Candidatos do governo e da oposição trocarão estocadas no baixo-ventre ao invés de discutir programas. Nenhum sinal, este por parte da oposição, poderia ser mais claro e evidente do que esta sequência de notas publicadas hoje no Globo. O conteúdo é improvável e a linguagem de baixo calão inédita. Para preservar a manhã dos amigos deste blog, a reprodução registra apenas parte do conteúdo das notas.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Vamos arrumar a casa antes que a chuva nos leve
por Eli Halfoun
É a velha história de só reforçar a tranca depois da casa arrombada: toda vez que chove repetem-se as desumanas cenas envolvendo gente que já não tem nada ficar com menos ainda porque a casa foi invadida pelas águas, pela lama e, principalmente pela irresponsabilidade do poder público cansado de saber que com qualquer chuvisco o Rio está literalmente ameaçado de transbordar levando em suas águas um punhado de lágrimas de moradores carentes. A chuva que acaba de novamente massacrar a Baixada Fluminense, especialmente Caxias mostrou uma vez mais que a porta continua sem tranca.
Há sempre quem se defenda com a desculpa de que chuva forte é uma fatalidade contra a qual nada se pode fazer. A cidade tem sido vítima constante de chuvas contínuas. Ninguém espera por elas e pede que se fechem as torneiras do céu, mas se é impossível evitar a chuva não é impossível evitar as tragédias que se repetem da mesma forma, como se fossem um festival de reprises de filmes na televisão. É esse filme que desabriga pessoas e as condena a umas pobreza ainda maior, a uma subvida, apavorada a cada trovoada.
As cenas são sempre as mesmas: encostas caem, casas desabam, móveis bóiam em águas sujas, gente morre engolida pela lama. Todo mundo, inclusive as autoridades, sabe que quando a chuva chega maiores serão as tragédias nos locais de sempre. Fica claro, mesmo quando falta luz, que a única solução é partir para prevenção. Não é preciso esperar chover para socorrer as vítimas - vítimas que certamente seriam bem menores se nos períodos ensolarados fossem feitas as fundamentais obras de prevenção e a população, principalmente a carente, estivesse informada de como proteger-se e evitar danos maiores dos que os que ocorrem. Nada se faz simplesmente porque em dia de sol todo mundo quer ir para a praia.
A cada pingo mais forte a Defesa Civil atende centenas de pedidos de ajuda para imóveis com infiltração, desprendimento de esboço/reboco, deslizamento de barreira, queda de muro, inundação/alagamento e outros danos que poderiam ser perfeitamente evitados se necessárias providências fossem tomadas antes da casa arrombada. São medidas urgentes que certamente evitarão maiores estragos e desnecessários prejuízos aos cofres do município e do estado.
É a velha história de só reforçar a tranca depois da casa arrombada: toda vez que chove repetem-se as desumanas cenas envolvendo gente que já não tem nada ficar com menos ainda porque a casa foi invadida pelas águas, pela lama e, principalmente pela irresponsabilidade do poder público cansado de saber que com qualquer chuvisco o Rio está literalmente ameaçado de transbordar levando em suas águas um punhado de lágrimas de moradores carentes. A chuva que acaba de novamente massacrar a Baixada Fluminense, especialmente Caxias mostrou uma vez mais que a porta continua sem tranca.
Há sempre quem se defenda com a desculpa de que chuva forte é uma fatalidade contra a qual nada se pode fazer. A cidade tem sido vítima constante de chuvas contínuas. Ninguém espera por elas e pede que se fechem as torneiras do céu, mas se é impossível evitar a chuva não é impossível evitar as tragédias que se repetem da mesma forma, como se fossem um festival de reprises de filmes na televisão. É esse filme que desabriga pessoas e as condena a umas pobreza ainda maior, a uma subvida, apavorada a cada trovoada.
As cenas são sempre as mesmas: encostas caem, casas desabam, móveis bóiam em águas sujas, gente morre engolida pela lama. Todo mundo, inclusive as autoridades, sabe que quando a chuva chega maiores serão as tragédias nos locais de sempre. Fica claro, mesmo quando falta luz, que a única solução é partir para prevenção. Não é preciso esperar chover para socorrer as vítimas - vítimas que certamente seriam bem menores se nos períodos ensolarados fossem feitas as fundamentais obras de prevenção e a população, principalmente a carente, estivesse informada de como proteger-se e evitar danos maiores dos que os que ocorrem. Nada se faz simplesmente porque em dia de sol todo mundo quer ir para a praia.
A cada pingo mais forte a Defesa Civil atende centenas de pedidos de ajuda para imóveis com infiltração, desprendimento de esboço/reboco, deslizamento de barreira, queda de muro, inundação/alagamento e outros danos que poderiam ser perfeitamente evitados se necessárias providências fossem tomadas antes da casa arrombada. São medidas urgentes que certamente evitarão maiores estragos e desnecessários prejuízos aos cofres do município e do estado.
O incrível pais do diminutivo
por Eli Halfoun
Assim como todos os brasileiros eu só queria entender: embora o governo faça discursos e mais discursos falando em grandeza (econômica, política, etc. etc.) do país toda vez que um problema se apresenta esse mesmo governo tem a incompreensível mania de minimizar as coisas e tratá-las no diminutivo, esquecendo que mínimo no país é o miserável salário do trabalhador. Quando a crise financeira atingiu (ainda atinge) o mundo veio o presidente Lula e disse que no Brasil a crise financeira mundial seria apenas “uma marolinha”. Agora diante do apagão que parou o país e que pelo visto corre o sério risco de se repetir, vem o ministro da Justiça, Tarso Genro e diz com a maior tranqulidade que “isso foi um microproblema” – um micro que deixou pelo menos 80 milhões de brasileiros, agora literalmente às escuras por quatro ou mais horas. Quando será que o Brasil perderá, até nas crises, esse doente complexo de inferioridade e continuará vivendo no diminutivo?
Assim como todos os brasileiros eu só queria entender: embora o governo faça discursos e mais discursos falando em grandeza (econômica, política, etc. etc.) do país toda vez que um problema se apresenta esse mesmo governo tem a incompreensível mania de minimizar as coisas e tratá-las no diminutivo, esquecendo que mínimo no país é o miserável salário do trabalhador. Quando a crise financeira atingiu (ainda atinge) o mundo veio o presidente Lula e disse que no Brasil a crise financeira mundial seria apenas “uma marolinha”. Agora diante do apagão que parou o país e que pelo visto corre o sério risco de se repetir, vem o ministro da Justiça, Tarso Genro e diz com a maior tranqulidade que “isso foi um microproblema” – um micro que deixou pelo menos 80 milhões de brasileiros, agora literalmente às escuras por quatro ou mais horas. Quando será que o Brasil perderá, até nas crises, esse doente complexo de inferioridade e continuará vivendo no diminutivo?
O futuro das revistas
por JJcomunic
Nos últimos anos, especialistas têm lançado dúvidas sobre o futuro das revistas, que estariam com os dias contados. A internet, dizem, vai atropelar as publicações impressas. Durante uma palestra em São Paulo, o jornalista Samir Husni abre uma segunda linha de discussão sobre esse tema: as revistas não estão morrendo e nem vão desaparecer. Ao contrário, a integração com a internet dará nova vida às revistas. Husni alerta que os editores devem esvaziar a cabeça de idéias velhas e abrir espaço para as novidades. "Ao escrever um texto jornalístico, o repórter deve esquecer as fórmulas de construção ensinadas nas universidades. Quando estiver fazendo um lead, por exemplo, é fundamental passar ao leitor as sensações visuais e auditivas, ou seja, o público tem que visualizar e ouvir o que você está contando", explica Husni.
Nos últimos anos, especialistas têm lançado dúvidas sobre o futuro das revistas, que estariam com os dias contados. A internet, dizem, vai atropelar as publicações impressas. Durante uma palestra em São Paulo, o jornalista Samir Husni abre uma segunda linha de discussão sobre esse tema: as revistas não estão morrendo e nem vão desaparecer. Ao contrário, a integração com a internet dará nova vida às revistas. Husni alerta que os editores devem esvaziar a cabeça de idéias velhas e abrir espaço para as novidades. "Ao escrever um texto jornalístico, o repórter deve esquecer as fórmulas de construção ensinadas nas universidades. Quando estiver fazendo um lead, por exemplo, é fundamental passar ao leitor as sensações visuais e auditivas, ou seja, o público tem que visualizar e ouvir o que você está contando", explica Husni.
A grande ilusão do tempo de festa
por Eli Halfoun
Todo fim de ano a gente faz tudo sempre igual: está começando outra vez a corrida para compras de Natal. Parece ser uma época feliz, mas sabemos que não é assim para grande parcela da população sem condições de, como manda a tradição, desfrutar de uma mesa farta (aliás, hábito gastronômico que nada tem a ver com a nossa realidade salarial e o nosso clima e agora também com uma quase imposição médica que proíbe alimentos calóricos e gordurosos). Há um grande entusiasmo dos lojistas (esses sim sorridentes com lucros nesse período festivo). Não é para menos: até dezembro o 13º salário injetará bilhões na economia brasileira.
Especialistas orientam que se gaste apenas 30% do 13º salário nas compras de Natal, mas supostamente vantajosas ofertas comprometem o dinheiro extra que geralmente já chega comprometido com dívidas acumuladas durante o ano - dívidas na maioria das vezes com serviços essenciais como contas de luz, gás, água, telefone e remédios adquiridos com cheques pré-datados: as doenças não esperam por dias financeiramente melhores.
É nesse período que a taxa de desemprego diminui e os governos (federal, estadual e municipal) costumam orgulhar-se como se o mérito fosse de suas administrações e não apenas por conta do período festivo que independe de qualquer interferência governamental. É festa e pronto.
A criação de novos empregos nessa época do ano é apenas mais uma ilusão de Natal. São empregos provisórios que deixam de existir assim que a festa termina. Até quando tudo nesse país terá que ser provisório?
Todo fim de ano a gente faz tudo sempre igual: está começando outra vez a corrida para compras de Natal. Parece ser uma época feliz, mas sabemos que não é assim para grande parcela da população sem condições de, como manda a tradição, desfrutar de uma mesa farta (aliás, hábito gastronômico que nada tem a ver com a nossa realidade salarial e o nosso clima e agora também com uma quase imposição médica que proíbe alimentos calóricos e gordurosos). Há um grande entusiasmo dos lojistas (esses sim sorridentes com lucros nesse período festivo). Não é para menos: até dezembro o 13º salário injetará bilhões na economia brasileira.
Especialistas orientam que se gaste apenas 30% do 13º salário nas compras de Natal, mas supostamente vantajosas ofertas comprometem o dinheiro extra que geralmente já chega comprometido com dívidas acumuladas durante o ano - dívidas na maioria das vezes com serviços essenciais como contas de luz, gás, água, telefone e remédios adquiridos com cheques pré-datados: as doenças não esperam por dias financeiramente melhores.
É nesse período que a taxa de desemprego diminui e os governos (federal, estadual e municipal) costumam orgulhar-se como se o mérito fosse de suas administrações e não apenas por conta do período festivo que independe de qualquer interferência governamental. É festa e pronto.
A criação de novos empregos nessa época do ano é apenas mais uma ilusão de Natal. São empregos provisórios que deixam de existir assim que a festa termina. Até quando tudo nesse país terá que ser provisório?
Sósia da Angelina Jolie
Mais anzol no futebol do "Peixe"
por Eli Halfoun
Todo mundo sabe que independente do que aconteça nas partidas, fora de campo o futebol é um grande e lucrativo negócio, que atrai a atenção até de fortes bancos, pensando sempre nos bons resultados financeiros e não exatamente nos dos jogos. De olho nesse rentável negócio um grupo de empresários paulistas está de olho no Santos. São (ou se dizem) todos torcedores do “peixe” desde os tempos de Pelé. A proposta é criar um fundo de investimento para gerir o clube já a partir do ano que vem quando de saída seria criado também um Departamento de Futebol terceirizado para esse fundo sem nenhuma ingerência da direção do clube nessa área. Os empresários Roberto Setúbal (Itaú) e Fabio Barbosa (Santander) além do senador Aloísio Mercadante já apresentaram o projeto ao atual presidente do Santos, Marcelo Teixeira, que não mordeu a apetitosa isca e descartou a idéia: não quer ver o Santos no banco de jeito nenhum, até porque sabe que assim o peixe será fisgado pelo anzol da fritura econômica. E não quer o Santos frito e mal pago. Nem bem pago também.
Quando a idade é o limite da burrice
por Eli Halfoun
Não é preciso procurar muito para perceber que alguns dos melhores profissionais da Rede Globo, especialmente no elenco de novelas, estão no chamado bloco da terceira idade. Exemplos: Glória Menezes, Regina Duarte, Yoná Magalhães, Tarcísio Meira, Pedro Paulo Rangel, Antonio Fagundes, Stenio Garcia, Lima Duarte e muitos outros. Se nas novelas e em vários outros programas os artistas mais velhos são prestigiados, aplaudidos e respeitados o mesmo não acontece em outros setores. Agora mesmo a garota-propaganda (linda por sinal) Adriana Colin, que é sem dúvida e sem exagero uma das atrações do Domingão do Faustão recebeu cartão vermelho ou bilhete azul, como se dizia antigamente. Adriana, que foi Miss São Paulo em 1989 e segunda colocada no concurso Miss Brasil não dará mais o ar de sua graça no programa porque o Departamento Comercial a considera velha para continuar desempenhando a função de, digamos, “vender” produtos. É burrice: o fato de ser mais velha é um ponto positivo para o trabalho de Adriana, que por conta da idade e da experiência, lhe dá inegavelmente maior credibilidade. Mesmo assim o Departamento Comercial da Rede Globo sugeriu sua “dispensa”, palavra mais gentil para demissão e que desemprega do mesmo jeito. Não se sabe se a Rede Globo adotará a mesma e burra filosofia de trabalho (ou seria de desemprego?) em todos os programas. Se o fizer acabará tendo que exibir “Malhação” o dia inteiro. E aí será uma tortura.
Não é preciso procurar muito para perceber que alguns dos melhores profissionais da Rede Globo, especialmente no elenco de novelas, estão no chamado bloco da terceira idade. Exemplos: Glória Menezes, Regina Duarte, Yoná Magalhães, Tarcísio Meira, Pedro Paulo Rangel, Antonio Fagundes, Stenio Garcia, Lima Duarte e muitos outros. Se nas novelas e em vários outros programas os artistas mais velhos são prestigiados, aplaudidos e respeitados o mesmo não acontece em outros setores. Agora mesmo a garota-propaganda (linda por sinal) Adriana Colin, que é sem dúvida e sem exagero uma das atrações do Domingão do Faustão recebeu cartão vermelho ou bilhete azul, como se dizia antigamente. Adriana, que foi Miss São Paulo em 1989 e segunda colocada no concurso Miss Brasil não dará mais o ar de sua graça no programa porque o Departamento Comercial a considera velha para continuar desempenhando a função de, digamos, “vender” produtos. É burrice: o fato de ser mais velha é um ponto positivo para o trabalho de Adriana, que por conta da idade e da experiência, lhe dá inegavelmente maior credibilidade. Mesmo assim o Departamento Comercial da Rede Globo sugeriu sua “dispensa”, palavra mais gentil para demissão e que desemprega do mesmo jeito. Não se sabe se a Rede Globo adotará a mesma e burra filosofia de trabalho (ou seria de desemprego?) em todos os programas. Se o fizer acabará tendo que exibir “Malhação” o dia inteiro. E aí será uma tortura.
"Não quero apagão no meu governo"
por DeBarros
Amigos, não posso acreditar que depois deste acidente, do APAGÃO, o Ministro das Minas e Energia venha a público para dizer que o acidente está encerrado e não se fala mais nisso. Como? Já estamos na Ditadura daquele que não se pode dizer o nome? O direito do cidadão de se expressar e comentar erros e acertos do governo está suprimido? A grande vontade, realmente, do inexplicável senhor – ninguém sabe o que ele faz no governo a não ser defender o Ditador da Venezuela – Marco Aurélio Garcia é implantar no Brasil, senão igual, uma ditadura semelhante à da Venezuela. O M. das Minas e Energia, que disse para não se falar mais no assunto do APAGÃO, deve comungar das mesmas ideias desse comunista fracassado.Aquele que não se pode dizer o nome quer empurrar, por nossas goelas abaixo, essa senhora que fracassou como Ministra das M. e Energias e que possibilitou esse vergonhoso APAGÃO, para ser Presidente do Brasil. Ora, brincadeira tem hora, aquele que não se pode dizer o nome, essa senhora é incompetente. Imagina que há duas semanas atrás, ela teve a coragem de falar em público, que estava afastada a hipótese de APAGÃO. Neste governo não ocorreria APAGÃO. E somos obrigados a ouvir sandices dessa natureza?
Ainda me lembro, como se fosse hoje. Aquele que não se pode dizer o nome, chamou essa senhora e nomeou-a Ministra das M. e Energia dizendo em alto e bom som. Não quero APAGÃO no meu governo. E agora? Como é que fica?
Essa história de raios e trovões é que fizeram o APAGÃO é mentirosa, falaciosa e é uma afronta à inteligência do brasileiro. Está provado que no local em que ocorreu o acidente, não foram raios que provocaram o desligamento de energia para mais de 10 Estados. Foi erro e incompetência MESMO. Foram mais de 3 horas sem luz em mais de 10 Estados e vem o Ministro das M e Energia dizer que o assunto está encerrado e não se fala mais nele? então, como desconfiava, estamos marchando aceleradamente para uma Ditadura nos moldes do Chavismo da Venezuela.
Biopirata inglês
A Polícia Federal prendeu no Aeroporto Tom Jobim (Galeão) um pilantra inglês que tentava embarcar para a Europa contrabandeando mil aranhas. É biopirataria explícita, um crime internacional em ascensão e do qual o Brasil, por ter uma biodiversidade ímpar, é vítima maior. A boa notícia é que a PF e os agentes do Ibama estão ativos. O inglês contrabandista pode ser multado em R$4 milhões. As aranhas serão periciadas, catalogadas por espécie, antes de serem devolvidas ao seu habitat. Para o tal inglês, o melhor habitat é mesmo uma cela.
Um pirulito para disfarçar
por Eli Halfoun
Sabe quando você não dá ou faz tudo o que o seu filho precisa e depois para compensar a própria culpa passa a mão na cabeça dele e oferece um pirulito como se isso fosse o máximo. É mais ou menos assim que o governo age em relação aos negros toda vez que se criam cotas ou planos especiais na tentativa de compensar as oportunidades sociais que sempre lhe foram de uma forma ou de outra negadas. Primeiro foram as cotas nas Universidades. Agora o governo anuncia, através do Ministério do Trabalho, a implantação a partir da próxima semana do Plano de Qualificação Profissional com recorte social e racial.
A promessa (promessas, sempre elas) é a de capacitar 25 mil negros que estão desempregados nos 26 estados e no Distrito Federal. Minas Gerais, Rio de Janeiro e Matogrosso oferecerão 6.945, 3.860 e 2.940 vagas, respectivamente, o que é uma pequena esmola em ralação ao número de desempregados (negros e brancos) que o país acumula como se fosse um troféu. O Planseq oferecerá, entre outros, cursos de carpinteiro, mecânico de motos, borracheiro, eletricista, operador de telemarketing, recepcionista, gerente de supermercado e cuidador de pessoas com doença falcifone – a doença mais comum da população brasileira, que diminui a circulação provocando dor e destruição dos glóbulos vermelhos. A doença acomete principalmente a população negra.
Deixa ver se entendi: quer dizer que só terá chance nos cursos oferecidos pelo Planseg o negro que teve a sorte de estudar, na infância, pelo menos um pouquinho, o que sabemos não acontece. Os que não tiveram a sorte de ir ao colégio nem para comer merenda continuarão convivendo com o terrível fantasma do desemprego e da falta de capacitação profissional que, aliás, não precisaria de cotas e muito menos de plano especiais (geralmente demagógicos) se desde a infância lhes dessem o direito de ser, como se diz popularmente, alguém na vida. Não é um favor. É obrigação do governo. Qualquer governo.
Deixa ver outra vez se entendi: doenças genéticas não costumam ter cura, mas é claro que podem ser retardadas e tratadas desde o início. Então, não é hora de mobilizar também o Ministério da Saúde: não adianta muito criar capacitação para a conquista de empregos (não esqueçam, por favor, de criar também os empregos) se o cidadão negro estiver doente e, portanto, não puder trabalhar.
Nada contra a criação de planos para, enfim, olhar para os negros com mais atenção, mas não será dando um “pirulito” e criando cotas que os problemas serão resolvidos agora e no futuro. Daqui a pouco vão querer criar cotas para os negros até nas escolas de samba.
Sabe quando você não dá ou faz tudo o que o seu filho precisa e depois para compensar a própria culpa passa a mão na cabeça dele e oferece um pirulito como se isso fosse o máximo. É mais ou menos assim que o governo age em relação aos negros toda vez que se criam cotas ou planos especiais na tentativa de compensar as oportunidades sociais que sempre lhe foram de uma forma ou de outra negadas. Primeiro foram as cotas nas Universidades. Agora o governo anuncia, através do Ministério do Trabalho, a implantação a partir da próxima semana do Plano de Qualificação Profissional com recorte social e racial.
A promessa (promessas, sempre elas) é a de capacitar 25 mil negros que estão desempregados nos 26 estados e no Distrito Federal. Minas Gerais, Rio de Janeiro e Matogrosso oferecerão 6.945, 3.860 e 2.940 vagas, respectivamente, o que é uma pequena esmola em ralação ao número de desempregados (negros e brancos) que o país acumula como se fosse um troféu. O Planseq oferecerá, entre outros, cursos de carpinteiro, mecânico de motos, borracheiro, eletricista, operador de telemarketing, recepcionista, gerente de supermercado e cuidador de pessoas com doença falcifone – a doença mais comum da população brasileira, que diminui a circulação provocando dor e destruição dos glóbulos vermelhos. A doença acomete principalmente a população negra.
Deixa ver se entendi: quer dizer que só terá chance nos cursos oferecidos pelo Planseg o negro que teve a sorte de estudar, na infância, pelo menos um pouquinho, o que sabemos não acontece. Os que não tiveram a sorte de ir ao colégio nem para comer merenda continuarão convivendo com o terrível fantasma do desemprego e da falta de capacitação profissional que, aliás, não precisaria de cotas e muito menos de plano especiais (geralmente demagógicos) se desde a infância lhes dessem o direito de ser, como se diz popularmente, alguém na vida. Não é um favor. É obrigação do governo. Qualquer governo.
Deixa ver outra vez se entendi: doenças genéticas não costumam ter cura, mas é claro que podem ser retardadas e tratadas desde o início. Então, não é hora de mobilizar também o Ministério da Saúde: não adianta muito criar capacitação para a conquista de empregos (não esqueçam, por favor, de criar também os empregos) se o cidadão negro estiver doente e, portanto, não puder trabalhar.
Nada contra a criação de planos para, enfim, olhar para os negros com mais atenção, mas não será dando um “pirulito” e criando cotas que os problemas serão resolvidos agora e no futuro. Daqui a pouco vão querer criar cotas para os negros até nas escolas de samba.
Olha o barraco!!!!!!!
por Omelete
Vida de repórter não é facil. Ainda em consequência do apagão, jornalistas da Globo e da Record disputaram quase a tapa uma entrevista com o secretário de Minas e Energia Marcio Zimmerman. O vídeo está no You Tube. Uma perguntinha? Não teria sido mais fácil e mais civilizado a assessoria do ministério ter organizado uma entrevista coletiva? Clique no link Barraco na TV
Vida de repórter não é facil. Ainda em consequência do apagão, jornalistas da Globo e da Record disputaram quase a tapa uma entrevista com o secretário de Minas e Energia Marcio Zimmerman. O vídeo está no You Tube. Uma perguntinha? Não teria sido mais fácil e mais civilizado a assessoria do ministério ter organizado uma entrevista coletiva? Clique no link Barraco na TV
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Durante o apagão, dois meios (rádio e twitter) foram a mensagem
por Gonça
Ontem, durante o apagão, o twitter bombou. Eram milhares de mensagens sobre o assunto. Mas outro meio também brilhou no escuro: sem acesso à TV, muita gente ligou o radinho de pilha para tentar entender o que estava acontecendo. As rádios Band News e CBN acionaram seus correspondentes em outras capitais e, ao mesmo tempo, usaram seus próprios twitters para relatar as consequências da queda geral de energia em 800 cidades. Twiteiros de todo o país contavam o que estava acontecendo nas suas cidades e os âncoras das rádios liam os relatos. Rádio e twitter: uma inesperada e ativa dobradinha.
Ontem, durante o apagão, o twitter bombou. Eram milhares de mensagens sobre o assunto. Mas outro meio também brilhou no escuro: sem acesso à TV, muita gente ligou o radinho de pilha para tentar entender o que estava acontecendo. As rádios Band News e CBN acionaram seus correspondentes em outras capitais e, ao mesmo tempo, usaram seus próprios twitters para relatar as consequências da queda geral de energia em 800 cidades. Twiteiros de todo o país contavam o que estava acontecendo nas suas cidades e os âncoras das rádios liam os relatos. Rádio e twitter: uma inesperada e ativa dobradinha.
Longe da "marolinha", a Mesbla volta on line
por Eli Halfoun
Mesmo que se leia diária e atentamente as reportagens sobre a nossa economia é difícil, muito difícil, entender o assunto até porque os artigos econômicos nunca nos permitem absorver nada não só porque não explicam direito mas também porque ainda utilizam um “economês” que necessita de uma boa tradução. O que mais se lê é que a nossa economia superou a tal “marolinha”, que as coisas ainda estão pretas, existe grande inadimplência e que o comércio está falindo. No meio desse turbilhão chega notícia de que a velha Mesbla, uma das mais famosas redes varejista do país, que faliu em 1990, voltará em abril do ano que vem. Inicialmente seu foco serão os artigos femininos vendidos em circuito fechado a apenas 75 mil consumidores para testar o sistema e-commerce no Brasil. A ainda não anunciada oficialmente mas já acertada volta da Mesbla está sendo movimentada pelo Mercantil Brasileiro a partir de um contrato assinado com Ricardo Mansur, dono da marca. Somente depois de testar a venda para convidados é que a Mesbla se instalará em novas lojas. Espera-se que nessa nova empreitada pelo menos o relógio da Mesbla, antes instalado no prédio onde funciona hoje uma Lojas Americanas, na Lapa, Rio, não perca o rumo. Nem a hora. (Na foto, o prédio da extinta Mesbla, com o famoso relógio)
Mesmo que se leia diária e atentamente as reportagens sobre a nossa economia é difícil, muito difícil, entender o assunto até porque os artigos econômicos nunca nos permitem absorver nada não só porque não explicam direito mas também porque ainda utilizam um “economês” que necessita de uma boa tradução. O que mais se lê é que a nossa economia superou a tal “marolinha”, que as coisas ainda estão pretas, existe grande inadimplência e que o comércio está falindo. No meio desse turbilhão chega notícia de que a velha Mesbla, uma das mais famosas redes varejista do país, que faliu em 1990, voltará em abril do ano que vem. Inicialmente seu foco serão os artigos femininos vendidos em circuito fechado a apenas 75 mil consumidores para testar o sistema e-commerce no Brasil. A ainda não anunciada oficialmente mas já acertada volta da Mesbla está sendo movimentada pelo Mercantil Brasileiro a partir de um contrato assinado com Ricardo Mansur, dono da marca. Somente depois de testar a venda para convidados é que a Mesbla se instalará em novas lojas. Espera-se que nessa nova empreitada pelo menos o relógio da Mesbla, antes instalado no prédio onde funciona hoje uma Lojas Americanas, na Lapa, Rio, não perca o rumo. Nem a hora. (Na foto, o prédio da extinta Mesbla, com o famoso relógio)
A saideira que não sai
por Eli Halfoun
Todo cuidado é pouco: dezembro está na bica e com ele os tradicionais (alguns chatíssimos) encontros de confraternização, sempre uma bela desculpa para encher o pote. Aí é que mora o perigo: sempre se perde a noção da quantidade de álcool consumido e por conta disso, o que era uma festa pode terminar em desastre muitas vezes fatal. Nada contra quem bebe (já fui muito bom de copo), mas tudo a favor de quem sabe beber e beber é uma arte que precisa ser saboreada e não uma maneira descontrolada e nada prazerosa de ficar de porre.De vez em quando o porre é inevitável. É sempre ruim: tira o prazer, principalmente no dia seguinte, do que deveria ser um delicioso esporte de levantar o copo.
Depois de cada confraternização haverá vai ter muita gente reclamando ainda mais da Lei Seca, que só existe porque não aprendemos a nos impor limites (é muito chato beber com limites) na hora de tomar mais uma, outra e mais outra até a saideira que não termina nunca. Agora a vigilância da Lei Seca ficará necessariamente maior e não se pode negar que mesmo cometendo exageros (o tal do bafômetro é um vexame) tem sido muito eficiente. Desde que começou, a Lei Seca permitiu que 394 pessoas escapassem da morte, de ferimentos ou de colisões, índice que representa, segundo dados oficiais, uma queda de 26,7% no número de acidentados em relação a outubro de 2008.. Estudo realizado com base nos dados do Grupamento de Socorro de Emergência do Corpo pode Bombeiros revela ainda que foram contabilizadas 1.082 vítima vítimas de acidentes em outubro contra 1.476 do mesmo mês em 2008. A Lei Seca salvou, segundo cálculos oficiais, 2.800 pessoas até o último mês de outubro em relação ao mesmo período do ano passado.
Nos oito meses da operação Lei Seca foram abordados 102.099 motoristas e mais de 96 mil foram submetidos ao teste de bafômetro. Com esse trabalho de fiscalização foram aplicadas 20.200 multas e 3.700 veículos foram rebocados, além do recolhimento de 8.195 carteiras de habilitação e mais a aplicação de 1.562 sanções administrativas e 517 criminais. Motoristas beberrões ( vale sempre lembrar que “se dirigir não beba”) tentam escapar das blitze e utilizam a internet, especialmente o twitter, para ser informar sobre os locais em que a fiscalização está atuando, o que, convenhamos, é tentar submeter-se a um risco desnecessário já que, queiramos ou não, uma blitz desse tipo pode salvar a vida do motorista (e caronas) de quem, exagerou no chopinho amigo. É preciso também levar em conta que muita gente quer fugir de uma blitz porque sabe que ela pode ser falsa (como muitas ultimamente) para facilitar assaltos. A verdade é que bêbados ou sóbrios, estamos vivendo (nesse período de esta muito mais) na cidade do “mãos ao alto”.
Todo cuidado é pouco: dezembro está na bica e com ele os tradicionais (alguns chatíssimos) encontros de confraternização, sempre uma bela desculpa para encher o pote. Aí é que mora o perigo: sempre se perde a noção da quantidade de álcool consumido e por conta disso, o que era uma festa pode terminar em desastre muitas vezes fatal. Nada contra quem bebe (já fui muito bom de copo), mas tudo a favor de quem sabe beber e beber é uma arte que precisa ser saboreada e não uma maneira descontrolada e nada prazerosa de ficar de porre.De vez em quando o porre é inevitável. É sempre ruim: tira o prazer, principalmente no dia seguinte, do que deveria ser um delicioso esporte de levantar o copo.
Depois de cada confraternização haverá vai ter muita gente reclamando ainda mais da Lei Seca, que só existe porque não aprendemos a nos impor limites (é muito chato beber com limites) na hora de tomar mais uma, outra e mais outra até a saideira que não termina nunca. Agora a vigilância da Lei Seca ficará necessariamente maior e não se pode negar que mesmo cometendo exageros (o tal do bafômetro é um vexame) tem sido muito eficiente. Desde que começou, a Lei Seca permitiu que 394 pessoas escapassem da morte, de ferimentos ou de colisões, índice que representa, segundo dados oficiais, uma queda de 26,7% no número de acidentados em relação a outubro de 2008.. Estudo realizado com base nos dados do Grupamento de Socorro de Emergência do Corpo pode Bombeiros revela ainda que foram contabilizadas 1.082 vítima vítimas de acidentes em outubro contra 1.476 do mesmo mês em 2008. A Lei Seca salvou, segundo cálculos oficiais, 2.800 pessoas até o último mês de outubro em relação ao mesmo período do ano passado.
Nos oito meses da operação Lei Seca foram abordados 102.099 motoristas e mais de 96 mil foram submetidos ao teste de bafômetro. Com esse trabalho de fiscalização foram aplicadas 20.200 multas e 3.700 veículos foram rebocados, além do recolhimento de 8.195 carteiras de habilitação e mais a aplicação de 1.562 sanções administrativas e 517 criminais. Motoristas beberrões ( vale sempre lembrar que “se dirigir não beba”) tentam escapar das blitze e utilizam a internet, especialmente o twitter, para ser informar sobre os locais em que a fiscalização está atuando, o que, convenhamos, é tentar submeter-se a um risco desnecessário já que, queiramos ou não, uma blitz desse tipo pode salvar a vida do motorista (e caronas) de quem, exagerou no chopinho amigo. É preciso também levar em conta que muita gente quer fugir de uma blitz porque sabe que ela pode ser falsa (como muitas ultimamente) para facilitar assaltos. A verdade é que bêbados ou sóbrios, estamos vivendo (nesse período de esta muito mais) na cidade do “mãos ao alto”.
Chatas de galocha
por Eli Halfoun
Está ficando chata essa brincadeira de pique-esconde que Madonna anda fazendo com seus fãs desde que desembarcou no Brasil. Isso sempre acontece porque artistas estrangeiros acham que fazem um grande favor de vir ao Brasil e também porque os fãs (brasileiros ou não) lhes dão muita confiança. Eu era um jovem repórter (e não vai aí nenhum saudosismo) quando fui escalado pelo jornal (uma perfeita escola) Ultima Hora, para acompanhar os passos da visita de Brigitte Bardot (na época ela era mesmo uma gracinha, como diria Hebe Camargo) e se escondia da imprensa e dos fãs, o que lhe rendeu a primeira página dos jornais durante pelo menos uma semana (artistas reclamam da mídia e dos fãs, mas sempre precisam dos dois. Cansada da brincadeira, que repetiu até na época desconhecida Búzios) Brigitte Bardot parou de esconder-se, ou seja, apareceu na janela, se deixou fotografar virou figurinha fácil. Tão fácil que acabou ficando desinteressante para a mídia que a transformou em uma quase notinha de rodapé. Lembro que ficou tão fácil dar de cara com a deliciosa BB em restaurantes e boates que não se olhava para ela com entusiasmada admiração e prazer. Pelo contrário: quando alguém anunciava que Brigitte Bardot estava chegando os assíduos frequentadores de badalados pontos de encontro noturnos (como a antiga Fiorentina, no Leme, Rio) ficavam incomodados a ponto de alguém alertar: “Vamos embora porque lá vem aquela chata”. Madonna também acabará cansando da brincadeira e ficará desinteressante até para as fãs que, como comentou uma, acham que “ela não quer aparecer para não mostrar a verdade das rugas de sua idade”. E como Brigitte Bardot, Madonna também ficará uma chata. Pior: uma chata que ainda por cima canta. (Na reprodução, BB na capa da Manchete)
Está ficando chata essa brincadeira de pique-esconde que Madonna anda fazendo com seus fãs desde que desembarcou no Brasil. Isso sempre acontece porque artistas estrangeiros acham que fazem um grande favor de vir ao Brasil e também porque os fãs (brasileiros ou não) lhes dão muita confiança. Eu era um jovem repórter (e não vai aí nenhum saudosismo) quando fui escalado pelo jornal (uma perfeita escola) Ultima Hora, para acompanhar os passos da visita de Brigitte Bardot (na época ela era mesmo uma gracinha, como diria Hebe Camargo) e se escondia da imprensa e dos fãs, o que lhe rendeu a primeira página dos jornais durante pelo menos uma semana (artistas reclamam da mídia e dos fãs, mas sempre precisam dos dois. Cansada da brincadeira, que repetiu até na época desconhecida Búzios) Brigitte Bardot parou de esconder-se, ou seja, apareceu na janela, se deixou fotografar virou figurinha fácil. Tão fácil que acabou ficando desinteressante para a mídia que a transformou em uma quase notinha de rodapé. Lembro que ficou tão fácil dar de cara com a deliciosa BB em restaurantes e boates que não se olhava para ela com entusiasmada admiração e prazer. Pelo contrário: quando alguém anunciava que Brigitte Bardot estava chegando os assíduos frequentadores de badalados pontos de encontro noturnos (como a antiga Fiorentina, no Leme, Rio) ficavam incomodados a ponto de alguém alertar: “Vamos embora porque lá vem aquela chata”. Madonna também acabará cansando da brincadeira e ficará desinteressante até para as fãs que, como comentou uma, acham que “ela não quer aparecer para não mostrar a verdade das rugas de sua idade”. E como Brigitte Bardot, Madonna também ficará uma chata. Pior: uma chata que ainda por cima canta. (Na reprodução, BB na capa da Manchete)
A Amazônia é nossa. Ainda
por Eli Halfoun
O Brasil orgulha-se da ainda nossa Amazônia e, embora a Amazônia Legal concentre dez estados, não é neles que a União mais gasta com seu pessoal (os que trabalham, a minoria, e os que não trabalham, a maioria – e bota maioria nisso). Os maiores gastos (77%) da União com pessoal acontecem em Brasília com 60%, seguida do Rio com 17,5%. Apenas 3,98% são “aplicados” em pessoal da Amazônia. Alguns dados importantes: a Amazônia é a região compreendida pela bacia do Rio Amazonas (a mais extensa do mundo), formada por 25 mil km de rios navegáveis em cerca de 6.9 % de km quadrados, dos quais 3,8 milhões de km estão no Brasil. A chamada Amazônia Legal abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, parte do Maranhão e cinco municípios de Goiás. Representa 59% do território brasileiro, distribuído por 775 municípios, onde viviam, segundo o censo de 2002, 20,3% milhões de pessoas (12,32% da população nacional). No tamanho a Amazônia é nossa. Resta saber até quando. Ou seja: o Brasil não pode bobear. Os estrangeiros estão com os olhos cada vez mais compridos. E gulosos.
O Brasil orgulha-se da ainda nossa Amazônia e, embora a Amazônia Legal concentre dez estados, não é neles que a União mais gasta com seu pessoal (os que trabalham, a minoria, e os que não trabalham, a maioria – e bota maioria nisso). Os maiores gastos (77%) da União com pessoal acontecem em Brasília com 60%, seguida do Rio com 17,5%. Apenas 3,98% são “aplicados” em pessoal da Amazônia. Alguns dados importantes: a Amazônia é a região compreendida pela bacia do Rio Amazonas (a mais extensa do mundo), formada por 25 mil km de rios navegáveis em cerca de 6.9 % de km quadrados, dos quais 3,8 milhões de km estão no Brasil. A chamada Amazônia Legal abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, parte do Maranhão e cinco municípios de Goiás. Representa 59% do território brasileiro, distribuído por 775 municípios, onde viviam, segundo o censo de 2002, 20,3% milhões de pessoas (12,32% da população nacional). No tamanho a Amazônia é nossa. Resta saber até quando. Ou seja: o Brasil não pode bobear. Os estrangeiros estão com os olhos cada vez mais compridos. E gulosos.
Tiraram o plug da tomada (a turbina é paraguaia?). E quem vai indenizar o baby boom?

por Gonça
Até agora não se sabe a causa do apagão de ontem. Se foi um raio que o parta, se a água de Itiapu saiu pelo ralo, se um técnico tomou uma e outras e tirou o plug da tomada, se a turbina é paraguaia... Nos próximos dias, os especialistas e não-especialistas ouvidos por jornais e Tvs vão encher o saco com cacetadas de explicações. Já começaram. No último apagão, falaram que o pais precisava interligar o sistema para evitar problemas desse tipo. Hoje, diz a Folha, que a interligação das redes é boa, por um lado - uma região pode suprir a outra de energia, se necessário - mas, por outro lado, pode levar um curto localizado ao resto do pais. Vai rolar também uma exploração política do episódio: se a culpa é do governo ou das linhas de transmissão privatizadas. Ou das distribuidoras que não meteram a mão no bolso para construir linhas alternativas. A Folha diz que isso é inadiável mas custa caro e o consumidor deve escolher se quer segurança, com tarifa mais cara, ou risco de apagões. Pra começar, a tarifa que as distribuidoras cobram não é baratinha. ao contrário, descobriu-se agora que por conta dos contratos de concessão embolsam há anos, ilegalmente, bilhões dos consumidores. Bom, aqui em casa, ontem, foi noite de roça. Luz de velas, lanterna, pipoca, radinho de pilha ligado no final do jogo do Vasco, silêncio no alto-falante da comunidade aqui ao lado, hora de tentar checar pelo celular (depois de algumas tentativas, funcionou) se os filhos estão bem, de volta da faculdade e do trabalho. Hoje, o Procon avisa que quem teve prejuízo com aparelhos elétricos ou eletrônicos deve pedir indenização à concessionária da região. Isso, se sua geladeira, ou TV ou computador foram danificados. Mas quem vai indenizar, daqui a nove meses, o baby boom que vem por aí????. Veja a imagem, ou anti-imagem, de Ipanema vista da nossa janela, por celular, ontem.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
As Farc em debate
O jornalista e escritor Fernando Molica, que foi repórter da Manchete, e é autor, entre outros, do livro Ponto de Partida, participa de debate sobre as Farc, na Livraria Da Conde, no Leblon, com o autor colombiano Ecchomo Cetina, que lança no Brasil o livro O Tesouro - uma história de roubo nas Farc (Editora Record). No dia 12 de novembro, às
20h.
20h.
Pílulas sobre o futuro dos jornalistas
por JJcomunic
Leia o que diz o repórter Joshua Benton, do New Journalism Lab, de Harvard, que participou recentemente de um seminário internacional de jornalismo on line, o MediaOn, em São Paulo, realizado pelo portal Terra:
- "Os jornalistas terão de perder a sua arrogância e agir com seres humanos."
- "A busca da qualidade no jornalismo on-line é crescente e com o passar do tempo deve chegar no mesmo padrão dos jornais que temos hoje."
- "O que se fala sobre o Twitter é o mesmo que se dizia dos jornais, que colocavam sempre manchetes curtas, que não contemplavam a matéria como um todo, mas que eram suficientes para chamar a atenção para uma notícia. Não é o único, mas é um caminho que não tem volta".
- "Muitos jornais imaginavam que os tablets (como o Kindle) seriam a salvação. Que o usuário iria disponibilizar US$ 400 para comprar o aparelho e que depois ainda iria investir em uma assinatura para comprar o conteúdo. Não vai ser assim. Com relação aos livros, eles duram um pouco mais do que a notícia, que é imediata."
- "Enquanto que do ponto de vista do jornalista há informação demais, do lado do leitor poderia haver mais coisas. O leitor busca informações e notícias por outros canais que não os tradicionais. É um movimento alavancado pela internet"
- "O papel do jornalista, nessa conjuntura, é atuar mais como filtro das informações online, levando o leitor para outros sites relevantes e direcionando-o para que se aprofunde no conteúdo de seu interesse. Até hoje os jornais têm filtrado conteúdo que poderia ser interessante e dado prioridade apenas a um tipo de informação"
- "Façam o que fazem de melhor, e 'linkem' o resto".
- Benton diz que uma das causas da crise da mídia imprensa, nos Estados Unidos, é a grande extensão territorial do país: "O que dificulta a existência de um grande jornal de tiragem e abrangência nacional. Do outra lado, há um alto número de pessoas conectadas à rede. Além disso, não há como negar os baixíssimos custos da internet quando comparados aos dos meios em papel: um anúncio de ¼ de página, por quatro domingos seguidos, custa em torno de US$ 157 mil dólares, enquanto a mesma propaganda na web sai por US$ 7.500 dólares por todo um mês.
- "Se quer permanecer jornalista, viva on-line o quanto puder. Esse é o conselho mais valioso que posso dar. Faça um blog sobre aquilo por que você se interessa, dissemine isso no Twitter. Aprenda a trabalhar com multimídia, aprenda a usar Flash, programação. O número de pessoas que fazem isso hoje é pequeno. Se você conseguir isso, estará um passo à frente..."
Leia o que diz o repórter Joshua Benton, do New Journalism Lab, de Harvard, que participou recentemente de um seminário internacional de jornalismo on line, o MediaOn, em São Paulo, realizado pelo portal Terra:
- "Os jornalistas terão de perder a sua arrogância e agir com seres humanos."
- "A busca da qualidade no jornalismo on-line é crescente e com o passar do tempo deve chegar no mesmo padrão dos jornais que temos hoje."
- "O que se fala sobre o Twitter é o mesmo que se dizia dos jornais, que colocavam sempre manchetes curtas, que não contemplavam a matéria como um todo, mas que eram suficientes para chamar a atenção para uma notícia. Não é o único, mas é um caminho que não tem volta".
- "Muitos jornais imaginavam que os tablets (como o Kindle) seriam a salvação. Que o usuário iria disponibilizar US$ 400 para comprar o aparelho e que depois ainda iria investir em uma assinatura para comprar o conteúdo. Não vai ser assim. Com relação aos livros, eles duram um pouco mais do que a notícia, que é imediata."
- "Enquanto que do ponto de vista do jornalista há informação demais, do lado do leitor poderia haver mais coisas. O leitor busca informações e notícias por outros canais que não os tradicionais. É um movimento alavancado pela internet"
- "O papel do jornalista, nessa conjuntura, é atuar mais como filtro das informações online, levando o leitor para outros sites relevantes e direcionando-o para que se aprofunde no conteúdo de seu interesse. Até hoje os jornais têm filtrado conteúdo que poderia ser interessante e dado prioridade apenas a um tipo de informação"
- "Façam o que fazem de melhor, e 'linkem' o resto".
- Benton diz que uma das causas da crise da mídia imprensa, nos Estados Unidos, é a grande extensão territorial do país: "O que dificulta a existência de um grande jornal de tiragem e abrangência nacional. Do outra lado, há um alto número de pessoas conectadas à rede. Além disso, não há como negar os baixíssimos custos da internet quando comparados aos dos meios em papel: um anúncio de ¼ de página, por quatro domingos seguidos, custa em torno de US$ 157 mil dólares, enquanto a mesma propaganda na web sai por US$ 7.500 dólares por todo um mês.
- "Se quer permanecer jornalista, viva on-line o quanto puder. Esse é o conselho mais valioso que posso dar. Faça um blog sobre aquilo por que você se interessa, dissemine isso no Twitter. Aprenda a trabalhar com multimídia, aprenda a usar Flash, programação. O número de pessoas que fazem isso hoje é pequeno. Se você conseguir isso, estará um passo à frente..."
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