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sexta-feira, 6 de abril de 2018

SBT demite repórter que chamou guarda municipal de "babaca"

"A repórter do SBT está me chamando de babaca", diz o guarda municipal que gravou em vídeo a reação da jornalista a uma multa por estacionamento em local proibido, ontem, no Centro do Rio de Janeiro.

O vídeo foi postado nas redes sociais e o SBT demitiu a repórter

Melissa Munhoz, que teria ferido "o código de conduta da empresa".

Em nota publicada ontem, o Sindicado dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro denuncia "constrangimento à repórter" e critica a divulgação do vídeo. Até às 14h de hoje, o site do SJPMRJ mostrava dois comentários condenando o apoio da entidade ao comportamento da profissional.
Segundo a nota do sindicato, Melissa Munhoz alega que "o vídeo foi editado".  Em entrevista ao UOL, a repórter argumentou com o guarda que ele deveria advertir antes de multar, mas este respondeu que ia multar ("Porque não gosto da imprensa", teria falado).
O caso foi parar na delegacia onde Melissa Munhoz assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência por Desacato. Ela ainda se queixou, segundo o UOL, que o SBT não mandou ninguém acompanhá-la à delegacia e ouviu apenas um lado da polêmica.
VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI




sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Crise faz marola nas ondas das rádios cariocas

Nervos à flor da pele.

No Sistema Globo, o passaralho está solto e, ao mesmo tempo, pousam nos microfones e ganham espaço pessoas sintonizadas com os canais que levam a Michel, o Temer. E a tensão, que não está apenas nos bastidores, entrou no ar ao vivo.

O comunicador Antonio Carlos desentendeu-se com o repórter Gélcio Cunha.

Aparentemente o âncora entrou em curto ao ouvir o repórter falar em crise.

Na rádio Tupi, o problema não é de ajustes políticos mas de conflito entre empregados e superiores por salários atrasados e do 13°, danos morais, falta de reajuste ticket refeições, FGTS descontado e não repassado para as contas bancárias etc. Na última quarta-feira, Washington Rodrigues, do ‘Show do Apolinho’, fez um comunicado aos ouvintes: “Estamos mantendo o nível de programação da melhor forma possível no ar, mas realmente está muito difícil para todos. Estou aqui há 17 anos, nunca tive problema, mas agora estamos enfrentando um momento difícil. A tensão é muito grande, as pessoas trabalham estressadas”, disse.

Ouça a discussão, no ar, entre Antonio Carlos e Gélcio Cunha. Clique AQUI

sábado, 16 de julho de 2016

Nice e Istambul: terror e crise em nome do fundamentalismo religioso

Promenade des Anglais: de símbolo da arte de viver a palco de tragédia. Foto Nice Tourisme

Cidade cosmopolita, Istambul recebe turistas do mundo inteiro. O fundamentalismo religioso pode poluir o cartão-postal. Foto: Arquivo Panis

por Jean-Paul Lagarride 
Religiões proselitistas quando se impõem a um país e corrompem suas leis são fatores de desagregação. Minam relações pessoais, subjugam comunidades e dinamitam democracias.
O fanatismo e o fundamentalismo, nem se fala.
Essa semana dois trágicos exemplos fizeram jorrar sangue como consequência. O ato terrorista em Nice, França, e os conflitos na Turquia. O primeiro visa destruir um estilo de vida, uma cultura; o segundo é um embate entre a secularização e a islamização da Turquia.
Ambos fazem de vítima a liberdade.
Nice é um porto de lazer e prazer desde o século 18. Atraiu aristocratas, escritores e artistas e hoje é destino para milhões de turistas.
A cosmopolita Istambul, plantada em dois continentes, tinha, já na segunda metade do século 19, trens diários que a ligavam às principais capitais da Europa, e não apenas o luxuoso e lendário Expresso do Oriente que levava ricaços de Paris.
Nos últimos anos, Istambul tornou-se um dos principais destinos turísticos do mundo. A maioria da população é muçulmana. Há estudos que apontam em 66% o índice de praticantes, aqueles que vão às mesquitas pelo menos às sexta-feiras e rezam todos os dias. E há igrejas cristãs e sinagogas no país, que não tem religião oficial inscrita na Constituição. Desde a proclamação da República, em 1923, com o fim do sultanato, a Turquia é um Estado laico. E assim se manteve até o começo dos anos 2000, quando começou a ascensão de um partido islâmico, o AKP. A partir de então, antes como primeiro-ministro e agora como presidente, Recep Tayyip Erdoğan introduziu leis que começam a comprometer o Estado laico. Em pouco mais de 15 anos, as forças fundamentalistas conseguiram dividir a Turquia. O atual conflito armado, com a tentativa de uma parcela do exército para derrubar Erdogan, é parte de jogo.
Aparentemente, a investida do pequeno grupo de militares foi violentamente contida, mas as divergências estarão apenas reprimidas ou recolhidas. Há censura no país, perseguição a jornalistas, presos políticos, além de fortes denúncias de corrupção. Para cada civil que foi ontem às ruas impedir a quartelada, havia milhares em casa que, se não apoiaram a tentativa de golpe, veem com  preocupação a democracia se esfacelar a partir do autoritarismo do atual presidente e temem a implantação de leis religiosas. O Exército já foi tido como uma espécie de guardião dos princípios laicos da República. aparentemente, não o é mais. Ao mesmo tempo, o AKP cresce eleitoralmente. As águas não estão calmas no Bósforo e não há previsão de tempo bom na Turquia. O país participa de organizações ocidentais, como a Otan. Tinha pretensões de entrar para a União Europeia. A configuração política e as perspectivas internas tornam esse objetivo mais distante.