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quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Mídia - O nome é Doha, mas pode chamar de Buenos Aires "min alsahra"

 

Foto Fifa

Reprodução Twitter 

por José Esmeraldo Gonçalves 

Ao pessoal do SporTV: para entender, basta consultar estatísticas confiáveis. Não acreditem no mentiroso Paulo Guedes: Argentina tem Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) melhor do que o do Brasil (quase goleia, está em 40* lugar, nós em 88*) renda per capita mais alta, educação, saúde e distribuição de renda em níveis mais avançados.  Lembrando que a Argentina tem pobreza que os brasileiros mal conhecem pois não vão aos tristes subúrbios de Buenos Aires, por exemplo, em um bairro semelhante ao que viu nascer e crescer Maradona, filho de mãe de ascendência indígena e de pai neto de croata. Ou não saem da Recoleta para dar uma passadia em La Matanza.  Como o Brasil, a Argentina está em crise, mas resiste e tem menos pobreza em função de alguns fundamentos econômicos mais civilizados, especialmente no quesito renda mais justa para os vários segmentos sociais.
As arquibancadas do Catar e as ruas de Doha, no momento uma Buenos Aires "do deserto", mostram algo  dessas diferenças. Compare: o torcedor brasileiro que estava na Copa, em sua maioria, era visivelmente do topo da classe media. Muitos curtiam  mais a viagem,  o shopping e o souk do que o futebol. Uma pesquisa séria mostraria que um grande número deles não frequenta estádios no Brasil. Claro que entre os torcedores da Argentina há ricos que fretaram aviões e que não fazem ideia das letras das tradicionais canções de arquibancada dos seus compatriotas, mas, como a própria TV mostrou, entre eles - e a previsão é que sejam 60 mil na grande final com a França - estão muitos torcedores da Bombonera, Monumental, em Buenos Aires ou do Gigante del Arroyto, em Rosário. 
O que explica isso é a distribuição de renda um pouquinho mais justa. E olha que a Argentina não é nenhuma Suíça. Os hermanos apenas mostram que têm um troco a mais um ou ainda podem se endividar por uma causa importante: ver Messi jogar sua última Copa e dar espetáculo em campo. Nem se endividar os brasileiros podem. Já bateram no teto. Tem gente até fazendo Pix pré-datado. Pois é, existe. Não com esse nome, atende por um apelido mais moderninho: é o Pix agendado.

domingo, 11 de dezembro de 2022

Mídia - Quando Telê perdeu a sua segunda Copa, a Fatos fez essa capa. Tite também é bi-perdedor. Mas, hoje, colocá-lo no alvo seria um risco. É se um CAC leva a sério e usa seu AR-15?


Uma velha capa, o mesmo desfecho. Em 1982, o Brasil perdeu a Copa do Mundo. OK, tínhamos um timaço com Zico, Sócrates, Falcão, Júnior... mas a Itália jogou muito melhor. O técnico era Telê Santana. Em 1986, novamente com Telê Santana, a seleção sucumbiu na Copa do Mundo do México com Zico, Sócrates, Júnior, Branco, Careca, Muller, Mauro Galvão, Falcão, Edinho....

Em 2018, Copa da Rússia, o futebol brasileiro fracassou sob o treinador Tite. Em 2022, com Tite de novo, veio o vexame da desclassificação para a Croácia. 

Repetir treinador perdedor não dá certo? Talvez. Com a derrota, Tite está recebendo as suas primeiras críticas. Desde que assumiu, a mídia não o havia contestado, ao contrário. 

Aliás, só duas pessoas podem se orgulhar de, nos últimos anos, não terem sido alvo dos jornalistas da grande imprensa:Tite e Paulo Guedes. O primeiro passou ao largo de qualquer contestação; o segundo tinha apoio por personificar uma política econômica inteiramente aprovada pelo "mercado" e pela mídia.  Os enormes esqueletos no armário do Guedes surgem podres e ele começa a receber as primeira críticas do baronato da comunicação. Tite entregou a rapadura no Catar e também virou alvo. 

Por falar em alvo, quando Telê desembarcou no Galeão, em 1986, deu de cara com essa capa da revista Fatos. Hoje, uma montagem dessas, além de politicamente incorreta, seria impensável. Com tanto maluco bolsonarista nas ruas, vai que um marginal CAC (sigla para Colecionador, Atirador Desportivo, Caçador) leve a ilustração a sério e descarregue a frustração e impotência no centro do alvo? Melhor ninguém arriscar.    

sábado, 10 de dezembro de 2022

O falso jornalista

Neymar superou lesão e lutou até o fim. Foto de Lucas Figueiredo/CBF/Divulgação

por J.A.Barros 

Trabalhei mais de 50 anos em redações de revistas e jornais, no Rio de Janeiro. Fui  diagramador e chefe de Arte de várias publicações e lidei com um número imenso de jornalistas. 

De todos os jornalistas que conheci e com quem trabalhei tornei-me um admirador da consciência profissional daqueles homens e das suas lutas nas reportagens, críticas e crônicas, sempre ao lado e na defesa da moralidade, da ética, da verdade. Nunca vi nem assisti um jornalista, através de sua matéria, procurar atingir a profissão de quem quer que fosse. O erro sim, se os havia, procuravam denunciar quando atitudes ou atos desonestos atingiam a idoneidade de terceiros. 

Entendo que o jornalista, no regime democrático, deve atuar como guardião da honestidade, da igualdade e na defesa de que todos são iguais diante da lei.  Na minha opinião, o jornalista é um herói da sociedade. Ele deve ser o "paladino", o defensor da lei, da ordem, dos valores, um vigilante em favor da sociedadee e que, através de suas apurações, entrevistas, pesquisas e reportagens assim construídas leva ao grande público leitor a verdade dos fatos. 

E o que é um mau jornalista?

Na televisão, o ex-jogador Casagrande, que se tornou, ou o tornaram, comentarista de futebol, passou a atacar gratuitamente o jogador de futebol Neymar que, sem direito de defesa, assiste seu nome e sua profissão serem enlameados por esse pretensioso jornalista, que nunca foi jornalista, mas se veste como tal 

Agora mesmo, nos jogos da Copa do Mundo, ele critiæcou fortemente os jogadores brasileiros Kaká, Cafu, Roberto Carlos e Ronaldo Fenômeno por estarem na arquibancadas dos estádios, assistindo aos jogos da seleção, vestinto ternos pretos, gravata e paletó. É natural que um comentarista de futebol critique campeões mundias por achar que não estavam vestidos de bermudas ou shorts? Não é querer chamar para si a atenção do público que o assiste? 

Talvez Casagrande não saiba, mas a FIFA instituiu o programa Lendas do Futebol através do qual convida craques campeões, de vários países, que marcaram época nos gramados da Copa do Mundo. Casagrande não faz parte desse grupo. Ele foi convocado para a seleção uma única vez, por Telê, em 1986, viajou para o México, mas não entrou em campo: ficou no banco, era reserva de Careca e Muller. E o Brasil perdeu aquela Copa. 

O Brasil foi eliminado da Copa do Mundo pela Croácia. Empatou de 1X1 no jogo e perdeu de 4X2 nos pênaltis. O gol do Brasil feito na prorrogação foi de Neymar, aliás um belo gol, driblando o goleiro. Mas, mesmo diante desse único gol feito pelo Neymar, Casagrande foi  buscar razões para culpá-lo pela eliminação da Copa. Por decisão do treinador, que o colocou com o quinto jogador brasileiro a cobrar a penalidade, Neymar nem sequer teve a sua vez: a Croácia fechou a conta antes. 

Críticas são válidas, torná-las pessoais, não. Tite, o técnico da seleção, não conseguiu, na minha opinião, formar um time de futebol. Não vamos procurar culpados pela eliminação do Brasil. Se erros aconteceram, vamos procurar na origem na formação desta Seleção. E vamos encontrar muito erros e tentar não repeti-los na próxima seleção a ser formada.O treinador Tite já se colocava como demissionário da função, a seu pedido, ganhando ou não a Copa do Mundo. Outro ciclo vai começar.

Mais uma vez perdemos uma Copa do Mundo por erros e interpretações equivocadas do  comando da seleção brasileira.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Copa do Catar - Faltam três anos, mas a polêmica já chegou: o que o VAR vai aprontar e como ingleses e alemães vão sobreviver sem poder beber cerveja nas ruas...

Na Copa do Mundo do Catar em 2022 o VAR estará em campo. Estreou na Copa da Rússia e foi bem avaliado, mas aí era a Fifa no controle. Quem está detonando a imagem do VAR é a CBF no atual Brasileirão. No recente Corinthians 1 X 0 Vasco, o primeiro tempo foi a 53 minutos. O segundo a 58 minutos. Os nerds do VAR levaram 21 minutos para analisar lances e mesmo assim conseguiram prejudicar o Vasco.

Espera-se que a Fifa não convide o VAR da CBF para atuar na próxima copa, que será disputada entre os dias 21 de novembro e 18 de dezembro de 2022. Quer dizer, a previsão de encerramento é essa. Como o nosso VAR costuma demorar demais em cada checagem, além das lambanças que faz, se for convocado para o Catar o dia do encerramento pode ser uma incógnita. Vai ver a taça será entregue pelo Papai Noel.

Outra questão imprevisível na Copa é a venda de birita. Catar é um teocracia rígida, a população local é enquadrada no alcorão. O governo estuda um liberação parcial para turistas em locais determinados. O problema é sair às ruas. Torcedor que andar trôpego nas ruas pode ser detido.

O Catar não sabe ainda o que fazer com ingleses e alemães cujo habitat é normalmente um engradado de cerveja.

Resta torcer para que em 2022 o VAR não fique bêbado e os torcedores não fiquem sóbrios.