quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Assalto digital: a internet se conecta ao submundo do crime


Título do Metrópoles sobre a investigação da Polícia Federal


por Flávio Sépia

Até o século 20 as zonas de crimes se estabeleciam em bairros normalmente sinistros. Era assim na Chicago nos anos 20, no Brownsville de Nova York até hoje não alcançado pelas luzes de Manhattan, na escura periferia de Londres no fim do século 18 ou nos sujos subúrbios de Paris onde a belle époque nunca chegou. Atualmente a criminalidade digital e chique usa paletó e gravata, dirige BMW, frequenta finos restaurantes, ostenta mansões e Rolex e atua no ambiente asséptico de aplicativos e redes sociais. 

Claro que o crime analógico descamisado ainda tem seu espaço, suas gangues e seus territórios. Nas grandes capitais brasileiras por exemplo. Mas isso não quer dizer que o Brasil não se atualizou nas modernidade. São muitas as modalidades de crime praticadas aqui via internet. 

Os jornais, hoje, revelam um golpe de bilhões praticado por fintechs (abreviatura de  financial technology), que são as startups que operam nos mercados financeiros alavancadas por aplicativos que movimentam grandes somas de dinheiro e emulam sistemas bancários. A Polícia Federal investiga fintechs que "prestam serviços" a empresas e ao crime organizado no ramo de sonegação, ocultação e lavagem de dinheiro fora dos mecanismos oficiais de vigilância. Um procedimento muito lucrativo para os techomeliantes. Se uma empresa está no alvo de credores não haverá contas a bloquear pela justiça. A grana assume poderes de invisibilidade e circula etérea e inatingível.  

Esse é, digamos, um golpe no atacado. Já no varejo é intensa a atuação de muitos dos chamados influencers, seja por meio de rifas 171, venda de produtos inexistentes, falsa captação de doações e uma infinidade de modalidades cujo único objetivo é afanar dinheiro dos incautos ou desatentos. Em esquemas mais organizados operam criminosos especializados em fraudar pix, invadir contas e roubar dados. 

Apesar disso, a internet não é terra sem lei. Os crimes digitais deixam rastros e seus autores podem ser localizados. Mas a tarefa não é fácil. Querem um exemplo? A Justiça Eleitoral bloqueou nas redes sociais as contas de Pablo Marçal, candidato a prefeito de São Paulo, que já foi condenado por golpes bancários e se apresenta como coach e influencer. O que ele fez? Simplesmente abriu novas contas que passaram a veicular as mesmas fake news, ofensas morais e ilegalidades de campanha. Um drible safado e muito comum na lei quando se trata de delinquência digital..

O pior entre as funções derivadas do uso criminoso da tecnologia é a ameaça à democracia. No ambiente político , as redes sociais são capazes de despertar o que de mais doentio pode existir nos porões da sociedade. Você pisca e a tela do seu celular exibe racismo, intolerância, incitação à violência, preconceito, defesa da teocracia, do golpismo, coleções de peças de fascismo e nazismo, exaltação às armas, ódio ao pobre, ao feminismo e à igualdade de gênero. 

A turba que emerge das redes sociais para a vida real já mostrou do que é capaz, como na invasão do Capitólio ou na versão verde-amarela do ataque à democracia, o 8 de Janeiro de recente memória. A democracia não aprendeu a lidar com tantas ameaças. Aprenderá um dia?   

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terça-feira, 20 de agosto de 2024

R.I.P. Ripley, primeiro e único • Por Roberto Muggiati

 


Alain Delon (*) foi o primeiro e o melhor intérprete de Tom Ripley, o personagem criado pela romancista Patricia Highsmith. Em Plein Soleil/O sol por testemunha (1960), dirigido por René Clement, ele encarna à perfeição o cativante e amoral protagonista do filme. Resumindo a história: Tom, que vive à beira da indigência, é contratado por um capitão de indústria milionário para resgatar seu filho (ex-colega de universidade de Tom) da dissipação na dolce vita europeia e trazê-lo de volta para os Estados Unidos a fim de assumir os negócios do pai. A missão fracassa de saída, porque Tom adere ao estilo de vida de Philippe Greenleaf (Maurice Ronet) e desfruta das benesses do seu dinheiro, mas é submetido a toda uma série de humilhações pelo ricaço cheio de caprichos. Quando sente que o entediado Philippe vai se descartar dele, Tom vira o jogo. Num cruzeiro em que os dois estão a sós num iate, mata Philippe com uma pancada de remo e joga o corpo ao mar. Tom assume a identidade do morto, aprende a falsificar sua assinatura e não só se apodera do seu dinheiro como forja um testamento indicando a si mesmo como herdeiro da fortuna dos Greenleaf. O desaparecimento de Philippe é dado como um suicídio e o “talentoso” Sr. Ripley segue em frente, abonado e feliz, em outros quatro romances do que ficou conhecido como a “Riplíada” de Patrícia Highsmith.

René Clement exerce uma cinematografia magistral ao longo dos 135 minutos do filme (rodado em cenários italianos que vão de Roma até Nápoles e a costa amalfitana. Só comete um pecado capital ao distorcer o enredo de Patricia Highsmith num final com a mensagem moralista de “o crime não compensa”: Ripley/Delon sorve um drinque na praia enquanto o iate é içado para a manutenção outonal de praxe. Quando o barco sai totalmente da água, pode-se ver o corpo de Philippe enredado pelas amarras. A polícia se aproxima. Talvez Clement tenha sido forçado pelos produtores ou pela censura. Isso não impediu outros diretores de ressuscitarem o fascinante personagem. Ripley’s Game deu O amigo americano (1977), de Wim Wenders, com Dennis Hopper; e O retorno do talentoso Ripley (2002), de Liliana Cavani, com John Malkovich. Anthony Minghela dirigiu o remake de O sol por testemunha em O talentoso Sr. Ripley (1999), com Matt Damon, um Ripley que clona Chet Baker cantando My Funny Valentine. E Barry Pepper faz o protagonista na versão de Ripley Under Ground/Ripley no limite (2005), dirigido por Roger Spottiswood. Mas nenhum deles chegou perto do talentoso Monsieur Delon, que tinha não só o physique du rôle de Tom Ripley, mas também o seu esprit de corps.

* Alain Delon (1936-2024) morreu aos 88 anos, no último dia 18, em Douchy-Montcorbon, na França, de causa não revelada.

Na capa da Veja São Paulo: Bob Wolfenson, 70 anos


As lentes de Bob Wolfenson espelharam as mais belas mulheres do Brasil. O tempo da Playboy passou, Wolfenson, não. É o que a Veja São Paulo mostra na edição mais recente. Uma frase do renomado fotógrafo: "o acaso é  elemento fundante da fotografia. Mesmo no estúdio, promova o acaso".

A Inteligência Artificial (IA) impulsiona mentiras na campanha de Donald Trump. Será uma prévia do que o Brasil vai ver?





por José Esmeraldo Gonçalves 

A definição de lixo precisa urgentemente de revisão. O atual significado é muito suave para explicar o que é a conta oficial de Donald Trump no X. Há mentiras e manipulação para todos os gostos. Dois posts ainda no ar exemplificam a canalhice do sujeito, aliás um criminoso condenado pela justiça. A IA é sua aliada na sujeira. Um dos posts usa a imagem de Taylor Swift, opositora do meliante republicano, como se fosse sua apoiadora. Outro mostra a candidata democrata Kamala Harris como uma líder comunista falando para uma multidão  fardada em imagem saturada de vermelho.

A campanha de Trump é infelizmente um modelo do que a extrema direita brasileira faz na atual baixaria para a eleição de prefeitos e vereadores. O uso da tecnologia ainda é tosco. Imagine como será na campanha presidencial de 2026. A legislação para coibir as mentiras está parada no Congresso por interesse da extrema direita. Não por acaso.

Mídia - o bom, o mau e o feio

 

Reprodução de O Globo, 18/8/2024

Reprodução de O Globo, 18/8/2024


por Flávio Sépia

Em qualquer país que preza melhor distribuição de renda e mais justiça social, a criação de empregos é boa notícia. 

Não para a mídia dos oligarcas brasileiros. 

O Globo é um jornal que tem um discutível coerência histórica. Exemplos entre muitos? Foi contra o salário mínimo, combate qualquer aumento real das aposentadorias por pouco que seja e fez campanhas contra a instituição do décimo-terceiro salário. 

Os recortes reproduzidos acima são de edição recente. Uma notícia socialmente positiva sobre a atual e acentuada queda do desemprego e uma modesta recuperação do poder de compra dos trabalhadores é destacada como um espécie de catástrofe, um alerta histérico sobre um "abismo" à frente. 

O alinhamento do jornal com o mercado e com os lucros da especulação financeira é algo que chega a níveis de fanatismo neoliberal. "Vendem" o mercado como o "messias" que salva os despossuídos. Nem o sujeito que faz essa análise acredita nesse tipo de argumento que predomina entre os "economistas de mercado", a categoria acadêmica onde a mídia pesca analistas. Não se vê entre as bancadas de áulicos da especulação financeira como dogma um só economista com visão social. Isso apesar das evidências de que o edifício teórico de neoliberalismo apresenta rachaduras dramáticas no mundo inteiro. Por aqui persiste a teoria aloprada do mau e do feio da especulação acima de tudo.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Na capa da Carta Capital...

 

Carta Capital analisa os impactos das próximas eleições para prefeitos e vereadores, que estão mais do que nunca contaminadas pela disputa presidencial de 2026. 

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Alexandre de Moraes é o cíclope que assombra a Folha e apavora a extrema direita



por José Esmeraldo Gonçalves 

Em meio à ofensiva coordenada contra o ministro Alexandre de Moraes e o STF - com foco na manipulação de informações passadas pela extrema direita bolsonarista, conectada com policiais paulistas e com o jornalista estadunidense Glenn Greenwald -, a Folha de São Paulo ultrapassou os limites da ética jornalística e deu um twist carpado na encomenda de provar uma tese inexistente. Agiu como um aplicativo de entregas jornalísticas, onde repórteres podem ser despachados para cumprir pautas demarcadas pelo oligarca controlador da empresa e fotógrafos podem, por indução natural, buscar imagens que façam um macabro pas des deux com o discurso da ultra direita que é o atual GPS ou, quem sabe, a "starlink" do jornal paulistano. Na sequência do "duro", os "informantes" tiraram a escada e deixaram a Folha segurando o pincel. Desde que soltou a falsa "bomba", ela tenta desdizer o que disse, mudar palavras e retocar frases.


No rescaldo do 8 de Janeiro golpista a Folha obrou a famosa a montagem da foto das vidraças do Planalto sobre a figura do Lula com estilhaços registrados em outro espaço da fachada e colados digitalmente sobre o coração do presidente, como se fosse o rastro de uma bala nem um pouco perdida.

O ministro Alexandre de Moraes Moraes, alvo atual de uma operação midiática orquestrada que parece ter o claro objetivo de anulação de provas em processos no TSE, foi agora retratado na capa como um cíclope ameaçador. Só uma análise técnica diria se há manipulação nessa imagem. Aparentemente há discrepâncias de incidência de luz, mas não necessariamente caracterizadas como consequência de manejo digital da foto. Como a Folha já falsificou antes uma imagem vendida como fotojornalismo, a suspeita é valida. A mensagem editorial das duas fotos, tal qual o jornal elaborou nas capas, supera as imagens e talvez até a concepção da autora. Por coincidência, ambas, a dos estilhaços aplicados sobre Lula e a da cena de um Moraes alucinado e ameaçador são da mesma fotógrafa, Gabriela Biló, uma caçadora de esquisitices no sanatório político do Planalto Central.

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Um R.I.P para o "delfim" da ditadura

Jô Sôares (Dr. Sardinha) e Delfim Netto
na capa da Manchete em foto de Rolnan Pìmenta



por José Esmeraldo Gonçalves 

Delfim Netto, ex-ministro da ditadura, morreu ontem em São Paulo aos 96 anos. Em 1968, ele foi um dos signatários do AI-5, que, nos anos seguintes, resultou em brutal ampliação do número de prisões de opositores do regime militar, assassinatos e sessões de tortura. 

Delfim não se incomodava com críticas que o ligavam à ditadura e não renegava o passado, mas tentou se justificar e foi capaz de dizer que não época "não sabia" que a ditadura torturava e matava opositores. Comandou a economia durante dois governos especialmente violentos: de Costa e Silva e Médici. Era tão poderoso que ganhou a alcunha de "czar". 

Ao fim do governo Médici, surgiram rumores discretos de que Delfim tinha apoio militar e poderia ser uma opção civil e confiável em um futuro, mesmo que distante, esgotamento da ditadura. Ernesto Geisel sacou sua carta e antes que o "delfim" de Médici lhe fizesse sombra o enviou para um cargo de luxo, ócio, e distante: embaixador em Paris. Anos depois, o economista foi ministro da Agricultura e ministro do Planejamento no período de João Figueiredo. Recentemente, em entrevista ao UOL, Delfim  afirmou que assinaria novamente o AI-5, aparentemente continuava ignorando torturas e assassinatos do regime militar. 

O economista conquistou bom trânsito e amigos jornalistas na mídia. Tornou-se uma espécie  de comentarista de estimação, em forma de frases tidas como espirituosas. Um desses jornalistas e admiradores o considerava um "frasista genial". Em abril de 2011, em uma das suas falas no progama Canal Livre, da Band, ele cometeu uma dessas genialidades: “Há uma ascensão social visível. A empregada doméstica, infelizmente, não existe mais, ela desapareceu. Quem teve este animal, teve. Quem não teve, nunca mais vai ter". 

De certa forma, Jô Soares e a Manchete deram uma força à popularidade de Delfim. Em 1979, quando fazia sucesso na TV o personagem Dr. Sardinha, que ironizava o ministro, Delfim e Jô aceitaram conversar e posar juntos com exclusividade para a capa da revista. O Dr. Sardinha tranformava em piada a falta de intimidade do então ministro com frutas, legumes, cereais e grãos em geral. Delfim revelou na entrevista que ao receber o convite da Manchete para posar com  Jô pensou em recusar, "temia danos à imagem", segundo disse. Depois concluiu que era uma simples sátira. Ele tinha razão. Ao aderir ao humor e se deixar fotografar ao lado do Dr. Sardinha virou o efeito da gozação, mostrou até o jogo da cintura que não tinha e se tornou simpático diante da enorme audiência do programa do Jô na TV Globo.    

sábado, 10 de agosto de 2024

Tapem os narizes, isso pode acabar em lama. STF quer transparência no esquema do Orçamento Secreto. Bomba política que deixa o Congresso sob tensão é capa da Carta Capital

 


Comentário do blog - Orçamento Secreto, como se sabe, é o esquema financeiro criado no governo de Bolsonaro que permite a generosa distribuição de dinheiro pelo Congresso em um fluxo bilionário de difícil rastreamento. Também conhecido como "festa no interior".

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Com imagem congelada na baixa e saindo na mídia apenas por envolvimento em questões pessoais, Neymar investe pesado nas redes sociais.

Com imagem congelada na baixa, o jogo de Neymar por enquanto está na internet. Mais precisamente nas suas contas oficiais no You Tube, Facebook e Instagram. Tudo é divulgação.Um ponto de marketing praticado pela sua equipe é supervalorizar os treinos com bola e sem bola realizados atualmente pelo brasileiro na Arábia Saudita. Ele ainda não tem data para voltar a jogar, talvez setembro ou outubro. Outro, mais intenso, é acoplar a marca de Neymar a personalidades e atletas com imagem menos rejeitada. Por isso ele apareceu nas tribunas vendo os jogos da recente Copa América, no Estados Unidos. Como o Brasil não deslanchou, a tática foi abortada. O site oficial de Neymar voltou-se para as Olimpíadas e se apressou em parabenizar medalhistas como Rebeca, Gabriel, Raíssa, Bia etc. É uma estratégia conhecida entre gestores de imagem essa de pegar carona em momentos e celebridades menos polêmicas e mais favoráveis. Ocorre que, para voltar a ser protagonista, Neymar não depende das redes sociais. Ele precisará a mostrar em campo que se recuperou e ainda assim terá a desvantagem de estar jogando em um centro secundário do futebol. Quem liga para os clubes da Arábia Saudita? Apenas os jogadores que deixaram a Europa em troca de milhões de euros. Sabe-se que ele considera voltar à Europa. O problema é quando e onde receberá uma proposta. Voltar à seleção é outro objetivo crucial para ele. Todas as possibilidades, contudo, aguardam seu desempenho em campo.

Medida Provisória isenta de taxação prêmios dos atletas olímpicos. "Jabutis" já treinam para também subir nesse pódio. Vai uma carona aí?

Agência Brasil/Reprodução 

Comentário do blog - Nos últimos dias as redes sociais e até veículos jornalísticos que reproduzem conteúdo sem apuração criteriosa espalharam um notícisa falsa: Lula, segundo eles, cobraria imposto de renda em cima dos prêmios pecuniários dos atletas olímpicos brasileiros. 

Ocorre que essa lei foi instituida pela ditadura nos anos 1970. Por ocasião da Olimpíada de Tóquio, em 2021, o governo de Jair Bolsonaro cobrou o imposto dos atletas medalhistas, conforme a legislação. 

A máquina de fake news do fascismo bolsonarista abriu fogo sobre o ministro Haddad até que a Receita Federal explicasse a origem da lei. 

Ontem, Lula assinou uma Medida Provisória que abre uma exceção na taxação desses prêmios. O texto é especifico para premiações do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Paralímpico Brasileiro. 

Tudo certo, é justa a medida.

O problema pode começar no Congresso - o pior de todos os tempos no Brasil - quando a MP for analisada e votada. Uma prática comum entre deputados e senadores é inserir "jabutis" e "contrabandos" em projetos de lei e MPs. Na atual legislatura as iniciativas do governo federal podem ser deformadas por interesses particulares ou de bancadas que atendem a demandas em geral. Na última hora aparecem artigos que fazem a festa de setores ou indivíduos. 

A oposiçao de extrema direita é majoritária e aprova tudo. Vale a especulação: são enormes as chances de algum parlamentar sacar da cartola "jabutis" ou 'contrabandos" de estimação que podem ou não ter a ver com o conteúdo da MP. Um "izperto" poderá incluir prêmios recebidos por personalidades em seminários e encontros corporativos geralmente realizados em Nova York e Lisboa. Sempre se pergunta porque não escolhem como local para esses debates, por exemplo, a aprazível cidade de Arroio dos Ratos, no Rio Grande do Sul. Os "jabutis" poderão despontar sobre as mais diversas pelagens e tamanhos. Um pastor que receba uma remuneração pecuniária de uma entidade estrangeira em uma competiação de soletração de versículos; um concurso na TV italiana sobre a vida da primeira-ministra de extrema direita Giorgia Meloni. Uma maratona em torno do cemitério de Petersburg, na Virgínia, onde está enterrado Olavo de Carvalho, o guru dos bolsonaristas. Agora, sério, é impossível prever até onde vai a criatitividade parlamentar, mas uma coisa é previsível: "jabutis" vão subir no pódio do Congresso quando essa MP for votada.  

Do newsletter Jornalistas&Cia - O colecionador de xícaras

 

Reprodução. Clique na imagem para ampliar a leitura

Em setembro, Jornalistas & Cia comemorará 29 anos de atividade. O diretor Eduardo Ribeiro anuncia uma reformulação editorial que marcará a data. O boletim informativo é uma leitura semanal indispensável aos profissionais que pretendem manter atualização permanente sobre o universo da comunicação e a movimentação do setor corporativo e do mercado em geral. É a nossa tecla F5, mas vai muito além disso. 

A seção Memórias da Redação, por exemplo, recupera "causos" e casos - geralmente bem-humorados - dos bastidores do jornalismo e da atuação dos repórterese e fotógrafos de várias gerações. 

A mais recente edição traz um texto do jornalista Walterson Sardenberg Sobrinho, o Berg, que foi repórter da Manchete e Fatos & Fotos e editor em outras importantes publicações. Reproduzimos acima "Um cafezinho com  Mário Américo" (José Esmeraldo Gonçalves)   


quarta-feira, 7 de agosto de 2024

TBT Suzy Rego - Ex-miss Pernambuco, atriz conta história de bastidores de uma capa da Manchete

 

Em 1984, Suzy Rego concorreu ao Miss Brasil e perdeu o título por apenas um voto. Logo depois do anúncio do resultado, ele posou para a tradicional capa que a Manchete fazia do concurso. Estava triste, segundo contou à TV Cultura em vídeo reproduzido na sua conta no Instagram (centralsuzyrego) ou no Facebook. Ela não sabia que aquele segundo lugar (a Miss Brasil daquele ano foi Ana Elisa Flores, de São Paulo) mudaria sua vida. 

Suzy Rego logo engrenou uma carreira de atriz de teatro e de novelas da Globo. onde trabalhou como contratada durante 18 anos. No vídeo que pode ser acessado no link abaixo ela conta uma história de bastidores daquela sessão de capa da Manchete

https://www.instagram.com/p/C7UcZtSOv2v/

https://www.facebook.com/reel/794256682753211

domingo, 4 de agosto de 2024

"La mano, cadê o eco, la mano". Incidente nada convencional na convenção bolsonarista

Imagem de divulgação reproduzida do Instagram 


Imagem de divulgação reproduzida do Instagram 

O governo de Santa Catarina demitiu funcionário Samuel Moro Jacques, assessor de comunicação digital. Motivo: ele publicou um vídeo em a mão esquerda do governador Jorginho Mello (PL) aparentemente escorrega na zona de segurança de Michelle Bolsonaro durante uma convenção do partido boldonarista PL. Até o momento em que escrevo esse post o governador pernanecia no cargo. O vídeo publicado na página oficial do PL de Santa Catarina viralizou nas redes sociais.

Se Mário Vianna fosse vivo teria pedido a falta - "la mano, cadê o eco, la mano".

*Informação para a geração Z: Mário Vianna era comentarista de arbitragem da Rádio Globo nas décadas de 1960/70. O "lá mano" era um dos seus famosos bordões.

People e Time "descobrem" o fenômeno Rebeca

 





A mídia estadunidense reconheceu Rebeca Andrade como a ginasta que desafia Simone Biles. Mais do que isso, como a Reuters definiu, a brasileira é a atleta que causa "stress" na Biles.