domingo, 23 de julho de 2023

Mídia dá um tragada no lobby do cigarro eletrônico

 

Anúncio reproduzido de O Globo

É forte junto ao Congfresso Nacional o lobby para liberação dos cigarros eletrônicos. Há anos é grande a pressão sobre deputados e senadores, mas agora o jogo é mais pesado.  Gigantes tradicionais e poderosos da indústria do fumo, como a British American Tobacco, aderiram aos dispositivos turbinados para consumo de nicotina e batalham com intensidade nos corredores do Congresso para conquistar legisladores. Aparentemente já recrutam jornalões como O Globo e Valor. O anúncio acima é de um "seminário" patrocinado pela BAT com apoio dos dois veículos, a pretexto de "debater" os vaporizadores de nicotina. 

Os cigarros eletrônicos são liberados nos Estados Unidos e no Reino Unido, por exemplo,  e proibidos em vários países, inclusive no Brasil. Aqui, consumidores, principalmente jovens, compram o vape através de contrabando ou em sites estrangeiros. Venda, importação e publicidade do produto são proibidas, mas um "jeitinho", como a convocação de um "seminário", pode ajudar na divulgação dos vaporizadores e dar um caráter "científico" ao lobby. Cinema, séries e o You Tube veiculam cenas que glamourizam os vape. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) possuem substâncias tóxicas além da nicotina, podem causar doenças respiratórtias, como o enfisema pulmonar, doenças cardiovasculares, dermatite e câncer. Estudos mostram que os níveis de toxicidade podem ser tão prejudiciais quanto os do cigarro tradicional, já que combinam substâncias tóxicas com outras que muitas vezes apenas mascaram os efeitos danosos".  

Para as corporações tudo isso é nada, diante da possibilidade de faturar milhões com os pulmões da rapaziada.

Um comentário:

Ebert disse...

No Brasil lobby é uma espécie de Bater de Munique l: ganha tudo.