domingo, 16 de julho de 2023

Mídia: A armadilha jornalística

por José Esmeraldo Gonçalves

Matéria publicada no portal GGN, assinada por Luís Nassif, revela mais um episódio de extrema gravidade ocorrido nas sombras das ligações expúrias da Lava Jato com certos jornalistas. 

A subserviência de profissionais da mídia aos chinelos dos procuradores e do juiz que conduzia ilegalmente tanto o julgamento quanto as investigaçõese constitui uma das páginas mais vergonhosas do jornalismo brasileiro. 

Quando o Intercept publicou as mensagens trocadas nos porões de Curitiba ficou demonstrada a parceria entre repórteres e editores lavajateiros na divulgação política dos passos nebulosos da investigação. Jornais, revistas, emissoras de TV e rádio, além de sites e mídias sociais recebiam conteúdos com dia e hora marcada para publicação. Jornalistas davam assessoria aos procuradores e sugeriam modos de alcançarem seus objetivos em paralelo com a manipulação das investigações. Dezenas de reportagens "investigativas" - algumas premiadas, o que atualmente soa como piada - eram pautadas pela força-tarefa segundo os interesses do arrastão  jurídico.

Processos viciados foram anulados posteriormente, a  Lava Jato virou lama, mas no que diz respeito ao jornalismo e também à cultura, muita coisa ainda deverá vir à tona. Setores culturais embarcaram no bonde da vergonha. Documentários, filmes e livros de encomenda fizeram a linha auxiliar do golpe contra Dilma Rousseff, da prisão de Lula e do consequente impedimento fraudulento, afinal reconhecido, com o qual Sergio Moro e cúmplices, hoje desmascarados, impediram o atual presidente de concorrer nas eleições de 2018.

Desde a semana passada, as redes sociais repercutem a matéria de Luís Nassif que denuncia a participação do jornalista Andrea Sadi, da Globo News, em um episódio ligado à prisão de Lula. 

Leia a seguir um trecho da matéria do GGN e clique no link abaixo para acesso ao texto compeleto.    

Uma parceria Lava Jato-Globonews que poderia ter terminado em tragédia

Uma das grandes tacadas da Lava Jato, visando ampliar o período de prisão de Lula, ocorreu usando a repórter Andrea Sadi, da Globonews.

por Luis Nassif

jornalggn@gmail.com

Publicado em 14 de julho de 2023, 14:22

Meu artigo sobre as 4 jornalistas do impeachment despertou lembranças em outros colegas. E recebi o seguinte depoimento de colega. Uma das grandes tacadas da Lava Jato, visando ampliar o período de prisão de Lula, ocorreu usando a repórter Andrea Sadi, da Globonews.

"Lula já estava com a prisão decretada, acampado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Na frente, uma multidão solidária a Lula.

A caminho de São Bernardo, um carro com uma jornalista e o advogado Marco Aurélio de Carvalho, quando a jornalista Andrea Sadi deu a notícia de que Lula resistiria à prisão. 

Não era verdade. Lula já tinha acertado com seus advogados que se entregaria. Mas a notícia tinha dois desdobramentos terríveis. O primeiro, a possibilidade de se ordenar a invasão da sede do Sindicato pela Polícia Federal. A segunda, do juiz Sérgio Moro ordenar uma condução humilhante de Lula.

Imediatamente, entraram em contato com Sadi, para que desmentisse a notícia, mas ela se recusou.

Liguei para Marco Aurélio para saber o desfecho da história. Quem evitou o desastre foi a jornalista Natuza Nery. Marco ligou para ela que, imediatamente, desmentiu a notícia, desmanchando a trama".

Leia a matéria completa AQUI


Um comentário:

Norões disse...

Muito bom. É preciso registrar o papel criminoso de veículos e jornalistas que escreveram as páginas mais infames do jornalismo brasileiro na "cobertura" da Lava Jato. Reescrevendo a frase de Fidek Castro a história não os absolverá