segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Depois do Talibã, o figurino da opressão

* Comentário de Roberto Muggiati para a nota
 Depois do Talibã


“Ah, esse Talibã de volta! Por coincidência, vi há poucos dias um filme que tem tudo a ver,
Chasing Freedom/Em busca da liberdade, feito para a TV em 2004. A jovem afgã Meena (Layla Alizada), condenada à morte pelo Talibã por dar aulas a outras jovens (no Afeganistão a mulher é proibida de estudar), consegue chegar aos Estados Unidos sem nenhum documento, pedindo asilo. Seu único contato, uma tia residente nos EUA, morreu há algum tempo e ela fica em custódia sob as autoridades da imigração até conseguir provar quem é. Uma advogada de grandes causas financeiras, Lilly Brock (Juliette Lewis), é forçada por seu escritório, num programa demagógico de voluntariado, a prestar aconselhamento gratuito à refugiada. Caso não consiga asilo, Meena será deportada para o Afeganistão e sumariamente fuzilada pelo Talibã com um tiro na nuca. Juliette Lewis é aquela ninfeta assediada pelo vilão Robert de Niro no filme de Scorseses Cabo do Medo (1991), que lhe valeu a indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante. Embora feito há catorze anos, Em busca da liberdade, além de instigante, é atualíssimo.

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