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quarta-feira, 5 de abril de 2017
Grife de cosméticos é criticada por publicar anúncio considerado racista
por Clara S. Brito
A Nivea, divisão do Oriente Médio, publicou no Facebook uma propaganda de desodorante com foto de uma mulher com a frase 'White is Purity' (Branco é Pureza). Comentários na página associaram o anúncio a slogans hitleristas. A marca recebeu críticas mas, igualmente, provocou posts racistas de neo-nazistas que reforçaram a mensagem.
A Nivea retirou o post do ar. No Brasil, a empresa enviou uma nota ao Estadão:
"A Beiersdorf, grupo detentor da marca NIVEA, esclarece que o post realizado no Facebook de nossa filial no Oriente Médio, referente ao desodorante NIVEA Invisible Black&White, gerou preocupações sobre uma possível discriminação étnica. Lamentamos profundamente a qualquer pessoa que possa ter se ofendido com o conteúdo. Depois de perceber que este post tinha dupla conotação, ele foi imediatamente retirado do ar pela equipe local.
Diversidade e igualdade são valores cruciais da NIVEA. Valorizamos a diferença e acreditamos que a discriminação, direta ou indireta, não deve existir em nossas atividades. Isso se aplica independentemente do sexo, idade, raça, cor da pele, religião, ideologia, orientação sexual ou deficiência. Nem a origem cultural, étnica ou nacional, nem a convicção política ou filosófica têm qualquer relevância."
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2 comentários:
Agora, tudo é racismo. Bem, esse racismo na publicidade vem de muitos anos. Não me lembro de ter visto anúncios de publicidade em apareça um negro. No cinema o negro aparecia sempre como o empregado ou empregada. No filme "O Vento Levou" a baba, a cozinheira, fosse lá o que representava, era sempre uma negra gorda com um pano amarrado na cabeça. Nos anúncios do cigarro Hollywood nunca vi um negro num iate à vela ou jogando Polo. Naquela época nada era considerado racismo. Os anúncios eram bonitos, com imagens e mulheres – brancas e louras – sempre sorrindo demonstrando estar muito feliz. Hoje já aparece bebes negros nos braços de sua mãe – negra – sorridente e feliz. Os tempos mudaram e irá mudar ainda mais. Diz a ciência que o primeiro homem que surgiu na terra era negro.
Racismo agravado, se é que isso pode ser possível, pelo uso no anúncio de uma frase que Hitler usava. Ter retirado o anúncio é merito de empresa, menos mal, mas que usar tal frase não foi gratuito isso não foi. O autor sabia bem o que estava fazendo.
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