quarta-feira, 22 de abril de 2015

Traduzindo...

por Omelete
Lei Rouanet deu dinheiro público para empresa rica
* Em transação bilionária, o Cirque du Soleil, teve seu controle acionário vendido para fundos de investimentos chineses e norte-americanos. O tradicional circo canadense atrais 150 milhões de espectadores em todo o mundo. Mas você sabia que este mesmo riquíssimo circo veio ao Brasil e foi patrocinado por dinheiro público através da Lei Rouanet? Pois é. 
Choro vai dar liga
* O Flamengo, sempre beneficiado pelas arbitragens, chora a derrota para o Vasco. Ficou magoado. E ameaça levar a bola pra casa e fundar uma liga. Já fez isso no começo do século passado quando não queria ter no time jogadores negros.
Antena na cabeça
* Dilma apronta mais uma. Por pressão das empresas de telefonia e das bancadas de parlamentares ligados ao setor, a presidente assinou lei que impede que os municípios atuem no controle de antenas de celulares que poluem as cidades. Na prática, muitas normas ambientais e estéticas podem ir pro espaço. Se o governo federal autorizar, será possível instalar antena na pedra do Arpoador, por exemplo ou na cabeça do Cristo Redentor. A favor de Dilma, registre-se que ela vetou um artigo safadinho que dava margem a interpretação de que o poder público deveria arcar com os custos de investimentos das redes privadas. Ou seja; além da poluição visual e dos efeitos das ondas de rádio na cabeça o cidadão ainda poderia pagar a conta.  Sei não, os projetos que Dilma recebe do Congresso para sancionar devem ser lidos com lupa e microscópio eletrônicos já que não são raros os "contrabandos" embutidos.
Nova Mulher Maravilha

Gal Gadot, a nova Mulher Maravilha. Divulgação

Fãs reclamam que ela não tem a comissão de frente da antiga MM, Lynda Carter. Reprodução

* A atriz israelense Gal Gadot, 30, será a nova Mulher Maravilha. Ela serviu por dois anos na IDF (Israel Defense force). Mas os fãs estão reclamando que ela tem seis pequenos, quesito no qual a antiga titular do papel, a atriz Lynda Carter, sobrava.
Fim da boca-livre para concessões?
* O governo vai anunciar novos lotes de concessões, em maio. Noticia-se que haverá um enxugamento da atuação do BNDES que antes financiava até 70% da festa. Ou seja, quem levar a concessão vai ter que investir dinheiro próprio. Tradicionalmente, a política de concessões públicas no Brasil é presente natalino para as empresas privadas que assumem estruturas que geralmente já estão prontas e levam bilhões de BNDES a juros subsidiados para tocar o negócio. A expectativa é se em condições de investimento mesmo, do caixa das empresas ou de empréstimos que elas levantem no mercado, haverá interessados.   O que se diz é que se acabar a negociata não tem negócio. A conferir nos próximos leilões.
Bandeira da Rússia é vetada no Monumento aos Mortos, no Rio
* O cerimonial do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial se recusa, não se sabe porque, hastear a bandeira russa durante as comemorações do dia da Vitória, em 8 de maio. Aparentemente, querem apagar na marra o papel decisivo da então União Soviética na vitória dos aliados. Registre-se que o país impôs a histórica derrota à Alemanha tida pelos historiadores como fundamental para a virada da guerra.
A Segunda Guerra custou à Rússia mais de 20 milhões de mortos. Nenhum país foi tão sacrificado. Em decisão elogiável, a presidente Dilma Rousseff vai à Rússia e participará das comemorações locais no dia 9 de maio (em função dos fuso horário é, para ele, o Dia da Vitória). Diplomaticamente, Dilma compensa a estranha atitude dos responsáveis pelo cerimonial do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Atero, Rio de Jqaneiro. Ainda circula na internet uma petição pública pedindo às autoridades que revejam a decisão e permitam que a bandeira da Rússia tremule ao lado de todos os demais aliados. Ainda há tempo. Assine e divulgue a petição. Clique AQUI
Trabalhadores de mãos ao alto. Ganhou, playboy, é a terceirização
* Anúncios e jornais e comerciais na TV defendem a Lei da Terceirização. São bancados por instituições patronais que recebem dinheiro público, como Fiesp e outras. A ofensiva é intensa e deixa claro que a precarização do trabalho e o comprometimento de direitos trabalhistas só interessam aos patrões, que embolsarão recursos que hoje se destinam à Previdência Social (o que vai comprometer aposentadorias), vão lucrar com o fim de obrigações trabalhistas, subsitituirão empregados como quem muda um pilha de lanterna, não precisarão se comprometer com planos de carreira e achatarão salário. Melhor do que isso só sonegar a Receita e ter conta secreta na Suíça. As centrais sindicais convocam os trabalhadores para evitar que as bancadas dos empresários na Câmara assaltem direitos e roubem empregos. 
Bolsa-Blog tucano
* O governo de Geraldo Alkmin, do PSDB, inventou em São Paulo o Bolsa-Blog. Mas só para os coxinhas amigos. A Folha divulgou os altos números das verbas públicas destinadas à turma que diz estar "cansada" da corrupção. 
Ilse Scamparini, que  soooonoooo...
* Tá bombando na rede. O melhor das comemorações dos 50 anos da TV Globo foram as hilárias caretas da repórter Ilse Scamparini durante o especial que reuniu profissionais da emissora. Ninguém entendeu.
Reprodução
Foram várias caras e bocas. Um internauta disse que Ilse fazia o visual "não estou disposta". Outro, registrou um "adoro da felicidade da Ilse Scamparini". E mais um, avaliou que ela cansou do falatório do Galvão lembrando João do Pulo, Ayrton Senna, Copa de 78, e outras velharias e deu sono. Até o bebê de proveta foi lembrado, fato que é mais sonífero do que o Domingão do Faustão.
Lava Jato: roubaram os óculos de Michael Jackson
* Roubaram os óculos da estátua de Michael Jackson no Morro Dona Marta. Deve ter sido alguém da Lava Jato. Melhor o juiz Moro ouvir um delator para confirmar.
Russas esquentam a Sibéria
Reprodução
Do site RT

* Sem dar bola para o frio, russas esquiam de biquini na Sibéria. Na verdade, um grupo se reuniu em um flash mob gelado para tentar quebrar um recorde do Guiness em matéria e pouca roupa e baixa temperatura. Aparentemente, pela euforia da rapaziada, o boicote à Rússia, manobrado por países da Europa e pelos Estados Unidos não está abalando a temporada. Veja o vídeo, clique AQUI
Não é pelos 0,5% de álcool
* STJ diz que a Kaiser pode anunciar como "sem álcool" e sem necessidade de avisar no rótulo cerveja com 0,5% de álcool. Surreal. A Kaiser ganhou a parada mas está aberto um precedente. Deixa ver se eu entendi: produto com 0,5% de gordura pode então ser anunciado como sem gordura. Sorvete com 0,5% de cachaça pode ser anunciado como sem cachaça; pastel com 0,5% de carne vencida não precisa avisar ao consumidor. Manteiga sem sal pode ter 0,5% de sal e não precisa avisar ao hipertenso. A torta dietética pode levar 0,5% de açúcar e esconder isso do diabético. E o mais grave; a Lei Seca pune atualmente o motorista que ingerir qualquer quantidade de álcool. Quer dizer que o sujeito bebe uma cerveja "sem álcool" da Kaiser e, na verdade, vai estar com 0,5% da "marvada" na veia? Talvez os ministros do STJ possam fazer um teste: bebem umas Kaiser "sem álcool" e depois vão pra blitz da Lei Seca e ver no que vai dar.


terça-feira, 21 de abril de 2015

Europa, França e Bahia, literalmente. Marca "Salvador" voa entre Madri e Paris

Salvador nas asas da Air Europa. Foto Agecom
Um avião de Air Europa voará até o fim do ano entre Paris e Madri com as cores de Salvador na fuselagem. A ideia é divulgar o destino e atrair turistas para a capital baiana. A Air Europa foi uma das patrocinadoras oficiais do carnaval de Salvador. 

Jornalista brasileiro lança livro sobre Pepe Mujica, o ex-tupamaro que modernizou o Uruguai

por Flávio Sépia 
O jornalista Marcos André Lessa lança na próxima segunda-feira, dia 27, na Livraria da Travessa, em Botafogo, no Rio, o  livro "Mujica: o presidente mais rico do mundo". Lessa conta a trajetória de José Alberto Mujica Cordano, o Pepe Mujica, ex-tupamaro que aos 75 anos chegou ao poder e fez sua revolução nas leis e costumes do Uruguai. O livro tem prefácio de Chico Alencar, deputado federal pelo PSOL-RJ, e capítulos como "Mujica e a guerrilha", "Mujica e a América Latina" e "Mujica e o aborto", entre outros. O autor diz que, agora com quase 80 anos, Mujica quer descansar. Recusou a presidência do Unasul em troca de dias calmos na sua pequena chácara, ao lado da mulher, a senadora Lucía Topolansky, cuidando do seu jardim e dos cachorros.
Reprodução do site El Deber del Mundo/AFP
E, certamente, do Fusca que tornou famoso. O ex-presidente diz que jamais venderá o carro, um modelo de 1987 que vale no mercado uruguaio cerca de 70 mil pesos, em torno de 5 mil reais. Um xeque árabe quis comprá-lo por 1 milhão de dólares. O embaixador do México, Felipe Enriquez, também já ofereceu dez veículos em troca do lendário Fusca de Pepe Mujica, que virou um símbolo mundial da austeridade que todo político deveria praticar.

Rihanna na capa da V Magazine...


Choradeira do Flamengo após ser eliminado pelo Vasco vira piada na rede






Reproduzido do site Torcedores.com


Reproduzido do site netvasco


A história pelo retrovisor... Há 30 anos, a morte de Tancredo Neves

por Flávio Sépia
Um pouco de contramão no fluxo de opiniões e matérias que celebram Tancredo Neves, hoje. Afinal, o que seria da história sem o contraditório. Diz-se que os vencedores escrevem e reescrevem os fatos ao sabor das circunstâncias. No Brasil, alguns acontecimentos, sob a ótica política, descambam tanto que adernam para a ficção. O que você não vai ler na mídia comercial: foi reveladora a participação de Tancredo Neves no trágico folhetim que começou em 31 de março de 1964. O mineiro era aliado de João Goulart mas amigo de militares. O jornalista Jorge Antonio Barros conta hoje, no Globo, que JK não queria promover Castelo Branco.
Festa? Era a "transição"

A "transição" capítulo 2.
O então presidente tinha informações de que Castelo era "golpista" e "mau caráter". Se não fosse promovido, Castelo receberia o glorioso pijama da reserva. Tancredo convenceu JK, Castelo ganhou mais uma estrela e se tornaria o primeiro ditador da longa sequência que lançaria o Brasil nos anos de chumbo. Em 1965, Tancredo, que foi poupado da
cassação embora tivesse participado do governo Jango, ingressou no MDB, partido criado pelos militares para encenar um "oposição democrática" em contraponto à Arena, sigla "governista". Foi eleito deputado, sucessivamente, até 1979. No período mais sangrento da ditadura, Tancredo submergiu politicamente. É difícil para um pesquisador encontrar suas digitais em algum acontecimento ou protesto nas ocasiões em que o regime era denunciado e combatido pelos meios possíveis na violenta década de 1970.
O golpe do destino
Mesmo a Wikipedia, uma enciclopédia virtual e informal, que não é infalível, ao contrário, mas é corrigida e reabastecida permanentemente, consegue resumir em uma linha a trajetória de Tancredo na citada década. Com a volta do pluripartidarismo, o mineiro, que era da "ala moderada" do MDB (nos tempos em que até Ulysses Guimarães, que não era propriamente um "subversivo", assumia o enfrentamento e era atacado ruas por cachorros da Polícia Militar da Bahia, capitania de ACM e do então governador Roberto Santos, então da Arena), deixou o partido para fundar o PP ao lado de "dissidentes" da Arena (um deles, precisamente Roberto Santos, o homem que soltou os cachorros em Ulysses). Tancredo mudou-se para o PMDB para se candidatar ao governo de Minas, já em 1982, quando percebeu que o PP não o levaria tão longe. "Ala moderada" do MDB" e "dissidente" da Arena é qualquer coisa insondável, chega a ser uma qualificação partidária risível para não dizer ridícula. Mas procede, no caso. Nos anos seguintes, as Diretas-Já tomariam as ruas. Tancredo subiu no palanque.
Sem futuro: o passado se abraça
Tipicamente, em um discurso em São Paulo, não chamou a ditadura de ditadura mas apenas de uma "confusão" que se instalou no país. E, em entrevistas, não se sabe se por ato falho, costumava chamar o golpe de "revolução". Com a derrubada da Emenda Dante de Oliveira no Congresso, os defensores de uma candidatura via Colégio Eleitoral da ditadura consideraram concorrer com uma chapa de "oposição". No começo das negociações havia quem defendesse que José Sarney fosse cabeça de chapa e Tancredo, vice. O adversário era Paulo Maluf. Parecia fácil ganhar no Colégio Eleitoral dos militares: nem ACM apoiava Maluf. Em meio às negociações, a chapa foi invertida. Tancredo era palatável pela ditadura e o Brasil foi poupado de a pantomima do Colégio Eleitoral ser ainda pior: a primeiro civil na Presidência após o golpe seria escolhido entre Maluf e Sarney. Já pensou? Pelo menos naquela votação indireta, pode-se dizer que, ao aceitar concorrer, Tancredo livrou o país de um vexame diluviano. Ponto para ele. Mas o Brasil não seria poupado de Sarney, após a morte do mineiro que, como a viúva Porcina, foi presidente sem nunca ter sido.
O povo que sonhou com as Diretas
ganha um "presente" torto.
Tancredo morreu antes de tomar posse. Tecnicamente, não chegou a ser presidente e nem sequer havia sido eleito pelo povo. Só em 1985, um ano depois da sua morte, foi promulgada uma lei especial tornando obrigatória a inclusão do seu nome em todas as galerias de presidentes do Brasil. Foi o último biônico. O capítulo seguinte, o Brasil as gerações dos anos 80 não esqueceram. O representante mais afinado com a ditadura, Sarney, virou o presidente da "transição". Vieram o Plano Cruzado - o povo gostou do congelamento de preços e assumiu um papel messiânico de "fiscal do Sarney" - e foi alvejado com o Plano Cruzado 2, que levou o país a uma hiper inflação de 80% ao mês, sublinhando a enganação da qual o país foi vítima. Mais adiante, viria a Constituinte, que não foi exclusiva como muitos pediam e acabou influenciada pelos políticos profissionais e pela ação do Centrão (bancada conservadora) apoiado pelo governo. Foi aprovado o mandato de cinco anos. Plantava-se metodicamente a base do atraso social e da consolidação de uma cruel concentração de renda. O Brasil era aquele jogador que o torcedor apelida de 'enceradeira": o falso craque que dribla dando voltas em torno de si mesmo sem sair do lugar.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Os descartáveis...


Desde 2013, o passaralho está de plantão nas principais empresas de comunicação do Brasil. Os cortes em todo o Brasil já chegam perto dos três mil. Na maioria, tais vagas foram extintas. Diante do drama, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro deflagrou uma campanha para defender a manutenção do empregos na mídia. Na visão das grandes corporações e na hora de preservar lucros, jornalistas parecem facilmente descartáveis. Se o produto vai perder qualidade, é problema de quem compra na banca ou assina as publicações.

domingo, 19 de abril de 2015

Praça Mauá vista do alto: Museu do Amanhã ganha forma...

A foto foi feita do terraço do MAR (Museu de Arte do Rio de Janeiro). Ainda cercados de tapumes, a nova Praça Mauá e o Museu do Amanhã começam a ganhar os contornos do que será uma bela área de lazer e cultura para cariocas e visitantes com o adicional da vista deslumbrante que a cidade recupera após a demolição do trambolho que era a Perimetral. Com a derrubada do viaduto, o Rio segue a tendência da principais capitais do mundo, restringe a circulação de automóveis particulares e devolve parte da cidade à população. Até o fim do ano a nova praça e o museu deverão estar concluídos. No local passará também a futura linha do VLT, com inauguração marcada para 2016, antes das Olimpíadas.Foto: Gonça

Motel sobre rodas: posto avançado para o amor...

É isso mesmo. o Motel Senzala, de Recife, montou uma unidade móvel para atender à clientela.Se você mão tempo ou não está motorizado para ir ao motel, o motel vem até você.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Guerrilheiros de imagens: nos 55 anos do filme La Dolce Vita, a saga dos paparazzi que nasceram em Roma e que hoje, de Hollywood ao Rio, combatem em todas as frentes...

Cena do filme La Dolce Vita. Marcello Mastroiani e Anita Ekberg e os paparazzi da Via Veneto. 
A famosa cena de Anita Ekberg na Fontana di Trevi. Na época, foi montado um forte esquema para impedir a atuação de paparazzi. Funcionou; as únicas imagens são da divulgação do filme. 
A Veneto, hoje. Os cafés da mítica rua de Roma atraem turistas e pouco lembram os agitados anos 60 quando astros, estrelas e playboys frequentavam o local. Paparazzo que precisa pagar as contas já não faz ponto na famosa via. Foto: J.E.Gonçalves
por José Esmeraldo Gonçalves
La Dolce Vita, de Fellini, comemora 55 anos. Neste mesmo 2015, em janeiro, morreu a atriz Anita Ekberg, que interpretou a estrela de cinema "Sylvia", a loura monumental que transformou a Fontana di Trevi e Marcelo Mastroiani (no filme, o jornalista "Marcello Rubini", especializado em celebridades) em meros coadjuvantes da mais famosa cena do regista italiano. Em 1960, La Dolce Vita provocou polêmica, tentativas de censura e boicote por parte do Vaticano. Mas a ousadia, a crítica religiosa, o retrato da alta sociedade manipuladora, a sensualidade, os escândalos focalizados como indutores de lucros, tudo isso conferiu ao filme a Palma de Ouro do Festival de Cannes de 1960. 
A Fontana di Trevi não é mais a mesma. Quem visitar Roma por esses dias poderá vê-la ainda cercada de andaimes por conta de uma grande restauração. Apenas a parte central - que mostra o carro de Netuno conduzido pelos tritões - está pronta. Turistas se revezam para selfies diante do espelho d' água que um dia recebeu Anita Ekberg. 
À distância de uma caminhada que não é impossível mas não é para fracos fica a Via Veneto, outro cenário fundamental do filme de Fellini. Também não é mais a mesma. Nos anos 1950 e 1960 era a rua mais agitada de Roma. Seus cafés e hotéis eram os preferidos dos famosos da época. Não apenas das grandes estrelas do cinema italiano, que vivia os anos dourados de Gina Lolobrígida, Cláudia Cardinale, Sophia Loren e Virna Lisi, como dos hollywoodianos Richard Burton e Elizabeth Taylor, dos franceses Brigitte Bardot e Yves Montand, além dos playboys Porfírio Rubirosa, Baby Pignatari, Aly Khan e Gunther Sachs. Hoje, os cafés da Veneto são frequentados por turistas, principalmente. A aura mítica persiste na memória e em algumas referências preservadas. Uma placa lembra Fellini, "que fece di Via Veneto il teatro della Dolce Vita'. Outra marca o "Largo Federico Fellini". Vale o passeio, é uma boa rua para andar a pé na subida rumo à Villa Borghese. 
Na ficção, as calçadas da Veneto foram cenário da ação dos paparazzi retratados por Fellini. Especialmente do fotógrafo vivido pelo ator Walter Santesso, personagem a quem o diretor deu o nome de "Signore Paparazzo". 
O diretor Federico Fellini 
na Via Veneto.
Foto Fondazione Italia
Na vida real, a Veneto foi campo de batalha entre os fotógrafos que brigavam por um flagrante das celebridades. De preferência, um flash de beijos e amassos, cenas explícitas de infidelidade ou, melhor ainda, um astro ou estrela saindo bêbado (a) de um bar. O neologismo foi popularizado e com o tempo passou a definir os profissionais que circulavam na noite de Roma, Cannes, Mônaco, Paris e Los Angeles caçando literalmente o pão de cada dia em forma de foto. Dependendo dos personagens envolvidos e do enredo, uma foto podia valer até alguns milhares de dólares. Roma era a capital do cinema europeu e a Cinecittá rodava produções com elencos hollywoodianos, o que tornava a Veneto uma extensão dos estúdios. Mas a concorrência era acirrada, os paparazzi não raro brigavam entre si e, com mais frequência ainda - embora na época não fossem comuns as tropas de seguranças que cercam celebridades -, tomavam porradas homéricas providenciadas pelos próprio atores, estrelas ou seus acompanhantes. 
Alguns desses paparazzi tornaram-se famosos. Marcello Geppetti foi um deles. Seu foco era a vida particular das celebridades do cinema, esporte, política e sociedade. Tirou a barriga da chamada miséria com duas fotos que correram o mundo: o primeiro nu de Brigitte Bardot, acho que na Côte d'Azur, e o primeiro beijo em público de Elizabeth Taylor e Richard Burton, ambos ainda casados com respectivos oponentes. Era o escândalo do momento.
O paparazzo Rino Barilari agredido na Veneto por Mike Hargitay,
então marido da atriz Jane Mansfield,
 e pela top model Vatussa Vita. Reprodução
Outros paparazzi que se tornaram referência na arte do flagrante e que bem mereciam placas na Veneto:  Rino Barillari, Elio Sorci, Guglielmo Coluzzi, Adriano Bartoloni, Alessandro Canestrelli, Licio D’Aloisio, Giuseppe Palmas, Pierluigi Praturlon, só para citar alguns entre aqueles que em certa época foram "residentes" da Veneto. Cada um deles tinha na alça da câmera, como faziam os cowboys do Velho Oeste na coronha dos seus Colts, marcas de fotos memoráveis feitas à base de sangue, suor e flash.
Curiosamente, o boom internacional dos paparazzi dos anos 60 não teve equivalência no Brasil. Claro que há registros de fotos no estilo flagrante mas não como produto de atuação de profissionais de forma consolidada. Quero dizer, não havia fotógrafos que se dedicassem exclusivamente a flagrar famosos em cenas particulares. O Cruzeiro e Manchete fizeram algo no gênero, mas eram equipes escaladas pelas revistas para determinadas coberturas. Gervásio Baptista fez paparazzo em um casamento de Marta Rocha que não foi aberto para a imprensa; a mesma Manchete flagrou a atriz francesa Myléne Demongeot na praia de Copacabana; o Globo, já nos anos 70, fotografou Christina Onassis na mesma praia. Uma foto do Cruzeiro, essa dos anos 40, bem famosa, o deputado Barreto Pinto de cuecas, tinha linguagem de paparazzo mas, na verdade, era uma foto "consentida", como se diz hoje, feita por Jean Manzon.
A atriz Anna Magnani posa com os paparazzi da Via Veneto. Observe que alguns deles ainda usavam as pesadas câmeras Speed Graph.
Foto Fondazione Italia
O primeiro fotógrafo brasileiro a se dedicar exclusivamente a paparazzi foi Carlos Sadicoff, que atuava preferencialmente na orla de Ipanema e Leblon, em fins da década de 1980. Só a partir de 1993, com a chegada da revista Caras ao Brasil, a "cultura" da foto paparazzo se impôs especialmente no Rio de Janeiro. Nos primeiros meses, a Caras escalava fotógrafos próprios para fazer "ronda" nas praias e lugares da moda em busca de celebridades.
Na maioria eram fotos ocasionais, simplesmente mostravam fulana na areia, o cantor famoso caminhando no calçadão, o casal de globais jantando etc. Sadicoff, que fazia seu próprio plantão na área do Baixo Bebê, no Leblon, e com isso flagrava muitas mães famosas com seus filhos, encaixou-se no esquema e passou a ser um fornecedor da Caras. A revista também mantinha uma atuação no estilo paparazzo ao montar operações custosas para fazer, por exemplo, a primeira foto de um novo casal de celebridades ou de um ator de Hollywood em visita ao Brasil, fosse em Ipanema, em Trancoso ou na Amazônia. O intenso uso pela Caras de fotos flagradas inspirou outros repórteres-fotográficos a entrarem nesse mercado que finalmente se profissionalizou no Brasil. Foi também a partir do modelo bem-sucedido da Caras, líder no segmento de revistas com foco exclusivo em personalidades, que vieram as concorrentes, entre as quais, Chiques&Famosos, Istoé Gente, Quem e Contigo!, esta uma publicação com tradição na cobertura de TV e que foi reposicionada para entrar no mercado de revistas de celebridades e entretenimento, tornando-se uma forte concorrente da Caras. Com o avanço da Internet e dos sites que cobrem famosos com marcante audiência na rede, cresceu ainda mais o mercado para os paparazzi. Hoje, há várias agências especializadas, com boa estrutura e bons profissionais, que investem não apenas em imagens de brasileiros famosos mas se beneficiam do fato de o Rio ser um destino frequente de atores, atrizes e cantores internacionais.
Tudo começou na rua que Fellini retratou em La Dolce Vita
E na cidade da qual o ator Lawrence Olivier dizia que se não existisse ele a criaria em sonho. A própria. Roma. 
VEJA OS PAPARAZZI EM AÇÃO NA VIA VENETO EM TRECHO DO FILME "LA DOLCE VITA". CLIQUE AQUI

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Revista Time lança sua lista das 100 personalidades mais influentes. A edição especial vem com cinco capas diferentes

Bradley Cooper na categoria "Artists"



Rapper Kanye West, em "Titans". 

Bailarino Misty Copeland, na categoria "Pioneers)

Âncora Jorge Ramos como "Leaders"
Juíza Ruth Bader Gingsburg na categoria "Icons". 
A Time lança sua lista anual de pessoas mais influentes. Dois brasileiros entraram na relação: o empresário Jorge Paulo Lehman, um dos controladores da Ambev, do Burger King, da Heinz e o surfista Gabriel Medina, que ganhou o primeiro título mundial da modalidade para o Brasil.. Na lista, que é uma grande mistureba de áreas de atuação, estão nomes como a chanceler alemã Angela Merkel, a primeira-dama do Afeganistão Rula Ghani, Alexis Tsípras, primeiro-ministro da Grécia, o presidente russo Vladimir Putin, o presidente da China Xi Jinping, Raúl Castro, presidente de Cuba, Hillary Clinton, ex-primeira-dama e ex-secretária de Estados dos EUA, o presidente Barack Obama,
Kanye West e sua mulher Kim Kardashian, ator Bradley Cooper e as atrizes Emma Watson, Reese Witherspoon e Julianne Moore.

"Pense menos, ame mais": a nova e ousada campanha do Sonho de Valsa

VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

Lagoa: o crime ambiental que a cidade não sabe ou não quer combater

Com a Olimpíada à vista, a mídia mundial descobriu um crime ambiental que choca os cariocas há décadas. Se isso acontece na Zona Sul do Rio, como esperar que políticos e técnicos resolvam a poluição no fundo da Baía da Guanabara longe dos holofotes? Reprodução

O atual surto de mortandade de peixes na Lagoa Rodrigo de Freitas, que sediará provas olímpicas de remo, repercutiu na imprensa internacional e, muito mais, na mídia norte-americana. Pode dizer que os Estados Unidos têm certa mágoa com os Jogos de 2016 já que Chicago perdeu a indicação precisamente para o Rio. Antes mesmo de surgir qualquer problema publicaram matérias negativas sobre a cidade, até com histórias fantasiosas. Essa guerra é normal. As recentes Olimpíadas de Inverno de Sochi, na Rússia, também foram bombardeadas durante os meses que antecederam as competições. A mídia ocidental propagou desde o alto risco de atentados até a falta de neve nas principais pistas passando por suposta perseguição a atletas gays nas ruas da cidade. Nada disso aconteceu. Como a Copa do Mundo, a Olimpíada carioca também é vista como um "evento do governo" e sofre pressão mas tem tudo para fazer sucesso. É o que os torcedores de todos os países e os atletas esperam. Antes da Lagoa, o foco internacional se voltou para outro problema grave: o lixo na Baia da Guanabara, raia das competições a vela.
Mas o caso da Lagoa não se enquadra em nenhuma dessas questões de imagem, de política ou supostas campanhas. É muito real e não tem nada a ver com evento esportivo. É do dia a dia. Trata-se de um dos cenários mais belos do Rio, uma área de lazer especial, principalmente depois que o poder público conseguiu recuperar terrenos cedidas a "proprietários" com privilegiadas ligações políticas e que abrigavam indevidamente parques, restaurantes, boates, academias e mafuás assemelhados. Aliás, ainda há "capitanias" lá que precisam ser devolvidas, helipontos em locais inadequados ou instalações esportivas que extrapolam na área construída e viraram point de festas de churrascos, Aliás, esses locais têm esgotos ligados à rede pública? Bom checar.
O espantoso é que a poluição na Lagoa se agravou nos últimos 30 anos. Os administradores não apresentam solução à vista e muito dinheiro já foi gasto. Quando há mortandade de peixe logo aparece um burocrata qualquer, o da vez, para dar invariavelmente três ou quatro explicações em decoreba:  o vento revirou o lodo do fundo da lagoa; a mudança brusca de temperatura afetou os níveis de oxigênio; ou a maré alta entupiu com areia o canal que renova a água.  Isso antes de qualquer análise laboratorial da água. Para quem anda na Lagoa diariamente, isso soa como piada ou deboche. Há inúmeras fotos nas redes sociais mostrando despejo de esgoto nas margens. Até latões de óleo de cozinha usado já foram despejados na água. Esporadicamente, a Cedae faz verificações até com câmeras e nunca dá zebra: ligações clandestinas na rede pluvial poluem a Lagoa. O crime é agravado por esgotos que caem no rios que desaguam no local. Há prédios que já foram autuados por jogar, literalmente, merda em um patrimônio do Rio. Alguém foi responsabilizado depois que a notícia virou passado? Dificilmente. Fiscalização e punição, não em operações anuais, mas diárias, ajudariam a resolver parte do problema. Na outra ponta, as soluções de engenharia, como a do canal (um extensão que impedisse o bloqueio por areia), a dragagem (lembrando alguns técnicos dizem que revolver o fundo da Lagoa seria pior), enfim, medidas estudadas por técnicos competentes, até importados se for o caso para dar um descanso aos daqui que há anos tentam descobrir a mágica.
Para leigos, como nós, parece claro que os peixes morrem porque a Lagoa precisa de mais água e de água limpa. Fazer com que ela receba mais água, de um lado, e eliminar os focos de poluição, de outro. Mas ao mesmo tempo isso complicado que se evita mexer com poluidores influentes.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Aviões: classe econômica cada vez mais apertada. Companhias aéreas querem botar uma poltrona a mais em cada fileira. Mulheres vão ter que diminuir os quadris e homens devem deixar os testículos em casa.

O que dizer do pobre saco desse cidadão? Se for um vôo de longa distância a dupla dinâmica vai desembarcar transformada em pizza, e de massa fina. Reprodução

Aeromoças só anoréxicas. O espaço nos corredores é menor. 
Esse pessoal aí fez um test-drive do novo modelo. Assim não vale; a Airbus escolheu só passageiro magro. Mesmo assim, olha só o "conforto" da rapaziada. Reprodução
Os fabricantes de aviões, por encomenda das companhias aéreas, estão prestes a desafiar as leis da física e conseguir pôr dois corpos ocupando o mesmo espaço. Matéria no site Mashable mostra que mais do que o conforto as poltronas de avião e a distância entre elas na classe econômica já comprometem a saúde e a segurança dos passageiros. A Airbus acaba de exibir um protótipo chamado Aircraft Interiors Expo 2015, configuração que acomoda 11 assentos em cada fileira. No mesmo corredor, que não foi expandido, conseguiram botar uma poltrona a mais em cada grupo de dez.  Os assentos já estão com apenas 18 centímetros de diâmetro e... diminuindo. Se as companhias aéreas pedirem, a Boeing também vai oferecer mais poltronas em cada fileira. A ideia é que em 2017, os passageiros da econômica já possam viajar com mais sardinhas em uma mesma lata. Veja mais no Mashable, clique AQUI 

Na capa da Esquire, de maio, Charlize Theron



Charlize Theron está na Esquire. Aos 39 anos, posou com um mínimo de maquiagem e pediu que os editores usassem photoshop. A atriz comemora dez anos como o rosto (e corpo) da grife Dior para a qual fez um comercial já exibido no Brasil.

Veja o filme, clique AQUI


Uma rara capa contra o preconceito. É a Vogue francesa

A bela modelo etíope Liya Kebede é a primeira mulher negra a aparecer na capa da Vogue francesa (edição de maio/2015) em meia década. A observação é do site Fashionista. A falta de diversidade na moda é um assunto em discussão. Em mais de 10 anos apenas outra modelo conseguiu estar em uma capa solo: foi a dominicana Rose Cordero, em 2010. Antes disso, modelos negras como Naomi Campbell e Noémie Lenoir estamparam capas mas ao lado de modelo brancas (Kate Moss e Laetitia Casta, respectivamente). Para muitos estilistas, o simples fato de uma modelo negra ainda chamar atenção quando se torna capa de uma revista sofisticada é sinal de que ainda há um longo caminho a percorrer contra o preconceito em muitas publicações. No Brasil, as restrições são ainda mais evidentes. Poucas modelos negras ganham visibilidade em capas e passarelas.

Marina Ruy Barbosa é capa da revista "Corpo a Corpo" fotografada por Yuri Sardenberg

A ruiva Marina Ruy Barbosa, 19, é capa da "Corpo a Corpo" de abril. A atriz, que fez sucesso com a personagem Maria Isis na novela "Império" e tida como a maior aposta da Globo entre os nomes da nova geração.
Marina Ruy Barbosa. Foto de Youri Sardenberg/Corpo a Corpo

O bicho tá pegando. Manifestante apavora presidente do Banco Central...


Foi em Frankfurt. Manifestante do grupo Femen subiu na mesa e jogou papeis e confetes no presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi Shwered, que participava de uma coletiva. O protesto é contra a velha e desmoralizada receita da austeridade com graves consequências sociais que o BCE impõe a muitos países e que só enriquece os especuladores do mercado financeiro. Algo que não tira a Europa do atoleiro e que o Brasil começa a praticar. A manifestante foi retirada da sala e Draghi deu uma saidinha para trocar a cueca. Veja o vídeo, clique AQUI

Eu, hein? Conar proibe para menores de 18 anos anúncio da Itaipava. Perguntinha: esse tipo de classificação não cabe apenas ao Ministério da Justiça?

O comercial censurado da Itaipava - Reprodução
O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) acaba de proibir para menores um bem-humorado anúncio da cerveja Itaipava. O processo de censura foi aberto após o órgão (epa, isso também pode ser vetado) receber denúncias de consumidores. O Conar não informa se os reclamantes são pessoas com nível de excitação extrapolado e que acabam vendo "apelo sexual" exagerado até em um pepino na feira. Pessoalzinho com cabeça mais fora de ordem...VEJA E COMPARTILHE O VÍDEO VETADO, QUE ALIÁS É VIRAL NA INTERNET E DEVE CONTINUAR ASSIM. CLIQUE AQUI