sábado, 14 de fevereiro de 2015

Em São Paulo, o samba das escolas 2015...

O sambódromo paulistano. Foto de Robson Fernandjes/LigaSP/Fotos Públicas

Nenê de Vila Matilde. Foto de Paulo Pinto/LigaSP/Fotos Públicas

Nenê de Vila Matilde. Foto de Marcelo Pereira/LigaSP/Fotos Públicas
Águia de Ouro.. Foto Marcelo Pereira/LigaSP/Fotos Públicas

Águia de Ouro. Foto Marcelo Pereira/LigaSP/.Fotos Públicas
Rosas de Ouro. Foto de Robson Fernandjes/LigaSP/Fotos Públicas

Rosas de Ouro. Foto de Paulo Pinto/LigaSP/Fotos Públicas
Acadêmicos do Tucuruvi. Foto de Rafael Neddermeyer/LigaSP/Fotos Públicas

Acadêmicos do Tucuruvi. Foto de Robson Fernandjes/Liga SP/Fotos Públicas
Dragões da Real. Foto de Marcelo Pereira/LigaSP/Fotos Públicas

Dragões da Real. Foto de Marcelo Pereira/LigaSP/Fotos Públicas

Dragões da Real. Foto de robson Fernandjes/LigaSP/Fotos Públicas

Dragões da Real. Foto de Robson Fernandjes/LigaSP/Fotos Públicas
Tom Maior. Foto de Paulo Pinto/LigaSP/Fotos Públicas

Tom Maior. Foto de Marcelo Pereira/ LigaSP/Fotos Públicas

Tom Maior. Foto de Marcelo Pereira. Liga Sp/Fotos Públicas

Tom Maior. Foto de Marcelo Pereira/Fotos Públicas
Mancha Verde. Foto de Robson Fernandjes/LigaSP/Fotos Públicas

Mancha Verde. Fotos de Rafael Neddermeyer/LigaSp/Fotos Públicas

Mancha Verde. Fotos de Oswaldo Cornetti/LigaSP/Fotos Públicas

Carnaval carioca na imprensa mundial...






DA BBC AO BANGKOK POST, PASSANDO PELO MAIL E MIRROR, O CARNAVAL DOS 450 ANOS DO RIO DE JANEIRO É DESTAQUE NA IMPRENSA MUNDIAL.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Carnaval: que o Rio resista à cordinha e aos blocos "pessoa jurídica". Dá para melhorar o que já está bom...

Salvador - Foto Max Haack/Agecom
por Omelete
A alegria e diversidade do Carnaval brasileiro merecem respeito. Não há registro em qualquer país de algo semelhante. Milhões de pessoas se divertindo nas ruas em cidades que mostram, cada uma, suas caraterísticas e maneiras de festejar. Salvador deve ter suas razões para implantar a tal cordinha. E a galera aí da foto está se divertindo de montão. No Rio, a cordinha tem sido usada apenas para limitar a área das baterias, o que dá para entender. Alguns blocos de DNA comercial até ensaiaram há alguns anos esticar a corda que separaria que adquiria camiseta do bloco dos foliões descamisados. Na verdade, o passo seguinte seria, vender abertamente o "abadá" acariocado. Um desses "ensaios" resultou em tragédia em Copacabana, com a morte de um menina em queda de um "trio" importado. Mas, vamos torcer para que a festa aberta e espontânea dos blocos nas ruas do Rio resista à comercialização. O sambódromo é o lugar do mega espetáculo das Escolas em que cerca de 70 mil pessoas pagam para ver e curtir outras 40 mil desfilarem e também se divertirem. É um belo e tradicional espetáculo, com raízes inegáveis e parte importante da cultura do Rio. Mas a liberdade dos blocos abertos que, somados reúnem cerca de seis milhões de cariocas e visitantes, é uma grande festa popular que não deve ser contaminada por marketing, promoters, curraizinhos de celebridades, isso de jeito nenhum, nem gigantescos caminhões de "trios", nem blocos promocionais com razão jurídica e não social. Há blocos com tradição e ligados à cidade e que cresceram demais, como Simpatia Quase Amor, que devia até reduzir o som, deixar os puxadores e a bateria um pouco menos amplificados. Menos é mais e se atrair uma multidão um pouco menor, a diversão estará garantida e as crianças que os pais, muitos fundadores, levam ao bloco, ainda mais seguras. A Prefeitura podia colaborar marcando desfiles dos grandes blocos em horários coincidentes e em regiões diferentes e mais afastadas. Em parte, já faz isso, mas com alguns ajustes, vai funcionar ainda melhor. Dividiria um pouco mais o público. Um bloco de sucesso como o da Preta mas sem ligação com bairros ou com regiões da cidade, já que não foi fundado por grupos de moradores ou comunidades, como a maioria dos blocos cariocas, poderia desfilar, por exemplo, na Barra. Seus seguidores a acompanhariam, a mídia também. Já houve quem criticasse a prefeitura por autorizar muitos blocos pequenos em bairros como Copacabana, Botafogo, Laranjeiras, Tijuca. Mas essa política se revelou correta. Com menos blocos de bairros,  aí e que os grandes, como Simpatia, o Bola Preta, a Banda de Ipanema, o trio da Preta e outros atraíram ainda mais gente. Quem já entrou no empurra-empurra dos blocos inchados sabe que tem hora que não é divertido. Só os brigões e os ladrões de celulares comemoram. Dá para melhorar o que já está bom.

Mama la tequila....

Foto Mario Zaniboni/Agecom
Uma "régua" com tequila Jose Cuervo e copinhos para a virada de um shot arrasador é atração em Salvador.

Entrudo de palavras... o tarado dos cachorros, STF e trabalho escravo, o pendura da milionária, "teste da farinha" para deputados, tudo some no Rio, viciado em delação, orelhão X, o "volume morto" da Lei Rouanet, movimento dos sem-água, catinga no metrô, provas de canoas com rodinhas nas olimpíadas do Rio, gata molhadinha do poço artesiano, cacique Cobra Coral pra fazer chover...

por Omelete
Lá pelo século 18, o entrudo era a grande onda do Carnaval. Mas era um vale-tudo na folia,  uma autêntica guerra de sacolés de mijo e merda. Que tal, exercitar um entrudo simbólico e rasgar a fantasia dos poderosos que o sejam por cargos públicos, por influência na mídia, por dinheiro, fama etc.
- A leitura dos jornais nos últimos três meses revela um novo paladino do conservadorismo e da ética: o presidente da Câmara. Vá lá que seja. Mas a mesma leitura em passado recente revelava em reportagens e colunas que o mesmo sujeito parecia outra pessoa. Era então denunciado e matérias e notas como participantes de operações ilegais, revelava-se que respondia a numerosos processos. Um colunista até criou para ele um apelido pejorativo agora cautelosamente aposentado dos seus textos. Ganha até sucessivos editoriais elogiosos. Vai ver era injustiçado pela imprensa. Coisas da política. Ou o que é a natureza...
- E o cara que torturou cachorros. Um vídeo chocante mostra o elemento em sua ação tarada. Quer apostar? Embora tenha cometido um crime, não irá para a cadeia. Racismo, maus-tratos contra animais, desmatamento, violência contra homossexuais, agressões e destruição de patrimônio movido por intolerância religiosa insuflada por líderes de seitas, uso de trabalho escravo, caras que provocam mortes no trânsito, integrantes de torcidas organizadas que fuzilam adversários, tudo isso é crime. Mas vai você procurar um meliante que esteja na cadeia por infringir qualquer uma dessas leis. Para as autoridades, são cláusulas de brincadeirinha, fazem parte do código da ficção penal.
- Circula na internet um álbum de fotos de uma figura que faz programas de culinária na TV. É uma especialista natureba que, parece, leva famosos para descolar um rango ao vivo de abobrinha com giló e picanha de soja. Precisa ver no álbum a cara dos vips ao provar os tais pratos criativos. Dizem que como castigo aos futuros condenados pelo escândalo da Petrobras, a chef vai fornecer a quentinha da rapaziada.
O PENDURA DA MILIONÁRIA
- E a presidente? Nomeou para a Petrobras o ex-chefão do Banco do Brasil. Noticiou-se que ele teve que resolver pendências na Receita Federal. Parece que o individuo, apesar de ser executivo da área financeira, não sabe fazer conta: sua matemática é objeto de apuração por ter liberado um empréstimo fora dos padrões para uma amiga. O detalhe é que a amiga é tida como "milionária", supostamente dona de jatinhos, mansões, carrões etc. Parece então, que a fortuna é de araque já que a sujeita precisou se pendurar em fontes de recursos públicos.
- Como dito acima, empresários e ruralistas que exploram trabalho escravo sacaneiam, acham engraçadas as operações policiais para combater o crime, vão passear um pouco em Miami e voltam para remontar as lucrativas senzalas. Dá em nada. Uma punição simbólica era ter seus nomes e de suas empresas publicados em uma lista sempre atualizada. Com os nomes na lista tinham dificuldades para conseguir empréstimos de instituições públicas. Pelo menos, teoricamente; na prática "laranjas" costumar preencher a lacuna e a grana a juros baixos acaba rolando. A lista era, então, a punição virtual. Era, porque o STF acaba de proibir a divulgação dos nomes dos novos capitães-do-mato. A casa grande está em festa.
- A Câmara dos Deputados vai instituir o dia do Orgulho Hétero. Um dos artigos dirá que, no dia da votação e, se aprovado, no dia da Parada Hétero, deputados, senadores e desfilantes farão o "teste da farinha" para verificar a autenticidade. O SUS terá equipes especiais para verificar suas excelências e manifestantes a fundo.
TEM MAS ACABOU
- O Rio parece uma espécie de "triângulo das Bermudas" para objetos, peças, acervos, o que seja, valiosos ou de importância histórica. Falecida ontem, Tomie Ohtake foi perfilada em vários jornais.
A "estrela" da Lagoa. Reprodução
As matérias relembram o caso da "estrela" da Lagoa Rodrigo de Freitas. Dizem que Darcy Ribeiro teve a ideia de encomendar uma escultura flutuante da artista plástica para enfeitar o que é já é bonito por natureza. Tomie criou uma estrutura colorida que lembrava uma estrela-do-mar. Os cariocas não gostaram da "viagem" do Darcy. A maioria achava que a escultura "poluía' o belo visual. Tinham razão. A culpa, evidentemente, não era da Tomie. Diante da pressão, o governo retirou a "estrela" da Lagoa. Podia ter sido posta em um lugar mais adequado. Mas não, simplesmente sumiu. Deve ter ido para algum depósito ou virou sucata? Ou está na fazenda de algum poderoso? Quem sabe? No Rio, foi roubada e derretida a Jules Rimet, não é pouca coisa. Sumiram com vigas do Elevado da Perimetral. Peças grandes e pesadas que necessitam de equipamento especial para transporte. Podem ser vista até de satélites. Mas não foram achadas até hoje.
Palácio Monroe. Reprodução cartão postal
O Palácio Monroe, ex-Senado da República, demolido indevidamente pela ditadura militar, em 1976,  teve parte do seu mobiliário do plenário e de gabinetes levado para Brasília. Mas lustres, móveis de outros ambientes, adereços de bronze, partiram para outras galáxias. Alguma coisa, dizem, foi vendida, como os quatro leões que adornavam o prédio. O ditador de plantão era Geisel. Ele foi o responsável pela sentença final. Mas um grande jornal carioca - confiram as coleções - engajou-se na campanha pela picareta na história. Lúcio Costa foi outro que declarou que o Monroe era arquitetonicamente irrelevante. Tinha história, contudo, detalhe que foi ignorado na avaliação simplista dos citados. Terrível ignorância.
- Peças menores de bronze, como as saracuras da Praça General Osório, espadas e punhais que compõe estátuas, placas de bronze (como aquelas que postas em calçadas indicavam locais de prédios históricos já demolidos, casas onde moraram personalidades da vida carioca, até bares famosos já extintos), também costumam sumir tão rápido quanto trocam os óculos de Carlos Drummond de Andrade na famosa estátua do Posto 6, em Copa.
- Os bondes de Santa Teresa sumiram. Dizem que voltam em breve.
- Sumiu a ideia de restaurar o antigo e belo prédio, também histórico, do Automóvel Clube, no Passeio Público.
- Já os leões do Novo Mundo, hotel que era frequentado por políticos na época em que o palácio do Catete era sede da República, mudaram de lugar várias vezes, mas felizmente continuam lá. São dois. Curioso é que um deles leva a assinatura do francês Henri Jacquemart, O dono do hotel, na época (em 1950, o Novo Mundo ainda incompleto hospedou delegações para a Copa do Mundo), queria dois e mandou fazer uma cópia aqui mesmo.
- Postes do Rio antigo; eram milhares. Se foram leiloados ou não, doados, quem vai saber, mas é possível comprar tais peças originais em antiquários.
- Cadeiras antigas do reformado Teatro João Caetano. Que fim levaram? Fora do Rio, numa galáxia distante, houve certa vez uma reforma em um teatro histórico. Algumas filas de cadeiras coloniais foram trocadas por móveis modernos. Conta a lenda que tais cadeiras hoje acomodam bundas poderosas em casa particulares.
Livro "Aconteceu na Manchete,
as histórias que ninguém contou". E uma
das Rollieflex usadas nos anos 50/60. 
- Arquivo fotográfico da antiga revista Manchete?
Avião DC-3 no Aterro. Reprodução:site aeroentusiasta
- O avião DC-3 que fazia a alegria da criançada no Aterro do Flamengo?.
- O autêntico cachorro quente da Geneal?
- O Maracanã nas tardes de domingo, depois da praia?...
- E a Estação da Leopoldina que seria transformada em centro cultural, estação terminal do trem-bala, o rama reativado como metrô de superfície? Está lá caindo aos pedaços. É um prédio de 1926, com arquitetura de inspiração inglesa.
- O sumiu o nome do Engenhão. Era Estádio João Havelange e passou a se chamar Nilton Santos. Bem melhor. Falta sumir o nome oficial da Ponte Rio-Niterói (é, com licença da palavra, Costa e Silva) e de viadutos, escolas e cidades que por aí afora continuam celebrando ditadores).
DEPENDENTE
- O  principal delator da Lava Jato ainda não julgado e, portanto, não tem pena determinada. Mas alguns promotores já pedem que qualquer que seja a pena a Justiça a reduza pela metade. Não é melhor esperar se as provas correspondem às denúncias e se resultarão realmente na condenação dos acusados políticos, empresários, funcionários da Petrobras? O passado do doleiro não inspira confiança. Ele é uma espécie de viciado em delação premiada. Já foi beneficiado antes pelo mesmo recurso (ele esteve envolvido no chama escândalo do Banestado nos anos 90) e, segundo as acusações, voltou ao crime. O arrependimento dele era uma nota de três reais.
SAÚDE DE OCASIÃO?
- O cara tem saúde de ferro, é capitalista bem nutrido com dinheiro lavado ou não, pilota jet-ski, corre a maratona de Nova York, mas basta ser preso para a condição física de astronauta ir pro brejo. Desmaios, pressão alta, hemorroidas bombadas, tudo aparece. Ou o sujeito já estava bichado antes e a imagem de esportista era fake ou distribuir e receber propina faz muito mal à saúde... desde que as operações sejam descobertas.
ORELHÃO X
- A PF levou o celular do Eike Batista. Ele foi visto procurando um orelhão que funcione. E era para fazer uma ligação a cobrar. Aliás, o juiz responsável pelos inquéritos que envolvem o milionário, que obviamente não é ex, está para ser defenestrado da função. Ele tem sido criticado nos jornais pelo advogado de defesa do homem das empresas X, que condenou a apreensão de bens e o considera "parcial". Por enquanto, a decisão de afastar o juiz está suspensa, mas dois dos três desembargadores já votaram pela substituição. O terceiro pediu vistas do processo.
JESUS NO CONTROLE REMOTO
- Confira: o Brasil tem mais programas religiosos na TV do que países fundamentalistas como Irã e Arábia Saudita juntos. Já tem rede transmitindo pregação por 24h. Há ações que contestam o aluguel de horário sem limites por empresários que recebem concessões públicas de canais. Como a Câmara dos Deputados é cheinha de detentores de canais,que ou são da bancada religiosa ou embolsam o dinheiro do aluguel, dificilmente isso será disciplinado.
MOLEZA TAMBÉM É CULTURA
- A Lei Rouanet, também conhecida como Lei Roubanet, é criticada pelo novo ministro da Cultura. Ele pretende, pelo menos, que as empresas que abatem 100% das dotações em renúncia fiscal, passem a ter o direito de abater 80% ou 70% e assim contribuam de fato com alguma grana própria para fomentar a Cultura.  Há grandes empresas cujos departamentos de eventos, marketing e promoções das marcas vivem praticamente do que conseguem arrancar da Rouanet. Turnês e gravações de dvds comerciais, desfiles de moda, eventos corporativos disfarçados, tudo vai pra conta do contribuinte. Dificilmente o ministro vai conseguir mudar isso. Assim como será torpedeado se partir para uma auditoria profunda no uso e emprego das autorizações de captação de recursos. Quem trabalha no ramo, afirma que o  poço é sem fundo. Será preciso um mergulhador para revirar o lodo.
MOVIMENTO DOS SEM ÁGUA
Marx, não o Groucho, diria que essa história de falta d'água vai acabar em luta de classes. Os sem-água vão ocupar piscinas, lagos, parque aquático, ofurôs... Vai ter neguinho bebendo água benta em igreja. Batismo em igreja evangélica não vai poder ser mais de imersão. Um pingo d'água na testa e olhe lá. Cantil vai ser utensílio reabilitado. Você sai de casa, e de repente encontra um vazamento de água potável ou um porteiro lavando a calçada de um bacana e se abastece. Assaltante vai mudar de mote: "desculpa aí, irmão, tô roubando pra defender a água das crianças". Ou o interesseiro que vai se vangloriar; "Tô namorando uma mina nota 10. Na casa dela tem um poço artesiano". Aquele espelho d'água na frente do Palácio da Alvorada vai ser vigiado dia e noite. Aquilo lá vai ser a água para o banho da Dilma. Em São Paulo já tem um professor Pardal que está pesquisando uma máquina portátil, do tamanho de um liquidificador, para despoluir a água do Tietê e do Pinheiros. O cara volta do trabalho passa na padaria pra comprar um pão e dá uma paradinha na marginal pra pegar um balde d'água e despoluir em casa. No sinal de trânsito vai ter moleque pedindo a motoristas pra acionar o limpador de para-brisas só para molhar um pouco a boca seca. E a catinga no metrô por ninguém mais tomar banho? Finalmente, Paris vai ser curvar diante do Rio e de São Paulo. Haverá mudanças de regras para as Olimpíadas do Rio. As provas de canoagem e remo sofrerão ligeiras alterações; os barcos ganharão rodinhas e as provas acontecerão na ciclovia. Natação e saltos ornamentais continuarão em piscinas, mas em lugar de água estarão cheias de microbolinhas de isopor que farão o mesmo efeito. No próximo carnaval, o número de banheiros químicos será bem menor. Os foliões estarão tão desidratados que o pouco líquido sairá no suor. Quando você ligar para sua namorada e ela responder "te retorno já, tô toda molhada", você vai pensar que ela estava saindo do banho. Não estava. O Rio já chegou a assinar contrato com a Fundação Cacique Cobra Coral para fazer parar as chuvas que alagavam a cidade. A mesma fundação não oferece logística reversa e manda a entidade fazer chover? Alô Eduardo Paes, vale o investimento. 


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Motel voador no carnaval da Bahia... É promoção do Camarote Durex

A cápsula para casais faz parte do camarote da Durez, em Salvador. Divulgação
Um espaço suspenso no ar para uma "rapidinha". É a maior atração do carnaval de Salvador. Trata-se de uma cápsula que ficará pendurada a 15 metros de altura, sobre o circuito Barra-Ondina, pronta para receber casais que queiram intimidade. O "motel voador" tem frigobar, TV, chuveiro, preservativos e vidros que permitem ver os trios mas impedem que os "inquilinos" sejam vistos de fora. Tudo faz parte do camarote Durex. Foliões terão que participar de minijogos no camarotes para conquistar o direito de usar a cápsula. Cada casal terá direito a 10 minutos. Jogo rápido.

Par de ruivos: Marina Ruy Barbosa e João Cortes em nova campanha da Vivo



Os atores ruivos Marina Ruy Barbosa e João Cortes (esse é o garoto que contracenou com Felipão em campanha antes da Copa) estão no filme para a Vivo, criado pela Y&R. No roteiro, um papo engraçado sobre paparazzi. VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

O direito de dizer "não"....

Reprodução Facebook
A Skol criou uma polêmica em campanha de outdoors lançada nas ruas de São Paulo. A publicitária Pri Ferreira e a jornalista Mila Alves fotografaram as peças, complementaram o slogan com tinta preta, como forma de protesto e dIvulgaram a ação na rede. Eles veem nos anúncios estímulos a agressões a mulheres, cantadas inconvenientes e até estupros, crime cuja ocorrência aumenta em tempos de carnaval. Informações em sites assinalam que a Skol entrou em contato com as duas e admitiu a comunicação dúbia. Prometeu retirar a campanha das ruas. 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Tá rindo de que? NASA fotografa galáxia "sorridente"

Galáxia "sorrindo". Foto NASA-ESA
A NASA comemora os 25 anos do telescópio Hubble. Um técnico engraçadinho tirou uma foto de uma galáxia muito, muito distante, sorrindo. Um grande "smile" espacial. Trata-se de uma galáxia desinformada sobre o que acontece no mundo... Estado Islâmico, Eduardo Cunha presidente da Câmara, crise hídrica, o cara que liberou empréstimo do Banco do Brasil para uma milionária de araque virando presidente da Petrobras, polícia americana fazendo tiro ao alvo em jovens negros e só depois pedindo documentos, idiotas espancando cachorros, raio atingindo avião...
Ou, melhor ainda, uma galáxia bem informada, que sabe de tudo isso e está rindo de nós, terráqueos. Merecemos.

Com bens bloqueados, Luma de Oliveira é notícia. Infelizmente nada a ver com o Carnaval, onde virou lenda

A última capa de Luma na Manchete.  Em
2005, a revista já não
saía semanalmente. Essa Manchete foi
especial do carnaval, editada por
Lincoln Martins, com uma equipe de profissionais
que fez muitas coberturas no Sambódromo,
entre os quais, Jussara Razzé, David Jr., Enilson
Costa, Filipe Martins, Alex Ferro, Alexandre Loureiro,
Orestes Locatel, Wilson Pastor,
Eliane Peixoto e Maria Alice Mariano.  
Luma de Oliveira foi capa da Manchete dezenas de vezes, desde 1987, quando surgiu à frente da bateria da Caprichosos de Pilares. Se ela não inventou o posto de rainha, foi sua mais completa expressão. Embora causasse impacto ao longo do ano com tantas capas da Playboy - é recordista de ensaios na versão brasileira da revista - seu nome estava ligado ao Carnaval. Mesmo que -  principalmente depois que se casou com o empresário Eike Batista - permanecesse discreta ao longo do ano, chegando o verão e, com ele, o clima de carnaval, abria-se a temporada Lumática. Nos últimos carnavais, ela não esteve na pista do sambódromo carioca. Assistiu das frisas. Mas não havia escola que ao passar na avenida deixasse de saudar a musa. Componentes de bateria, especialmente, tiravam o chapéu para aquela que consideram a eterna rainha. Não diria que as baterias fizeram uma paradinha não programada, mas foi quase isso.
A performance de Luma na avenida era sempre marcante mas em pelo menos dois momentos foi especial: o belo e classudo topless, sem silicone, que não era moda, à frente da Caprichosos, em 1987; e quando se ajoelhou na pista, em 2001, saudando a paradinha da Viradouro. uma cena que fez tremer as arquibancadas da Sapucaí.
Luma à frente da Viradouro. Reprodução
Uma madrinha que sabia sambar e, mais do que isso, parecia vibrar a cada passo com a bateria que apresentava à plateia.
Luma é notícia, hoje, a poucos dias do grande espetáculo das escolas, Infelizmente, por um motivo que passa longe do sambódromo. Embora separada de Eike Batista, ela teve seus bens e contas bloqueados pela Justiça Federal em função da derrocada do império do ex-marido. Um samba totalmente atravessado.
No próximo fim de semana, muitas rainhas de bateria passarão pela avenida. Algumas escolas oferecem o posto a meninas da comunidade; outras abrem espaço para celebridades que buscam mídia. A maioria consegue o tal retorno em "presença vip". Difícil é conseguir que as arquibancadas as aplaudam de pé, como faziam com a bela e carismática Luma de Oliveira, que era um enredo à parte na apoteose do samba.
Luma em 1987, na Caprichosos. Veja o vídeo no You Tube. Luma aparece aos 18:30 minutos e muito mais aos 35:45. Clique AQUI
  

Enquanto o arquivo fotográfico permanece desaparecido, coleções de Manchete, Fatos&Fotos, Amiga e outras revistas da Bloch estão disponíveis para consulta na Hemeroteca do Estadão. Pelo menos essa parte é boa notícia.


Coleções das revistas da Bloch, incluindo Manchete, na Hemeroteca do Estadão. Reprodução Instagram
Exemplar da Manchete na
Hemeroteca do Estadão. Reprodução Instagram
Para professores, pesquisadores, jornalistas, escritores, fotógrafos e alunos de universidades, as coleções das revistas Manchete, Fatos & Fotos, Desfile, ElaEla, Amiga, Geográfica e outras publicações da editora Bloch são atualmente valiosas fontes de pesquisa sobre fatos, personalidades comportamento, eventos esportivos, políticos, culturais, ecológicos, desenvolvimento urbano etc, de várias épocas da vida brasileira e do mundo em mais de meio século. A busca é por textos e referências jornalísticas, entrevistas marcantes, reportagens históricas, publicidade e fotos. Não é fácil a tarefa para quem precisa levantar tais informações e imagens para livros, teses universitárias e documentários. No ano passado, uma pesquisadora de Pernambuco recorreu a entrevistas com jornalistas que atuaram na Bloch, obteve microfilmes da Biblioteca Nacional e percorreu sebos cariocas. Pelo menos dois fotógrafos ainda tentam localizar negativos de suas fotos para a produção de livros sobre suas vidas e trajetórias. Há alguns anos, jornalistas que lançaram o livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" (Desiderata) tiveram que usar reproduções e acervos pessoais para ilustrar aquela coletânea. O arquivo de fotos da Manchete e demais revistas da Bloch está, pelo que se sabe, desaparecido após ter sido leiloado pela Massa Falida. Junto com o acervo de fotos, o comprador teria levado também coleções encadernadas e preservadas de todas as revistas da extinta editora. Também não se sabe que fim levou, se ele vendeu as tais coleções. Não são conhecidas igualmente as condições em que estão armazenados milhões de cromos, negativos, e ampliações. Também não se sabe se a pessoa que adquiriu o arquivo em leilão já o vendeu, fatiado ou não, e, se vendeu, onde está. Há alguns meses circulou entre fotógrafos um rumor não confirmado de que um grupo de comunicação teria adquirido o arquivo. A fonte seria um curador que tentou viabilizar uma exposição. Pelo que se sabe, ou não se sabe, não passou de boato. Ou não, como diria Caetano. Diante dessa situação crítica que coloca em risco uma importante memória do jornalismo e da própria história do Brasil, é uma boa notícia saber que o Estadão passou a disponibilizar em sua Hemeroteca coleções encadernadas das revistas da Bloch. Assim, nem tudo se perde. Com exceção da Biblioteca Nacional, que, por lei, recebia exemplares de cada periódico e tem coleções em arquivo, é espantosa, no caso, a omissão, especialmente em relação ao Arquivo Fotográfico, de órgãos como o Ministério da Cultura, Arquivo Nacional, Museu da  Imagem e do Som do Rio de Janeiro (cidade que era a sede da Manchete), de instituições como a ABI (Associação Brasileira de Imprensa), mesmo a Academia Brasileira de Letras, à qual não faltariam recursos para ajudar a preservar um acervo de importância cultural e até literária (grandes escritores brasileiros colaboraram com as revistas da Bloch, alguns publicaram na Manchete crônicas que hoje são clássicos do gênero), ou fundações privadas que tanto recebem recursos públicos e bem poderiam prestar esse serviço à memória nacional, no que seria uma oportuna contrapartida.
Como nada disso aconteceu, a Hemeroteca do Estadão é uma ótima notícia e sua abertura ao público uma demonstração de cidadania.
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domingo, 8 de fevereiro de 2015

Rio, 450 anos: o maior carnaval do mundo já está nas ruas...

Escravos da Mauá - Tatá Barreto -Riotur

Céu na Terra - Foto de Fernando Maia- Riotur
Sá Pereira- Foto Alexandre Macieira-Riotur
Nos últimos anos, ao lado do mega espetáculo das escolas de samba, o Rio reinventou o Carnaval. E, mais uma vez, a iniciativa e a alegria vieram do povão. Não há paralelo, no mundo, de uma ocupação popular de uma cidade por uma legião festiva de blocos espontâneos. O Rio rejeitou as "cordinhas" e "abadás" e ainda resiste - embora o poder público já acomode um tipo ou outro de bloco comercial, nada mais do que iniciativas privilegiadas de marketing chamativos para turnês patrocinadas - à privatização que significa exclusão do folião comum do carnaval de rua. É bom ficar atento; uns e outros tentam furar esse cerco. O carnaval de Salvador, por exemplo, está preso nessa tendência de transformar a festa em curralzinho vip. Nomes da música com prestígio para descolar patrocínio público fazem do carnaval um milionário evento privé, com o povão que não pode comprar abadá relegado à periferia. Isso já foi tentado no Rio pelos blocos de marcas comerciais e trios importados. A cada ano, tentam de novo. Até cordinhas os caras de pau já quiseram botar aqui no nosso terreiro. Por enquanto, com a reação dos blocos autênticos, o Rio dá um exemplo: carnaval é do povo e não de "promotores de eventos" que mamam em verbas públicas. Nas fotos, abaixo, veja o povo que se diverte e ocupa as ruas, sem grife comercial e até com dificuldades financeiras para botar os blocos nas ruas. Isso é carnaval, o resto é  'business'. Chope, alegria, malandragem e rejeição aos picaretas, a hora é essa. A rua é do povo. Em vários blocos de bairros cariocas, chama a atenção a presença de crianças. Positiva, e também nessa linha de rejeitar a tutela comercial ou de celebridades influentes, é a onda que faz crescer o carnaval de rua de São Paulo Começa a se impor. O povão já ocupa a Vila Madalena. E a tendência é que a ofensiva aumente no ano que vem. É isso aí: abaixo a privatização das ruas, camarotes e afins, com cordinhas que garantem faturamento milionário em ruas. Os cariocas estão mostrando que aqui carnaval do tipo lava-jato não vai emplacar.
Cordão do Boitatá. Foto Tatá Barreto-Riotur
Imaginô? Agora Amassa. Foto Fernando Maia-Riotur

Xupa mas não baba - Foto Alexandre Macieira- Riotur
Simpatia Quase Amor - Foto Instagram
Em São Paulo, o bloco Filhos da Foto, formado por profissionais da fotografia...
Bloco Filhos da Foto, na Limeira, SP - Foto fotos Publicas

Alegoria do Filhos da Foto. Foto Fotos Publicas
Em

Olha a cobra! Não é mentira: Jennifer Lawrence repete fotos de Nastassja Kinski, 34 anos depois...

Nastassja Kinski em ensaio feito pelo fotógrafo Richard Avedon, em 1971, para a Vogue americana. Reprodução

Jennifer Lawrence posou para a Vanity Fair, edição de março de 2015, fotografada por Patrick Demarchelier. Divulgação

Bibliotecas estão bombando... e não é por causa dos livros

Kendra Sunderland: performance lítero-erótica na biblioteca da Universidade de Oregon, nos EUA. Reprodução You Tube
por Omelete
Bibliotecas de universidades, especialmente, têm registrado inesperado aumento de frequência. Na onda do exibicionismo inflado pela internet chegou a vez de performances lítero-eróticas quentíssimas em salas onde o saber cede vez ao prazer. Depois das mobs e selfies, um fenômeno ameaça se espalhar. Em pelo menos três bibliotecas, frequentadoras mais desinibidas gravaram cenas ousadíssimas. Por enquanto, apenas os nerds americanos e australianos testemunharam o fato nas universidades de Oregon e Melbourne.
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