sábado, 13 de julho de 2013

Jango na estância gaúcha: imagens de uma matéria exclusiva da Manchete

Maria Teresa Goulart fotografa Jango. Nas mãos ela tem uma Hasselblad, câmera muito usada pelos fotógrafos da Manchete. Essa foto foi página dupla da revista abrindo uma reportagem especial sobre o casal. Na sequência da matéria há várias outras que mostram o presidente na sua estância no Sul. Com o acervo da Manchete desaparecido, imagens como essa e muitas outras são publicadas sob o "crédito" genérico de "arquivo" ou dadas como pertencentes ao "acervo" de tal ou tal instituição. Manchete cobriu todos os passos de Jango e Maria Teresa. Pertence ao arquivo fotográfico da revista a única imagem existente do exato momento em que Jango embarcou para o exílio, no Santos Dumont, após o golpe militar que instituiu a longa, corrupta e sangrenta ditadura que jogou o Brasil nas trevas por duas décadas. Em dezembro de 1976, o corpo de Jango, como o de JK, em agosto de 1976, foi velado no prédio da Manchete, na Rua do Russell
Jango embarca para o exílio. A Manchete foi o único orgão de imprensa que registrou o momento histórico..



Tweet de CartaCapital (@cartacapital)

CartaCapital (@cartacapital) tweetou às 5:01 PM on sex, jul 12, 2013:
Aprofunda-se a crise do grupo EBX, de Eike Batista. Confira a análise da Economist Intelligence Unit | http://t.co/QcCnw9yMan
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Tweet de Jose de Abreu (@zehdeabreu)

Jose de Abreu (@zehdeabreu) tweetou às 11:33 AM on sáb, jul 13, 2013:
Quer dizer que o que impede os médicos de se mandarem pro interior é a falta de "equipamentos"? Pensei q fosse falta de cinemas, rest, etc.
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Tweet de Jose de Abreu (@zehdeabreu)

Jose de Abreu (@zehdeabreu) tweetou às 6:07 AM on sex, jul 12, 2013:
Todo o mundo político sabia da espionagem americana. Bob Fernandes mata a cobra e mostra o pau. RT por favor! http://t.co/4MjSZxPRi1
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Tweet de Luiz Algarra (@lalgarra)

Luiz Algarra (@lalgarra) tweetou às 10:50 PM on sex, jul 12, 2013:
Porque os líderes do PMDB e do PSDB resistem ao marco civil da internet sustentando a posição das empresas de telecom? Você não sabe? Então
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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Tweet de Época (@RevistaEpoca)

Época (@RevistaEpoca) tweetou às 9:45 PM on sex, jul 12, 2013:
Daniel Dantas pagou R$ 10 milhões para tornar-se sócio de João Gilberto http://t.co/tazRcQ1srT
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Capa da Época de amanhã

Um tiro de laser... a coisa tá verde para a Globo

A Globo tem sido um alvo dos manifestantes. Em quase todo o Brasil e até na Inglaterra, jornalistas da emissoras não são bem recebidos nos protestos. Mas nos agitos do Dia Nacional de Lutas, a turma inaugurou uma nova "arma": o laser. Em entradas ao vivo, algumas imagens foram carimbadas. Em São Paulo, o repórter Carlos Tramotina, do telejornal SPTV, apareceu assim com um certo ar do Incrível Hulk.

Espionagem digital provoca volta da máquina de escrever...


Deu na Folha: governo russo manda comprar máquinas de escrever para a redação de correspondências oficiais sigilosas. A conclusão a que chegaram os funcionários do governo é que voltar à moda antiga é a única maneira de escapar da gigantesca máquina de espionagem e de invasão dos arquivos dos países amigos ou inimigos montada pelos Estados Unidos. Faz sentido. E vale também para as pessoas físicas todas, inclusive e principalmente no Brasil, alvos do Grande Irmão norte-americano. Quem quiser proteger a privacidade, volte a escrever cartas, datilografe seus diários e segredinhos, passe a mandar bilhetinhos em vez de sms e esqueça redes sociais, twitter, instagram, facebook, emails, skipe etc etc.   

Privataria do Maracanã, "chose de loque"...

Reprodução. Leia no link abaixo
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Comentário
por Gonça
Os primeiros detalhes que vêm a público sobre a privataria do Maracanã e da relação dos concessionários com os clubes parecem assustadores para o futebol. Os clubes ficam com as cadeiras da linha de fundo, não recebem garantias de que o jogo será mantido (pode ser mudado a critério dos donos do Estádio, que dizem que pagam aluguel de outro campo para o despejado caso precisem receber um show mais rentável na mesma data, por exemplo). E como fica a CBF, que passa a não saber com certeza em que estádio se dará determinado jogo? Confirmam a demolição dos estádios de natação e atletismo (embora essa questão ainda não tenha sido resolvida pela justiça) mas quanto à obrigação de construir instalações para treino dos atletas olímpicos, que estaria no contrato não divulgado na íntegra, são vagos: "esperam"começar a construir depois da Copa. Esperam. Tudo indica que o Maracanã será definitivamente elitista: os preços para as áreas centrais serão astronômicos. O torcedor ficará no fundão. Mais ou menos como no Coliseu da era romana quando os escravos e as classes baixas ficavam nos picos da arquibancada e olha lá. Muita bola furada ainda vai correr debaixo dessa grama...

Vôo da alegria:já viu a charge de Maurício Ricardo sobre a farra voadora das "otoridades" e suas famílias folgadas?


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Dessa vez Robinho já está mesmo com os dois pés no Santos

por Eli Halfoun
O jogador Robinho deve mesmo voltar a jogar no Brasil: estão adiantadas as conversas entre o craque e o Santos. Parece que já se chegou até a um acordo sobre o salário que Robinho receberá. O Santos está muito empenhado nessa contratação: considera Robinho o nome ideal para substituir Neymar na liderança do time e ele funcionaria também como uma espécie de orientador para os jovens jogadores que o clube quer buscar na chamada categoria (ou divisão) de base. Como sempre se em grandes cifras (sempre distantes da realidade do nosso futebol), mas como se sabe que há muito exagero nas especulações salariais o Santos deixa claro que ao contrário do que costumam fazer os outros clubes não tirará o foco de sua realidade caso venha mesmo a concretizar a contratação de Robinho. Que pode realmente voltar a ser referência para o Santos e para o futebol brasileiro. (Eli Halfoun)

ATUALIZANDO – Segundo o jornal “Folha de São Paulo” por falta de acerto financeiro em relação ao salário do jogador o Santos desistiu de tentar a contração de Robinho. Portanto o craque está novamente com os dois pés fora do clube e tudo indica que definitivamente. (E. H.)

Rio enche os copos com 400 marcas mundiais de cerveja

por Eli Halfoun
Atenção cervejeiros: preparem-se para ficar perdidos entre 400 marcas de “louras geladas” de todo o mundo. As melhores “louras” estarão juntas no Rio em novembro participando (de 14 a 17) do “Mondial de la bière” que traduzindo é o Festival Mundial de Cerveja para o qual se espera 20 mil visitantes. Será sem dúvida a melhor maneira de confirmar se a nossa cerveja de cada dia está mesmo entre as melhores do mundo. Embora eu não beba mais posso garantir com minha longa experiência, que está sim. (Eli Halfoun)

Ainda palavras, palavras e nada mais. Chega de discursos

por Eli Halfoun
Embora sempre tenha tido consciência da politicagem no país o grito que povo deu agora nas ruas parece ter feito todos os políticos aumentarem seus discursos e mentiras. Muitos projetos andam sendo votados às pressas, mas são apenas mais uma maneira de iludir a população. Repare que além de discursos nada se fez de realmente concreto para atender as reivindicações (e necessidades) populares. Fala-se cada vez mais e se faz cada vez menos. Nenhuma medida foi realmente tomada para melhorar o atendimento de saúde, o que significa capacitar os hospitais a atenderem a população com respeito e dignidade. Os hospitais continuam caindo aos pedaços (desabando na cabeça dos contribuintes), o que também acontece com as escolas e muitos outros digamos órgão públicos. A verdade é que o serviço público continua a ineficiente e assim será até que as medidas tomadas sejam realmente palpáveis e não mais palavras, palavras ditas sem a menor base e ao que parece com a única intenção de mais uma vez empurrar os anseios (e necessidades) do povo com a barriga. Os governantes parecem não ter percebido até agora que o povo não tem mais paciência de esperar que as promessas sejam cumpridas. Está na hora de se fazer coisas ficarem concretas e palpáveis. Chega de soluções que ficam apenas no papel.  (Eli Halfoun)

Eleitores sabem que políticos são os maiores responsáveis pela corrupção no país

por Eli Halfoun
O povo não se engana mais e sabe que partidos políticos não são criados (como deveriam ser) com a intenção de oferecer programas que realmente atendam o país. Partidos políticos funcionam como um grande balcão de negócios nos quais negociam muitas coisas, entre as quais apoios para aumentar as interesseiras coligações (não aconteceriam se houvesse menos partidos nanicos) e o tempo de candidatos no horário político (que não é tão gratuito quanto se pensa). O Brasil tem hoje nada mais nada menos do que 39 partidos e nenhum deles respeitado pelos eleitores. Recente pesquisa internacional revela que o Brasil é o país onde 81% da população (é a maior certeza do mundo) sabe que os políticos são os maiores responsáveis pela corrupção. Como ficou claro nas manifestações mostrando que o povo prefere (e merece) um país sem políticos e sem partidos. Ou seja: um país honesto. (Eli Halfoun)


Propaganda enganosa é crime. O que a propaganda eleitoral ainda faz na televisão?

por Eli Halfoun
Agora que muitas questões estão sendo discutidas em torno do processo eleitoral brasileiro talvez também seja o momento de colocar em pauta a validade do chamado horário eleitoral gratuito. As opiniões em torno do assunto são dividas: muitos especialistas acreditam que o chamado horário eleitoral nada acrescenta de útil em termos de campanha enquanto outros acreditam que o horário político é fundamental - fundamental principalmente para que os partidos possam negociar participações. O fato é que não dá mais para acreditar em nenhuma campanha política. Aliás, a veiculação de propaganda é controlada e determina que a propaganda enganosa é crime e deve ser retirada imediatamente do ar. Se a propaganda enganosa é proibida por que não tiram do ar a propaganda eleitoral gratuita que é sem dúvida a mais enganosa de todas? (Eli Halfoun)

Lula desaparece, mas não se assusta com pesquisas que derrubaram Dilma

por Eli Halfoun
“Cadê o Lula?” - esse é uma das perguntas que mais têm sido feitas desde que ocorreram as manifestações. A brincadeira-verdade surgiu porque em meio ao grito do povo o ex-presidente, que muitos ainda consideram a maior força política do país, não veio a público dizer absolutamente nada nem a favor e nem contra. A primeira notícia dava conta que o ex-presidente estava ausente do país. Esteve outras vezes e sempre se pronunciou no exterior. Dessa vez Lula preferiu o silêncio ou como querem alguns analistas, prefere deixar a poeira baixar e só entrar em cena quando sua presença em palanque for considerada fundamental para reeleger a presidente Dilma Roussef. Lula não ficou tão mudo assim e há quem garanta que depois da divulgação de pesquisas mostrando o desmoronamento da presidente Lula teria dito que não ficou assustado porque já subiu e desceu em pesquisas e exemplificou: “Em 1989 tinha medo até de sair devendo para o ibope”. Então diz alguma coisa Lula. Esse não é o momento de silenciar.  (Eli Halfoun)

terça-feira, 9 de julho de 2013

Repúdio à espionagem dos EUA. E 86 deputados foram contra. Quem foi? | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

Assassinato de rapper brasileiro é destaque na mídia mundial

O tiro que o rapper MC Daleste levou no palco, em Campinas, diante de três mil pessoas, ecoou na imprensa mundial. Há menos de um mês, em Los Angeles, o rapper Lil Snupe foi morto com dois tiros. Uma trágica lista que inclui Tupac  Shakur, morto em 1966, e o brasileiro Sabotage, fuzilado há dez anos.
Veja no The Sun, clique AQUI

Quem diz que deputado ou senador teme a voz das ruas é porque não conhece os porões do Congresso... Veja isso: suas excelências partiram pro deboche

Ninguém duvida de que o Brasil precisa de um reforma política. Há anos, governos tentam implementá-la. Em vão. A maioria dos deputados e senadores não admitem que se mexa em seus privilégios e suas práticas. A última tentativa de mexer no lucrativo vespeiro foi essa agora, quando até a mídia conservadora  colaborou para sepultar qualquer mudança. Muitos disseram por aí que o "gigante acordou", que o povo quer mudança etc etc. O Congresso fingiu que se mexeu e logo voltou às manobraslimpa. Na calada articulam alterações que vão reduzir os efeitos de um tentativa de moralização. Resta ao eleitor anotar os nomes desses elementos e não votar neles nas próximas eleições. Aí sim, o "gigante" dorminhoca acordaria com efeitos práticos e não apenas oba-oba.
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Depois do escândalo tucano da denúncia de compra de votos nos anos 90...

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Joaquim Barbosa no caldeirão...


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IPVA para helicópteros, jatinhos e lanchas pode gerar receita anual de R$ 2,6 bilhões

por Eli Halfoun
Mais de R$ 2,6 bilhões é o que a receita anual poderia gerar se os jatinhos, helicópteros e lanchas pagassem IPVA. O levantamento foi feito pelo Sindifisco que até sugere que o dinheiro arrecadado seja investido em transporte público. Ainda há para muito estudar e discutir, mas de qualquer maneira tramita na Câmara uma PEC para permitir e legalizar a cobrança. Como sempre empresas poderosas e pessoas físicas que possuem essas “máquinas” trabalham por baixo dos panos para que a proposta não seja aprovada. Será difícil: no momento a Câmara está aprovando tudo. (Eli Halfoun)

Mensalão pode até tirar Joaquim Barbosa do Supremo

por Eli Halfoun
Uma nova preocupação entre as muitas que se manifestaram ultimamente toma conta do governo em Brasília desde que se começou a especular sobre a possibilidade do ministro Joaquim Barbosa vir a candidatar-se à Presidência da República. A preocupação fará sentido quando se sabe que Barbosa é o único possível candidato “que derrotaria Dilma na próxima eleição”. Barbosa só sairia candidato, o que é pouco provável, se deixar o cargo de ministro e de presidente do Supremo, o que também segundo as especulações pode acontecer “se os mensaleiros conseguirem convencer através de seus advogados a maioria dos ministros do STF a iniciarem um segundo julgamento do mensalão, o maior escândalo da política nacional. Nesse caso o que se diz é que Barbosa pediria demissão do Supremo. Uma segunda rodada de mensalão seria sem dúvida a maior vergonha nacional e o fim da crença na Justiça e isso o Brasil não quer e não precisa. (Eli Halfoun)

Jornada Mundial dará mais de 5 milhões de hóstias em suas missas

por Eli Halfoun
A Jornada Mundial da Juventude está fazendo aumentar o comparecimento de fiéis nas igrejas durante as missas. Por conta desse aumento estima-se que esse mês em seis dias de missas haverá uma farta distribuição de hóstias. O cálculo é de que durante os atos religiosos da Jornada sejam dadas 4,5 milhões de hóstias para brasileiros e mais 1,5 milhões para os peregrinos que estão vindo de outros países. A presença do Papa Francisco na Jornada também fez aumentar sua participação no Twitter: ele já alcançou mais de sete milhões de seguidores no mundo e vê o número aumentar cada vez mais. É a informática a serviço da fé. (Eli Halfoun)

Roberto, Erasmo e Caetano fazem ginástica para disfarçar suas carecas



por Eli Halfoun
Alguns de nossos mais respeitados cantores-compositores não acreditam muito na velha máxima musical que “é dos carecas que elas gostam mais”. Pode até ser, mas nem por isso eles querem mostrar a grande perda de cabelos que chegou com a idade e procuram disfarçar de todas as formas. Exemplos: Roberto Carlos, 72 anos, que fez implante há muitos anos, tem uma cabeleira para tratar de puxar os poucos e comprido fios de cabelos que sobraram pra lá e para cá até conseguir fazer uma franja mínima. Já Caetano Veloso, 70 anos, espalha os poucos cabelos que lhe restam para o topo e depois joga pra frente. Erasmo Carlos, 72 anos, está mais conformado: deixa o cabelo crescer dos lados e atrás, já que por cima não dá mais. Como a força de seus talentos não está nos cabelos estejam carecas ou cabeludos continuam musicalmente perfeitos. Nada de força na peruca. (Eli Halfoun)

Ações repetitivas podem “queimar” os personagens Félix e Paloma em “Amor à Vida”

Felix (Mateus Solano) e Paloma (Paolla Oliveira) em "Amor à Vida". Foto TV Globo/Divulgação
por Eli Halfoun
Se o autor Walcyr Carrasco e o ator Mateus Solano não dosarem a medida e tomarem muito cuidado, o personagem Felix, sucesso maior nos primeiros capítulos de “Amor à Vida”,  pode cair em desgraça entre o público. Se, no início, ele era engraçado agora suas piadinhas começam a ficar repetitivas, grosseiras e totalmente previsíveis. Mateus Solano compôs um personagem perfeito e certamente não mudará as características de Félix, mas tanto ele quanto o autor precisam encontrar uma maneira de deixar o personagem acidamente engraçado, mas sem fazer um humor que quase sempre é agressivo. O trabalho de Solano continua ótimo, a novela mantém um bom texto, mas tudo o que é exagerado acaba enjoando. É aí que mora o perigo maior de Felix que ao transformar-se em um chato pode ganhar a antipatia dos telespectadores. É o mesmo perigo que corre a personagem Paloma, que já é a rainha das caras e bocas da novela e também repetitiva e chata, mesmo com a beleza e o bom trabalho da atriz Paolla Oliveira. Como na vida, também na ficção é preciso aprender a dosar tudo, incluindo as emoções . Emoção melodramática demais é uma chatice também em novela. 

“Amor à Vida” promete muitas surpresas e uma delas é a morte de César (Antonio Fagundes): ele será vítima de enfarto depois de descobrir que o filho está roubando. A discussão com Felix será acalorada e o médico não aguentará a decepção. A grande surpresa da morte de César ficará com Aline (bom trabalho de Vanessa Giácomo) a secretária e amante: César deixará para o filho que terá com Aline grande parte das ações do hospital que passará a ser dirigido, na parte médica, por Pillar (Suzana Vieira) e, na administrativa, por Aline. Pelo menos na ficção as viúvas terão de se entender.  (Eli Halfoun)

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Memória: Em 1955, o Rio foi sede do Congresso Eucarístico Internacional. A cidade foi o centro do mundo católico. Às vésperas da Jornada Mundial da Juventude, relembre o evento que motivou edição especial da revista Manchete

O Redemtor na capa
O Aterro, ainda em obras, foi o palco da missa especial. 
O altar
Jovens católicos de 25 nações lotaram Maracanã aina na fase de preparação do Congresso
O rio de 1955: centro da cidade e aeroporto Santos Dumont
Na contracapa da edição especial da Manchete, Lagoa, Ipanema, Corcovado
A bancada para o público da missa do Aterro, prédios do Flamengo ao fundo



por Gonça
Em texto na última página da edição especial aqui reproduzida em parte, a Manchete, então dirigida por  Otto Lara Resende e com Armando Nogueira como redator-principal', Darwin Brandão como chefe de reportagem e Henry Moeller  como diretor de Arte, anunciava: "Esta edição especial de Manchete não precisa, a rigor, de justificativa. o Rio de Janeiro vem, há vários meses, se preparando para o grande espetáculo a que assiste agora: o XXXVI Congresso Eucarístico Internacional. Trata-se de um acontecimento não apenas da cidade, ou do país, mas que assume, ou que tem mesmo caráter mundial". Mais adiante, os editores avisavam que em posteriores edições semanais o evento seria documentado passo a passo.  "Em três anos de existência" - continuava o editorial - "esta é a segunda edição especial de Manchete. A outra, primeira, circulou com uma reportagem sobre a grandiosa Exposição do Ibirapuera, comemorativa do IV Centenário de São Paulo". 
Essas edições especiais inauguravam um estratégia jornalística que a Manchete adotaria ao longo dos seus 48 anos de circulação, de 1952 a 2000:  o lançamento ágil de revistas exclusivas sobre grandes acontecimentos. Neste número extra do Congresso Eucarístico,  a equipe de fotógrafos era formada por Gervásio Batista, Armando Rozário, Orlando Machado, Faria de Azevedo, Hélio Santos e Carlos Botelho e Ávila. 
Observação: as fotos que ilustram este texto foram reproduzidas da edição especial da Manchete sobre o XXXVI Congresso Eucarístico Internacional. São imagens históricas que fazem parte do Arquivo Fotográfico que pertencia à Manchete. O acervo foi leiloado e encontra-se virtualmente desaparecido. O Sindicato do Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos-Rio entraram com medida judicial para localizar a valiosa e histórica coleção de imagens e obter informações sobre seu estado de conservação. Em vão. Instituições públicas destinadas a cuidar a memória do país parecem não ter qualquer preocupação com o destino de um acervo de mais de 10 milhões de imagens do século passado.   

Rio de julho... em dia de caminhada

Ipanema vista do Leblon e...
Leblon visto de Ipanema
Dois Irmãos, focalizado do Quase Nove

domingo, 7 de julho de 2013

Bip Bip, o recanto encantado — CartaCapital

Carta Maior - Economia - 'A mídia e a política estão dominadas pelo dinheiro de maneira avassaladora'

Jornalismo que não é mais aquele...

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Os vôos dos carrapatos... Renan, Henrique, Barbosa, Cabral, o alegre esquadrão aéreo

por Gonça
Dizem que funcionalmente besouro não pode voar. Não tem aerodinâmica nem sustentação. Mas voa. Dizem as leis que autoridades e suas caras famílias não podem voar às custas do contribuinte em "missões" de lazer. Mas voam. Os presidentes da Câmara, do Senado e do STF (este em vôo comercial pago pelo ambicionado "cofre da viúva", a mãe oficial da casta privilegiada) respectivamente Henrique Alves, Renan Calheiros e Joaquim Barbosa ganharam asas públicas em alegres e recentes momentos de lazer. Têm poderes de super-homens. A resposta é que voam, e daí? Não são besouros, parecem mais carrapatos anexados às despesas oficiais. Tudo a ver. Hoje, mais um político - e certamente há muitos do governo e da oposição - ingressou na frota: Sergio Cabral é tema de denúncia da Veja. O helicóptero do governador do Rio de Janeiro transportaria regularmente a família cabralina para Mangaratiba, onde fica a mansão de praia do clã. E não só a família, levaria empregados, cabeleireiro, decola pra pegar um modelito que a madame esqueceu, a prancha de surfe do amigo do filhão e por aí vai. O esquadrão aéreo cada vez aumenta mais. Para falar apenas na área federal, não se sabe se a FAB, que lutou bravamete nos campos da Itália, na 2ª Guerra Mundial, está preparada para defender o Brasil. Mas seus pilotos, a quem cabe a árdua função de levar e trazer os privilegiados, estão altamente treinados para transportar como ninguém, chefes de poderes, amigos do chefe, namoradas do chefe, aspones do chefe, sócio do chefe, vizinho do chefe... Virou, quem diria, a TAB, Táxi Aéreo Brasileiro
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sábado, 6 de julho de 2013

Vinicius, 100 anos. Roberto Muggiati escreve para a revista The President e conta os bastidores de uma farra com o poetinha em Paris

Reproduçãio Revista The President
Memória
por Roberto Muggiati (especial para a revista The President)

Eterno enquanto 100
Sou um labirinto em busca de uma saída.” O poeta sabia mais de si do que qualquer outro. Na verdade, Vinicius de Moraes passou a vida tentando sair de labirintos. Sua intensidade existencial abreviou seu tempo, mas legou um grande poeta. Carlos Drummond de Andrade admitia: “Eu queria ter sido Vinicius de Moraes. Foi o único de nós que teve vida de poeta, que ousou viver sob o signo da paixão”. O mundo literário sempre desconfiou dos poetas de êxito popular. Vinicius é estigmatizado até hoje por esse preconceito. Mesmo amigos como João Cabral de Melo Neto e Rubem Braga tentaram demovê-lo do que consideravam um “desvio” na sua carreira. Em 1977, numa entrevista à penúltima mulher, a argentina Marta Rodriguez Santamaría, para um livro que nunca foi publicado, Vinicius lamenta não ter composto uma obra-prima como o Bateau Ivre, de Rimbaud, Os Cantos, de Ezra Pound ou The Waste Land, de T.S. Eliot.
Nascido na Gávea, no Rio de Janeiro, 100 anos atrás, ele cresceu em meio à poesia e à música: o pai, funcionário público, escrevia poesia e tocava violino; a mãe tocava piano. O avô paterno era latinista e poeta, a avó fazia versos. O bisavô paterno era um excêntrico que, ao se aposentar, passou a caçar as empregadas; rechaçado pela mulher, foi dormir sobre o muro da casa até cair e morrer. A família também tinha muitos boêmios e seresteiros. Fiel ao sangue, Vinicius começou a poetar cedo, aprendeu violão e, no Colégio Santo Inácio, formou um conjunto com três colegas, os irmãos Tapajós. Letrista, compôs aos 14 anos suas primeiras músicas: “Canção da Noite” e o fox-trote “Loura ou Morena”. Aos 25 anos, ganhou uma bolsa para estudar língua e literatura inglesa em Oxford, onde casou por procuração com Beatriz Azevedo de Melo, que ficaria conhecida como Tati de Moraes. O início da guerra, em 1939, o traz de volta ao Brasil, onde nascem os primeiros filhos: Susana (1940) e Pedro (1942). Vinicius sempre balizou os sentimentos familiares pela poesia. Sobre a paternidade, compôs o irônico “Poema Enjoadinho”: “Filhos... Filhos?/Melhor não tê-los!/Mas se não os temos/Como sabê-lo?” Sua filosofia do amor foi magistralmente definida no “Soneto da Fidelidade”, dedicado a Tati: “Eu ... “Eu possa me dizer do amor (que tive): que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure”
O poeta no seu labirinto
Aos 30, entrou para a carreira diplomática e, três anos depois, assumiu o posto de vice-cônsul em Los Angeles. O casamento com Tati não é eterno, mas até que dura, para os padrões do poeta: 11 anos. Foi interrompido por um segundo e breve “casamento” (em cerimônia secreta numa igreja de Petrópolis), com Regina Pederneiras. Arquivista do Itamaraty, Regina levou de lembrança a “Balada das Arquivistas”. Em 1951, o Poetinha conhece Lila Bôscoli, numa boate de Copacabana, em episódio célebre. Rubem Braga teria dito: “Vinicius de Moraes, apresento-lhe Lila Bôscoli. Lila Bôscoli, apresento-lhe Vinicius de Moraes. E seja o que Deus quiser”. É paixão fulminante. Vinicius tem o dobro da idade, o irmão da moça, Ronaldo Bôscoli, quer lhe dar uma surra, mas se desmancha ao encontrar o poeta, seu ídolo. Vinicius tem duas filhas com Lila, Georgiana (1953) e Luciana (1956), e dedica à mulher o “Poema dos Olhos da Amada”. Apesar de toda a paixão por Lila, Vinicius se apaixona perdidamente em Paris por Mimi de Ouro Preto, manequim de Dior. Quando ela o rechaça, Vinicius se tranca na cozinha, veda todas as frestas e abre o gás. Por sorte a mãe de Lila Bôscoli chega mais cedo e salva o poeta de sua melancólica tentativa de suicídio. Rubem Braga e Vinicius se apaixonavam à toa. A diferença é que Rubem só casou uma vez e ostentava orgulhoso uma placa no seu famoso jardim suspenso de Ipanema: “Aqui vive um solteirão feliz”. Já Vinicius casava com todas. Em 1957, entra em cena Lúcia Proença, sobrinha do mentor de Vinicius, o escritor Octávio de Faria. Perderam a conta? É a quarta mulher oficial do Poetinha, que a brinda com “Para Viver um Grande Amor”. Começa àquela altura outra série de casamentos: as uniões paralelas de Vinicius com seus parceiros musicais. O primeiro é Tom Jobim: no Bar Vilarino, no centro do Rio, ele recebe a proposta de Vinicius: “Você toparia musicar minha peça?” E Jobim: “Tem um dinheirinho nisso?” (Como o Poetinha, Tonzinho também era chegado a um diminutivo.) Os dois compõem praticamente todas as canções da trilha de Orfeu da Conceição, peça de Vinicius que transplanta o mito grego para o morro carioca. O sucesso é tanto que o diretor francês Marcel Camus vem ao Rio filmar Orfeu Negro, que venceria a Palma de Ouro em Cannes (1959) e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro (1960). Em 1961, surge um novo parceiro, Carlinhos Lyra. Vinicius compõe com ele canções como “Você e Eu”, “Minha Namorada”, “Coisa Mais Linda”, algumas delas incluídas no musical Pobre Menina Rica, baseado numa peça do poeta. Por ser letrista, o Poetinha se vê excluído do boom da bossa nova nos Estados Unidos, a partir do LP Getz/Gilberto, gravado em 1963. Afinal, a penetração no mercado internacional exige letras
em inglês, daí “The Girl From Ipanema” (ou “The Boy”, quando cantado por mulheres), “No More Blues” (“Chega de saudade”) e “How Insensitive” (“Insensatez”). Talvez por isso, Vinicius passa a in vestir mais na sua voz, aparecendo com destaque no LP Vinicius & Odete Lara. Gravado em 1963, é a estreia em grande estilo da nova parceria com Baden Powell, incluindo clássicos como “Berimbau”, “Só por Amor”, “O Astronauta”, “Samba da Benção” e “Samba em Prelúdio”, sobre o qual Vinicius disse a Baden: “Camaradinha, acho que plagiamos Chopin”. Vinicius participa da maioria das faixas e convence como “cantor-sem-voz”; aliás, iniciou-se nessa categoria dois anos antes do parceiro Tom. Na parceria com Baden, Vinicius abre seu leque musical para “coisas” da Bahia, com candomblé, berimbau, capoeira e samba de roda. Carlos Lyra foi peça fundamental para o casamento seguinte de Vinicius, o quinto. O Poetinha, aos 50 anos, apaixonou-se por Nelita de Abreu Rocha, 20 anos. Ela tem um noivo passional que ameaça matá-la caso a perca para outro. Carlinhos propõe – e planeja – uma fuga, pura e simples. Vinicius na época é designado para o consulado brasileiro em Paris. Com Tom Jobim ao volante, apavorados com as ameaças do ex-noivo, que é exímio atirador, Vinicius e Nelita pegam um carro para o Aeroporto do Galeão. Fernando Sabino e Otto Lara vão como seguranças. Antes de entrar no avião, Nelita deixa uma carta para os pais comunicando seu “casamento”. Ela parte toda vestida de branco, até calcinha e sutiã, uma verdadeira noiva. Diante do fato consumado, os pais tornam público num anúncio de jornal o casamento da filha com o poeta e diplomata Vinicius de Moraes. Um dia, uma amiga comenta sobre o fato: “O pior que pode acontecer é ele escrever para você meia dúzia de poemas e você se tornar famosa”. Inspirado por Nelita, Vinicius publica, em 1966, “Para uma Menina com uma Flor”. Mas, ao cabo de cinco anos, a menina vê mais garrafas do que flores no convívio com o poeta e desiste.
“Vate 69”
Todo um folclore cerca a relação de Vinicius com o uisquinho, diminutivo apenas no chamamento afetuoso, mas um problema enorme. Ele define a bebida como “o cachorro engarrafado,” o melhor amigo do homem. Raramente é visto sem um copo na mão, principalmente durante os shows. Adora o apelido “vate 69”, criado a partir de uma marca de scotch, o Vat 69. (“Vate”, o dicionário ensina às novas gerações, quer dizer “poeta, versejador, e também profeta, vaticinador, vidente.” Já 69, todos sabem o que é...) O apelido sugere o lema “sexo, bebida e bossa nova”. Apesar da dependência alcoólica crescente, Vinicius cresce como compositor e cantor e ainda como showman, lotando teatros no Brasil, em Roma, Paris, Lisboa e Buenos Aires. Impossível conciliar tudo isso com a carrière. Na onda de demissões no quadro diplomático que se segue ao AI-5, Vinicius é sumariamente exonerado. Em entrevista publicada postumamente pela Veja (12 de janeiro de 2000), o ex-presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo explicou: “Eu era o chefe da Agência Central do Serviço e recebíamos constantemente informes de que ele, servindo no consulado brasileiro de Montevidéu, ganhando 6000 dólares por mês, não aparecia por lá havia três meses. Consultamos o Ministério das Relações Exteriores, que confirmou a acusação. Verificamos que ele não saía dos botequins do Rio de Janeiro, tocando violão, se apresentando por aí, com copo de uísque do lado. Nem pestanejamos. Mandamos brasa”. Vinicius ficou indignado com o ato arbitrário, mas manteve o bom humor. Corre uma anedota: quando circulou que a degola atingira homossexuais, corruptos e bêbados, Vinicius, ao chegar repatriado no Galeão, gritou do alto da escada do avião para a chusma de jornalistas: “Rapaziada, eu sou alcoólatra!” Os arquivos oficiais mostram que Vinicius, quando trabalhava, era um funcionário eficientíssimo. Mas ele abominava a ideia de chegar ao nível máximo da carreira, como disse em depoimento ao Museu da Imagem do Som, no Rio, em 1967: “Nos escalões inferiores da carreira, ninguém presta atenção em você. O perigo é você virar embaixador, né? Minha grande luta no Itamaraty tem sido para não ser promovido”. Ironicamente, em 16 de agosto de 2010, o governo promoveu postumamente “o diplomata, poeta e compositor Vinicius de Moraes ao cargo de Ministro de Primeira Classe (Embaixador).” O Poetinha deve ter tremido no túmulo. Se o AI-5 desencadeia “os anos de chumbo” na vida política, na vida conjugal de Vinicius ele traz os “anos de estanho”. Em represália a uma infidelidade do poeta, sua sexta mulher, a jornalista Cristina Gurjão, grávida de Maria (1970), quinta e última dos filhos do poeta, ataca Vinicius com dois candelabros de estanho. O foco dessa crise foi a baiana Gesse Gessy, filha de santo que será a sétima mulher de Vinicius. Gesse faz a cabeça do marido e o leva ao terreiro de candomblé da Mãe Menininha do Gantois, em Salvador. Vinicius tinha medo de avião desde um episódio em 1945: voava do Rio a Buenos Aires quando o hidroavião francês fez um pouso forçado numa laguna uruguaia; a hélice invadiu a cabine como uma serra voadora e matou um passageiro a poucos metros dele. Mãe Menininha o libera do medo de voar em troca de certas obrigações: só veste roupas brancas, cobre-se de colares de contas e de conchas, deixa os cabelos crescerem até os ombros e cumpre uma série de rituais toda vez que vai subir num avião. No livro Nuestro Vinicius/ Vinicius de Moraes en el Río de la Plata (Editora Sudamericana, 2010), a jornalista Liana Wenner narra a sequência da história. Apresentando- -se no início dos anos 1970 com Maria Creuza e Toquinho na boate La Fusa de Buenos Aires e Punta del Este, Vinicius torna-se um verdadeiro ídolo na Argentina. Mas os hermanos não engoliam Gesse. O produtor de discos de Vinicius mencionou “a cagada que ele fez ao se casar com a baiana”, afastando amigos até como Tom Jobim. Outro empresário cultural alfinetou: “Trazia do Brasil ovos de codorna em escabeche, aqui raríssimos na época, porque dizia que eram bons para a virilidade — ela era assim...” Liana Wenner bota a pá de cal: “Ficaram para trás as roupas pretas que Buenos Aires conhecia. Por Gesse, Vinicius foi astutamente levado a um coquetel vulgar, confuso e superficial de hippismo, candomblé, amor livre e quantos ‘ismos’ dernier cri se cruzassem”. Vinicius saía sempre dos casamentos com uma escova de dentes e seu retrato pintado por Portinari em 1938, quando o poeta tinha 25 anos. Desta vez, para recuperar a tela teve de entrar na Justiça contra Gesse. Depois de um espetáculo, uma jovem fã procurou Vinicius para lhe mostrar alguns poemas que escrevera. Era inevitável: a oitava e penúltima mulher de seria uma argentina Martita.
Alarga-se a defasagem etária para 38 anos: ele tinha 61, ela 23 – era doze anos mais moça do que Susana, a primeira filha do poeta. No Rio, Martita foi apresentada aos cinco filhos de Vinicius – jovens como ela, excetuando Maria, com cinco anos. Ela o acompanha no circuito universitário pelo interior de São Paulo e depois na turnê por Portugal, França e Itália. Apaixonado, Vinicius complementa sua educação, apresenta-a aos grandes escritores, artistas e músicos, vivos e mortos. Dedica a ela um poema bem humorado: “A mulher de gêmeos/Não sabe o que diz/Mas tirante isso/ Faz o homem feliz.” Casam-se em 1976, mas, segundo Liana Wenner, será “uma relação feita de despedidas e reencontros.” Durante as turnês pela Europa, Vinicius é assessorado por Gilda Matoso, que será sua nona e última mulher. Apesar de quarenta anos mais moça, Gilda procura colocar o poeta no prumo e lhe traz uma maturidade que ele jamais alcançou. Instalam-se numa casa na Gávea onde Vinicius intensifica sua parceria com Toquinho e as prolongadas sessões à banheira, seu verdadeiro escritório. Segundo a amiga Renata Shussheim, “fazendo banhos de imersão, colocava entre as bordas da banheira uma prancheta que usava como mesinha e ali escrevia. Passava horas assim, eu o apelidei de Moby Dick”. A atriz Alexia Deschamps, ainda criança, foi com a mãe visitar Vinicius e o encontrou na banheira. Até hoje diz em tom de brincadeira: “O primeiro homem nu que vi na vida foi Vinicius.” E foi na água (ele a comparava a “uma volta ao útero materno”) que o Poetinha viveu seus últimos momentos. Vinicius foi encontrado inconsciente pela empregada na manhã de 9 de julho de 1980. Tentaram reanima-lo em vão e ele morreu nos braços da última companheira, Gilda Matoso, e do último parceiro, Toquinho. Fechava um ciclo, antes de completar 67 anos, e morria – depois de longas andanças pelo mundo – no mesmo bairro onde nasceu. O poeta saía finalmente do grande labirinto que foi sua vida.
Saravá,
Vinicius de Moraes!
Reprodução Revista The President


O meu Vinicius 

por Roberto Muggiati (especial para a revista The President)
“Conheci Vinicius, ou melhor, trombei com ele, na noite da estreia
brasileira de Sarah Vaughan: 6 de agosto de 1959, uma segunda-feira. Foi na boate Fred’s, que ficava em cima de um posto de gasolina na Avenida Atlântica, esquina da Princesa Isabel. O tout Rio marcou presença, a mesa principal presidida pelo capitão da mídia mais poderoso da época, Samuel Wainer, com sua Danuza. Decorando a mesa, os “pombinhos” recém-casados João e Astrud Gilberto. Vinicius e um batalhão de jornalistas, do qual eu fazia parte, disputávamos a atenção da diva no seu camarim. Eu, repórter curitibano, com quase 22 anos; ele, colunista famoso, com quase 46 – ambos librianos de 6 e 19 de outubro. Claro, não fui páreo para o Poetinha, que já se projetava como o letrista maior da bossa nova. Aquela noite foi “o último baile da Ilha Fiscal” do Rio de Janeiro como Capital da República. Em menos de um ano, a cidade passaria à condição de capital de um factoide, o estado da Guanabara. Meu segundo encontro com Vinicius foi bem mais prolongadoe próximo. No dia 1º de julho de 1964, quarta-feira, um trio de amigos deixou Londres com a missão precípua de visitar o Poetinha em Paris: Fernando Sabino, adido cultural do Brasil em Londres; o jornalista Narceu de Almeida, ao volante do seu Morris Mini-Minor; e eu, radialista da BBC. Narceu e eu éramos meros coadjuvantes: o grande amigo de Vinicius era Sabino. Num dia esplendoroso de verão, deixamos para trás a verdejante paisagem inglesa, atravessamos de ferry o Canal da Mancha e, por entre infindáveis campos de girassóis, chegamos a Paris. Não me lembro como – sem celular – descobrimos o local exato onde encontrar o poetinha. Embora já passasse das nove da noite, raios dourados de sol ainda banhavam a copa dos castanheiros. E lá estava outro trio, no La Feijoada, em seu primeiro endereço parisiense, num cais da Île Saint- Louis. Um trio bem mais carismático: Odete Lara, Baden Powell e Vinicius. Começou aí uma sucessão de quatro noites de loucas conversas regadas a uísque. Em outra ocasião, fomos beber num bar do qual Vinicius era praticamente sócio, Le Calvados. Mas a grande noite foi mesmo na sexta-feira, no apartamento do Poetinha. Um apartamento térreo num daqueles prédios típicos do seizième, nas cercanias do Champs- Elysées, quase sem decoração, embora Vinicius representasse o consulado do Brasil em Paris. Uma vez iniciados os trabalhos etílicos, sua mulher, Nelita – 30 anos mais moça – se recolheu para dormir. Ao longo da noite, toda vez que um marmanjo precisava ir ao banheiro, se via obrigado a passar literalmente por cima de Nelita, apagada na cama de casal que tomava todo o quarto. Falou-se muito – principalmente Vinicius e Sabino, que passaram mais de duas horas discutindo Jayme Ovalle. Bebeu-se muito, também confesso – que quase nada lembro. Uma só imagem gravei fotograficamente: lá pelas 5 da manhã, com o sol querendo já se mostrar, pela janela do rez-dechaussée aberta para a rua, entram duas fadas, Odete Lara e Mylène Demongeot. (Vinicius sempre se cercou de belas mulheres.) Mylène esbanja meia hora de charme e sexappeal antes de se despedir: “Bem, preciso ir embora. Na França, se a gente chega em casa depois das 6 da manhã, quer dizer que dormiu fora...” Lembro-me do ar extasiado com que o Poetinha sorveu a bela sonoridade da frase enunciada pelos lábios carnudos de Mylène: “Ben, je dois partir. En France, si on arrive chez soi après six heures, ça veut dire qu’on a découché”.”

Corruptor e corrupto devem ser algemados juntos

por Eli Halfoun
Parece que enfim o Congresso se mancou (falta se mancar em muitas outras coisas) e encontrou o melhor mecanismo para combater a corrupção: punir os corruptores. Sem eles, corruptores, não haveria corruptos ou eles seriam em número bem menor bem dos que existem em grande quantidade hoje. A decisão de punir empresas que proponham jogo sujo sem dúvida diminuirá muito as compras e vendas de pareceres, de contratos sem licitações transparentes e de várias outras mazelas (superfaturamento de obras públicas) que vivem sendo empurradas para debaixo do tapete. É difícil crer que assim a corrupção acabará porque, ninguém se ilude, a corrupção jamais acabará enquanto o homem não mudar os seus conceitos de “vencer na vida sem fazer força”. A decisão de punir empresas e não só as privadas, é uma grande ajuda no combate à corrupção, mas convenhamos que falta o principal: punir não só a chamada pessoa jurídica, mas também a pessoa física. Mesmo que amedrontada uma empresa privada ou um órgão público pense duas vezes antes de propor um jogo sujo sempre haverá uma pessoa física para passar por cima da lei e do medo e dar lugar para a ambição. Até porque o  corruptor pessoa física rouba tanto quanto o corrupto.Corruptor e corrupto andam de braços dados e nesse caso é preciso algemar os dois ao mesmo tempo. Assim continuarão de baços dados, mas impossibilitados de continuar agindo. Pelo menos por rum bom tempo, ou seja, enquanto o povo estiver de olho e nas ruas. (Eli Halfoun)

Elle MacPherson conquista capa de revista aos 49 anos

Elle, na Playboy e Harper's: quase vinte anos separam as duas fotos
por Eli Halfoun
O tempo não pára. Que o diga agora a modelo Elle MacPherson, que foi um dos ícones da moda nos anos 80 e 90. Aos 49 anos e orgulhosa de manter as medidas 91-64-89, Elle voltou a conquistar espaço na mídia.  De saída ilustra a capa da revista Harper’s Bazar da Austrália, onde vive e comanda a The Body, sua empresa de cosméticos. Só para lembrar: Elle foi atração da Playboy em 1994 em uma edição que reuniu também Victoria Beckman, Jerry Hall e Christhie Turlington, todas ainda em forma para ilustrar mais uma edição mostrando tudo. (Eli Halfoun)
Elle na S.I em 1987.

Televisão americana também levou manifestações brasileiras com bom humor

por Eli Halfoun
As recentes manifestações brasileiras não ganharam espaço internacional apenas nos jornais sérios. Também foram tema de programas humorísticos. No canal americano Comedy Central dedicado somente ao humor, o humorista Stephen Colbert satirizou os protestos com uma paródia imitando comentaristas de programas jornalísticos. Para começar mandou essa: “Pessoal, eu não entendo. Estamos falando do Brasil, o lugar mais alegre da Terra. A única coisa com que os brasileiros se irritam é com seus pêlos púbicos” (fazendo alusão a depilação íntima). Ele pode até tentar ser engraçado, mas certamente não é bem informado: a depilação brasileira está em alta entre os americanos. Mesmo que pouco apareça debaixo daqueles enormes barrigões de hambúrgueres gordurosos.  (Eli Halfoun)

Paulinho Pereira (PDT-SP) acha esposas chatas e fala demais. Como um chato



por Eli Halfoun
É preciso pensar no que se vai dizer antes de abrir a boca porque uma frase por mais verdadeira que seja pode ser entendida como ofensa e atingir muitas pessoas. O deputado federal Paulinho Pereira da Silva (PDT-SP) ficou mal com sua mulher e com a de seus correligionários quando disse que a presidente Dilma “parece a mulher da gente. Chata!”. A frase foi dita depois da reunião da presidente com sindicalistas em Brasília. Dilma preferiu não comentar a frase, mas Elisa, mulher de Paulinho, cobriu explicações em casa. Paulinho falou demais e precisa aprender logo que só fica casado com mulher chata o também chato marido. (Eli Halfoun)

Muita gente, poucas palavras nas reuniões com a presidente

por Eli Halfoun
Funcionários do Planalto que têm acompanhado a convocação dos 39 ministérios para reuniões com a presidente Dilma Roussef fizeram um cálculo curioso: se cada um dos 39 ministros convocados falasse por apenas 15 minutos (a presidente nem sempre permite que abram a boca) cada reunião demoraria 10 horas. Aí mesmo é que ninguém agüentaria. (Eli Halfoun)

Talento não é hereditário e deve ser aproveitado sempre

por Eli Halfoun
A “Folha de São Paulo noticia até com certa surpresa que Felipe Barbosa, filho do ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, foi contratado pela produção do programa “Caldeirão do Huck” como se um crime estivesse sendo cometido. Felipe é formado em Comunicação e não importa de quem é filho desde que seja um profissional competente e provavelmente é. O que não se pode é impedir que filhos de pais famosos e bem sucedidos, que já carregam por causa disso muitos problemas profissionais e às vezes pessoais, sejam impedidos de trabalhar por “culpa” dos pais. Nesse caso não houve nenhuma interferência (pedido) de Joaquim Barbosa: Felipe conseguiu o emprego por seus próprios méritos e isso não lhe pode ser negado. O caso me lembra uma história na qual sem imaginar estive envolvido: a Editora Abril queria contratar meu filho, também jornalista e no primeiro contato disseram: “queremos te contratar porque você que deve ter o mesmo talento de seu pai”. A resposta de meu filho foi prática e definitiva: “talento não é hereditário e se vocês querem contratar o meu pai o telefone dele é esse”. Foi contratado imediatamente, trabalhou na Abril durante anos e hoje dirige e edita revistas com o talento que sem dúvida é dele e não o meu, se é que tenho.

Aliás, nunca concordei com a idéia de não permitir que deputados, senadores, ministros ou funcionários de confiança dos governos federal estadual ou municipal sejam impedidos de empregar familiares, ou pessoas conhecidas. É claro que para esse tipo de contração a conduta deve ser acima de tudo profissional desde o filho, sobrinho ou qualquer parente a ser contratado for competente e perfeito para cumprir a função para a qual está sendo convocado sem regalias ou vantagens. Bons profissionais são sempre necessários em qualquer área do mercado de trabalho. O que não se pode e deve fazer é contratar ou nomear quem quer que seja apenas pelo grau de parentesco ou amizade e para ficar recebendo sem trabalhar como, aliás, frequente em tido o país. Profissional com capacidade e vontade de trabalhar deve ter sempre a porta aberta. Seja filho de quem for. (Eli Halfoun)