por Eli Halfoun
Parece que enfim o
Congresso se mancou (falta se mancar em muitas outras coisas) e encontrou o
melhor mecanismo para combater a corrupção: punir os corruptores. Sem eles,
corruptores, não haveria corruptos ou eles seriam em número bem menor bem dos
que existem em grande quantidade hoje. A decisão de punir empresas que proponham
jogo sujo sem dúvida diminuirá muito as compras e vendas de pareceres, de
contratos sem licitações transparentes e de várias outras mazelas
(superfaturamento de obras públicas) que vivem sendo empurradas para debaixo do
tapete. É difícil crer que assim a corrupção acabará porque, ninguém se ilude,
a corrupção jamais acabará enquanto o homem não mudar os seus conceitos de
“vencer na vida sem fazer força”. A decisão de punir empresas e não só as privadas,
é uma grande ajuda no combate à corrupção, mas convenhamos que falta o principal:
punir não só a chamada pessoa jurídica, mas também a pessoa física. Mesmo que
amedrontada uma empresa privada ou um órgão público pense duas vezes antes de
propor um jogo sujo sempre haverá uma pessoa física para passar por cima da lei
e do medo e dar lugar para a ambição. Até porque o corruptor pessoa física rouba tanto quanto o corrupto.Corruptor
e corrupto andam de braços dados e nesse caso é preciso algemar os dois ao
mesmo tempo. Assim continuarão de baços dados, mas impossibilitados de
continuar agindo. Pelo menos por rum bom tempo, ou seja, enquanto o povo
estiver de olho e nas ruas. (Eli Halfoun)