quarta-feira, 24 de julho de 2024

Orelha de Donald Trump vira fetiche para seus eleitores e peça de marketing da campanha.

Trump com novo
modelo de curativo.
Reprodução CNN
por José Esmeraldo Gonçalves 

Donald Trump é o candidato mais velho a concorrer a presidente dos Estados Unidos. É, também, o primeiro condenado pela justiça a tentar a Casa Branca. E poderá ser o primeiro a usar um esparadrapo na orelha durante mais tempo. Ferido de raspão por um lunático tipo um "Adélio gringo" (a polícia americana ainda não encontrou motivação política no atentado), ele tem caprichado na visibilidade do  esparadrapo sempre branco e que virou peça de marketing de campanha.  O "gado" (cattle) trumpista passou a usar curativos em solidariedade ao magnata.

Trump parece tão apegado ao esparadrapo que estreou um novo modelito de formato quadrado, como a CNN mostrou. Seu staff não anuncia uma data para a orelha subir no palanque sem o curativo. 

Os republicanos andam insatisfeitos porque o atentado já não é destaque na mídia e foi superado pela desistência de Biden e indicação de Kamala Harris. Se depender dos eleitores Trump usará o acessório até novembro e irá votar portando a peça que lembra o tiro. Definitivamente, a orelha tornou-se uma entidade política. 

A crise dos uniformes. A Olimpíada não começou mas o COB já ganhou medalha de lata

por Pedro Juan Bettencourt

Uma Olimpíada não acontece de surpresa. Certo? Para o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) parece que só receberam o aviso sobre os jogos de Paris ontem. No momento em que deviam estar concentrados apenas nos treinos e na adaptação aos locais de competição, clima, fuso horário e na alimentação adequada os atletas estao às voltas com kit insuficiente de uniformes. Os fabricantes jogam a responsabilidade para o COB. E o COB bota a culpa nas federações de cada modalidade. Trata-se incompetência dos dirigentes e uma tremenda falta de respeito do COB (afinal, a entidade brasileira máxima e privada encarregada de supervisionar toda a preparação, acima das federações) com os atletas. A irresponsabilidade se soma ao escândalo estético que é o estilo dos uniformes criados pela grife bolsonarista Riachuelo para o desfile inaugural da Olimpíada. De extremo mau gosto, ultrapassados, parecem desenhados por um fundamentalista fanático. O troço não combina coisa com coisa. Um das versões incorpora algo como um babador triangular gigante. Outro é um estranho conjunto de saia da vovó e jaqueta de guardador de carro, sem ofensa. O ápice é calçar os atletas com sandálias Havaianas. 

As meninas do vôlei não vão participar do desfile de aberto no Sena. Alegam que pode ser cansativo, passarão muito tempo em pé e nesse momento toda energia é necessária. Sorte delas: não viverão o vexame de vestir o uniforme mais grotesco, para dizer o mínimo, entre todas as delegações. Para poupar os leitores não mostro fotos das esquisitices. Este blog mesmo já mostrou e as imagens estão nas redes sociais recebendo uma montanha de crítica. 

terça-feira, 23 de julho de 2024

Paris 2024 - É fake que a Vila Olímpica tem camas antissexo. A modalidade mais antiga da humanidade está liberada

Reprodução Instagram 

Reprodução Instagram 

por Ed Sá 
Segundo os atletas, o que acontece na Vila Olímpica fica na Vila Olímpica. São muitas as histórias que os limites da Vila guardam desde a antiga Grécia. No Brasil, em 2016 aconteceram dois casos que vieram a público. Uma espécie de pacto olímpico decreta sigilo dos nomes de que eventualmente sobem nesse pódio íntimo. Foi esse retrospecto que fez circular um boato de que as camas da Vila, feitas de papelão e colchão de polietileno, seriam intencionalmente frágeis e teriam a função de inibir atividades não esportivas. Preocupados, quem sabe, alguns atletas resolveram submeter as camas a teste de força, trepidação, efeitos sonoro se estabilidade. Todos respiraram aliviados: as camas são sustentáveis, no sentido ecológico e resistem a qualquer tipo de clima, microclima,  onda de calor ou movimentação. Tanto que o COI está distribuindo mais de 300 mil camisinhas. 

Fotografia: a era dos paparazzi chegou ao fim? Sabia que a Manchete flagrou Sartre e Simone de Beauvoir flanando em Copacabana?

Rio, 1960: Sartre e Simone de Beauvoir.
Foto de Gil Pinheiro/Manchete



Simone de Beauvoir não gostou de ser flagrada.
Foto de Gil Pinheiro/Manchete

por José Esmeraldo Gonçalves

Em 1960 o fotógrafo Gil Pinheiro, da Manchete, foi escalado para seguir os passos de Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, no Rio. Depois de algumas horas de plantão no hotel, Gil acompanhou o casal em direção à orla de Copacabana. Sartre havia visitado o parque gráfico da Bloch, em Parada de Lucas, onde foi fotografado em ambiente interior e entrevistado pelo diretor da revista, Justino Martins. Apesar disso, a Manchete precisava - para uma segunda reportagem, de Paulo Mendes Campos - de imagens  externas em um cartão postal carioca. Avessos a fotos, eles não toparam. Daí, a solução foi partir para um paparazzo, digamos, culto, dos escritores. A revista não era muito adepta do gênero, preferia fotos mais trabalhadas, em cores. Mesmo assim, se fosse preciso, adotava o recurso de fazer flagrantes, geralmente de atrizes, em visita ao Rio. Naquela década, publicou fotos de, entre outras estrelas, Mylène Demongeot, o então monumento francês, na praia. Claudia Cardinale e Brigitte Bardot também foram seguidas e retratadas, mas nunca um filósofo havia merecido a atenção de um fotógrafo ao estilo paparazzo. O fotojornalista Gil Pinheiro cumpriu a missão, clicou o casal, que saiu do hotel duas vezes, mas não conseguiu trabalhar com discrição, como a redação lhe pediu. Foi descoberto por Simone de Beauvoir. Em uma das fotos acima, vê-se que a escritora não escondeu sua irritação.           

A internet é indispensável, mas não há como negar que deixa terra arrasada em costumes, comportamentos, funções, instrumentos, empregos, equipamentos e métodos. Uma das vítimas é o paparazzo. Câmeras de rua e celulares captam milhões de imagens e, com frequência registram cenas jornalísticas. Celebridades - que eram um alvo preferencial dos paparazzi - agora fazem seus próprios "flagras" e poses íntimas que postam em seus canais nas redes sociais. 

Para os fotojornalistas sobram os fatos e a capacidade de registrá-los com talento como fez o fotógrafo Evan Vucci, da Associated Press, autor da foto icônica e histórica de Donald Trump de punho fechado, bandeira tremulando e traços de sangue no rosto logo após tomar um tiro na orelha. A foto de Vucci ilustrou praticamente todos os veículos do mundo, do New York Times ao Times, da Tribuna de Anta Gorda ao Voiz du Burundi, mas não foi obra de um paparazzo e sim uma clássica foto de oportunidade onde a agilidade e a intuição do fotojornalista, além da sensibilidade para captar a imagem tecnicamente perfeita, foram elementos decisivos. Claro que ele disparou o obturador dezenas de vezes, mas o que há de extraordinário naquela foto é o enquadramento exato de todos os elementos que passaram a mensagem essencial do atentado. 

Já o paparazzo, aquele que se especializou em fazer plantão por horas e dias à espera do seu alvo, entrou em processo de extinção. Por dois motivos principais: as mudanças radicais no mercado jornalístico, que abalam o consumo e a cotação de fotos do tipo e a mediocridade do alvos atuais que são influenciadores, modelos fitness, sobreviventes de reality show e subcelebridades em geral. 

Se Sartre e Simone de Beauvoir caminhassem no calçadão do Leblon, hoje, correriam muito mais o risco de serem assaltados do que encontrar um paparazzo que os incomodassem. 

P.S- Quer saber mais sobre a era de ouro dos paparazzi, os guerrilheiros da imagem? Leia matéria publicada neste blog. Basta clicar no link abaixo. 

 https://paniscumovum.blogspot.com/2015/04/guerrilheiros-de-imagens-nos-55-anos-do.html

  

Mídia: o Brasil inventou o meme patrocinado?

O esforço do ministro da Fazenda Fernando Haddad para tentar taxar milionários e privilegiados que não pagam impostos provocou uma onda de memes que viralizaram na internet. E é essa ação coordenada viral que levanta a suspeita de que os memes foram financiados e impulsionadas por setores acostumados a sonegar impostos ou, no mínimo, praticar a chamada "contabilidade criativa" que dribla a legislação.

Se comprovado que os memes são conteúdo publicitário e foram viraluzados por robôs contratados, o Brasil pode reivindicar o pioneirismo de utilizar uma prática das redes sociais - geralmente espontânea e bem-humorada - como conteúdo publicitário, a chamada matéria paga. 

Ministério do Esporte desmente fake news sobre uniformes olímpicos

Circulou nas redes sociais e sites a informação de que os uniformes da delegação brasileira para Paris foram fornecidos pelo Ministério do Esporte. O governo federal desmente. Leia a nota oficial.

 


"É falsa a informação que o Ministério do Esporte seja responsável por confeccionar e fornecer kits de uniforme e equipamentos para a delegação brasileira que irá competir nos Jogos Olímpicos de Paris. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) provê as roupas de viagens, desfile, cerimônia de abertura e dia a dia na Vila Olímpica para todos os atletas brasileiros. O COB também oferece os uniformes de treinos e competições das delegações de boxe, remo, levantamento de peso, tiro com arco, pentatlo moderno e canoagem. Já as vestimentas das demais modalidades ficam a cargo das confederações de cada esporte. O apoio do Mesp se dá por meio do Bolsa Atleta, um programa contínuo de apoio financeiro mensal, que nesta edição das olimpíadas, contempla 88% dos 276 atletas classificados. Somente em 2024, são mais de 9 mil esportistas beneficiados pelo Governo Federal.O Bolsa Atleta, considerado o maior programa de incentivo esportivo do mundo, acaba de completar 20 anos e neste mês, passou por reajuste de 10,86%, depois de 14 anos com valores congelados. Desde sua criação o programa já investiu mais de R$ 1,5 bilhão em mais de 37 mil atletas nacionais. As categorias partem de Atleta Base até Atleta Pódio, com bolsa de até R$ 16 mil por mês.O Ministério reitera que se mantém comprometido em apoiar e promover o desenvolvimento esportivo e a participação dos atletas brasileiros, concentrando suas principais ações em áreas diretamente ligadas ao incentivo e ao suporte ao esporte nacional."

Paris 2024 - "Manda brasa, Brasil": o marketing do passado. ""É isso aí, bicho"!

Nostálgico da Jovem Guarda, o COB ressuscita como slogan
uma gíria dos 1960.



Uma das opções do uniforme da delegação é, segundo as redes sociais, o look "evangélico". Foto: COB/Divulgação/Reprodução 


por Ed Sá

Por algum motivo, a agência WMCCANN, que criou o slogan da campanha do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), embarcaou em uma trip nostálgica. "Manda Brasa Brasil" dá a impressão de que a qualquer momento Roberto Carlos vai aparecer nas peças institucionais no palco do programa Jovem Guarda dos distantes anos 1960. A opção pelo tempo da vovó também está presente no figurino dos uniformes da delegação, especialmente no look das atletas, uma saia fashion-evangélica que, vai saber, deve homenagear os 100 anos da Olimpíada de Paris de 1924. As meninas parecem estar a caminho do culto ou voltando de um piquenique da turma da igreja. O COB não divulgou o nome de quem criou a estranho modelo. As redes sociais atribuem o look às lojas Riachuelo, empresa cujo controlador é ligado ao bolsonarismo ultra conservador . Outro detalhe: a delegação desfilará no Sena usando sandálias Havaianas. Será demostração de despojamento e humildade? Aviso: atleta humilde demais não ganha medalha.

Ainda como parte do pacote promocional da participação do Brasil no Jogos, o COB escolheu Sabrina Sato como uma das "madrinhas" da delegação. O "cargo" não existe formalmente, mas alguns comitê costumam levar atletas detentores de medalhas de ouro como recurso para aconselhar e motivar estreantes nos ciclos olímpicos. Como Sabrina não é medalhista nem pratica esporte, a motivação é comercial. Ela "concorre' na modalidade merchandising de havaianas. Talvez uma vinculação com algum patrocinador. Segundo o site Terra Sabrina embarcou com 20 malas. Resta torcer para que essa bagagem traga quilos de medalhas olímpicas.

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Joe Biden não é G.I Joe


Biden não usou os canais da mídia e optou por anunciar o fim da  candidatura com uma mensagem no X. Em seguida foi fotografado ao lado de Kamala Harris, sua indicada para a tarefa de derrotar Donald Trump. Foto The White House/ Reprodução X

Joe Biden jogou a toalha. Pressionado por lideranças democratas, o presidente desistiu da candidatura à reeleição. O tiro que acertou a orelha de Donald Trump estilhaçou sua campanha já cambaleante. Biden se viu no espelho da Casa Branca e finalmente confirmou que não é um herói americano. Agora caberá à Vice-Presidente Kamala Harris, indicada por Biden, ir à convenção democrata com a expectativa de oficializar sua candidatura. Aparentemente há pouca resistência ao nome de Kamala nos bastidores do partido embora alguns nomes de peso ainda esteja de olho nas próximas pesquisas.

domingo, 21 de julho de 2024

APPLECALIPSE: a tela azul do fim do mundo cibernético.


por Flávio Sépia

Ok, a Apple foi atingida em seus Macs, mas não gerou o apagão. Em todo caso, não resisti ao apelido do caos cibernético dado pelo amigo Roberto Muggiati. Applecalipse. O mundo percebeu que está tão conectado às grandes techs que uma simples atualização de software de apenas uma empresa derrubou serviços de informática ligados ao ambiente Windows em aeroportos, hospitais, empresas, bancos, sites diversos e computadores pessoais. O Brasil sofreu pouco, tem apenas 5% dos clientes globais da empresa CrowdStrike responsável pelo apagão dos produtos que afetou cerca de 9 milhões de aparelhos em todo o mundo, segundo a Microsoft. A maior parte dos danos ocorreu nos Estados Unidos. O caos resultante da falha comprova a fragilidade dos chips e apps espalhados pelo mundo. Tudo indica que o erro pode ter sido humano. Outra interpretação indica influência de dispositivos de IA autônomos e abusados. Seja lá qual for a causa, uma coisa é certa: a humanidade começa  a perder o controle do planeta. De "motorista" vai virar "passageira". 



sexta-feira, 19 de julho de 2024

Influenciadores 171 agora têm a polícia como seguidora premium

por Ed Sá

Nas últimas semanas, essa categoria de pessoa passou de "influencer" a ser influenciada pela polícia. Vários deles ou delas adotaram o estelionato como padrão de vida. Uns e umas ajudaram a enganar incautos promovendo a peso de altos cachês o chamado jogo do tigrinho feito para morder otários. Outros vendem rifas cuja mágica é fazer o prêmio desaparecer antes de chegar ao ganhador, no caso, perdedor. Um sujeito que atende pelo nome de Nego Di abriu até uma loja para vender "promoções". O preço do produto oferecido era excepcionalmente baixo. Só que o agora réu não entregava a mercadoria. Esse caso do Nego Di tem uma particularidade. Durante as enchentes do Sul ele ganhou protagonismo criticando o governo federal e difamando pessoas em posts geralmente inundados de palavrões. Em função disso, apoiadores do réu estão tentando convencer as redes sociais de que o Di é, na verdade, um perseguido político. Ou seja, inventaram o 171 do "bem", o militante da picaretagem engajada na extrema direita. Nenhuma novidade. 

Dito isso, se o seu filho revelar que quer ser "influencer" quando crescer avise que tudo bem, mas ele ou ela poderão ser condenados (as) a influenciar colegas de cela nada influenciáveis. Problema dele ou dela.

Na capa da IstoÉ: o ladrão sem casaca

 


Na capa da Carta Capital: o "mito" trincado

 


Fotomemória - Dia Nacional do Funk inspira redes sociais a revisitar os pioneiros de um gênero musical que a ditadura perseguiu

Tony Ttornado na BR-3, em 1970. Foto Manchete
 (infelizmente a revista não deu o créditos do autor da imagem) 

Criado em dezembro de 2023, o Dia Nacional do Funk foi comemorado pela primeira vez em 12 de julho. de 2024. A data acaba deser oficializada em votação na CCJ da Câmara dos Deputados. As redes sociais festejaram a homenagem citando os primeiros bailes no Rio de Janeiro e em São Paulo e os cantores, músicos e Djs que abriram o caminho no anos 1970, como o movimento Black Rio, Gerson King Combo, Dom Filó, Sandra de Sá, Gerson King Combo, os Djs Big Boy e Luizinho, além de Tim Maia, Sandra de Sá e Tony Tornado. O colaborador do blog Nilton Muniz, ex-Manchete, enviou post com texto interessante publicado no Facwebook de José Teles, que reproduziu uma foto de Tim Maia, publicada na Manchete


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quarta-feira, 17 de julho de 2024

A Revista Desfile vive! Pelo menos no logotipo de uma loja no Algarve

O logotipo da Desfile resiste. Algarve, julho de 2024. Foto de Walterson Sardenberg Sobrinho

O jornalista Walterson Sardenberg Sobrinho, ex-repórter da Manchete na sucursal de São Paulo, esteve em Portugal há poucos dias e fotografou a cena acima: no Algarve, sul do país, mais precisamente na marina de Vilamoura, uma loja adotou o nome da extinta Desfile, da Bloch Editores, dirigida pelo saudoso Roberto Barreira. 

A revista, aliás era distribuída em Lisboa, assim como a Manchete. E fazia frequentes edições especiais de moda tendo como set paisagens portuguesas. 

O repórter conta que na região há uma série de hotéis e lojas, muito concorridas - em especial no verão, claro. Americanos e britânicos estão sempre por lá. Brasileiros, em geral, são funcionários da rede hoteleira. A foto mostra uma loja que tem não apenas o nome da antiga revista feminina da Bloch - e a mais elegante delas - mas repete a clássica tipologia da Desfile.  

Seria uma delicada homenagem ou uma apropriação legítima? 

A propósito, em 2002, dois anos após a falência da editora carioca, o empresário Marcos Dvoskin arrematou em leilão títulos que pertenceram à Bloch. Atualmente, como diretor da Editora Manchete,  ele publica apenas a Pais & Filhos, sediada em São Paulo. Não foi possível confirmar se os demais títulos, embora não utilizados, permanecem com Dvoskin ou os direitos estão vencidos. 

De qualquer forma, a Desfile vive. No Algarve.

Torre Eiffel, a medalha (de ferro) da Olimpíada de Paris

 


A edição de 12 de julho do jornal Valor publica resenha que Roberto Muggiati fez do livro "A Torre Eiffell - verdades & lendas", de Françoise Vey, lançado pela L&PM. 

Entre outras revelações, Vey conta que não foi Gustave Eiffel o homem que concebeu inicialmente a torre, mas seu jovem engenheiro franco-suíço, Maurice Koechlin. E o arquiteto do monumento chamava-se Stephen Sauvestre. 

O maior símbolo de Paris vai receber eventos dos jogos à sua sombra e, em cada medalha da premiação, será incrustado um pedaço de ferro da torre, que, assim, já está no pódio da Olimpíada.   

Em setembro a seleção brasileira volta a disputar as Eliminatórias para a Copa de 2026. Mas os dois jogos que vão tirar o sono da rapaziada acontecerão em março de 2025: Colômbia e Argentina. Vai ter choro?

O torcedor da seleção brasileira não tem paz.  Em setembro o time do técnico Dorival Junior - se a CBF não concluir a fritura dele até lá - enfrentará Equador e Paraguai. Depois vai encarar a fila de adversários na sequência das Eliminatórias. A essa altura todo jogo é difícil. O pior virá em março de 2025 quando vai jogar contra a Argentina e a Colômbia. A seleção brasileira não sabe o que é bola desde 2002. A partir do título na Copa da Coreia-Japão, o roteiro é só de fracassados, da escalação aos técnicos: entre outros, Felipão, Carlos Alberto Parreira, Dunga, Mano Menezes, Tite (esse enterrou o time em duas copas seguidas despedindo-se nas quartas de final em 2018 e 2022 ) e o meteórico Fernando Diniz. No momento, o Brasil está em sexto lugar na desesperada tentativa de carimbar o passaporte para a Copa dos Estados Unidos-México-Canadá.  

Mídia dos oligarcas reescreve dicionário político

 O Globo, Folha, Estadão, TV Globo etc passam o pano em vocábulos que consideram sensíveis aos seus interesses. Exemplos: bolsonaristas armaram tentativa de golpe, mas não são classificados como de extrema direita; a Abin oficial de Bolsonaro espionou políticos, fez ameaças de morte a um ministro do STF, atuou para travar investigações, mas a mídia chama o esquema de "Abin Paralela". É a Abin oficial, mesmo  Isso é  manipulação consciente do fato ou não sabem o que significa a palavra paralela; um meliante roubas jóias do patrimônio público, vende a um receptador e a mídia chama apenas de "desvio", como se fosse um desencontro administrativo ou uma pequena falha de um entregador que errou de endereço.

Há outros dribles na verdade já consolidados pelos editores: agrotóxico é "defensivo agrícola", driblar a lei é "flexibilização", sonegar impostos é "contabilidade criativa". Haja salto triplo carpado para maquiar a verdade.

Coimbra é uma lição... de pôr do sol...

 

Verão europeu. Fim de tarde em Coimbra.
Foto de Gilberto Cavlacanti, ex-fotógrafo da Manchete

terça-feira, 16 de julho de 2024

Fotomemória da redação: Liza Minelli na Manchete



1974: Liza Minelli na Manchete.
Reprodução de foto de Frederico Mendes publicada na revista

Em 1974, ainda no embalo do sucesso de Cabaret e do Oscar que ganhou pelo papel de Sally Bowles, Liza Minelli esteve no Rio de Janeiro em 1974. Foi sua primeira visita ao Brasil. Na agenda, shows do antigo teatro do Hotel Nacional, uma passagem pela redação da Manchete na Rua do Russell e um convite para assistir ao desfile das escolas de samba. Naquele ano, as escolas se apresentaram na Avenida Antonio Carlos. As obras do metrô haviam interditado a Presidente Vargas. Liza curtiu a temporada carioca, falou da sua admiração pelo Rio e experimentou uma feijoada. A atriz voltaria ao Brasil em várias ocasiões. Uma delas em em 2007, quando renovou o contato com o samba ao visitar a sede da Mangueira.  

Jogadores argentinos festejam a Copa América com uma canção racista

A seleção argentina vive grande fase. Campeã do mundo, campeã da Copa América. Infelizmente é cada vez mais difícil admirar o futebol do time renovado dos hermanos. No ônibus, após a vitória contra a Colômbia, os jogadores cantaram um refrão racista. Canção essa, aliás, que a torcida argentina entoou na Copa do Catar para provocar o craque Mbappé pouco antes do jogo contra a França. A cena foi postada pelo meia Enzo Fernández e, em seguida, apagada. Mas o print foi salvo e circula nas redes sociais. A federação francesa entrou com reclamação junto à Fifa pedindo a punição dos argentinos. O Chelsea, time de Fernández abriu procedimento interno e pode punir o jogador.

Refrão racista cantado pelos jogadores argentinos. Reproduzido do X