domingo, 28 de março de 2021

Covid vai de ônibus, trem, barcas... Situação dos transportes públicos no Rio não é só problema, é crime

O víruscard em ação. Reprodução Twittter

por Flávio Sépia

Em muitos países desenvolvidos, o transporte público é estatal, assim como outros serviços do Estado ao cidadão. Veja-se o caso do Brasil: uma coisa é privatizar a Vale, com a ressalva de que isso foi feito com brutal prejuízo para o país. Agora mesmo, a Petrobras vendeu por baixíssimo preço, segundo especialistas do setor, uma refinaria na Bahia. Outra coisa é entregar serviços públicos. Privatizações de estradas prontas não resultaram na construção de um só quilômetro  de rodovia nova. Reparou? Empresários que se candidatam a assumir estradas só se interessam, claro, por aquelas quer estão construídas. Investem em praças de pedágio, dão uma maquiagem no acostamento e alegam os mais diversos motivos para não cumprir compromissos assumidos, como duplicações de pistas etc. 

Mas vamos aos transportes e o que têm a ver com a pandemia. Na Europa, o sistema público  continuou a prestar serviços à população. O metrô de Paris, por exemplo, não reduziu o número de trens urbanos. Disso resultou que a aglomeração nos vagões, em plena Covid-19, não chegou a extremos. Agora, comparemos com o Brasil. No Rio de Janeiro, a situação em ônibus, trens e barcas é dramática. Ao diminuir o fluxo de passageiros, desde o ano passado, as empresas simplesmente reduziram a frequência de trens, ônibus e barcas. Mais do que nunca, amontoaram os passageiro como gado. Explicaram quer precisavam reduzir o prejuízo. Atentar para o interesse público e a saúde da população, nem pensar, não é? A cena dantesca do transporte público abarrotado - falo do Rio mas a situação de repete em várias capitais - mostra um vetor de contaminação provavelmente bem mais perigoso do que praias. Aqueles vagões e ônibus fechados são o parque de diversões de um dos mais perigosos e mortais vírus que já assolaram a humanidade. As pessoas, especialmente os trabalhadores dos serviços essenciais e que não têm alternativas, podem morrer aos montes, mas o caixa das empresas não pode sofrer baixas. No modo Brasil de combater a pandemia há muito mais do que o negacionismo. Há o lucro acima de tudo e o vírus acima de todos.

sábado, 27 de março de 2021

Paulo Stein (1948-2021) : o adeus a um companheiro da Manchete e Rede Manchete

 

Paulo Stein, 1990, em um dos momentos marcantes da sua carreira, apresenta, ao lado de Adolpho Bloch, parte da equipe escalada para cobrir a Copa da Itália. Na foto, no terraço da sede na Rua do Russell, vê-se Adolpho, Stein, Osmar Santos, Falcão, Mylena Ceribelli e Márcio Guedes. O time Manchete ainda contou com João Saldanha, Alberto Leo. Halmalo Silva e Osmar de Oliveira. Naquela Copa, Paulo Stein viveu o drama da perda de João Saldanha, que sofria de problemas respiratórios e faleceu durante a cobertura.  Foto Manchete


Na Rede Manchete, o narrador Paulo Stein juntava duas das maiores paixões dos brasileiros: o futebol e o carnaval. Ele narrava a bola e o samba nas apoteóticas coberturas da emissora no Sambódromo carioca. Mas muito além disso, o jornalista e apresentador tinha um longa estrada, mais de 50 anos de carreira. Paulo Stein morreu hoje aos73 anos. A Covid leva mais um brasileiro. Até 2019, ele fez o que mais gostava: narrar futebol. No caso, despediu-se naquele ano como integrante do Sportv. Paulo Stein deixa a filha jornalista Natasha Stein e a viúva Viviane Stein. Deixa também um nome na história do jornalismo esportivo, tendo atuado nos principais veículos, como Jornal dos Sports, Manchete Esportiva e Placar. rádios Tupi e Nacional e nas TVs Bandeirantes, Manchete, Record e TVE Brasil, ESPN Brasil, Sportv e Premiere. A Associação dos Cronistas Esportivo do Rio de Janeiro divulgou lamentando a morte do companheiro. Os amigos da Rede Manchete , revistas Manchete e Fatos, para as quais ele cobriu a Copa de 1986, no México, abraçam a família do inesquecível Paulo Stein. 


sexta-feira, 26 de março de 2021

Cartas da Juventude: cenas de um lançamento

por Tiago Araripe


Em 21 de março, foi feito o lançamento oficial de Cartas da Juventude, com a presença de pessoas que tornaram possível a realização do livro. Participaram Karla Melo e Victor Paes, da Confraria do Vento; o poeta Assis Lima, organizador da publicação; a doutora em Psicologia e poeta Ana Cecília de Souza Bastos, que escreveu a apresentação, e cinco dos seis autores das cartas: Emerson Monteiro, Flamínio Araripe, José Esmeraldo Gonçalves, Pedro de Lima e Tiago Araripe. O sexto missivista, Eugênio Gomez, mesmo presente, não quis fazer uso da palavra. O que se percebeu naquela noite memorável foi um tocante reencontro de amigos que há muito não se viam. 

No link abaixo,  seleção de falas de cada participante do evento, na ordem em que entraram em cena.   

https://www.tiagoararipe.com/post/cartas-da-juventude-cenas-de-um-lan%C3%A7amento

Doutora Carolina Maria de Jesus: a glória que faltava

Carolina de Jesus, 1960. Foto de Gervásio Baptista/Manchete


Favelada, catadora de papel, uma das escritoras mais lidas do Brasil e, agora, Doutora Honoris Causa. Carolina Maria de Jesus recebeu ontem homenagem póstuma da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

Em 1958, o jornal A Noite publicou trechos do diário que a catadora anotava em cadernos. Ela escrevia romances e poemas desde que morava em Minas Gerais, bem antes de se mudar para a favela do Canindé, em São Paulo.   Em seguida, a revista O Cruzeiro apresentou a escritora ao Brasil. Dois anos depois, Carolina de Jesus lançou seu primeiro livro, Quarto de Despejo, que vendeu 3 milhões de exemplares em 16 idiomas. 

A escritora embarca para a França, um dos 16 países
onde Quarto de Despejo foi lançado. Foto Correio da Manhã/Arquivo  Nacional

Em vida, uma das primeiras escritoras negras do Brasil publicou Quarto de Despejo, Casa de Alvenaria, Pedaços de Fome, Provérbios, Depois da sua morte aos 62 anos, em 1977, foram editados Diário de Bitita, Um Brasil para Brasileiros, Meu Estranho Diário, Antologia Pessoal, Onde Estaes Felicidade, Meu sonho é escrever,  Contos inéditos e outros escritos.

quarta-feira, 24 de março de 2021

Editora Confraria do Vento lança "Cartas da Juventude - Crônica de época - Recortes Autoetnográficos (1968-1977)". Livro reúne registros vivos de uma geração





Em 1968, um grupo de jovens alimentou o projeto de uma revista. Eram estudantes do Crato, no Ceará, onde publicavam o jornal "Vanguarda". Naquele ano, todos partiriam para capitais onde prestariam vestibular. 
A revoada estudantil cratense representava uma tradição local.  Para o ingresso em uma faculdade, Recife, Fortaleza, Natal, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte eram os destinos que se apresentavam aos "emigrantes". Naquele ano, cada um escolheu uma rota diferente. Pela oportunidade de ter representantes naquelas capitais, alguém sugeriu que o jornal publicado no Crato pelo grupo poderia se transformar em uma revista com "correspondentes" nas capitais. Foi essa ideia que inicialmente motivou os amigos a se corresponderem e discutir na correspondência os detalhes da publicação. A revista nunca saiu. Mas um dos participantes guardou por mais de 50 anos aquelas cartas que se tornaram um testemunho autêntico do que aquela geração viveu naqueles dias difíceis.

O poeta e psiquiatra Assis Lima surpreendeu o grupo com a proposta de publicar um livro com as cartas daquela geração. Quase todos relutaram, inicialmente. Encarar o que as personas de 1968 haviam escrito parecia uma sofrida incursão ao passado. Mas os conteúdos eram tão relevantes pela autenticidade de sentimentos comuns a toda um geração que as resistências foram perdendo força e o livro, ao contrário da revista imaginada, virou realidade.

Assis Lima, idealizador e organizador do projeto, transcreveu cada carta e propôs aos autores  Emerson Monteiro, Eugênio Gomez, Flamínio Araripe, José Esmeraldo Gonçalves, Pedro Lima e Tiago Araripe que comentassem, sob a ótica de hoje, as ideias, projetos, aspirações, sonhos, experiências, dúvidas e frustrações de mais de 50 anos atrás. 

O resultado aí está: "Cartas da Juventude - Crônica de Época - Recortes Autoetnográficos (1968-1977), da editora Confraria do Vento.  

"A ideia de revisitar a antiga correspondência que recebi de alguns amigos em comum e com interesses afins é, antes de tudo, um pretexto de registro e de atualização da conversa. Parto da hipótese de que as cartas falam por si, em seu momento e em seu contexto. Não se trata de cultivar a nostalgia ou o saudosismo, mas de editá-las enquanto crônica histórica e pessoal. E com o acréscimo de notas biográficas, depoimentos e apreciações individuais - nesta moldura - poder apreciá-las agora. O objetivo não é teorizar sobre o que representam os anos finais da década de sessenta e a década de setenta em relação a costumes, comportamentos e ideologias. Mas sim, de algum modo, revisitar o período com o espelho de hoje", escreve Assis Lima na apresentação do livro. 

No prefácio, a psicóloga e mestra em Saúde Coletiva pela Universidade Federal da Bahia Ana Cecília de Sousa Bastos  observa que "Cartas da Juventude" é um livro-testemunho, do qual pode ser dito, sem exagero, que representa o sentimento de mundo da geração que viveu, jovem, os difíceis anos da ditadura militar no Brasil". "Obviamente" - continua Ana Cecília - "as décadas de sessenta e setenta não se definem apenas por essa pesada sombra. Foram tempos de ruptura e promessas de liberdade absoluta para as novas gerações, que afetaram de modo intenso as expectativas e horizontes de realização pessoal, pelo menos para os jovens oriundos das camadas médias da população - pois são tantas e diversas as juventudes. Tempo em que tudo parecia possível e tudo era interditado".

"Cartas da Juventude - Crônica de Época - Recortes Autoetnográficos (1968-1977), acaba de ser lançado pela editora Confraria do Vento, organizado por Assis Lima, sob coordenação editorial de Karla Melo, Victor Paes e Bianca Battesini. Projeto gráfico e capa de Pranayama Design. Imagens da capa "Sem Título, de Emerson Monteiro. Revisão: Tiago Araripe e Bianca Battesini. Comercial; Bianca Rodrigues. 

O organizador Assis Lima é psiquiatra e mestre em Psicologia Social, autor do livro "Conto Popular e Comunidade Narrativa", com Prêmio Silvio Romero-Funarte, organizou a coletânea Cantos populares brasileiros. Co-autor dos infantojuvenis "Baile do menino Deus","Bandeira de São João", "Arlequim de Carnaval" e "O pavão misterioso". Autor de "Poemas arcanos", "Marco Misterioso", "Chão e Sonho", tendo publicado pela Confraria do Vento os livros "Terras de aluvião", "Poemas de riso e siso" e "O código íntimo das coisas". 

Os autores são Tiago Araripe, publicitário, cantor e compositor. Participou de trilhas sonoras de filmes como "Sargento Getúlio" e "Aos ventos que virão", de Hermano Penna. Gravou e fez shows com Tom Zé e banda Papa Poluição. Álbuns; "Cabelos de Sansão (Lira Paulistana, 1982), relançado por Zeca Baleiro em 2008, "Baião de nós" e "Na mala, só a viagem". Outras músicas nas plataformas digitais: "Tudo no lugar" (gravada em Portugal, onde reside), "Perfeitamente possível" e "Seis cordas" (parceria com o violonista Nonato Luiz); Eugênio Gomez, médico especializado em Pediatria e compositor de músicas como "Retrato", "Exílio", "Depois do muro" e "Isadora", do álbum "Terceiro Amor"; Pedro de Lima, mestre em Antropologia Social e doutor em Arquitetura e Urbanismo. Publicou, entre outros livros, "Natal século XX: do urbanismo ao planejamento urbano", "Rumo à estação progresso: mito e construção da cidade moderna" e "Encantos do Brasil: xilogravura e cultura popular"; Emerson Monteiro, advogado, cronista, fotógrafo e artista visual. Autor dos livros "Sombra e luz", "Noite de lua cheia, "Cinema de janela', "É domingo" e "Histórias do Tatu" ; José Esmeraldo Gonçalves, jornalista, ex-editor de Manchete, Fatos & Fotos, Caras e Contigo e ex-subeditor do Segundo Caderno do Globo, como autor e pesquisador participou das coletâneas "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" (Desiderata) e "Esporte e Poder" (Vozes); Flamínio Araripe, jornalista, ex-correspondente da Folha de São Paulo, editor de Cidade no O Povo, de Economia no Diário do Nordeste, do Jornal da Cidade, da SBPC, trabalhou também no Estado de São Paulo. 


* "Cartas da Juventude - Crônica de Época - Recortes Autoetnográficos (1968-1977)pode ser adquirido no site da Confraria do Vento no link https://www.confrariadovento.com/editora/catalogo/itemlist/tag/Correspond%C3%AAncia.html

* Você poderá buscar no Spotfy o título acima de uma playlist com 60 músicas marcantes da época e citadas no livro.  

Na capa do Extra: o slogan da pandemia


 

terça-feira, 23 de março de 2021

Da Folha: a elite se sacode

Fotolivros em debate...

Uma dica para a quarentena. Começa amanhã, 24/3, o Festival Imaginária de livros de fotografia. Até o dia 28, serão expostos cerca de 400 fotolivros de autores nacionais e internacionais. A Lovely House, que organiza o evento, pretende ampliar a visibilidade das publicações de fotografia. Entre os convidados das rodas de conversa que discutirão experiêrncias editoriais,  estão Horacio Fernández, Rosângela Rennó, Geórgia Quintas, Ana Paula Vitorio, André Penteado, Paulo Silveira e Letícia Lampert. O Festival Imaginaria será transmitido pelo canal do festival no YouTu

Oscar 2021: e o novo normal não deu as caras

por Ed Sá 

A Academia esperava que a cerimônia do Oscar acontecesse já com o mundo no novo normal. Não deu. As novas cepas melaram a festa. 

Na última segunda-feira, os concorrentes finais foram anunciados, mas a premiação só acontecerá em 25 de abril em clima meia-bomba. Veja o novo modelo do Oscar.

- A famosa estatueta tomará banhos de álcool 70 antes de rodar de mão em mãO.

- Com os cinemas fechados e muitas produções interrompidas ao longo de 2020, a lista de concorrentes ganhou diversidade, as produções independentes e estrangeiras, também.

- As mulheres ganharam mais visibilidade: pela primeira vez, duas delas estão indicadas na categoria Melhor Direção: Chloé Zhao ("Nomadland") e Emerald Fennel ("Bela vingança").

- A exigência de filmes concorrentes terem sido exibidos em pelo menos um cinema de Los Angeles foi abolida em função da pandemia. Isso abriu caminho para os filmes exibidos apenas na internet. O streaming agradeceu.

- Esqueça a aglomeração no tapete vermelho. Algo semelhante ocorrerá, mas será individual e virtual.

- A entrega do Oscar, no palco, será presencial. Vários apresentadores se revezarão como âncoras. Vencedores subirão ao palco.

- A cerimônia será transmitida ao vivo  do Teatro Dolby e da estação de trem Union Station, em L.A. 

- Não está confirmado, mas é provável que alguns convidados, com distanciamento, estejam na plateia nos dois ambientes citados. 

- Esse ano a "campanha eleitoral" (quando os concorrentes trabalham suas produções junto ao eleitores do Oscar) também foi virtual, sem festas e coquetéis.

VEJA A RELAÇÃO DE CONCORRENTES

Melhor filme

"Meu pai"; "Judas e o messias negro"; "Mank"; "Minari"; "Nomadland"; "Bela vingança"; "O som do silêncio". "Os 7 de Chicago"

Melhor atriz

Viola Davis - "A voz suprema do blues"; Andra Day - "Estados Unidos Vs Billie Holiday"; Vanessa Kirby - "Pieces of a woman"; Frances McDormand - "Nomadland"; Carey Mulligan - "Bela vingança".

Melhor ator

Riz Ahmed - "O som do silêncio"; Chadwick Boseman - "A voz suprema do blues"; Anthony Hopkins - "Meu pai"; Gary Oldman - "Mank"; Steve Yeun - "Minari". 

Melhor direção

Thomas Vinterberg - "Druk - Mais uma rodada"; David Fincher - "Mank"; Lee Isaac Chung - "Minari"; Chloé Zhao - "Nomadland"; Emerald Fennell - "Bela vingança"

Melhor atriz coadjuvante

Maria Bakalova - "Borat: fita de cinema seguinte"; Glenn Close - "Era uma vez um sonho"; Olivia Colman - "Meu pai"; Amanda Seyfried - "Mank"; Yuh-Jung Youn - "Minari"

Melhor ator coadjuvante

Sacha Baron Cohen - "Os 7 de Chicago"; Daniel Kaluuya - "Judas e o messias negro"; Leslie Odom Jr. - "Uma noite em Miami"; Paul Raci - "O som do silêncio"; Lakeith Stanfield - "Judas e o messias negro"

Melhor filme internacional

"Druk - Mais uma rodada" (Dinamarca); "Shaonian de ni" (Hong Kong); "Collective" (Romênia); "O homem que vendeu sua pele" (Tunísia); "Quo vadis, Aida?" (Bósnia e Herzegovina)

Melhor roteiro adaptado

"Borat: fita de cinema seguinte"; "Meu pai"; "Nomadland"; "Uma noite em Miami"; "O tigre branco"

Melhor roteiro original

"Judas e o Messias negro"; "Minari"; "Bela vingança"; "O som do silêncio"; "Os 7 de Chicago"

Melhor figurino

"Emma"; "A voz suprema do blues"; "Mank"; "Mulan"; "Pinóquio"

Melhor trilha sonora

"Destacamento blood"; "Mank"; "Minari"; "Relatos do mundo"; "Soul"

Melhor animação

"Dois irmãos: Uma jornada fantástica"; "A caminho da lua"; "Shaun, o Carneiro: O Filme - A fazenda contra-ataca"; "Soul"; "Wolfwalkers"

Melhor curta de animação

"Burrow"; "Genius Loci"; "If anything happens I love you"; "Opera"; "Yes people"

Melhor curta-metragem em live action

"Feeling through"; "The letter room'"; "The present"; '"wo distant strangers"; "White Eye"

Melhor documentário

"Collective"; "Crip camp"; "The mole agent"; "My octopus teacher"; "Time"

Melhor documentário de curta-metragem

"Collete"; "A concerto is a conversation"; "Do not split"; "Hunger ward"; A love song for Natasha"

Melhor som

"Greyhound: Na mira do inimigo"; "Mank"; "Relatos do mundo"; "Soul"; "O som do silêncio"

Canção original

"Fight for you" - "Judas e o messias negro"; "Hear my voice" - "Os 7 de Chicago"; "Husa'vik" - "Festival Eurovision da Canção: A saga de Sigrit e Lars"; "Io sì" - "Rosa e Momo"; "Speak now" - "Uma noite em Miami"

Maquiagem e cabelo

"Emma"; "Era uma vez um sonho"; "A voz suprema do blues"; "Mank"; "Pinóquio"

Efeitos visuais

"Problemas monstruosos"; "O céu da meia-noite"; "Mulan"; "O grande Ivan"; "Tenet"

Melhor Fotografia

"Judas e o messias negro"; "Mank"; "Relatos do mundo"; "Nomadland"; "Os 7 de Chicago"

Melhor edição

"Meu pai"; "Nomadland"; "Bela vingança"; "O som do silêncio"; "Os 7 de Chicago"

Melhor design de produção

"Meu pai"; "A voz suprema do blues"; "Mank"; "Relatos do mundo"; "Tenet"


Secretário bozoroca quer que brasileiros tenham "assesso" a cultura

 

Reprodução Twitter

por O. V. Pochê 

Assesso a cultura é importante, mas o secretário exqueceu de faser o encino fundamental. Mesmo que tenha boa intensão, o que não é o cazo, fica difíssil produxir carquer coiza nesse nívil. Dizem que ele foi ator na Grobo, magine ele falando os diágolos...

segunda-feira, 22 de março de 2021

Trump quer criar um rede social própria. É a NaziNet?

por Flávio Sépia

Donald Trump vai lançar sua própria rede social, segundo seus próprios assessores vazaram. O ex-presidente ficou irritado ao ser banido do Twitter, do Facebook e de outras plataformas por propagar ódio, incentivar a invasão do Capitólio e espalhar fake news. A ideia do líder da ultra direita é poder fazer tudo isso em sua própria right net. Claro que os adeptos de Trump, dos supremacistas aos neonazistas passando pelos conservadores fanáticos e prototerroristas vão aderir à iniciativa. Mas os incautos correrão riscos. Trump é também um mascate. Isso significa que não vai resistir a espionar comercializar dados dos seguidores, detectar suas preferências e dos seus grupos, mas descobrir uma maneira de faturar com o "gado". Trump, como outros clones seus no mundo, vê inimigos em cada esquina. Provavelmente, quem pretender se inscrever preencherá um extenso cadastro. Se for racista, contra política de gêneros, adepto da expulsão de imigrantes e de separar pais e filhos na fronteira, se for contra aborto, contra feminismo, a favor do assédio sexual, contra a vacina e os protocolos contra a Covid-19, entre outros atributos, terá muitas chances de ingressar na Nazinet.

Se depender do governador bolsonarista do RJ, vem aí a "micareta" Castrofolia, o festival tétrico do negacionismo. Depois, é só contar as vítimas

 

Reprodução Twitter

Revista italiana denuncia venda ilegal de vacinas na Dark Web. Pagamento em bitcoins, a moeda do crime...

 


A revista italiana Panorama denuncia na edição dessa semana comércio ilegal de vacinas. Os imunizantes são vendidos através da Deep Web. O preço depende da quantidade, varia entre dez a 40 euros e o pagamento é em bitcoin, a moeda que se firma como a preferida para transações criminosas. A revista adverte que os compradores correm risco. É impossível atestar a autenticidade das vacinas, se são desviadas de lotes legítimos, se são falsificadas ou multiplicadas à base de misturas com água ou outros. 

No Brasil ainda não há registros de comércio ilegal, embora vários profissionais de saúde tenham sido flagrados simulando aplicação e escamoteando doses. A polícia ainda não apurou se o objetivo era a venda ou a formação de estoque para parentes, amigos ou pessoas influentes. E Na manhã de hoje, criminosos armados roubaram doses de vacinas contra Covid-19 em Nata (RN). Levaram um total de 40 doses. A notícia está no G1.

Morte do menino é metáfora do Brasil



por Ovos Mexidos

Há duas semanas um menino de quatro anos morreu dentro de casa no Rio de Janeiro. A autópsia provou que ele sofreu lesões graves no corpo, consequência, segundo a avaliação de peritos, de uma ação violenta. A mãe e o padrasto estavam dentro do apartamento. Até agora, persiste a famosa Síndrome de Conceição, “ninguém sabe, ninguém viu”, uma das inumeráveis cepas do jeitinho brasileiro.

Há um ano, uma das pandemias mais mortíferas na história da humanidade encontrou solo fértil para se expandir num país retardado e negacionista. O Brasil é o favorito dentre as nações para se tornar o Campeão Mundial da Morte. Os responsáveis por este feito macabro não estão nem aí. E nada podemos fazer, porque “vamos todos morrer um dia.”

PS – O ORDEM E PROGRESSO positivista do pavilhão nacional foi trocado pelo lema negacionista de CAOS E COVID.

sábado, 20 de março de 2021

Parabéns!

 

Reprodução Twitter
Paulo Guedes, o ex-estagiario de Pinochet, diz que quando vai aos supermercados as pessoas agradecem. Primeiro, o Guedes vai a supermercado? Segundo, agradece o que cara-pálida? A inflação desembestada, o desemprego e a precarização dos empregos? O confisco previdenciário? A falta de investimento de um país voltado para a especulação do mercado? 

Paulo Guedes descobriu há pouco tempo que a pandemia precisa ser contida antes para fazer o que resta da economia que ele não destruiu andar. Isso depois de passar um ano calado ante a política negacionista que acontecia bem ao lado dele.

Nas redes sociais circula a releitura acima da sua frase sobre os aplausos que recebe nos supermercados.


Do twitter: e o "bispo" foi garantir sua picada

 

Reprodução 

Condomínio de Brasília quer proibir shortinhos no recinto. A ordem vem de um "conselho de mulheres" incomodadas com a boa forma da vizinha

Najhara Noronha recebeu um email de um "conselho de mulheres" tensas com o shortinho que ela usa quando vai praticar esportes. Reprodução


Na reprodução o email com a "medida provisória do "conselho". 

por Ed Sá 

Nesses dias em que a Lei de Segurança Nacional pode ser acionada até contra quem reclama da falta de oxigênio nos hospitais e de coveiros nos cemitérios, Najhara Noronha, moradora de um condomínio em Brasília foi alvo de um tal Conselho de Mulheres policialesco. As senhoras ficam nervosas porque Najhara costuma vestir um short quando vai praticar esportes. A boa forma da vizinha levou o "conselho" a pedir que ele deixe de usar "shortinhos" em áreas comuns do condomínio. Mandaram uma mensagem por email falando que a morado estava "constrangendo casais".  Short não é nudez, a não ser para talibãs. Além disso, o "conselho" parece ser uma sociedade secreta que auer determinar o que as pessoas devem vestir. . Najhara pediu a um advogado que analisasse o caso e acionou o síndico para saber que "conselho" é esse. O assunto repercutiu nas redes sociais.

sexta-feira, 19 de março de 2021

Na capa da IstoÉ: o horror

Deu no Twitter (Lucas de Vitta): A queda de Joe Biden... e não foi culpa da Rússia

 

 VEJA O VÍDEO AQUI

O que é pé-de-galinha pra você?

Depende da classe social. Para a dondoca, são aquelas preocupantes ruguinhas no canto dos olhos, a serem sanadas com Botox ou – quem sabe? – uma plástica pontual. Para a dona-de-casa pobre da pandemia são as patas com que a galinha cisca no terreiro, transformadas em acepipes nestes tempos de geladeiras vazias. 

Os 5kg de pés de galinha que Fernanda
comprou com a venda das panelas
(Foto: Arquivo Pessoal) 

Segundo matéria recente da BBC News Brazil, Fernanda Ferreira da Fonseca, 60 anos, recolheu algumas panelas velhas e as levou a um centro de reciclagem perto de sua casa em Atibaia (SP). Com os R$ 30 que arrecadou, comprou um pacote de pão e 5 quilos de pé de galinha, que vão virar almoço e jantar para ela e o marido até o fim da semana.

“Pra outra semana eu não tenho mais panela pra vender. Não sei o que vou fazer.” E se, por um golpe de sorte, pintarem alguns pezinhos de galinha para Dona Fernanda, em que panela ela vai cozinhar?