sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

O demorado chute no traseiro

Jair do Caixão acumula dezenas de pedidos de impeachment. Todos engavetados por Rodrigo Maia. A Folha de hoje avalia que a mortandade na pandemia (o Brasil e um dos líderes mundiais nas trágicas estatísticas) pode, em muito, ser atribuída ao sociopata. Mas isso o país já sabia desde março. Bolsonaro não deixou de ironizar e pregar contra as medidas sanitárias em um só momento. Investiu na contaminação como sua bandeira necropolítica. O impeachment não acontece porque o sociopata tem apoio de empresários, políticos, militares, paramilitares, juízes, mercado e da grande mídia que sustenta Paulo Guedes ao preço de preservar Bolsonaro. E o país paga esse contexto com desemprego e pobreza, isso bem antes da pandemia. O regime bolsonarista está prestes a ganhar as presidências do Senado e da Câmara. Com isso, o Congresso passará a funcionar muito mais como um ministério extra do que como um Parlamento democrático. E aí, não apenas a boiada vai passar, passarão a burricada, a cambada, a choldra, a congregação, a falange, a horda e a malta. 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Mídia: o papel do digital

por José Esmeraldo Gonçalves

A queda vertiginosa dos meios impressos no Brasil é um fenômeno a ser estudado mais profundamente. Claro que os novos modelos digitais de mass media explicam muito sobre a mudança radical do mercado em todo o mundo nas duas últimas décadas. Mas, no nosso caso não parece fazer sentido a velocidade da queda. Péssima distribuição de renda, baixa escolaridade, pouco hábito de leitura e concorrência da internet são apontados como fatores relevantes no diagnóstico da crise. 

Em países da União Europeia os números da tiragem física de revistas e jornais decaíram em ritmo bem mais lento. Nas grandes cidades da UE as bancas de jornais ainda são estantes jornalísticas em número menor mas ainda expressivo. 

Nas capitais brasileiras, o cenário, no caso dos jornaleiros, é de devastação. A maioria das bancas permanece como pontos comerciais onde jornais e revistas são agora acessórios entre variadas mercadorias. 

Não é possível fixar a data do fim dos impressos. Há 15 anos, vários especialistas decretaram esse the end absoluto em até os cinco anos seguintes. A previsão falhou, mas vai se realizar em um futuro qualquer. Essa tendência é infelizmente muito clara.

A Folha divulgou hoje um quadro atualizado da circulação digital e impressa dos três principais jornais brasileiros. 


Aponta uma boa performance digital para o cenário brasileiro. No quadro da Folha, os números da circulação impressa chamam a atenção. A ocupação do espaço digital é um trabalho em progresso. 

O veículo que melhor fez a transição de modelo foi o New York Times, o principal jornal em língua inglesa do mundo. Em 2020 alcançou 6,5 milhões de assinantes, um número que inclui 5,7 milhões de assinaturas digitais. O impresso soma 1 milhão e 200 exemplares nessa conta. O NYT pretende chegar a 10 milhões de assinaturas no total até 2025, mas não espera manter um quinto disso em tiragem física. a escalada não é fácil: só no ano passado a receita da versão digital do NY Times superou pela primeira vez o faturamento da edição impressa, cuja assinatura é mais cara e mais cara também é a tabela de anúncios. As versões digitais dos grande veículos sofre com os preços da publicidade na internet, vandalizados pela concorrência das redes sociais.

O desempenho digital dos três grandes jornais brasileiros é boa notícia tratando-se do complicado cenário brasileiro. Uma presença mais forte da mídia profissional na internet é bem-vinda. E incluo aí a mídia profissional independente que, apesar das dificuldades, mantém veículos de indiscutíveis qualidade e credibilidade. O que é importante, por dois principais motivos: levar a verdade e os fatos ao terreno pantanoso da web e mostrar o contraditório às mentiras das trevas bolsonaristas espalhadas por milícias, fanáticos e robôs financiados.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Augusto Valentin: o fotógrafo das Certinhas do Lalau era especialista em curvas

 

Valentim em ação. Foto Fatos & Fotos

Vera Viana e Sonia Dutra na F&F

O calendário da Certinhas na Fatos e Fotos

As dez mais Certinhas na Última Hora

Norma Marinho, uma das Certinhas de Valentim no O Cruzeiro, em 1967, 
ano da última edição da lista.

por Ed Sá

O Globo noticia hoje a morte de Augusto Valentin na Flórida, onde morava. O fotógrafo ganhou fama por retratar "As Certinhas do Lalau", uma lista de belas garotas, a maioria estrelas do teatro de revista e da TV,  que agitavam o Rio nas anos 1950/1960. Lalau era o colunista Stanislaw Ponte Preta, o Sérgio Porto. As eleitas estamparam em épocas diferentes a Última Hora, Fatos & Fotos e O Cruzeiro. 

Antes de se especializar nas curvas das mulheres mais sensuais que o Rio já viu, Valentin frequentou outras editorias. Cobriu para o Globo as Olimpíadas de 1948. Foi da equipe de fotógrafos da Manchete a partir de 1952, quando a revista foi lançada. É dessa época uma reportagem que fez sobre o jogo do bicho. Ao lado do repórter Hélio Fernandes, Valentin flagrou a jogatina e os chefões de então em vários pontos da cidade, especialmente na região no Mangue, que era uma espécie de tosca "Las Vegas" carioca. 

Para as estrelas consagradas e em ascensão, posar para Valentin era currículo. Em dupla com Stanislaw, o fotógrafo lançou sex symbols que depois brilharam no cinema e na TV. Rossana Ghessa, Marivalda, Célia Azevedo,  Esmeraldo Barros, Norma Bengell e Elizabeth Gasper são alguns nomes de um longa dinastia que posaram para Valentin. As Certinhas faziam tanto sucesso que a Fatos & Fotos passou a lançar um calendário que estampava a maioria das borracharias cariocas. Nas várias fases das dez mais sensuais, Stanislaw e Valentin nunca abriram mão de um dogma: anoréxicas - a palavra nem era usada, referiam-se a magrelas mesmo -  não entravam. As esquálidas ou as "musas fitness" tortas de músculos que circulam nas redes sociais se aparecessem no estúdio seriam convidadas a se retirarem. 

Valentin tinha um filtro natural contra linhas retas. As objetivas gêmeas da sua Rolleiflex gostavam de registrar curvas. 

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Foi mal, não desculpe a vergonha alheia...

A estratégia bolsonarista da morte

Do Brasil 247: general desconfia da sanidade do Bozoroca. Mucho lôco!

 

Leia AQUI

A PALAVRA DA HORA H

 

n e g a c i o n i s m o  (da COVID-19)


Passamos a palavra para o Wikipedia, que está completando 20 anos de bons serviços e, ágil como sempre, já verbetou o conceito

A expressão Negacionismo da COVID-19 ou negacionismo do novo coronavírus (ou negacionismo viral) refere-se ao pensamento daqueles que negam a realidade da pandemia de COVID-19 ou, ao menos, negam que as mortes não estão acontecendo da maneira ou nas proporções cientificamente reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde. Essas alegações são consideradas pseudocientíficas e o atual consenso científico apoia os dados emitidos pelos órgãos de saúde dos países. 


Negacionistas
 célebres: O influenciador digital, jornalista e autoproclamado filósofo, Olavo de Carvalho, emitiu declarações polêmicas em suas redes sociais durante a pandemia de COVID-19, doença causada pelo SARS-CoV-2. Em 22 de março de 2020, afirmou que não havia nenhum caso confirmado de morte pelo referido vírus no mundo e que a pandemia seria "uma invenção" e "a mais vasta manipulação de opinião pública que já aconteceu na história humana". Naquela data, a Organização Mundial da Saúde contabilizava mais de 294.000 casos da doença e 12.784 mortes dela decorrentes. Em 12 de maio de 2020, Olavo declarou que a pandemia é, na verdade, uma "historinha de terror" criada para "acovardar a população" desdenhando as medidas restritivas tomadas pelo Brasil. Olavo é guru de Jair Bolsonaro que, desde março de 2020, repete as conclusões do ideólogo do atual regime do Brasil.

"Hitler" não gostou de ser atropelado por João Dória

 

As releituras cômicas do "Hitler" sobre a rasteira que João Dória aplicou no Bozoroca pipocam na web. 

Veja aqui a versão que circula na rede. 



Avião Fantasma - Bagunça da dupla General Pazuello+Bolsonaro faz CNN Brasil pagar o maior mico da cobertura sobre vacinas


Assinada por Wilson Roberto Vieira Ferreira, a matéria está no blog Cinegnose. A cena descrita é hilária. Leia trechos nos destaques abaixo e  o texto completo no link ao final.   

Olha aí! Vai partir o avião da esperança! Tô quase chorando... vamos bater uma salva de palmas! Clap! Clap! Clap! Imagem histórica...”. Essa cena de causar vergonha alheia tomou conta do “CNN 360” (14/01) no momento em que víamos imagens do Airbus da Azul decolando de Viracopos para, supostamente, ir buscar dois milhões de doses da vacina na Índia. Jornalismo torna-se propaganda para, depois, virar numa barriga jornalística. Desde o início do ano já se sabia que a Índia iria barrar a exportação da vacina AstraZeneca. Por que, então a CNN embarcou na corrida maluca de Pazuello pela vacina em meio ao caos da crise do oxigênio em Manaus? 

(...) 

Mas certamente uma das barrigadas mais constrangedoras no telejornalismo, pelo menos recente, foi protagonizado nessa última quinta-feira (14/01) no programa “CNN 360”, apresentado por Daniela Lima e a ex-Globo Gloria Vanique. 

(...)

Ao vivo, o analista de política Iuri Pitta complementava que o aumento de casos irá antecipar a revisão da quarentena em São Paulo, mas... corta!... “segura aí, fica com a gente!”, exclamou Daniela Lima... “Olha aí! Vai partir o avião da esperança!”, exalta enquanto são mostradas imagens de um avião Airbus da Azul movendo-se na pista do Aeroporto de Viracopos. Adesivado “Vacinação – Brasil imunizado – Somos uma só nação”.

(...) 

“O avião que está indo para Recife, e amanhã parte pra Índia. O quê que ele está indo buscar? Dois milhões de doses da vacina de Oxford... pega aí Gloria que eu tô quase chorando...”. E a certamente atônita Gloria Vanique segurou a apresentação e continuou: “teve um pequeno atraso, vai primeiro para Recife e depois, aí sim, vai para a Índia”.

(...)

Depois de falar em “torcer com emoção com joelhos no chão”, imagens do Airbus da Azul decolando: “Olha lá! Lá vai ele!... é o voo da esperança”, exaltava Gloria Vanique, embarcando junto na comoção da companheira de apresentação. 

(...)

"Vamos bater uma salva de palmas? Vai, vamo lá!.. Clap! Clap! Clap!... Vai que vai!... um dia muito difícil...” – 

Foi isso. O "avião da esperança" não passou do Recife. Era mais uma trapalhado general Pazuello e do capitão Bolsonaro, a Índia abortou o voo: não tem vacina por enquanto. As palmas foram para a decolagem de um voo fantasma que jamais chegou à Índia. 

PARA LER A MATÉRIA COMPLETA NO BLOG CINEGNOSE CLIQUE AQUI

A CENA DESCRITA COMEÇA A PARTIR DO PONTO 1:08:00.


Le Monde: horror e caos em Manaus

 

A palavra foi abolida pelo economistas nutella. Mas o Brasil dá todos os sinais de que está de volta para a categoria de subdesenvolvido. Desde o golpe, tornou-se quase irrelevante no cenário mundial. A pandemia mostrou o tamanho da cova em que Bolsonaro jogou o pais. A dramática matéria do Le Monde carimba o rótulo. A imagem do Brasil é hoje a de um governo abaixo de medíocre e de aglomerações enlouquecidas em festas, praias e bares, como a que Manaus viveu antes do caos. 

Brasil é, por exemplo, o B, do Brics. Pois o R, de Rússia, o I, de Índia e o C, de China correspondem a países que desenvolveram suas próprias vacinas. São autônomos nessa crise sanitária global. Só o Brasil e África do Sul (o S, de South Africa) não têm vacinas própria.

O Brasil vai acabar sendo rebaixado até do Brics.

Patrícia Poeta viraliza na web e ganha elogios e críticas... ("Na TV pede pro pobre ficar em casa")

 

Reprodução Instagram

As redes sociais viraram business para celebridades que atraem milhões de visitantes. Muitas divulgam produtos, outros promovem a própria marca, o nome. Mas, por serem canais abertos, recebem críticas ao lado dos elogios dos admiradores. Essa foto da bela Patrícia Poeta foi publicada no seu Instagram. "Depois de uma boa caminhada... um mergulho no mar... (viva!) pra refrrescar...com direito a água de coco. ótimo domingo, pessoal", escreveu a apresentadora. Entre os comentários dos fãs - "Linda";  "Vivaaaa"; "Uma linda sereia"; "Uma sereia cm perna de mulher. Linda demais"; "Inteligente e bela" - surgiram outros bem menos favoráveis: 'Usou máscara??? Distanciamento social???; "Na TV pedi (sic) o (sic) pobre para ficar em casa, na prática vivem aproveitando a vida e os números da covid só aumentando, essa globo e seus funcionários...; "Enquanto a globo diz, fica em casa...kkkkk. 


Na foto, Patricia Poeta parece bem produzida. Uma leitora chamou atenção para o cabelo"Mergulhou e saiu com cabelo seco kkkkkkk". A qualidade da foto parece indicar duas coisas: é de fotógrafo profissional e não foi feito na correria típica dos paparazzi. É até bem calma e tranquila, como se fosse Ursula Andress saindo do mar da Jamaica na célebre cena de "007 Contra o Satânico Dr. No". 

A foto da Patrícia Poeta viralizou nas redes nos últimos dias e foi reproduzida na mídia. 

A PALAVRA DA HORA H

a s s a s s i n o 

homicida, matador 

(atualmente a palavra mais pronunciada nos panelaços das oito e meia)


Origem: do árabe ashohashin, fumantes de haxixe. Durante as Cruzadas, integrantes de uma seita árabe, sob o efeito dessa droga, matavam a quem seu chefe lhes indicasse. Por isso, a palavra passou a significar “homicida”.

Le Club des Hashishins


O clube do haxixe se reunia no Hôtel de Lauzun,
no Quai d'Anjou, Paris


Uso célebre: Entre 1844 e 1847 funcionou em Paris o Club des Hashishins, um grupo que se dedicava a experiências induzidas pelas drogas e que incluía escritores célebres como Victor Hugo, Honoré de Balzac, Gérard de Nerval, Charles Baudelaire e Alexandre Dumas; o pintor Eugene Delacroix; o psiquiatra Jacques-Joseph Moreau, que aplicou o uso do haxixe no estudo das doenças mentais. Na época o uso recreativo de drogas era amplo e legal nos círculos literários e científicos. O Exército do Oriente de Napoleão e um contingente de 150 cientistas e antropólogos da Comissão de Ciências e Artes trouxe quantidades imensas de haxixe da expedição ao Egito. A conquista francesa da Argélia (1830-47) criou um canal ainda mais amplo e mais próximo, aumentando o consumo do haxixe nos países europeus. Às vezes, o Clube consumia também o Dawamesc, uma pasta esverdeada feita de resina de cannabis misturada com banha, mel e pistache. Baudelaire e Théophile Gautier acabaram desistindo da “droga intoxicante, não que nos causasse algum mal físico, mas porque o verdadeiro escritor só precisa de seus sonhos naturais, sem se deixar influenciar por qualquer agente...”

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Phil Spector: gênio do rock morre na prisão • Por Roberto Muggiati

 


Phil Spector em estúdio com John Lennon, que o chamou de "o maior produtor musical 
de todos os tempos, e...

... ao ser detido por assassinar a mulher, a atriz Lana Clarkson 

Al Pacino viveu o papel do produtor no longa-metragem "Phil Spector" em...

...uma caracterização perfeita, como se vê acima em cena do julgamento

Filho de imigrantes judeus nascido no Bronx, NY, em 26 de dezembro de 1939, Harvey Phillip Spector se tornaria uma das figuras mais importantes do rock. John Lennon, que recebeu sua ajuda na gravação de Imagine, o chamou “o maior produtor musical de todos os tempos”. Tom Wolfe, o papa do Novo Jornalismo, o definiu como “o primeiro magnata da juventude.”.  Spector ficou famoso ao criar a chamada Wall of Sound (parede sonora) – um complexo de técnicas de gravação que só ele sabia administrar e que ironicamente definia como “uma abordagem wagneriana do rock ‘n’ roll, sinfonietas para crianças.” Produtor convidado do álbum dos Beatles Let It Be, ele produziu All Things Must Pass de George Harrison e Rock ‘n’ Roll de John Lennon, além de discos dos Ramones, de Leonard Cohen, de Ika e Tina Turner.

Em 2003, Spector matou em sua casa, com um tiro de carabina na boca, a atriz Lana Clarkson. Em 2009, foi condenado a 19 anos de prisão. Ele morreu no sábado 16 de janeiro, aos 81 anos, de coronavirus num hospital-prisão de Stockton, Califórnia. Seu rumoroso julgamento foi tema de um longa-metragem, Phil Spector (2013), dirigido por David Mamet e estrelado por Al Pacino e Helen Mirren. Phil não só inspirou vários personagens ao cinema (um deles interpretado por John Turturro), como fez incontáveis “pontas”. A primeira, num episódio de Jeannie é um gênio, em 1967; a mais famosa de todas, na cena de abertura do Easy Rider (1969), com Peter Fonda e Denis Hopper. Vejam aí

https://www.youtube.com/watch?v=qqvI-DOIMEc

domingo, 17 de janeiro de 2021

E a luta continua... Anvisa ainda segura vacina liberada por outros países. A Baêa tá reclamando

 


O Brasil precisa de um exorcista

 


Pesquisa realizada pela Hoper Educação constatou que 78,9% dos candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) preferiam realizar as provas em maio. No meios de comunicação, foram muitas as declarações de médico e infectologias desaconselhando o Enem em pleno rebote da pandemia. 

Em vários estados, juízes derrubaram liminares que proibiam a realização da prova, mesmo diante de um  forte argumento: os estudantes iriam se arriscar nos transportes públicos e nos locais de realização do exame, com alto risco de levar o vírus para casa e para pessoas de grupo de risco ainda em quarentena. 

Nem mesmo a dramática situação de Manaus, um alerta ao resto do país, sensibilizou as autoridades. A Prefeitura de Manau, cidade sitiada pelo vírus, se recusou a ceder escolas para a realização das provas. 


Cena do filme O Exorcista, momento em que especialista expulsa espírito maligno

A pressão para o Enem a qualquer custo teria sido mais forte por parte das mantenedoras de universidades privadas de olho no caixa do primeira semestre de 2021, movimento quer se somou às já conhecidas alas negacionistas da Covid-19, que formam maioria no governo bolsonarista. Em relação à pandemia, o lema é "morte acima de tudo, o diabo acima de todos".

O Brasil precisa de um exorcista.

Sobre gado, galinhas e o voo que não aconteceu

 

O avião que se preparava para seguir rmo à Índia para buscar carga de vacina que não existia. Foto:Reprodução Twitter

por O.V.Pochê 

Mais um vexame internacional dos coveiros federais. Contrataram um avião, gastaram uma grana para botar um adesivo de propaganda da vacinação, supostamente festejando tudo o que trabalharam contra até agora. A negociação deve ter sido feita com um camelô indiano que se mandou na hora de entregar o produto. Com o jato no aeroporto de Recife a poucas horas de decolar, verificou-se que não havia vacina, o governo indiano não liberou o lote. Restou o adesivo ufanista. 

Tudo indica que o presidente indiano, que se chama Ram Nath Kovind, foi convencido a cair na real e cuidar do seu país. Alguns dados sobre a Índia. População 1.300.000.000 – seis vezes a do Brasil; e duas coisas em comum com o nosso país: um presidente que é da ultradireita e 210 milhões de cabeças de gado, número igual à população humana do Brasil,. Já o nosso gado soma 214 milhões de cabeças. Isso mesmo, o Brasil tem mais gado do que gente. Mas IBGE constatou que no ano passado que esse número de bovinos foi superado pelo de galinhas: 249 milhões de cabeças e penas. Não se sabe o que isso significa.

A PALAVRA DA HORA H

f a c í n o r a

homem perverso, assassino, um grande criminoso

Facínora era, em latim, o plural de facinus: “ações” – boas ou más. Como terá passado a “praticante de más ações”, “autor de crimes”, “criminoso”? Possivelmente, facínora derivou do adjetivo latino facinorosus = “que comete ações condenáveis”, “cheio de crimes”, “façanhudo” (de façanha, outro possível derivado de facere), “criminoso”. 


* Uso célebre: Em O homem que matou o facínora, título brasileiro do filme The Man Who Shot Liberty Valance (1962), de John Ford. 


Vacina no pau-de-arara...

 

por O.V. Pochê

A Anvisa está em reality show nacional sobre vacinas. Parece reunião de cientistas detentores do Nobel tal o rigor anunciado nas "análises" de algo que laboratórios mundiais desenvolveram. Pergunta de um leigo: se a Anvisa sabe tanto de vacinas porque não ajudou o Butantan e a Fiocruz a desenvolverem  uma? A Anvisa libera agrotóxicos proibidos em vários países com velocidade de foguete. E não são um ou dois venenos, são centenas. E faz firula com vacinas já aprovadas em dezenas de países.

A milícia digital "patriota" se omite diante da tragédia anunciada de Manaus

 


sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

A tragédia de Manaus na mídia internacional.

O drama de Manaus estarrece o mundo. É mais um capítulo de terror escrito por um presidente desprezível já conhecido como Jair do Caixão. Mas até para os padrões criminosos do indivíduo em relação à pandemia, brasileiros morrendo em dramática sequência, sufocados, por falta de oxigênio, alcança um nível inimaginável de desprezo pela vida. Esse mau elemento é doente. Tornou-se um  problema político, claro, mas ultrapassou essa fase. A crise pede tratamento psiquiátrico. É manicomial. Muitos países passaram por momentos difíceis e foram surpreendidos durante o enfrentamento da

Clarín


La Repubblica


The Guardian 


Ultimas Noticias


The Washington Pòst

Covid-19. Falta de leitos, hospitais lotados, as terríveis estatísticas de mortes diárias, o povo forçando aglomeração. Mas nenhuma deles fez do desprezo pela vida humana, do deboche, uma estratégia política, uma campanha do mal, incentivando a população a se aglomerar, fazendo piada de procedimentos, como o uso da máscara, recomendando medicamentos não recomendados pela ciência. 

A consultoria britânica Brand Finance divulgou um estudo sobre a imagem de cada nação quanto ao desempenho no enfrentamento da Covid-19. Alemanha e Nova Zelândia lideram o ranking. Estados Unidos têm a pior avaliação segundo a opinião pública. Nesse critério, o Brasil está em antepenúltimo. Mas na enquete apenas entre  cientistas, médicos e economistas, o Brasil está em último lugar. O governo brasileiro dificultou a luta contra a pandemia alegando que tinha que cuidar da economia. Foi desastroso em ambos os quesitos. Ao protelar medidas, ao fazer pregação contra a ciência, mergulhar em trapalhadas na compra de vacinas e de seringas, desmoralizar publicamente o uso de máscaras e a necessidade de lockdown, o governo não atendeu a saúde e prejudicou a economia.