Depois de pária vem o que? Nada. Na Índia, origem da palavra, pária é a casta mais baixa. Ontem , o anormal que preside o Brasil fez o pais descer mais alguns degraus rumo à exclusão do convívio internacional, à desclassificação global. Em um grotesco pronunciamento, negou o racismo, negou o meio ambiente, negou o enfrentamento científico da pandemia, negou, enfim, a sua suposta saúde mental. Os demais líderes do G-20 só faltaram entoar o coro "pede pra sair". Hoje, em novo pronunciamento diante dos chefes de Estado, tentou consertar as idiotices de ontem. Em vão. Na sequência, a conferência virtual abordou outros assuntos talvez torcendo para cair a internet e elemento não mais voltar à live.
domingo, 22 de novembro de 2020
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
Lobby ataca Mata Atlântica no Rio de Janeiro: diga não ao autódromo que destrói floresta
Quando política e interesse poderosos se juntam, a cidade perde. Como um rolo compressor, um projeto absurdo avança: a construção de um execrável autódromo na Floresta do Camboatá a custa do último reduto da Mata Atlântica em área plana da cidade.
Os lobistas e os políticos recrutados já tentaram envolver a FIA (Federação Internacional do Automobilismo) e os promotores da Fórmula 1. Aparentemente, sem sucesso. Jornais europeus e até o piloto Lewis Hamilton criticam o que pode se configurar um crime.
Ontem, a Comissão Estadual de Controle Ambiental rejeitou o pedido de licença ambiental, mas um grupo de conselheiros ligados ao governo estadual sensível ao lobby exigiu um "novo estudo". Isso significa que a pressão para a destruição de Camboatá avança, apesar do órgão de controle ambiental apontar vários locais alternativos para a construção de um autódromo sem que haja agressão à natureza. Fique atento. Você pode ajudar a evitar um delito ambiental em andamento. AQUI
Para jornalistas e não jornalistas - "No Rastro Digital do Dinheiro Público": um curso para pegar corrupto...
(Do Knight Center/LatAm Journalism Review)
Já está disponível a versão autodirigida do curso “No Rastro Digital do Dinheiro Público: Como fiscalizar gastos da União, estados e municípios". Isso significa que todos os conteúdos, como videoaulas, leituras, testes e outros materiais, estão abertos na plataforma de aprendizagem online do Knight Center, JournalismCourses.org.
É uma oportunidade a mais para jornalistas e não-jornalistas aprenderem sobre como o orçamento público funciona e como identificar potenciais casos de uso indevido do dinheiro do contribuinte.
“Capacitar e fomentar o acesso à informação em relação à fiscalização das contas públicas, amplia o controle social e contribui para o aprimoramento da qualidade e da legalidade do gasto'', disse o instrutor Gil Castello Branco, que tem uma larga experiência ensinando jornalistas a como acompanhar os gastos do governo.
A partir de exercícios práticos em bancos de dados disponíveis, o curso torna os participantes aptos a investigar a qualidade e legalidade das contas públicas e a apontar suspeitas de mau uso do dinheiro público nos diferentes níveis de governo.
“Eu gostei muito do Siga Brasil. É um banco de dados complexo, mas completo. É uma grande fonte de dados. Porém, é preciso aprender um pouco de AFO - Administração Financeira Orçamentária. O site Compara Brasil também é excelente, sendo uma importante fonte secundária” disse o jornalista e aluno do curso Carlos Eduardo Matos, baseado em Brasília.
Para o jornalista Germano Martins, as orientações sobre como navegar nos portais do governo federal e do Senado foram as mais úteis. "Eu pretendo colocar em prática apresentando pautas no meu ambiente de trabalho. O curso vai ajudar a elaborar essas pautas," disse.
Em sua versão original, o curso foi ministrado de 7 de setembro a 4 de outubro de 2020 e contou com 2.276 alunos registrados. A maior parte deles do Brasil, mas também de Angola, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, mas também de países como Argentina, Colômbia e México.
Este curso é uma parceria do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas com a Associação Contas Abertas, com apoio do Google News Initiative. Para saber mais sobre o curso e acessar seus materiais, visite a página dos cursos autodirigidos do Centro Knight.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA AQUI
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
Panis EXCLUSIVO - O 5000º mergulho de um aventureiro em Manchete. Por Roberto Muggiati
Ao longo dos meus vinte e tantos anos como editor de Manchete, tive a primazia de registrar em primeira mão as façanhas de incontáveis aventureiros que saíram pelo mundo enfrentando os maiores desafios dos esportes radicais. Assim foi com o Príncipe D. João de Orleans e Bragança em seus primeiros ensaios surfísticos; com os irmãos Metsavah em suas incursões de snowboard nos Andes (Oskar se tornaria depois o criador da Osklen); com Pepê na asa delta; Rico e Ricardo Bocão brilhando nas pranchas; e com o saudoso alpinista Mozart Catão, que, depois de conquistar o Kilimanjaro e o Everest (lembro as pontas dos dedos da mão que perdeu, congeladas ao tirar a luva para fotografar o feito), morreu no Aconcágua soterrado por uma avalanche em 1998, aos 35 anos, como seu homônimo Wolfgang Amadeus.
Neste 2020 fatídico, desafiando também a pandemia, um de nossos mais ativos aventureiros, Carlos Eduardo Carvalho Lima (completa 80 anos em abril) acaba de atingir uma marca notável no ranking internacional. Fez, nas ilhas Maldivas, Oceano Índico, o mergulho número 5000 em seus mais de 40 anos de fotografia submarina, amplamente documentados pelas revistas Manchete e Geográfica.
Carlos Eduardo relatou o feito com exclusividade para o Panis Cum
Ovum:
“Os moradores de Veligandu ficaram orgulhosos por eu ter escolhido o atol para o mergulho histórico. Mergulhei com a dive master, ela preparou um cartaz comemorativo e filmou a aventura. À noite, me convidou para participar de uma cerimônia com os mergulhadores presentes exibiu partes do vídeo e me ofereceu um diploma celebrando a marca. Foi uma cerimônia que me deixou emocionado!
Mais comovente foi a paisagem submarinha que os arrumadores do meu bangalô fizeram com folhas com peixes-palhaço, arraias, tartarugas, um barquinho a vela e gaivotas. Um trabalho artístico!
Doeu o coração ter de
desmanchar o arranjo sobre a cama para podermos dormir.”
sábado, 14 de novembro de 2020
sexta-feira, 13 de novembro de 2020
Na capa da Vogue: Ingrid faz história
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
Bruno Barbey (1941-2020): "Foi no Brasil que descobri a cor". O fotógrafo da Magnum, que trabalhou para a Manchete nos anos 1970, morreu na última segunda-feira em Vincennes , onde morava, perto de Paris.
domingo, 8 de novembro de 2020
Memórias da Manchete: O dia em que quase entrei na Geórgia por engano • Por Roberto Muggiati
O destaque da Geórgia na reta final das eleições presidenciais americanas me fez lembrar um episódio ocorrido por conta da Manchete em julho de 1984, durante a cobertura da turnê “Victory” dos Jacksons, capitaneada por Michael, então no auge do sucesso em sua fase pós-Thriller. Eu acabava de ser reconduzido à direção da revista e, como um presente de grego, Jaquito passara para mim um convite da gravadora Sony – feito na verdade à Rádio Manchete – para cobrir uma das primeiras apresentações da turnê, em Jacksonville, Flórida. Tudo bem, interessava – e muito – à revista, mas era o tipo de viagem que, com sua verve costumeira, Justino Martins batizara de “viagem-piscina”: “Tu salta, nada rápido, bate na outra borda e volta, tchê...”
Saímos
do Rio sexta-feira à noite, chegamos a Miami na manhã de sábado. Até
Jacksonville, no extremo norte do estado, era uma hora e meia de voo num
aparelho convencional. Estávamos na época dos furacões e vivemos momentos de
incerteza até ter nosso voo liberado. Fomos instalados num motel 30 quilômetros
ao norte do que seria o “centro”. Jacksonville era uma cidade estranha,
construída às margens do rio St. Johns, com 15% de sua área ocupada pela água.
Aproveitando
as mordomias da Sony, um radialista gaúcho pediu um carro para circular pela
região, que a gravadora providenciou na hora. Gentilmente, o radialista
concordou em me levar até uma loja de música que eu havia contatado por
telefone, a fim de comprar um saxofone alto – o tenor eu já tinha. Ficava a uns
20 quilômetros de distância e tivemos de atravessar umas dez “toll bridges” – pontes de pedágio – até
chegar lá. Valeu a viagem: a loja tinha um sax alto Conn praticamente novo a
preço de segunda mão, 450 dólares. Um garoto de doze anos ganhara o
instrumento, tomara duas aulas, enjoara da coisa e desistira do saxofone. Na
volta para o hotel procuramos um local para almoçar. Meu amigo gaúcho não era
muito familiarizado com o carro hidramático, nem eu. Além do mais, erramos o
caminho e de repente vimos na autoestrada uma placa anunciando Georgia 5 miles. Felizmente, achamos um
último retorno salvador e um grande restaurante de beira de estrada com cara de
churrascaria. Lá encontramos quase toda a turma convidada para a viagem,
inclusive os jovens executivos da Sony. À saída fizemos uma foto de grupo com o
saxofone em primeiro plano. Exigiram que eu “desse uma palinha”, achei que ia dar
um vexame monumental. Ainda mais com um sax alto que nunca tinha soprado.
Liguei o automático e peguei uma Wave
– não tem um dedilhado dos mais fáceis – mas não é que surfei numa boa a onda
do velho Jobim? Tocar saxofone é como andar de bicicleta, depois que você
aprende não esquece mais. Tocar bem
já é outra história...
Antes
do espetáculo saí fotografando os fãs de Michael Jackson devidamente
paramentados a caminho do estádio, cheguei atrasado ao coquetel para a imprensa
– caviar, champanha e cocaína já tinham
acabado...
O
show foi o que já se previa: Michael Jackson dando uma tremenda colher de chá
para os irmãos, que andavam mal de carreira e dinheiro e deixando de ser aquele
Michael solista genial do Thriller.
As três apresentações de Jacksonville, no Gator Bowl Stadium – receberiam um
público de 135 mil pessoas. A queima de fogos ao final agradou mais do que o
show e foi mais longa e feérica do que a do Réveillon de Copacabana.
PS • Ray Charles deve estar vibrando... Por falar em música, vale assinalar que voltou a soar nos céus da América uma das mais belas canções de Hoagy Carmichael, Georgia on My Mind, gravada em 1930 pelo autor com a banda que incluía o genial cornetista Bix Beiderbecke. Mas foi a versão gravada em 1960 por Ray Charles, nascido na Geórgia, que chegou ao número um na parada de sucessos da Billboard e seria adotada como o hino oficial do estado da Geórgia. OUÇA AQUI
https://www.youtube.com/watch?v=QL3EZwSJAh0
Memes e frases sobre a derrota de Trump
]
sábado, 7 de novembro de 2020
Biden presidente. Trump se recusa a deixar a Casa Branca e parte para o golpe jurídico
Foto Democratic. org
Joe Biden e Kamala Harris eleitos!. Os Estados Unidos dão um basta na chamada era Trump.
O magnata tresloucado não aceita a derrota, atitude já esperada, e anuncia a tentativa de golpe jurídico para permanecer na Casa Branca.
O país viverá dias tensos.
O desespero e o discurso de Trump alegando fraude se espalham entre seus apoiadores, muitos deles ostensivamente armados com fuzis.
Nos próximos dias, a democracia vai ser testada, como jamais aconteceu na história dos Estados Unidos.
NBC, ABC, e MNSBC cortam discurso mentiroso de Donald Trump. É a mídia defendendo a democracia. Atitude válida para todo mundo.
O jornalismo profissional criou defesas contra o fenômeno neofascista das fake news. É a checagem de cada mentira que circula nas redes sociais. Políticos como Trump e Bolsonaro dão seguidas mostras de que isso não basta. Na cara de pau, ambos usam a mídia profissional para espalhar notícias falsas. Na última quinta-feira, Donald Trump fez o mais vergonhoso discurso já pronunciado por um candidato. Sem apresentar qualquer prova, afirmou que venceria facilmente se fossem contabilizados apenas os" votos legais" e que, se fossem incluídos os "votos ilegais", os democratas "roubariam a eleição". Diante da acusação infundada, as redes NBC, MSNBC e ABC imediatamente interromperam a transmissão do discurso, na verdade uma peça de fake news, por considerarem que o conteúdo favorecia a desinformação. O fato provoca debates entre jornalistas. Há quem apoie a decisão das redes e defenda que se torne norma ética, há quem critique e, uma terceira opinião advoga que as emissoras devem permitir que o indivíduo minta e, em seguida, devem desmascarar a mentira para os telespectadores. Assim como Goebbels usava o rádio para difundir as mentiras nazistas, a ultradireita também não tem qualquer pudor em distorcer os fatos nas redes sociais, em nome da ideologia. Do neofascismo, na prática. O problema é quando fazem isso em meios de comunicação legítimos. Devem os veículos servirem de plataforma para a ascensão no neofascismo? Quando toma posição, a grande mídia norte-americana (e aí se destacam os jornais Washington Post e New York Times, especialmente) está alguns degraus acima do seu equivalente no Brasil. Aqui, aplica-se o dogma nem sempre oportuno de "ouvir os dois lados", seja lá o que for. Também não se contesta a mentira no ato. Bolsonaro, por exemplo, diz o que quer e qualquer fake news que ele espalhe é respeitada como a "opinião" do presidente. Diante do uso massivo das redes sociais como instrumento de pregação antidemocrática, torna-se válido que a mídia profissional não dê espaço para o neofascismo. NBC, ABC e MSNBC deram uma lição ao mundo.
O tour mais ridículo da semana: a viagem da delegação da OEA que foi "observar" as eleições americanas...
A OEA (Organização dos Estados Americanos) foi criada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, depois da Segunda Guerra. O objetivo era implantar um muro continental ideológico contra o "esquerdismo". No cenário internacional, a geringonça tem mais irrelevância do que consequência. Mais de 70 anos depois de fundada continua como uma franchise de Washington. Por isso, ao viajar para "observar" as eleições norte-americanas, a OEA fez apenas o papel que lhe cabe: o do ridículo. Em pouco mais de 24 horas, os "observadores" conseguiram "observar'" que estava tudo bem. Não saiu uma linha sequer nos jornais americanos sobre as "observações' da delegação. Se tivessem optado por dar uma passada na Disney e posar com o Pateta poderiam auferir pelo menos uma notinha em um tabloide cucaracha de Orlando.
A OEA não entende de eleições, é mais ativa em referendar golpes, como os que assolam as Américas do Sul e Central.
A piada: ao se apresentar em uma seção eleitoral, a delegação devidamente engravatada e de cabelo gomalinado informou aos mesários que estava ali para "observar" se a coisa ia bem. "OEA, what?", espantou-se o voluntário enquanto folheava um maço de cédulas eleitorais.
sexta-feira, 6 de novembro de 2020
Fotojornalista André Dusek lança livro que desvenda a "glória" e a decadência de Serra Pelada, a mina de ouro da ditadura...
Serra Pelada: ponte-aérea entre a miséria e a riqueza. Foto André Dusek/Divulgação
domingo, 1 de novembro de 2020
Capa da Time:chegou a hora de dar um reset no mundo
Uma capa que provoca reflexão. A ascensão da direita neonazista e a Covid-19 levam o mundo a dar um freio de arrumação: o capitalismo tem que ser reinventado. Não dá para ignorar mais temas como a desigualdade, o racismo, o meio ambiente, a fome, a redistribuição de renda, resgatar a dignidade do emprego... É isso ou a barbárie no poder em poucas décadas.
E a Veja? Pelo jeito privilegia na capa sua preferência... Vai ter que inverter a carta na semana que vem?...
Chamada de capa em inglês: Veja quer falar com quem? Avenida Paulista, Miami, Jurerê, Barra da Tijuca...














