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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Panis EXCLUSIVO - O 5000º mergulho de um aventureiro em Manchete. Por Roberto Muggiati

 



O cartaz comemorativo do mergulho nas Maldivas

E a homenagem das camareiras do hotel 

Ao longo dos meus vinte e tantos anos como editor de Manchete, tive a primazia de registrar em primeira mão as façanhas de incontáveis aventureiros que saíram pelo mundo enfrentando os maiores desafios dos esportes radicais. Assim foi com o Príncipe D. João de Orleans e Bragança em seus primeiros ensaios surfísticos; com os irmãos Metsavah em suas incursões de snowboard nos Andes (Oskar se tornaria depois o criador da Osklen); com Pepê na asa delta; Rico e Ricardo Bocão brilhando nas pranchas; e com o saudoso alpinista Mozart Catão, que, depois de conquistar o Kilimanjaro e o Everest (lembro as pontas dos dedos da mão que perdeu, congeladas ao tirar a luva para fotografar o feito), morreu no Aconcágua soterrado por uma avalanche em 1998, aos 35 anos, como seu homônimo Wolfgang Amadeus.

Neste 2020 fatídico, desafiando também a pandemia, um de nossos mais ativos aventureiros, Carlos Eduardo Carvalho Lima (completa 80 anos em abril) acaba de atingir uma marca notável no ranking internacional. Fez, nas ilhas Maldivas, Oceano Índico, o mergulho número 5000 em seus mais de 40 anos de fotografia submarina, amplamente documentados pelas revistas Manchete e Geográfica

Carlos Eduardo relatou o feito com exclusividade para o Panis Cum Ovum:

“Os moradores de Veligandu ficaram orgulhosos por eu ter escolhido o atol para o mergulho histórico. Mergulhei com a dive master, ela preparou um cartaz comemorativo e filmou a aventura. À noite, me convidou para participar de uma cerimônia com os mergulhadores presentes exibiu partes do vídeo e me ofereceu um diploma celebrando a marca. Foi uma cerimônia que me deixou emocionado! 

Mais comovente foi a paisagem submarinha que os arrumadores do meu bangalô fizeram com folhas com peixes-palhaço, arraias, tartarugas, um barquinho a vela e gaivotas. Um trabalho artístico! 

Doeu o coração ter de desmanchar o arranjo sobre a cama para podermos dormir.”