domingo, 8 de dezembro de 2019
Desça do salto: campanha das Havaianas rasteirinhas dá recado indireto para as âncoras da TV
por Clara S. Britto
A nova campanha das Havaianas sugere que as mulheres desçam dos saltos em nome do conforto. A ideia, segundo a AlmapBBDO, é mostrar que os saltos altíssimos não são indispensáveis como peças de estilo. A campanha tem peças para a TV e internet e as Havaianas rasteirinhas aparecerão em intervalos de alguns programas jornalísticos. No mínimo, curiosa indireta. Nos estúdios dos telejornais, as âncoras invariavelmente usam saltos estratosféricos. Parece até haver uma competição rumo às alturas para ver quem aparece mais no modelo espigão de Dubai.
Veja os vídeos AQUI e AQUI
Performance de chilenas contra abusos viraliza no mundo
Performance do coletivo chileno Las Tesis se espalha no mundo e já foi adaptada para vários idiomas. O ato de protesto contra abusos, assédio e até agressões sexuais por parte de agentes do governo durante as manifestações no Chile viraliza na internet. O objetivo do grupo é levar a uma grande audiência, em formato de espetáculo, teses de autoras feministas sobre a violência que atinge mulheres de todos os países.
Veja a letra da canção"Un violador en tu camino", que Las Tesis protagonizam e já foi replicada como hino de luta em Buenos Aires, Córdoba, San José, Porto Alegre,Cidade do México, Londres, Istambul e Madri.
El patriarcado es un juez
Que nos juzga por nacer
Y nuestro castigo
Es la violencia que no ves
El patriarcado es un juez
Que nos juzga por nacer
Y nuestro castigo
Es la violencia que ya ves
Es femicidio
Impunidad para mi asesino
Es la desaparición
Es la violación
[Coro]
Y la culpa no era mía, ni donde estaba, ni cómo vestía
Y la culpa no era mía, ni donde estaba, ni cómo vestía
Y la culpa no era mía, ni donde estaba, ni cómo vestía
Y la culpa no era mía, ni donde estaba, ni cómo vestía
El violador eres tú
El violador eres tú
VEJA O VÍDEO DA PERFORMANCE DAS TESIS, AQUI
Globo News: em um ano, menos 10% de audiência
Segundo o colunista Ricardo Feltrin, do UOL, no ano de 2019 - que já registrou mais de mil demissões no Grupo Globo -, a Globo News teve queda de 10% em audiência, na comparação de janeiro a novembro de 2019 com o mesmo período do ano passado.
A pesquisa é do Kantar Ibope.
Não é uma boa notícia para a emissora de TV por assinatura que, ano que vem, enfrentará uma nova concorrente, a CNN Brasil, provavelmente a partir de março de 2020.
A Globo News costuma criticar medidas de Bolsonaro no campo da cultura, meio ambiente e comportamento, mas dá um forte apoio ao governo em questões de política econômica. Vai à euforia, por exemplo, com as reformas neoliberais como o confisco da previdência e a implosão da legislação trabalhista, bate o bumbo para qualquer sinal de melhora na economia - entusiasmo às vezes desmentido pelos números do trimestre seguinte - e poupa o governo, com frequência, em questões de denúncias de corrupção, de ligações com a milícia etc.
Pelo visto, a audiência não esta comprando essa fórmula,
A pesquisa é do Kantar Ibope.
Não é uma boa notícia para a emissora de TV por assinatura que, ano que vem, enfrentará uma nova concorrente, a CNN Brasil, provavelmente a partir de março de 2020.
A Globo News costuma criticar medidas de Bolsonaro no campo da cultura, meio ambiente e comportamento, mas dá um forte apoio ao governo em questões de política econômica. Vai à euforia, por exemplo, com as reformas neoliberais como o confisco da previdência e a implosão da legislação trabalhista, bate o bumbo para qualquer sinal de melhora na economia - entusiasmo às vezes desmentido pelos números do trimestre seguinte - e poupa o governo, com frequência, em questões de denúncias de corrupção, de ligações com a milícia etc.
Pelo visto, a audiência não esta comprando essa fórmula,
sábado, 7 de dezembro de 2019
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
A culpa é do Flamengo: "VAR" em editoria de esportes causa demissão de repórter.
| Reprodução You Tube |
O repórter Adalberto Neto gravou um vídeo que registra a euforia na editoria de esportes do Globo no momento da virada no placar. Foi coisa de lôco, meu. A rapaziada pirou em gritos, correria e gente se atirando ao chão. Entre os mais vibrantes apareceria o editor Márvio dos Anjos.
O vídeo viralizou nas redes sociais e alguns torcedores viram ali uma "prova" de uma suposta falta de isenção na cobertura futebolística do jornal, outros acharam natural a festa e a explosão de alegria.
No dia 4/12, o colunista Leo Dias, do UOl, revelou a demissão de Adalberto Neto após o episódio. Ao jornalista não foi comunicado o motivo do afastamento e ele mesmo alega não poder afirmar que o vídeo foi a causa. "Realmente, não foi informado o motivo da minha demissão. Meu editor apenas disse que foi um pedido da direção pelo 'conjunto da obra', escreveu ele em carta a Leo Dias, publicada ontem. Adalberto conta que ao se despedir da redação ouviu de colegas que o motivo havia sido a divulgação do vídeo.
Na carta, o repórter, que é negro, também cita uma suposta questão racial "no conjunto da obra".
A sigla VAR (do inglês Video Assistant Referee) passou recentemente a fazer parte do vocabulário do futebol.
Ironicamente, foi uma espécie de "VAR de redação" que provocou a demissão do jornalista do Globo.
BTG Pactual é o novo dono da revista Exame
O BTG Pactual arrematou por R$ 72, 374 milhões a revista Exame, que pertencia à Abril. Junto com a edição impressa, o pacote leiloado inclui site, aplicativo e a divisão de eventos. Há 52 anos, a Exame é referência na cobertura de economia e finanças no Brasil. O fato de ter sido adquirida por um grupo financeiro levanta dúvidas sobre a isenção futura da publicação. Segundo fontes da redação, a intenção dos novos controladores é manter a marca e seus produtos à margem dos interesses do banco.
Fenômeno: CNN Brasil ganha prêmio de "veículo do ano" quatro meses antes de entrar no ar... As redes sociais se divertem com a proeza mediúnica
A CNN Brasil tem estréia prevista para março de 2020 e ainda não transmitiu imagens ou fez qualquer reportagem. Ou seja, ainda não é um veículo. Isso não impediu que o futuro canal, como anunciou orgulhosamente no twitter, ganhasse o Prêmio Veículos de Comunicação 2019 da revista Propaganda. A premiação antecipada e "mediúnica", como um internauta classificou, virou piada nas redes sociais.
IZA na capa da Glamour de dezembro, hoje nas bancas, com ensaio de Gui Paganini...
Estreando na capa da Glamour, IZA foi entrevistada pela repórter Luanda Vieira. Ela fala sobre a carreira, racismo e fama. Trechos da matéria estão no site da Glamour.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
Aeróbica sexual: Câmara dos Deputados deu quórum para um "Canguru Perneta"
por O.V.Pochê
A Câmara dos Deputados vive dias de suspense. E não é por causa de nenhuma medida provisória bombástica.
O Brasil começa a esperar com ansiedade o curioso desfecho de um debate que ganha espaço nos corredores do Legislativo.
Antes, uma adendo: repórteres experientes que cobriram o Congresso durante anos não têm dúvidas de que o prédio de Niemeyer na Praça dos Três Poderes escreve uma novela por dia. Se fosse ao ar seria imbatível em audiência.
O deputado Alexandre Frota lança há dias nas redes sociais um sinopse explosiva. Diz ele que flagrou uma deputada "conservadora e casada" praticando o chamado "canguru perneta" no escurinho de uma discreta salinha de uma das comissões da Câmara.
"Canguru perneta" foi uma expressão usada no seriado "Sai de Baixo" que, com o tempo, virou apelido de uma posição sexual que não está no tutorial do Kama Sutra. A modalidade é própria para os apressados, aqueles que por circunstâncias têm que dar uma "rapidinha". Mas atenção: o CP não é pra qualquer um. Exige elasticidade e precauções; para evitar acidente, a mulher, que estará equilibrada em uma perna só e a outra sobre o ombro do felizardo, deve ficar encostada em uma parede; o homem deve ser cavalheiro e não abusar do ritmo, sempre lembrando que a parceira estará temporariamente manca.
Existe uma variação: o "canguru perneta invertido", quando a mulher fica de costas para o parceiro. É coisa para atletas, convém não arriscar.
Frota não revela o nome da deputada e também não identifica o deputado que praticava essa coalizão nada partidária no breve intervalo do debate das grandes questões nacionais. O que se diz é que, na Câmara, até o mais carola da mais religiosa bancada sabe quem é a dupla aeróbica que competiu na categoria "canguru perneta" em 1 minuto e dez segundos sem barreiras.
A Câmara dos Deputados vive dias de suspense. E não é por causa de nenhuma medida provisória bombástica.
O Brasil começa a esperar com ansiedade o curioso desfecho de um debate que ganha espaço nos corredores do Legislativo.
Antes, uma adendo: repórteres experientes que cobriram o Congresso durante anos não têm dúvidas de que o prédio de Niemeyer na Praça dos Três Poderes escreve uma novela por dia. Se fosse ao ar seria imbatível em audiência.
O deputado Alexandre Frota lança há dias nas redes sociais um sinopse explosiva. Diz ele que flagrou uma deputada "conservadora e casada" praticando o chamado "canguru perneta" no escurinho de uma discreta salinha de uma das comissões da Câmara.
"Canguru perneta" foi uma expressão usada no seriado "Sai de Baixo" que, com o tempo, virou apelido de uma posição sexual que não está no tutorial do Kama Sutra. A modalidade é própria para os apressados, aqueles que por circunstâncias têm que dar uma "rapidinha". Mas atenção: o CP não é pra qualquer um. Exige elasticidade e precauções; para evitar acidente, a mulher, que estará equilibrada em uma perna só e a outra sobre o ombro do felizardo, deve ficar encostada em uma parede; o homem deve ser cavalheiro e não abusar do ritmo, sempre lembrando que a parceira estará temporariamente manca.
Existe uma variação: o "canguru perneta invertido", quando a mulher fica de costas para o parceiro. É coisa para atletas, convém não arriscar.
Frota não revela o nome da deputada e também não identifica o deputado que praticava essa coalizão nada partidária no breve intervalo do debate das grandes questões nacionais. O que se diz é que, na Câmara, até o mais carola da mais religiosa bancada sabe quem é a dupla aeróbica que competiu na categoria "canguru perneta" em 1 minuto e dez segundos sem barreiras.
Ódio na rede: Kate Beckinsale é criticada por posar de biquíni. Veja a resposta da atriz
por Clara S. Britto
A atriz Kate Beckinsale, 46 anos, publicou no Instagram uma foto em biquíni.
Foi o que bastou para ser xingada de "muito velha" para mostrar o corpo.
Embora em ótima forma, ela foi criticada por mulheres e homens. "Velha procurando chamar atenção", comentou uma seguidora. "Quando a calcinha da vovó voltou em grande estilo ??", ironizou um leitor
A grande maioria dos seguidores elogiou a foto.
![]() |
| Kate Beckinsale/Instagram/Reprodução |
E Kate Beckinsale não se abalou: como resposta aos preconceituosos ela publicou no Insta mais cinco fotos em biquíni.
Na Time: os melhores filmes do ano...
por Ed Sá
Tão certo quanto os envelopínhos de carteiros, funcionários das empresas de gás, eletricidade, água, entregadores de jornal etc são as listas de fim de ano que a mídia se dedica a fazer. É um tal de os melhores livros, as melhores músicas, as melhores pessoas...
A Time listou os melhores filmes de 2019 na visão dos seus editores.
1 - “Dor e Glória“, dirigido por Pedro Almodóvar.
2 - “O Irlandês”, de Martin Scorsese.
3- “Era Uma Vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino.
4 - “História de um Casamento”, dirigido por Noah Baumbach.
5 - “Adoráveis Mulheres”, de Greta Gerwig.
6 - “Parasita”, de Bong Joon-ho.
7- “Entre Facas e Segredos”, de Rian Johnson.
8- “Meu Nome é Dolemite”, de Craig Brewer.
9 - "Um Lindo Dia na Vizinhança”, de Marielle Heller.
10 - “As Golpistas”, de Lorene Scafaria.
Tão certo quanto os envelopínhos de carteiros, funcionários das empresas de gás, eletricidade, água, entregadores de jornal etc são as listas de fim de ano que a mídia se dedica a fazer. É um tal de os melhores livros, as melhores músicas, as melhores pessoas...
A Time listou os melhores filmes de 2019 na visão dos seus editores.
1 - “Dor e Glória“, dirigido por Pedro Almodóvar.
2 - “O Irlandês”, de Martin Scorsese.
3- “Era Uma Vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino.
4 - “História de um Casamento”, dirigido por Noah Baumbach.
5 - “Adoráveis Mulheres”, de Greta Gerwig.
6 - “Parasita”, de Bong Joon-ho.
7- “Entre Facas e Segredos”, de Rian Johnson.
8- “Meu Nome é Dolemite”, de Craig Brewer.
9 - "Um Lindo Dia na Vizinhança”, de Marielle Heller.
10 - “As Golpistas”, de Lorene Scafaria.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
Uma declaração de amor à língua portuguesa • Por Roberto Muggiati
![]() |
| Monica Villela lança o livro "A Língua Portuguesa como Ativo Político". Foto: Divulgação |
Vida que segue, Manchete deu no que deu e – quando eu ainda me encontrava no retiro que o Alberto (de Carvalho) apelidou de Santa Genoveva – Monica partiu para o mundo. Atuou como redatora e apresentadora da Deutsche Welle, em Colônia, Alemanha. De 1999 a 2005 foi redatora, apresentadora, gerente de projetos e encarregada de comunicação interna do Serviço Brasileiro da BBC, em Londres. A partir de 2006, passou a chefiar a redação da ONU News em língua portuguesa, em Nova York. Entre 2015 e 2016, foi diretora do Centro de Informação das Nações Unidas no México, com atuação em Cuba e na República Dominicana. Em 2018, foi indicada porta-voz de María Fernanda Espinosa, a primeira mulher da América Latina e Caribe a presidir a Assembleia Geral das Nações Unidas, e a quarta do mundo. Em meio a esse trabalho todo, achou tempo para se formar Doutora em Ciências Políticas pela Universidade Aberta de Portugal e Mestre em Linguística e Ciências Políticas pela Universidade Duisburg-Essen, na Alemanha.
Nesse exílio voluntário de mais de vinte anos, Monica Villela Grayley não se afastou da língua-mãe; ao contrário, aprofundou o conhecimento e a relação afetiva com o português, voltando-se para o grande universo da lusofonia. Fruto dessa paixão, escreveu o livro A Língua Portuguesa como Ativo Político, que vai lançar no Rio de Janeiro na segunda-feira, dia 9, às 17 horas, no Centro Cultural do Poder Judiciário.
Monica descreve o seu método de pesquisa: “Observei e estudei casos de falantes nativos, pessoas que usam o português como língua de herança, como língua estrangeira, como língua segunda. Analisei a situação do português nas diásporas e como alguns pais, no exterior, se esforçam para que os filhos falem e escrevam na norma culta. Conheci também casos de formadores que desistem do esforço por falta de apoio pedagógico onde vivem”. E ela sintetiza: “Falar português é pertencer a uma pátria virtual e universal. A Língua Portuguesa oferece um mundo a ser navegado com curiosidade, propriedade e estratégia”.
Os Brasileiros do Ano: tem mas acabou
![]() |
| Foto: Reprodução vercapas.com |
Na Istoé dessa semana, os Brasileiros do Ano.
Segundo a escolha da revista, são Luan Santana, Rodrigo Maia, Marina Ruy Barbosa, João Dória, Deltan Dallagnol, Jô Soares e Paola Oliveira. No miolo, há outros eleitos que não estão em destaque na face principal da capa dupla, como José Luís Datena.
Dificilmente essas figuras se juntariam para tomar um cafezinho quanto mais para uma capa. É uma montagem, naturalmente. Estranha montagem. Repare que alguns homenageados flutuam. A faixa dourada, aparentemente um toque imperial, é a breguice em forma de design. Alguns estão fora de linha, espichados ou achatados. Mas todos são solidários no desastre visual. A maior "vítima" da capa foi Marina Ruy Barbosa. As redes sociais não perdoaram e compararam a atriz com a ruiva Jean Grey, dos X-Men, que é capaz de voar.
Um internauta mais crítico fez um apelo à direção da Istoé:
terça-feira, 3 de dezembro de 2019
Brasil leva ferro: Tio Trump faz bullying com Bolsonaro
por O.V.Pochê
Alguém denuncie a atual relação Brasil X Estados Unidos ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
Trata-se de um caso típico de assédio moral e de bullying por parte de Donald Trump contra Bolsonaro. Tão grave que o presidente brasileiro já pode pedir ajuda ao movimento "Me Too".
Para usar um tipo de metáfora que o Planalto gosta, o presidente brasileiro foi seduzido e abandonado. É o otário nas mãos do malandro. É a vítima indefesa diante do abusador.
Depois de adiar a entrada do Brasil na OCDE, de manter o embargo à carne e limitar compra de açúcar brasileiro, de exigir que o Brasil importe mais trigo americano e de boicotar a OMC - a única organização que ainda controla esses abusos -, Trump anuncia taxação para as exportações brasileiras de aço e alumínio.
Bolsonaro, que, além disso tudo, acabou com a exigência sem contrapartida de visto para americanos que vêm ao Brasil, diz apenas que tem "canal aberto" com o presidente dos Estados Unidos e que vai ligar para ele.
Ainda não ligou. Um telefonema de Bolsonaro para Trump é um evento que leva tempo e mobiliza várias pessoas. Nem o americano fala português nem o brasileiro entende xongas de inglês.
Sintam o drama. Primeiro, o Planalto liga para o linha direta de Trump, o "canal aberto". Ao ver o nome "Bolzonaro" na tela do celular, o americano diz que está entrando em um túnel e faz um barulho de chiadeira.
A ligação cai.
O Planalto pede ajuda à embaixada do Brasil em Washington. O embaixador disca para o telefone da Casa Branca e ouve instruções: "Se vai pedir empréstimo consignado tecle 1"; "se quiser ajuda da CIA para reprimir manifestações tecle 2"; "se quiser ouvir salmo do dia tecle 3"; "se vai pedir para extraditar Lula tecle 4"; "se quiser saber onde está Queiroz tecle 5"; "se vai vender mamadeira de piroca tecle 6"; se quiser falar com a faxineira diarista tecle 6".
A tentativa seguinte é pedir para Eduardo Bolsonaro, o quase-embaixador, ligar para o Salão Oval. A secretária tenta mas não consegue entender o inglês do rapaz. Acha que é um afegão xingando Trump e a ligação é transferida para a CIA.
A solução é montar uma força-tarefa no Planalto e outra na Casa Branca para viabilizar a ligação. E encontrar tempo na agenda de Trump. Uma ligação dessas entre dois monoglotas leva horas, mesmo que seja apenas para dizer "oi, tudo beleza". Além disso, a Casa Branca precisará de dois tradutores: um para entender o português do Bolsonaro e outro para passar a conversa para o inglês de vendedor de loteamento clandestino falado por Trump.
Embora os poucos telefonemas de Bolsonaro para Trump tenham sido desimportantes, uma fonte da Casa Branca revela que o expediente é praticamente encerrado na firma para o complicado diálogo dos dois presidentes.
Por isso, os assessores já declararam que Trump só tem espaço na agenda para atender ao celular do brasileiro a partir do dia 25 de setembro de 2021.
Alguém denuncie a atual relação Brasil X Estados Unidos ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
Trata-se de um caso típico de assédio moral e de bullying por parte de Donald Trump contra Bolsonaro. Tão grave que o presidente brasileiro já pode pedir ajuda ao movimento "Me Too".
Para usar um tipo de metáfora que o Planalto gosta, o presidente brasileiro foi seduzido e abandonado. É o otário nas mãos do malandro. É a vítima indefesa diante do abusador.
Depois de adiar a entrada do Brasil na OCDE, de manter o embargo à carne e limitar compra de açúcar brasileiro, de exigir que o Brasil importe mais trigo americano e de boicotar a OMC - a única organização que ainda controla esses abusos -, Trump anuncia taxação para as exportações brasileiras de aço e alumínio.
Bolsonaro, que, além disso tudo, acabou com a exigência sem contrapartida de visto para americanos que vêm ao Brasil, diz apenas que tem "canal aberto" com o presidente dos Estados Unidos e que vai ligar para ele.
Ainda não ligou. Um telefonema de Bolsonaro para Trump é um evento que leva tempo e mobiliza várias pessoas. Nem o americano fala português nem o brasileiro entende xongas de inglês.
Sintam o drama. Primeiro, o Planalto liga para o linha direta de Trump, o "canal aberto". Ao ver o nome "Bolzonaro" na tela do celular, o americano diz que está entrando em um túnel e faz um barulho de chiadeira.
A ligação cai.
O Planalto pede ajuda à embaixada do Brasil em Washington. O embaixador disca para o telefone da Casa Branca e ouve instruções: "Se vai pedir empréstimo consignado tecle 1"; "se quiser ajuda da CIA para reprimir manifestações tecle 2"; "se quiser ouvir salmo do dia tecle 3"; "se vai pedir para extraditar Lula tecle 4"; "se quiser saber onde está Queiroz tecle 5"; "se vai vender mamadeira de piroca tecle 6"; se quiser falar com a faxineira diarista tecle 6".
A tentativa seguinte é pedir para Eduardo Bolsonaro, o quase-embaixador, ligar para o Salão Oval. A secretária tenta mas não consegue entender o inglês do rapaz. Acha que é um afegão xingando Trump e a ligação é transferida para a CIA.
A solução é montar uma força-tarefa no Planalto e outra na Casa Branca para viabilizar a ligação. E encontrar tempo na agenda de Trump. Uma ligação dessas entre dois monoglotas leva horas, mesmo que seja apenas para dizer "oi, tudo beleza". Além disso, a Casa Branca precisará de dois tradutores: um para entender o português do Bolsonaro e outro para passar a conversa para o inglês de vendedor de loteamento clandestino falado por Trump.
Embora os poucos telefonemas de Bolsonaro para Trump tenham sido desimportantes, uma fonte da Casa Branca revela que o expediente é praticamente encerrado na firma para o complicado diálogo dos dois presidentes.
Por isso, os assessores já declararam que Trump só tem espaço na agenda para atender ao celular do brasileiro a partir do dia 25 de setembro de 2021.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
Mídia: ira federal contra a Folha de São Paulo
Bolsonaro ataca a Folha desde a campanha eleitoral. O jornal paulistano não é o único alvo, junta-se a outros veículos e jornalistas frequentemente agredidos, mas é agora o foco principal da ira federal. O capitão inativo proibiu o governo de assinar a Folha e declarou boicote às empresas que anunciam no jornal. Significa pouco para o jornal que tem mais de 300 mil assinantes e mais de cinco mil anunciantes. O arroubo autoritário e o incômodo com matéria sobre Marielle Franco, o caso Queiroz, as rachadinhas, o desvio de recursos do partido, o PSL, pelo qual foi eleito, o levam, contudo, a ferir princípios democráticos.
Leia o Editorial da Folha de São Paulo (30-11-2019)
"FANTASIA DE IMPERADOR"
"Jair Bolsonaro não entende nem nunca entenderá os limites que a República impõe ao exercício da Presidência. Trata-se de uma personalidade que combina leviandade e autoritarismo.
Será preciso então que as regras do Estado democrático de Direito lhe sejam impingidas de fora para dentro, como os limites que se dão a uma criança. Porque ele não se contém, terá de ser contido —pelas instituições da República, pelo sistema de freios e contrapesos que, até agora, tem funcionado na jovem democracia brasileira.
O Palácio do Planalto não é uma extensão da casa na Barra da Tijuca que o presidente mantém no Rio de Janeiro. Nem os seus vizinhos na praça dos Três Poderes são os daquele condomínio.
A sua caneta não pode tudo. Ela não impede que seus filhos sejam investigados por deslavada confusão entre o que é público e o que é privado. Não transforma o filho, arauto da ditadura, em embaixador nos Estados Unidos.
Sua caneta não tem o dom de transmitir aos cidadãos os caprichos da sua vontade e de seus desejos primitivos. O império dos sentidos não preside a vida republicana.
Quando a Constituição afirma que a legalidade, a impessoalidade e a moralidade governam a administração pública, não se trata de palavras lançadas ao vento numa “live” de rede social.
A Carta equivale a uma ordem do general à sua tropa. Quem não cumpre deve ser punido. Descumpri-la é, por exemplo, afastar o fiscal que lhe aplicou uma multa. Retaliar a imprensa crítica por meio de medidas provisórias.
Ou consignar em ato de ofício da Presidência a discriminação a um meio de comunicação, como na licitação que tirou a Folha das compras de serviços do governo federal publicada na última quinta (28).
Igualmente, incitar um boicote contra anunciantes deste jornal, como sugeriu Bolsonaro nesta sexta-feira (29), escancara abuso de poder político.
A questão não é pecuniária, mas de princípios. O governo planeja cancelar dezenas de assinaturas de uma publicação com 327.959 delas, segundo os últimos dados auditados. Anunciam na Folha cerca de 5.000 empresas, e o jornal terá terminado o ano de 2019 com quase todos os setores da economia representados em suas plataformas.
Prestes a completar cem anos, este jornal tem de lidar, mais uma vez, com um presidente fantasiado de imperador. Encara a tarefa com um misto de lamento e otimismo.
Lamento pelo amesquinhamento dos valores da República que esse ocupante circunstancial da Presidência patrocina. Otimismo pela convicção de que o futuro do Brasil é maior do que a figura que neste momento o governa."
Leia o Editorial da Folha de São Paulo (30-11-2019)
"FANTASIA DE IMPERADOR"
"Jair Bolsonaro não entende nem nunca entenderá os limites que a República impõe ao exercício da Presidência. Trata-se de uma personalidade que combina leviandade e autoritarismo.
Será preciso então que as regras do Estado democrático de Direito lhe sejam impingidas de fora para dentro, como os limites que se dão a uma criança. Porque ele não se contém, terá de ser contido —pelas instituições da República, pelo sistema de freios e contrapesos que, até agora, tem funcionado na jovem democracia brasileira.
O Palácio do Planalto não é uma extensão da casa na Barra da Tijuca que o presidente mantém no Rio de Janeiro. Nem os seus vizinhos na praça dos Três Poderes são os daquele condomínio.
A sua caneta não pode tudo. Ela não impede que seus filhos sejam investigados por deslavada confusão entre o que é público e o que é privado. Não transforma o filho, arauto da ditadura, em embaixador nos Estados Unidos.
Sua caneta não tem o dom de transmitir aos cidadãos os caprichos da sua vontade e de seus desejos primitivos. O império dos sentidos não preside a vida republicana.
Quando a Constituição afirma que a legalidade, a impessoalidade e a moralidade governam a administração pública, não se trata de palavras lançadas ao vento numa “live” de rede social.
A Carta equivale a uma ordem do general à sua tropa. Quem não cumpre deve ser punido. Descumpri-la é, por exemplo, afastar o fiscal que lhe aplicou uma multa. Retaliar a imprensa crítica por meio de medidas provisórias.
Ou consignar em ato de ofício da Presidência a discriminação a um meio de comunicação, como na licitação que tirou a Folha das compras de serviços do governo federal publicada na última quinta (28).
Igualmente, incitar um boicote contra anunciantes deste jornal, como sugeriu Bolsonaro nesta sexta-feira (29), escancara abuso de poder político.
A questão não é pecuniária, mas de princípios. O governo planeja cancelar dezenas de assinaturas de uma publicação com 327.959 delas, segundo os últimos dados auditados. Anunciam na Folha cerca de 5.000 empresas, e o jornal terá terminado o ano de 2019 com quase todos os setores da economia representados em suas plataformas.
Prestes a completar cem anos, este jornal tem de lidar, mais uma vez, com um presidente fantasiado de imperador. Encara a tarefa com um misto de lamento e otimismo.
Lamento pelo amesquinhamento dos valores da República que esse ocupante circunstancial da Presidência patrocina. Otimismo pela convicção de que o futuro do Brasil é maior do que a figura que neste momento o governa."
Deu no Portal Imprensa: recuperação judicial da Abril prejudica jornalistas
A Lei da Recuperação Judicial foi criada em 2005, como projeto do Congresso que o governo Lula sancionou. O objetivo era permitir a empresas em dificuldades sair de crises financeiras. Quase 20 anos depois, houve aumento no número de corporações em situação falimentar e redução no índice de pagamentos aos credores.
Na maioria dos casos, os trabalhadores foram os maiores prejudicados.
A Abril em recuperação judicial é um desses exemplos: verbas rescisórias acima de R$ 250 mil só serão pagas com deságio. Um ex-funcionário mais antigo que tenha indenização que ultrapasse R$ 350 mil será ressarcido em 8% e a prestações. Isso sem falar no atraso que envolve os pagamentos.
Segundo matéria do Portal Imprensa, a recuperação judicial também protege a Abril em casos de processos contra jornalistas motivados por reportagens. Caso de André Rizek, que foi obrigado a pagar R$ 310 mil a personagem de uma matéria sobre cocaína no futebol publicada na Placar em 2001. Na época, informa o Portal Imprensa, "Rizek teria se oposto à publicação dos nomes e das fotos dos jogadores, que eram menores de idade. Mas a chefia o teria contrariado e a reportagem acabou publicada com seu nome".
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO PORTAL IMPRENSA, AQUI
Reginaldo Leme: domingo no sofá...
| Reprodução |
A postagem acima viralizou nas redes sociais. Reginaldo Leme assiste ao GP de Abu Dhabi, a última prova de F1 da temporada. Durante mais de 40 anos, o comentarista estave longe do sofá nesses momentos. Ou fazia a cobertura ao vivo no circuito ou participava das transmissão no estúdio, quando a Rede Globo optava por não enviar equipe ao exterior.
O passaralho gigante que ataca todas as empresas do grupo tem vitimado profissionais mais experientes e, em consequência, a qualidade jornalística. Os mais novos levarão um tempo natural para construir referências em embasar análises. A verdade é que a Globo detém os direitos da F1, mas parece não conferir a mesma importância ao evento. Com a ausência de pilotos brasileiros no circuito, a audiência se limita aos aficionados. O público que costumava seguir Senna e Piquet ou Barrichello e Massa há muito saiu da frente da TV. Um sinal desse desinteresse é dado pela própria Globo ao longo da temporada ao abrir mão de alguns GPs cedendo a transmissão ao SporTV ou, mesmo quando transmite ao vivo, ao cortar o sinal antes da tradicional cerimônia do pódio e assim adiantando a entrada de outra atração, aparentemente para evitar queda de audiência. Muitos dos profissionais demitidos pela Globo estão se vinculando à CNN Brasil, canal que estreará no ano que vem. Reginaldo Leme ainda não falou sobre o futuro, se irá para canal no You Tube ou se aceitará propostas de emissoras abertas ou por assinatura. Dificilmente ficará no pit stop do sofá por muito muito tempo.
domingo, 1 de dezembro de 2019
sábado, 30 de novembro de 2019
Sacha Baron Cohen que se cuide. O Bozonaro pode ganhar o papel do "General Alardeen" do filme "O Ditador"
![]() |
| Hollywood se agita: Sacha Baron Cohen pode perder papel para Bozonaro. |
por O.V. Pochê
Segundo o portal UOL, Leonardo DiCaprio acaba de divulgar nota negando ter financiado as ONGs acusadas, segundo obscura investigação, de suposto envolvimento em queimadas na Amazônia.
Bozonaro declarou que o ator paga organizações para botar fogo na floresta. Claro que a "denúncia" foi recebida no mundo como mais uma diarreia mental do capitão inativo. Mesmo assim, DiCaprio se deu ao trabalho de negar ter dado dinheiro às ONGs dos brigadistas de Alter do Chão, alvo da investigação. "Apesar de merecerem apoio, nós não financiamos as organizações", disse DiCaprio. O ator elogiou o povo brasileiro "que trabalha para salvar sua herança cultural e natural". Disse ainda que tem orgulho de estar ao lado de grupos que as protegem.
Com o Brasil repercutindo em Hollywood aumentam as chances do Bozonaro ser convidado para atuar na sequência do filme "O Ditador" em substituição a Sacha Baron Cohen no papel do General Alardeen, o déspota da República de Wadiya.
As redes sociais reagiram ao Bozonaro com um titanic de memes. Algumas mostram que Leonardo DiCaprio usou como lança-chamas para incendiar a floresta nada menos do que uma mamadeira de piroca, outra das invenções do elemento atualmente no poder.
Assinar:
Comentários (Atom)






