domingo, 30 de abril de 2017

Fotografia - Manchete 65 anos: A Exposição Impossível-4

Chico Mendes foi assassinado em dezembro de 1988. O atentado ao líder dos seringueiros chocou Brasil e o mundo. No ano seguinte, em setembro de 1989, Manchete lançou uma das maiores edições já realizadas sobre a Amazônia.

Ao longo da sua história, Manchete cobriu como nenhuma outra publicação as relações quase sempre destrutivas do Brasil com a Amazônia. Os repórteres e fotógrafos da revista testemunharam contatos com tribos que jamais haviam visto um homem branco, registraram a ocupação predatória dos anos 1970 - embora, na época do regime militar, a revista exaltasse as obras da ditadura, como a Transamazônica que rasgava a selva e até a construção da hidrelétrica de Balbina, depois reconhecida com um dos maiores desastres ecológicos da região -, a exploração madeireira, os garimpos que poluíram os rios  com mercúrio, as queimadas, a ocupação de áreas virgens com pastos para gado e a inevitável, naquele contexto e até hoje,  e dramática adaptação dos índios à civilização.

A morte de Chico Mendes, em 1988, e a indicação do Rio, pela ONU, como sede da Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92, deram à Manchete a motivação para um extenso check up jornalístico da Amazônia.

Roberto Muggiati, diretor da revista, escreveu na "Conversa com o Leitor" daquela Manchete Especial - Amazônia - Desafio para o Futuro: "Foram oito meses de trabalho, em que nossos repórteres e fotógrafos somaram 374 dias de viagem, em todo tipo de aviões e helicópteros, em automóveis, caminhões, tratores e até carroças ou atravessando a selva a pé, para percorrer mais de 112.000km e documentar o transe que está vivendo uma das mais importantes regiões do planeta".  

Veja impressões de parte da equipe e, na sequência, algumas reproduções daquela edição, que se não traduzem a qualidade fotográfica original cumprem o objetivo de registro histórico de um material que pertencia ao acervo fotográfico da Manchete, hoje desaparecido.




Foto de J.L. Bulcão

Foto de J. L. Bulcão

Foto de Carlos Humberto TDC

Foto de J.L.Bulcão

Foto de J.L.Bulcão

Foto de Marco Antonio Rezende

Foto de Marco Antonio Rezende


Foto de Marco Antonio Rezende

Foto de Carlos Humberto TDC


Foto de Carlos Humberto TDC

Manchete acompanhou a expedição que conquistou o Pico da Neblina, na fronteira da Amazônia brasileira
com a Venezuela. Foto de Nilton Ricardo.


Foto de J.L.Bulcão


Foto de Cristiana Isidoro



Foto de Ricardo Funari

Foto de Ricardo Funari

Sting na Amazônia. Foto de Carlos Humberto TDC.

Jane Fonda em defesa da Amazônia. Foto de Orípedes Ribeiro

O senador americano Timothy Wirth chega à Amazônia para conhecer os
problemas da região, junto com o senador Al Gore (de camisa azul, na mesa) que depois
se tornou um militante global da preservação do Meio Ambiente. Fotos de Cristiana Isidoro.


Milton Nascimento e o índio Benke na aldeia Kampa. Foto de Marcos Muzi


A última foto de Chico Mendes, no Rio, três semanas antes do atentado
(ele aparece ao lado de Alfredo Sirkis). Foto de Carlos Humberto TDC.


As equipes que percorreram a Amazônia para a edição especial: J.L. Bulcão e Miriam Malina, Ricardo Beliel e Kathia Pompeu, Carlos Humberto TDC, Maria Alice Mariano e Cristiana Isidoro, Anna Muggiati, Deborah Berman, Ricardo Funari e Cristiane Ramalho, Marco Antonio Rezende e Beatriz Cardoso. E, abaixo, o expediente da Manchete Amazônia. 





David Beckham diz que Neymar (eleito uma das 100 pessoas mais influentes do mundo) está pronto para ganhar o título de maior jogador da atualidade.



Eleito pela Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, Neymar mereceu ninguém menos do que David Beckham para escrever seu perfil na edição especial da revista. O ex-jogador inglês diz que o brasileiro está pronto para conquistar, em breve, o título de maior jogador do mundo. 

sábado, 29 de abril de 2017

Temer manda para o Congresso projeto de reforma das olheiras de Sandra Annenberg...




por Clara S. Britto

Sandra Annenberg brilhou no top trends. Normalmente ela entra no ar no começo da tarde para apresentar o Jornal Hoje. Ontem, foi escalada para ancorar no começo da manhã a cobertura da greve.
Só que pra muita gente as olheiras da jornalistas chamaram mais atenção do que os piquetes dos grevistas. São Paulo parou pela greve e também para especular sobre que aconteceu. Parte dos internautas perguntava se toda a equipe de maquiagem da Globo estava nas barricadas em vez de nos camarins.
Veja abaixo algumas das sacadas da web.







Site de Hollywood diz que hackers roubaram série inédita da Netflix e pedem resgate para devolver arquivo digital



por Ed Sá

Segundo o Dead Line Hollywood, hackers roubaram a 5ª temporada da série "Orange is the New Black", e pedem resgate para devolvê-la à Netflix.

Segundo o canal de streaming, piratas on line invadiram os sistemas da Larson Studios, que mixava a produção. Caso o resgate não seja pago, os hackers ameaçam divulgar todos os episódios da temporada, que tem estréia marcada para o dia 9 de junho. O conteúdo afanado teria sido transferido para um serviço ilegal de compartilhamento, mas ainda não há comprovação se os arquivos são autênticos. A Netflix confirma apenas que a segurança do sistema do estúdio foi violada.

O Larson Studios trabalha para vários canais e os hackers revelaram que roubaram outras séries.

O FBI está investigando o crime.


Casseta & Coxeta: Madureira chorou no Planeta Fora Temer

Reprodução You Tube
Quando sobe nos palanques das manifestações da direita,  o ex-humorista Marcelo Madureira faz o tipo agressivo, costuma estimular o conflito, tenta despertar as massas com xingamentos e intimidar adversários com um grito de guerra próprio das encaradas dos octógonos: "Não tenho medo de você".

Ontem, Madureira resolveu fazer uma performance no meio dos protestos contra as reformas trabalhista e previdenciária. Levou câmera e microfone para produzir um vídeo para  seu canal  no You Tube.

O ex-humorista pretendia zoar com o protesto. Junto com o currículo da figura, a provocação funcionou e alguns manifestantes tentaram expulsá-lo da área. Ele insistiu, os ânimos se acirraram, os mais exaltados empurraram o sujeito - ele preferiu não encarar ninguém, ao contrário do que promete nos palanques -, que foi embora sob vaias e gritos de "golpista", "fascista", "canalha", além de "elogios" aos seus ancestrais.

A violência não se justifica, mas parece ter sido isso, com a devida repercussão, o que Madureira foi buscar no meio de uma multidão que está longe de pensar como o ex-global e claramente protestava contra tudo o que ele representa no Planeta Temer. Seu cinegrafista filma o 'case' o tempo todo e chega a orientar o seu posicionamento para uma tomada "de ação" com manifestantes enquadrados ao fundo, algo ao estilo dos filmes encomendados por Goebbels, o ministro da Propaganda de Hitler, que tinha como um dos seus princípios midiáticos transformar adversários em "símbolos de má índole" e retratá-los como "vulgares e ordinários". Um marketing político que deu no que deu.

O Centro do Rio, ontem, não era exatamente uma praça da alegria. Havia tensão, a polícia disparava balas de borracha, gás e bombas de efeito moral, havia indignação e revolta. Madureira não era um transeunte a caminho de um encontro com Bolsonaro ou outro dos seus líderes, como Aécio Neves, para quem fez campanha, Ele conscientemente foi à manifestação fazer um ato político. Sendo uma espécie de representação ambulante dos alvos do protesto, infiltrou-se e conseguiu o que queria: incorporar um novo personagem humorístico que atende pela alcunha de "mártir do neoliberalismo".

VEJA O VÍDEO DO EX-CASSETA CLIQUE AQUI
 

"Fora Temer" e passa a régua...


Esse cidadão recifense protestou à sua maneira: nenhuma Pitú a menos.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Jornalismo entre aspas




"O Dia" e o "Extra" andaram escrevendo "Greve Geral", assim com aspas. Não se sabe se foi coincidência ou se receberam orientação do "governo". Com a palavra os "editores" dos respectivos "jornais".

Desculpaí...

Paraná. Reprodução Twitter

Greve: jornalistas e radialistas da EBC


Greve Geral: mídia internacional cobre protesto contra as reformas que precarizam trabalho e previdência social...

Reprodução BBC/Twitter
Reprodução Reuters/Twitter
Reprodução Telesur/Twitter

Manifestações: Brasil fala nas ruas a linguagem que o poder entende...

São Paulo

Rio
Curitiba. Foto Gibran Mendes/Twitter
Santarém-PA- Foto Jeso Carneiro/Twitter
São Paulo. Foto Ricardo Stuckert

Rio

Salvador. Foto Twitter

Brasil. Reprodução Viomundo 

Florianópolis. Foto Sintrasem

Paraíba. Foto Emmanuela Leite/Cut-PB
Caxias do Sul-RS-Foto Whatsapp

Paraná. Foto Gabriel Mendes - Cut-PR
Reprodução Viomundo

Reprodução Viomundo
Belo Horizonte. Foto Twitter

Juazeiro, Bahia. Foto Twitter

Caruaru, Pernambuco. Foto Phylippe Mykel/Twitter
Fortaleza. Foto Twitter

São Paulo

São Paulo
Uma Greve Geral histórica é a resposta que o Brasil dá hoje a um governo que atropela o povo nas madrugadas do Congresso e cancela direitos trabalhistas e previdenciários em nome de interesses financeiros e dos grupos que patrocinaram o golpe. 

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Futebol e porrada: duas fotos, duas histórias


por Niko Bolontrin

Para as gerações que já estão contornando a última curva, a foto acima remete à "Batalha de Nuñez". E, para quem está chegando agora, foi com esse nome que entrou para a história o jogo Brasil 3 X 1 Uruguai, em 1959, pelo Campeonato Sul-Americano.

Se a Libertadores é ainda hoje considerada carne de pescoço, imagine a guerrilha nos gramados da América do Sul no tempo em que as chuteiras tinham travas de aço.

Ontem, o Palmeiras venceu de virada o Peñarol, por 3 a 2, no estádio Campeón del Siglo, em Montevidéu. Quando a partida terminou, o jogo de bola virou jogo de braço e uma briga generalizada espalhou-se pelo campo e até nas arquibancadas.

A foto-símbolo da encrenca mostra Felipe Melo, do Palmeiras, mandando um soco no uruguaio Myer.

Tenho um amigo que admira o futebol do Barcelona e do Real Madri mas costuma dizer que gostaria de ver os dois times espanhóis disputando uma Libertadores em estádios onde, às vezes, o bafo da torcida esquenta a nuca dos goleiros.


Em 1959, na "Batalha de Nuñez (aquela partida Brasil e Uruguai foi disputada no Monumental de Nuñez, o lendário estádio do River Plate, em Buenos Aires), a foto que entrou para a galeria dos tempos mostra Didi dando uma voadora em um uruguaio.

Naquela época, a rivalidade entre as duas seleções era aguda, ainda como consequência do Maracanazo, de 1950. Só que o Brasil, então já campeão do mundo, estava cheio de moral e encarou a Celeste com um time enjoado, as feras do Feola, onde havia uns caras complicados para encarar: Coronel, Almir, Orlando Peçanha, Pelé, Didi, Paulo Valentim, Belini, entre outros.

O Uruguai, por sua vez, tinha uma defesa de deixar corpo no chão, um tropa de elite onde pontificavam Néstor Gonçalves, Walter Davoine e William Martínez.

O jogo foi tenso desde o começo e bastou um dividida entre Almir e o goleiro Leiva para detonar  o conflito, que durou 20 minutos e deixou vários feridos em ambos os times. Orlando perdeu dois dentes, o uruguaio William Martinez foi chutado na cabeça violentamente por Pelé e Coronel, Belini deslocou um ombro, Castilho saiu com um corte no supercílio, Paulinho Valentim apagou com um soco o jogador Gonçalves... O detalhe é que o jogo continuou, com nove de cada lado e alguns enfaixados em campo.

Naqueles dias, gentileza não calçava chuteira, atleta de Cristo não sobreviveria em campo, cachorro latia na linha de fundo, criança chorava na geral e o pau comia nas quatro linhas..



Fenaj: sindicatos de jornalistas mobilizam categoria para Greve Geral nesta sexta-feira

(do site da Fenaj - Federação Nacional dos Jornalistas) 

A Greve Geral nesta sexta-feira, 28, vai paralisar trabalhadores de diversas categorias, em todo o País. Organizada pelas centrais sindicais brasileiras, a Greve deve demonstrar a força da classe trabalhadora, que está cada vez mais unida contra as reformas trabalhista e da previdência e as novas regras da lei da terceirização.

A Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ tem orientado seus sindicatos a mobilizarem suas bases para a greve.  E grande parte das entidades, nos Estados, está com alguma atividade planejada. Passeatas, roupas pretas, planfletagens, atos em frente às empresas de comunicação e a própria paralisação do trabalhador são algumas das formas de protesto contra o retrocesso de direitos.

Na região Norte, por exemplo, o Sindicato dos Jornalistas de Roraima está integrando a Frente Sindical, Popular e de Lutas, que congrega mais de 40 sindicatos, associações e movimentos populares e está realizando ações desde fevereiro. E nesta sexta-feira, a entidade participa da greve nacional e convidou a categoria para paralisar e participar das manifestações populares, na capital Boa Vista. No Estado do Amazonas, o Sindicato dos Jornalistas, além da divulgação convocando a categoria para participar da manifestação do dia 28, vai integrar as atividades organizadas em conjunto com outros sindicatos e centrais sindicais. No Tocantins, o Sindjor/TO está mobilizando os jornalistas para participarem da manifestação contra as Reformas. A concentração da passeata será na Avenida JK, em frente ao colégio São Francisco, a partir das 8h, na capital Palmas.

No Sudeste, o Sindicato de Jornalistas do Espírito Santo deliberou em Assembleia Geral Extraordinária, ocorrida no dia 19, por orientar os jornalistas a se manifestarem vestindo de preto e participando das ações que serão realizadas pelas centrais sindicais. Já em São Paulo, a orientação do Sindicato de Jornalistas é pela paralisação do trabalho em todos os lugares nos quais for possível. A entidade também promoveu assembleias e reuniões nas empresas, sob esta orientação. Ainda, os trabalhadores da Carta Capital, através de reunião, também decidiram aderir à Greve Geral, paralisando o trabalho das 0h às 14h de 28 de abril. Além disso, o Sindicato está participando das atividades preparatórias, como reuniões da CUT e de outras entidades.

Em Minas Gerais , o Sindicato dos Jornalistas e o Sindicato dos Radialistas conclamam os as duas categorias a participarem ativamente da Greve Geral. E os jornalistas e radialistas mineiros estão decidindo participar do protesto e demonstrar de várias formas sua insatisfação com as reformas. Em Belo Horizonte, os trabalhadores da Rede Minas decidiram parar, mantendo 30% de funcionamento, por se tratar de serviço público. Os trabalhadores da Rádio Inconfidência farão assembleia para decidir como será a paralisação. Em outras redações os jornalistas também vão aderir. Já o Sindicato de Jornalistas do Rio de Janeiro informou que haverá mobilizações programadas na EBC do Rio e a participação da diretoria e da categoria no ato na Cinelândia no dia 28, às 17h. Mais cedo, ao meio-dia, a entidade estará nas ruas do Centro panfletando sobre a importância da Greve Geral para barrar as reformas de Temer.

No Nordeste, o Sindicato de Jornalistas do Ceará está convocando os associados a participarem do ato público da Greve Geral em Fortaleza, marcado para 9h, na Praça da Bandeira. A diretoria do Sindjorce faz a cobertura colaborativa das manifestações para a Frente Brasil Popular Ceará, por meio do coletivo Comunicadores pela Democracia. Já os jornalistas de Pernambuco, farão um ato de protesto de uma hora, em frente ao Diário de Pernambuco contra as reformas, e em seguida participarão da passeata que percorrerá as ruas do centro de Recife.

No Distrito Federal, a categoria aprovou em assembleia, no dia 17, pela adesão à Greve Geral, em 28 de abril. Além disso, o Sindicato dos Jornalistas realizou panfletagem na EBC, bem como fizeram atividade de debate sobre as reformas com o representante do Dieese na EBC. A entidade também está realizando panfletagem, esta semana e, no dia da Greve, fará concentração com ato em frente à EBC. Posteriormente, os jornalistas irão se juntar às demais categorias em ato unificado na Esplanada dos Ministérios a partir das 11h, organizado pelo comitê local da Greve Geral, que reúne diversas entidades, entre elas o SJPDF.

Com informações dos Sindicatos de Jornalistas dos Estados do Espírito Santo, Roraima, Amazonas, Tocantins, Ceará, São Paulo, Distrito Federal e Pernambuco.