por Omelete
O saudoso Renato Sérgio, jornalista que trabalhou na Manchete, Fatos & Fotos e EleEla, escreveu uma biografia de Sérgio Porto, cronista carioca por excelência e definição.
Renato costumava de dizer que o livro "Febeapá" deveria ser obra sempre em andamento e como a Enclopédia Barsa ou o Tesouro da Juventude seguir com Febeapá 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8... 200, 201.... Assunto não faltaria. Tinha razão. Só nos últimos dias, o sobrinho da Tia Zulmira, como Stanislaw se dizia, teria fechado mais um volume.
- O Brasil não é mais um país leigo, como diz a Constituição. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, acaba de fundar o Estado Evangélico. Disse em discurso ontem, ou sermão, que os "princípios evangélicos" vão prevalecer em sua gestão. Cunha, que liberou passagem aérea para mulheres de deputados, o chamado "patroa card" também anuncia que vai construir um shopping center no Congresso. Tudo a ver.
- Dilma não pode ficar longe de um teleprompter: ontem, no Rio, fez referência a "Dona Ivete Lara". Talvez tenha confundido com Dona Ivone Sangalo". Ou "dona Ivete Lara" seria um novo ser que faz samba e axé ao mesmo tempo.
- É melhor quem tiver alguma ligação com o PT ou com o governo federal, ou a prefeitura de São Paulo, evitar ir ao Hospital Albert Einstein,. de São Paulo. O pessoal expulsa essa "gentinha". Que o diga o ex-ministro Mantega que foi levar a irmã para tratamento contra um câncer e foi escorraçado do local. Um perigo. Vai que o sujeito vai fazer um exame cardiológico e o médico se irrita porque o coração fica do lado esquerdo? Ir ao Einstein só de posse de um atestado de bons antecedentes ideológicos dos tempos da ditadura.
- Eike Batista andava meio fora das colunas sociais. O juiz que cometeu o vacilo de levar o carrão do milionário para passear, além de um piano para descolar um "Pour Elise" no fim da tarde, acabou reabilitando o elemento que está sendo processado por manipulação do mercado e outras encrencas. Foi o maior trabalho de Relações Públicas desde que Hitler conseguiu ser o "Homem do Ano" da revista Time. Eike virou vítima e agora só ganha sucessivas notinhas elogiosas nas colunas. Eu, hein?
- São tantas as denúncias de doping que envolvem lutadores, que já se diz no octógono que uma indústria química quer patrocinar as lutas.
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| Jesus, segundo Xuxa. |
- Xuxa assina com a rede evangélica Record. Na rede já está chamando a apresentadora de "bispa" Xuxa. Curioso é que ele já entra no esquema e divulgou na rede social uma imagem de Jesus. Só que trata-se de um Jesus gargalhante. Foi o que bastou para a ex-global ser criticada. Diz ela que Jesus também tinha seus momento felizes.
- É preciso muita imaginação. Deve ter um equipe de assessores dedicados apenas a bolar como tirar dinheiro de prefeituras, governos estaduais e federal. Segundo o Portal Transparência, o governo do estado do Rio de Janeiro desembolsou ano passado R$ 8,2 milhões em contratos de aluguel de vagas para os carros de funcionários do alto escalão dos órgãos estaduais estacionarem gratuitamente no Centro do Rio. Já a Assembleia Legislativa tem contrato de R$ 1, 5 milhão para a "bolsa flanelinha". Já estariam em estudos a "bolsa sacolé", que daria direito aos filhos dos deputados e altos funcionários descolarem um picolé na esquina; a "bolsa camisinha" para as escapadas das suas senhorias; a "bolsa funk" para a família das autoridades irem ao pancadão; e a "bolsa sáuna" para os momento de relax liberal dos referidos.
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| Reprodução Internet/El País |
- Virou moda imprensa viajar "a convite". O sujeito vai fazer uma matéria de turismo e descola um contive de uma agência ou hotel e põe em dúvida a credibilidade da matéria, claro. O cliente tem sempre razão? Se é um lançamento de um carro, forma-se um trem da alegria, um produto ou evento qualquer e lá vai a comitiva boca-livre. O patrão não desembolsa mais a grana da equipe. Na viagem de Dilma Rousseff ao Uruguai, a rapaziada da press foi de ônibus fretado pelo cofre da viúva. Malandramente, o governo embarcou a turma no ônibus antes da volta do helicóptero da Dilma. A imprensa dançou, a presidente ganhou hora livre, sem ninguém enchendo o saco, foi ao supermercado e a galera entubou o bullying jornalístico. Ok, foi só uma curiosa ida às compras, onde ela comprou doce e vinho típicos do Uruguai. Mas e se tivesse acontecido algo importante? Por exemplo, José Mujica pede a mão da Dilma em casamento? Um caso a pensar; a midia vem embora e deixa a notícia pra lá. Coube ao jornal El País registrar a cena.
