terça-feira, 18 de março de 2014

O comércio da fé

por Eli Halfoun
E na religião que a maioria da população mundial busca a tábua da salvação e a maior esperança. Historicamente tem sido assim, mas será que continuará sendo no futuro? A interrogação se faz maior quando se toma conhecimento de “religiosos” que deveriam praticar o bem e aumentar a fé e a esperança dos fieis, mas muitos as utilizam que utilizam apenas como uma arma para extorquir e praticar todo tipo de crimes. Em recente reportagem o jornal O Dia do Rio denuncia a participação de pastores e reverendos evangélicos em crumes que vão de exploração financeira à violência sexual infantil.
Evidente que crimes religiosos não acontecem só em algumas igrejas evangélicas, mas é em algumas delas que, segundo a imprensa, está o maior numero de malfeitores que agem em nome de um Deus no qual certamente não acreditam tanto como costumam pregar.

Do jeito que andam as religiões, é provável, muito provável, que um futuro não muito distante a fé na religião passe a ser apenas uma utopia. Como acreditar em tudo o que as religiões preconizam se há quem apenas as utilize para enganar e cometer pecados, pecados mortas. E claro que a culpa não é das religiões, mas sim de quem as utiliza para cometer absurdos. Afinal eles são a voz das religiões, mas felizmente não a voz de Deus. Nesse caso o melhor e que ficassem calados. De preferência atrás das grades. (Eli Halfoun)

Acordar cedo é preciso, mas dormir cedo a televisão não deixa

por Eli Halfoun
A televisão está mudando mais um hábito dos telespectadores: parece que não existe mais a preocupação de exibir programas em horários permitidos ao chamado grande público. Antigamente (e não tão antigamente assim) dizia-se que os programas deviam ser exibidos mais cedo porque a  maioria do público precisava dormir para acordar cedinho e ir trabalhar. O grande púbico continua acordando cedinho para trabalhar, mas se quiser acompanhar os programas de entrevistas ou telejornais dos finais de noite precisa ficar acordado até mais tarde, bem mais tarde.
O fim de noite passou a ser início da madrugada. Parece também que não existe mais a preocupação com a audiência dos finais de noite porque é medida no dia seguinte. Assim os programas continuam indo ao ar cada  vez em horário mais avançado. Nem todos merecem que se perca o sono: na mesmice que são as entrevistas noturnas Danilo Gentili continua fazendo o programa mais descontraído: acabou com a formalidade que esse tipo de programa de impunha.

O noivo “The Noite’ não mudou muito em relação  ao “Agora é Tarde” que o mesmo Gentili apresentava na Bandeirantes: ele continua sendo o mais informal apresentador e  fazendo das entrevistas um papo ágil e  bem-humorado, o que Rafinha Bastos, que tem um tom arrogante ( não é uma pessoa arrogante) quando conversa com os convidados  ou simplesmente  faz uma piada. Essa semana Gentili recebeu a jornalista Rachel Sheherazade que recentemente foi alvo de muitas críticas ao dizer que o povo devia adotar um bandido um bandido, o que ela  desfez com  extrema simpatia ao dizer que é contra fazer justiça com as próprias mãos e estar  absolutamente consciente de que suas opinião refletia o que a população tem engasgado na garganta. A jornalista do SBT  revelou com Gentili seu lado simpático e feminino, o que sem dúvida fará com que suas opiniões sejam melhor aceitas e discutidas. Sem que para isso ela precise ser crucificada pelas  mídias sociais. Quanto  ao “The Noite” desde as  chamadas ficou claro que Danilo Gentilli não mudaria seu estilo  brincalhão, que é o que o  faz a melhor atração do final de noite.  Entrevistas sisudas  no final da noite só fazem com que o telespectador adormeça. (Eli Halfoun)

É preciso estar atento e forte...

Reprodução Internet

(da Redação)
Fantasmas têm vida eterna. Ou não é a foto acima uma prova disso? Um nazista chileno abriu na cidade de Anacud, no sul do Chile, a Escola de Arte Augusto Pinochet, em homenagem ao assassino e corrupto que governou o país. Não satisfeito, adotou a suástica como logotipo da instituição. Ele ( o nome da peça é Godofredo Rodríguez Pacheco) diz que não se importa que o rotulem de nazista e seu objetivo e criar um partido político. A direita latino-americana - vide as sangrentas ditaduras do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Peru, El Salvador, Chile, Nicarágua , República Dominicana, Bolívia, Haiti etc - é responsável por verdadeiros genocídios na região. E dá mostras de que não está inerte. No Brasil, grupos tentam relançar um partido político, a Arena, que foi, ao lado do MDB, o braço político da ditadura. A moda agora é o "golpe legislativo" ou o "golpe jurídico" , como o do Paraguai, de Honduras, o que estão tentando aplicar na Venezuela e, mais distante mas não menos importante, o da Ucrânia. Agora mesmo, o cordão fascista refaz a "Marcha da Família", que, há 50 anos, foi financiada e divulgada como uma das senhas para o golpe e que abriu espaço para a tortura, os assassinatos e a corrupção que vieram  em seguida. Na grande mídia, especialmente nos últimos anos, instalou-se uma ala da direita raivosa que se expressa nos principais jornais, revistas, emissoras de rádio e de TV. Basta ser da direita ensandecida e até fanática para ganhar bons espaços. Praticamente não há nos grandes grupos de comunicação espaço para analistas democráticos. Os destaques e a presença diária vão para quem dá demonstrações rotineiras de racismo, elitismo, de ódio às políticas sociais, de extremo preconceito social, fascismo e golpismo. É só conferir na banca mais próxima. Há também um aparato de "!institutos" financiados - com semelhança ao Ibad e Ipes da década de 60 (instituições que recebiam milhões de dólares para "plantar" "denúncias" e artigos antidemocráticos na mídia)- agindo contra os interesses da maioria do povo brasileiro. Não demora, estarão inaugurando escolas em homenagem aos seus ídolos.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Melhores do Domingão mostra que o telespectador sabe o que quer

Mateus Solano. Foto Divulgação TV Globo

Faustão. Foto Divulgação TV Globo
por Eli Halfoun
Todo ano quando Fausto Silva começa a fazer chamadas para o premio “Melhores da Televisão fica moleza prever entre os três indicados (também considerados vencedores) quem levara para casa o troféu entregue no palco. Mais uma vez o publico mostrou que sabe o que e bom e sabe o que quer pelo menos na hora de eleger trabalhos na TV, o que infelizmente ainda não se repete nas urnas políticas. A entrega do premio do Domingão do Faustão virou uma espécie de Oscar da nossa televisão e a festa de entrega dos prêmios não devem nada a cerimônia do Oscar. A produção ´´e caprichada, os números musicais bem produzidos.

A reação da com perfeição a dimensão dos artistas premiados Tata Werneck e Mateus Solano foram aplaudidos de pé, o que mostrou o reconhecimento do publico aos dois melhores de 2012, o que não significa que os outros premiados também não tenham importância, mas confere importância maior aos trabalhos de Tata e Mateus.  Pena que o premio de melhores distribuído por Fausto Silva só tenha olhos pra os trabalhos realizados na Globo, que precisa olhar melhor para suas concorrentes em todos os aspectos. Do contrario o premio também vira um monopólio. (Eli Halfoun)

Daniela Mercury pode receber premio internacional na luta da causa gay

por Eli Halfoun
Pela primeira vez o Brasil tem uma indicada ao premio Glaad Media que homenageia ativistas que contribuíram para a causa gay. Nossa representante é Daniela Mercury que ao assumir sua homossexualidade abriu caminho para muitas outras uniões entre mulheres. Daniela concorre com outros dez indicados: o ator britânico Charlie Condou, a jornalista Janet Till da BBC, o ator indiano Yuran Khan, o padre ugandês Christopher Senyonjo, o ator filipino Boy Abuda e a transexual chinesa Jin Xing. Daniela leva muita chance: foi realmente uma guerreira ao assumir seu amor por outra mulher e mostrar um amor intenso como todos os amores verdadeiros e inteiros. (Eli Halfoun) 

A Crimeia decide seu destino

(da Redação)
As potências ocidentais usam em retórica o nome da democracia enquanto, na vida real, praticam políticas de apoio a golpes de Estados. Assim foi em Honduras e Paraguai, por exemplo, países onde a direita pôs em prática a nova fórmula do "golpe constitucional" que resulta de conspirações de bancadas do Legislativo ou de intervenções do Judiciário. O modelo golpista foi aplicado na Ucrânia. Não vale, portanto, a argumentação de que o referendo da Crimeia - ao qual compareceram mais de oitenta por cento dos habitantes, com mais de noventa por cento apoiando a reintegração á Rússia - foi "ilegal". Ilegal, antes,. foi o golpe fascista que destituiu um governo legitimamente eleito..

domingo, 16 de março de 2014

Cony: tremendo gozador

Alberto Carvalho e Carlos Heitor Cony na redação da Manchete. Foto: Acervo Alberto Carvalho
por Alberto Carvalho
Carlos Heitor Cony está completando 88 anos. Pelo andar da carruagem, vai chegar aos 98, 108 e até aos 118 anos. Vai ficar famoso no mundo todo por ser o homem mais velho do planeta - quiçá, da galáxia (como diria o ex-Presidente JK). Estará lúcido e ainda escrevendo suas memórias.  Vai escrever o "Pilatos - Parte II", "Quase Memória, o Livro" e a "Revolução dos Caranguejos (O Ato e o Fato)". Isto tudo coçando a orelha no local onde foi atingido pela chapinha de cerveja  atirada pelo Noel Rosa: - "Lá vem o filho do padre!" Ouvia sempre essa frase quando passava, de batina, na frente do bar, em Vila Isabel, onde o compositor e seus parceiros de cachaça se reuniam diariamente. Cony vai continuar escrevendo as previsões, psicografadas, do astrólogo Allan Richard Way, assinando o nome do repórter Robert MacPherson.
Cony é tudo que o Roberto Muggiati escreveu e eu acrescento mais: É um tremendo gozador e autor de "peças" dirigidas aos colegas de trabalho. Entre elas, a história da Mega Sena: " Numa segunda-feira, bem cedo, antes de vir para o trabalho, Cony passou numa loteria esportiva e fez um jogo da mega sena. O prêmio estava acumulado em 25 milhões de Reais e havia saído para um ganhador. Cony repetiu o número sorteado e seguiu para a redação. Chegou e pediu ao contínuo para trazer os jornais, pois queria conferir o resultado da loteria. Simulando uma enorme alegria, declarou que havia ganho o grande prêmio. Todos correram para conferir se era verdade. Examinaram o comprovante e constataram que os números batiam com os dos sorteados. Só esqueceram de observar a data da aposta. A notícias se espalhou pela empresa. O telefone não parava de tocar para felicitar o mais novo milionário da praça.  Cony recebia as congratulações e ficava na dele. Fazia até projetos para quando recebesse o prêmio.
Assim que  o Sr. Adolpho Bloch chegou na empresa recebeu a notícia pelo Jileno, chefe da portaria, que o Cony havia ganho na loteria.  Imediatamente ligou para o Cony pedindo a sua presença em seu gabinete. Cony desceu para o segundo andar e a conversa que teve com o chefão  ele não revelou, mas ficou claro que não foi muito agradável.  Será que o Adolpho esperava um empréstimo daquele fortuna?
Cony além de ser bem-humorado é um homem justo. Ajudava as pessoas, dentro de suas possibilidades, e não pedia nada em troca. Não havia ninguém na empresa que não gostasse do Cony. Trabalhando com ele durante mais de 30 anos, nunca vi o Cony mal-humorado, sempre alegre e sempre com alguma ideia para sacanear alguém, no bom sentido, é claro. E eu sempre compactuava com ele. Quando o Cony passava por mim dizia: "castra sunti in falcibus etrurias, não vides?" Não sei se a grafia do latim está correta e também não sei o que significa, mas respondia sempre "Ave, Cony". E também nunca perguntei pra ele o significado daquela frase.
Quanto ao Cony chegar aos 118 anos, claro que é uma brincadeira, mas em se tratando do Carlos Heitor Cony, tudo é possível.  (Alberto Carvalho)

sábado, 15 de março de 2014

Racistas riem à toa

Foto: Reprodução O Globo
(da redação da JJcomunic)
Não deu outra. Autoridades esportivas fizeram cena e puniram de brincadeirinha o clube responsável pelas ofensas racistas ao árbitro Márcio Chagas da Silva. O Esportivo, de Bento Gonçalvres (RS),  recebeu um multa irrisória (30 mil reais) e perda de mando de campo por três jogos. Não se sabe se, na esfera policial, os racistas foram identificados ou se há investigação em andamento. As campanhas contra o racismo já mostraram que, apesar de bem intencionadas, não funcionam. Os racistas devem achar que são piadas ou coisa de quem quer parecer que está combatendo o preconceito. A falta de ação das autoridades esportivas e civis está na raiz do aumento dos casos de racismo dentro e fora dos estádios. Já nas delegacias, na hora do B.O, a polícia tenta desqualificar o crime, raramente registra como racismo mas sim como uma leve "ofensa moral". As agressões nos estádios jamais resultam em cadeia para os racistas ou em suspensão e até eliminação dos clubes. Tudo acaba em tapinhas, promessa de que não acontecerá mais ou em campanhas cenográficas. A impunidade está fazendo o racismo crescer no Brasil. A impunidade e uma resistência elitista de parte de mídia que condena editoriais programas de cotas e iniciativas semelhantes e criou até um rótulo - o "racialismo" - para atribuir aos movimentos que combatem o preconceito racial um "tentativa de implantar" o racismo no Brasil. Uma cínica inversão de papeis.

Elenco do seriado "Big Bang Theory" renova contrato para mais três temporadas

Leonard, Penny., Howard, Amy, Bernadette, Raj e Sheldon, a galera do "Big Bang Theory". Foto Divulgação
por Omelete
Há sete anos no ar, um dos campeões de audiência nos Estados Unidos, o seriado "Big Bang Theory" (no Brasil, exibido pelo canal por assinatura Warner e pelo SBT) acaba de garantir mais três temporadas. As aventuras dos nerds Sheldon (Jim Parson), Leonard (Johnnu Galecki), Howard Hollowitz (Simon Helberg), Rajesh Koothrappali (Kunal Nayyar), Amy Farrah Fowler (Mayim Bialick), Bernadete Maryann (Melissa Rauch) e da lourinha Penny (Kaley Cuoco) são acompanhadas por cerca de 20 milhões de americanos. Para renovar o contrato, os atores do elenco principal pediram 1 milhão de dólares por episódio. Os nerds são cômicos - os roteiristas  Chuck Lorre, Steve Molaro são excepcionais - mas ninguém duvida de que a lourinha Penny atrai boa parte da audiência.
Kaley Cuoco em fotos reproduzida da revista Maxim...

...e  na Esquire, em foto reproduzida pelo site Egostatic. 

Filme "Jogos Vorazes em Chamas" copia cenário do Sambódromo carioca...

A "avenida", arquibancadas, frisas e camarotes. Reprodução

O recuo da bateria. Reprodução

A Praça da Apoteose. Reprodução

(da redação da JJcomunic)
Os arquitetos romanos desenhavam seus grandes e pioneiros estádios em ovais ou em formato redondo. Nunca em linha reta. Houve até um estádio, o Circo Máximo, que tinha duas longas retas paralelas acompanhadas por arquibancadas, mas aquele também era um grande oval. Não havia nada parecido com o Sambódromo. Ao criar a chamada passarela do samba, Oscar Niemeyer simplesmente seguiu a tradição e a cultura. As escolas desfilavam historicamente  nas ruas, em linha reta, o que estabeleceu o desenvolvimento linear dos seus enredos, assim como faziam, antes, as Grandes Sociedades. O Sambódromo apenas reproduziu a "avenida". Tanto que a única inovação, a Praça da Apoteose, não "pegou". Continua lá, é palco de shows, mas não da "evolução" especial das escolas como Darcy Ribeiro imaginou. As linhas do Sambódromo carioca foram reproduzidas em São Paulo e em Manaus. E agora, em Hollywood. Quem viu o filme em cartaz "Jogos Vorazes em Chamas" percebe que o apresentação dos competidores ao público, na "Capital", acontece em um estádio em tudo igual ao Sambódromo do Rio. Observe: estão lá a grande reta, as arquibancadas, as frisas, essas na parte de cima, camarotes abertos, recuos de bateria (que o filme nem precisa) e até a Praça da Apoteose, onde as bigas circulam à frente do "presidente". O "presidente", que aparece de costas, tem a sua tribuna oficial exatamente onde Niemeyer colocou a "tribuna oficial" da Praça da Apoteose. Um palco que raramente é usado,  a não ser no dia da apuração dos resultados dos desfiles. Uma diferença é que o sambódromo hollywoodiano é cercado por altos edifícios. Mas no futuro, a "avenida" carioca também será assim. O primeiro espigão colado nas arquibancadas já está em construção. É o novo prédio da Brahma. 
Não há dúvida, algum cenógrafo de Hollywood já desfilou em ala de gringo em uma das nossas escolas.

Os anormais: BBB sem sinais vitais de atividade cerebral

(da Redação)
Racismo, homofobia, referência debochada à tragédia de Santa Maria, "pena de morte" para vítimas da aids... Essas são apenas algumas "tiradas" das altas conversas dos tais confinados no indigente BBB. Certamente, tal nível não deve ser a média da juventude brasileira. Melhor acreditar que tal conservadorismo doentio é apenas a média mental dos jovens que se inscrevem para participar de um programa. Bom, mas liberdade de expressão está aí para que aqueles que sentem afinados com o nível da "casa" possam acompanhá-lo devidamente e enriquecer seus conhecimentos
E o pior é que o apresentador Pedro Bial vai lançar, dizem, um livro com todos os "discursos" que faz sobre os eliminados de cada paredão do programa. Cada leitor que se arriscar a comprar tal Big Book Brasil ganhará do SUS um eletroencefalograma  para saber se o respectivo cérebro ainda registra impulsos vitais.

Unidades pacificadoras não perderão a batalha contra os bandidos

por Eli Halfoun
O assassinato de policiais militares que atuam em Unidades de Policia Pacificadora instaladas em várias comunidades cariocas não significa de maneira alguma que as UPPs não deram certo. Pelo contrário: é a confirmação do acerto e só por isso a bandidagem está agindo: quer recupera o espaço que perdeu para voltar a dar ordens como se fosse dona das favelas do Rio. É claro que a política de segurança do Rio ainda não é a que esperamos e precisamos, mas não se pode negar que pela primeira vez o Rio tem uma real política de segurança que está fazendo os marginais saírem das tocas porque sabem que estão perdendo cada vez mais áreas de ação. Não é necessário ser especialista em segurança para perceber que a atual estratégia da bandidagem é desestabilizar, provocar e desacreditar as UPPs que são uma realidade instalada no Rio e que serão aprimoradas cada vez mais até que nenhum bandido tenha voz de comando em qualquer lugar da cidade. Evidente que se faz necessária uma ação extrema para tirar do caminho da paz os bandidos que já ouvem o “perdeu”. Pois é bandido, perdeu. E vai perder cada vez mais. O Rio ganhará essa guerra. (Eli Halfoun)

Maluf só não vota em Kassab para o governo de São Paulo

por Eli Halfoun
Por enquanto o deputado federal Paulo Maluf quer ficar bem na fita com quase todos os candidatos ao governo de São Paulo e tem dito que embora ainda não tenha decidido seu voto pode tranquilamente votar em Geraldo Alckmin (PSDB), Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT). Maluf só não cita o nome de Gilberto Kassab (PSB), de onde se conclui que para ele a candidatura de Kassab é carta fora do baralho, mas em se tratando de Maluf a opinião pode mudar rapidamente e de acordo com seus futuros interesses políticos. (Eli Halfoun)

Vamos olhar o racismo de frente. Chega de mentiras

por Eli Halfoun
“O racismo boleiro é uma irrupção do racismo maior enraizado e disseminado na sociedade brasileira” - frase do texto do jornalista Élio Gáspari sobre  as manifestações racistas que aconteceram recente no futebol denuncia que precisamos promover una nova e ampla discussão em torno do racismo para que aprendamos que não é mais possível´ que continuemos a nos enganar. Sabemos que o racismo existe (e não apenas contra negros) e vivemos fingindo que não é real desde que passe longe de nós. (Eli Halfoun)

sexta-feira, 14 de março de 2014

Inventor de si - Carlos Heitor Cony comemora hoje 88 anos


Em novembro de 2008, por ocasião do lançamento da coletânea "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" (Desiderata), Cony e os demais autores revisitaram o prédio onde funcionou a Bloch Editores, na rua do Russel. O edifício estava fechado, empoeirado, uma espécie de casa-fantasma desde a falência da editora, em 2000. O motivo da visita ao local - cenário do livro que conta a história não-oficial da Manchete, Fatos & Fotos, Amiga, EleEla etc, revela bastidores de reportagens e focaliza personagens que fizeram nas história nas revistas da Bloch - era fotografar os autores para divulgação do lançamento. Mas em meio às poses formais, o fotógrafo J.Egberto flagrou Cony tentado ver o passado através do portal de vidro, vislumbrando o hall do prédio onde tantas vezes passou a caminho da redação. O escritor percebeu que o momento nostálgico estava registrado e sorriu para o fotógrafo. 


Carlos Heitor Cony. Foto de J. Egberto

Não passa um dia sem que o leitor, ouvinte ou telespectador tope com uma opinião de Carlos Heitor Cony na mídia. Aos 88 anos e com 40 livros publicados, contador de histórias compulsivo, é jornalista, cronista, escritor, pintor bissexto, pianista idem e “imortal”

por ROBERTO MUGGIATI (texto especial para a revista Contigo, publicado na seção Gente & Histórias)
O Cony salvou a minha vida. Ou, pelo menos, minha carreira. Em 1970, incorri na ira do Adolpho Bloch porque deixei passar um texto do Magalhães Jr que dava JK como nascido em 1900. O ex-presidente — amigo do peito do dono da Manchete — se dizia nascido em 1902. Adolpho queria demitir sumariamente a mim e ao Magalhães. Cony, que eu mal conhecia, veio em meu socorro: “Muggiati, mude sua mesa, esconda-se atrás de uma coluna.” As pilastras de mármore da redação da Manchete ofereciam amplo refúgio. Escapei assim do olho do Adolpho (e da rua) e continuei no prédio do Russell para me tornar o mais duradouro diretor da revista Manchete. E, ironicamente, para me tornar o “chefe” do Cony. Antes disso, fui chefiado por ele na redação de EleEla, revista mensal “masculina” — um oásis de paz em meio às outras redações, sempre à beira de um ataque de nervos. Não tínhamos nem a angústia de procurar mulheres nuas maravilhosas para esgotar cada edição: a censura só deixava publicar mulheres em biquínis largos. Vivíamos uma bela rotina: às cinco e meia Cony fechava as cortinas da redação e lotava seu carro de caronas para Copacabana, com direito a uma parada no Chuvisco do Leme para comer doces. Foi nos intervalos de ócio da EleEla que Cony escreveu seu romance mais transgressor, Pilatos. Foi lá que comecei meu Rock: o grito e o mito, cujo título ecoava O ato e o fato, o livro de Cony que foi o primeiro berro de protesto contra a ditadura.
Aquela dolce vita não podia durar. E voltamos à rotina das crises e demissões. Cony logo se tornou a Madre Teresa dos demitidos. As demissões na Bloch vinham em ondas, como os pogroms dos cossacos na Rússia, pogroms que a família Bloch sofreu, antes de escapar para o Brasil. O alerta geral nas redações era: “O passaralho está voando!” Cony conseguiu salvar 90% dos demitidos. Uma bela ação humanitária para quem se professa desencantado do mundo. Em seu último livro, Eu, aos pedaços, ele reitera: “Sou contra a exata compreensão dos meus direitos de cidadão e contra o impostergável dever de solidariedade.” No fundo, Cony se envergonha de ser um homem bom.
Volto a ficar cara a cara com Carlos Heitor quarenta anos depois que nos conhecemos. Apesar de insistir nos últimos vinte anos em se dizer “terminal”, continua com a saúde firme. Só foi levemente prejudicado recentemente por um desgaste na cabeça do fêmur. Implantaram-lhe um pino de titânio e hoje nos aeroportos e em outros locais com detetores de metais o Cony é uma festa, BIP! BIP! BIP! sem parar. Aliás, a palavra “aeroporto” lembra a Cony outra deficiência sua, que moldou muitos aspectos de sua vida:
— Não sei se você reparou, eu falo areoporto, nunca consegui pronunciar corretamente a palavra. Esta e outras.
Como o monarca de O discurso do rei, procurou até um terapeuta, o fonoaudiólogo Pedro Bloch, primo do Adolpho. Cony explica:
— Fui mudo até os cinco anos, Não dizia nada. Também, não tinha nada para dizer. Era uma criança que vivia debaixo da mesa, vendo o mundo como o Tom e o Jerry, vendo os personagens humanos de desenhos animados só da cintura para baixo. Não tinha vontade nem necessidade de falar.
Dois dias depois, vou com Cony ao chá das quintas-feiras na Academia Brasileira de Letras. (ele é “imortal” desde 2000.)  Falante e cordial, oferece um belo contraste ao menino calado foi outrora.
Nos primeiros tempos de escola, com seu mutismo e as palavras tartamudeadas, Cony sofreu a perseguição dos colegas, aquilo que hoje se cataloga como “bullying”. E aí estaria a explicação para outro comportamento seu. Todo jornalista que se preza odeia o patrão. Cony foi quase sempre “o amigo do Rei”. Particularmente com Paulo Bittencourt no Correio da Manhã e com Adolpho Bloch na Manchete. Ele me diz que sua intimidade com o poder foi uma compensação pelos traumas e perseguições dos tempos escolares.
Mas Cony precisaria buscar compensações bem maiores pelo fato de não ser o verdadeiro Carlos Heitor Cony. Trata-se de uma fantasia que ele alimenta há muitos anos, mas que, desta vez, me garante, é um fato incontestável. Aos dois meses de idade, aconchegado no berço na casa de Lins de Vasconcelos — bairro carioca onde nasceu — ele vive a sua experiência transcendental: é levado por uma cigana. Sua mãe saiu de casa e deixou a irmã para cuidar do bebê. Duas ciganas batem à porta, querem ler a sorte da tia solteira de Cony, ela se recusa, quando pedem um copo de água a tia não recusa. As ciganas entram na casa, uma distrai a tia, a outra faz a troca dos bebês. Quando a mãe volta e vai ver o bebê, grita espantada: ‘Mas esse não é o meu filho!’ O pai é chamado às pressas, o desespero é geral, mas não há nada a fazer. Sequer foi registrado boletim de ocorrência. Muito sério, ele me garante que “é tudo verdade.” Não é difícil perceber traços de cigano no rosto de Cony, descendente de franceses de origem marroquina.
Outra decepção traumatiza o menino aos doze anos. Seminarista no convento de São José, no Rio Comprido, é um dos doze meninos escolhidos para a cerimônia de lava-pés na Semana Santa. Seu pai é redator do Jornal do Brasil e manda o fotógrafo do jornal, Ibrahim Sued, fotografar a cerimônia. A foto do pé de Cony beijado pelo cardeal sai na primeira página do Jornal do Brasil, mas com a legenda totalmente equivocada, chamando-o de “um pequeno órfão do Asilo de São José.”
Todo santo sofre seu martírio. Ainda nos tempos de batina, passando por um botequim a caminho da igreja num domingo de manhã, Cony topa com um bando de boêmios que prolongavam ruidosamente a noite em Vila Isabel “De repente, um cara sem queixo, tuberculoso notório, larga o violão, pega uma chapinha de cerveja e joga na minha direção. A chapinha raspa com força pela minha orelha, passo a mão e sinto o sangue escorrendo. Corri até a sacristia. Ao chegar, sem fôlego, exibi aquele sangue ao vigário. Era o testemunho da minha fé. O vigário confirma: eu era um mártir.” O nome do agressor: Noel Rosa.
O caso do lava-pés provou a Cony que o jornalismo é uma mentira. Mas isso não o impede de ingressar nas ditas lides, aos 19 anos, depois de largar a batina. Ciente de que é muito tênue a fronteira entre fato e ficção, ele parte para o jornalismo. Sem grandes ilusões. Na adolescência, apaixonara-se pelos romances de Eça, Machado, Flaubert e Zola. Publica em 1958 o primeiro romance, o único escrito a mão, O ventre.
— Por que resolveu escrever romances, Cony?
— Por nada. Excesso de imaginação e falta do que fazer.
A partir daí escreve outros romances, batucados nas teclas de uma Remington portátil. Em 1975 dá uma parada e fica vinte anos sem publicar qualquer livro. Em 1995, volta triunfalmente com Quase memória, o primeiro romance escrito ao computador e dedicado à cachorra “Mila, a mais que amada.” Enquanto Cony digitava suas lembranças, Mila morria a seus pés.
Também não lhe faltaram romances na vida real, muitos deles transformados em casamentos. Filhos (porque qui-los?): Regina Celi e Verônica do primeiro casamento; André, de um relacionamento alternativo no início dos anos 70. Em meados dessa mesma década, Cony aquietou-se no departamento conjugal: casou-se com Beatriz, até hoje sua mulher eleita e companheira de todas as horas.
Insisto em cobrar dele um romance longamente anunciado, mas que não escreveu até hoje: Messa pro Papa Marcello. Arredio, Cony diz que não tem mais energia para escrever romances. Vai continuar publicando outros livros, mas não romances. Por falar em Papa, pergunto a Cony se já alimentou a ambição de reinar no Vaticano.
— Quando era seminarista, sim. Eu era do ramo, por que não almejar o topo? Mas, quando viajei no avião do Papa, em sua primeira visita ao Brasil, vi que não gostaria daquilo. Você deve ter reparado no meu sorriso sarcástico, na foto em que estou conversando com João Paulo II...
A certa altura, cansado da literatura, Cony resolveu pintar. Pinceladas abstratas de acrílico sobre papel. O único óleo sobre tela é um pequeno auto-retrato que mostra Cony como Raskolnikov — o estudante de Crime e castigo que mata duas velhinhas a machadadas.
— Por que Raskolnikov?
— Nunca cometi um grande crime, apenas pequenos delitos sem importância. Aspirava a um grande crime como o de Raskolnikov para poder expiar todas as angústias que sempre me perseguiram.
Cony apega-se à vida, sem motivo justo. E não tem ilusões em relação ao mundo. Sintetiza esta sua visão no final do romance maldito Pilatos. Um grupo de jovens canta e dança na praia diante do sol carioca que nasce. Um passante comenta com o narrador:
— Estão felizes, hein?
— Estão mal informados — respondi. E afastei-me.
Humanista que se renega, Cony é brilhante no labirinto de suas contradições e, apesar de tudo, insiste em escrever. Como ele mesmo diz: Um gesto tão infantil como o de escovar os dentes, sentir na boca o gosto da espuma crescendo. Um rito infantil que talvez nunca tenha mudado, é sempre o mesmo.”

(Publicado na revista Contigo nº 1857, 21/4/2011)



Paulo Goulart: um grande homem e um ser humano maior ainda






por Eli Halfoun (*)
Não foram muitos os contatos profissionais que tive com Paulo Goulart, mas mesmo assim guardo dele um momento de carinho que me mostrou sua grandeza humana: ele quis me ajudar para livrar-me de um problema que na época me angustiava muito. Insistiu ara que eu fosse ao seu encontro em um endereço em Copacabana onde me apresentaria a pessoa que com força espiritual poderia me auxiliar. Desencontramos-nos, mas jamais esqueci a sincera preocupação de Paulo Goulart em querer me ajudar: seu gesto o fazia anda maior como homem e era um gesto que se ampliava para todos os lados sempre querendo ajudar as pessoas. O Paulo Goulart que eu conheci deve ter nos deixado sorrindo e feliz para ir ao encontro de um novo tempo no qual acreditava com entusiasmo e emoção. Não tenho dúvidas de que o grande (e não só no tamanho) Paulo Goulart morreu tão feliz como viveu e fez viver a todos que tiveram o prazer de conviver com ele. (Eli Halfoun)
* Observação da redação; O jornalista Eli Halfoun dirigiu a revista AMIGA, editada pela extinta Bloch Editores

Música brasileira de exportação é de doer no coração

por Eli Halfoun
Dói no ouvido, no coração e no orgulho saber que a música brasileira que faz sucesso atualmente no exterior (e aqui é claro) nada tem a ver com a verdadeira Música Popular Brasileira. É até compreensível que a “estrangeirada” se identifique com o ritmo alegre que a faz dançar, mas não a faz cantar simplesmente porque não tem letra que diga ou represente alguma coisa. O sucesso do momento no exterior  é a  tal de “Lepo Lepo” que parece seguir a mesma trajetória de sucesso internacional da  também inaudível e inexplicável “Ai se eu te prego”. Assim fica comprovado que a música brasileira atravessa uma de suas piores fases e que pode até divertir o mundo, mas desqualifica a verdadeira e excelente música brasileira que já mostrou ao mundo o talento de, entre outros, Tom Jobim. O sucesso dos “lepo lepos” musicais mostra claramente que também no exterior o público desaprendeu a gostar e a exigir música de verdade, ou seja, de qualidade. Ainda bem que é apenas uma fase e vai passar não demora muito. Se não passar rapidamente nossa audição sofrerá por muito tempo. Até não aguentar mais. (Eli Halfoun)

Humanizar os ídolos é um novo caminho jornalístico para a televisão

por Eli Halfoun
Roberto Cabrini é um bom repórter e no comando do jornalístico “Conexão” no SBT tem apresentado excelentes trabalhos investigativos de reportagens com denúncias e motivos para reflexão. Não tenho dúvidas de que depois do programa exibido na última quarta-freira com Ratinho como tema, Cabrini encontrou até sem querer a fórmula ideal para fazer do “Conexão Repórter” um sucesso em audiência. Humanizar os ídolos é um caminho que encontra mais facilmente a identificação com o telespectador que sempre quer saber mais sobre os ídolos, quer saber na verdade que a celebridade que admira é uma pessoa absolutamente igual a ele, o fã. Mesmo mostrando uma riqueza financeira que o público sabia existir, mas nem desconfiava como e quanto era, Ratinho mostrou também uma riqueza humana que o fará ainda maior como apresentador - um apresentador extremamente popular porque sempre buscou na simplicidade o segredo par conquistar o público que tem um Ratinho guardado dentro dele em admiração e esperança. Com a simplicidade que é continuará sendo sua maior riqueza Ratinho mostrou mais uma vez que o dinheiro só muda realmente as pessoas que precisam dele para se afirmar. Mostrou também o caminho jornalístico que pode fazer do “Conexão” um programa jornalístico popular com o qual o público e o SBT se identificam muito mais. Cada vez mais. (Eli Halfoun)

Prende e solta já vale para todos os prisioneiros do país

por Eli Halfoun
Os programas policiais costumam dizer que a polícia prende os bandidos e a justiça solta imediatamente. É uma verdade que já não vale só para bandidos armados que assaltam nas ruas, matam sem dó nem piedade e sabem que serão presos (chegam aos distritos policiais sorrindo porque conhecem o mecanismo) e soltos horas depois. Parece que esse procedimento está se tornando praxe na Justiça que se ainda não manda solta já diminuiu em muito as penas e as acusações dos digamos culpados maiores. Primeiro livraram meia dúzia de mensaleiros do crime de formação de quadrilha. Agora é o ex-deputado João Paulo Cunha que fica livre da acusação de lavagem de dinheiro, reduz a pena e terá o benefício de responder pelas outras condenações em regime semiaberto. A velha pergunta está mais viva do que nunca: afinal, que país é esse?

quarta-feira, 12 de março de 2014

Espionagem interna nos Estados Unidos: a criatura se volta contra o criador

(da Redação)
Alguém já disse que em uma ditadura, além do perigo que significa a ação de um ditador à integridade da cidadania, risco grande é o "guarda da esquina", que segue a onda e se torna um ditadorzinho na sua área. Isso acontece muito no Brasil dos anos de chumbo e sangue. Cada sujeito ligado à ditadura e detentor de um cargo qualquer, um chefete qualquer de uma repartição sentia-se acima do bem e do mal e perseguia pessoas e favorecia outras. Ou seja, criado o  "monstro" fica difícil controlá-lo. Quando foi revelado o gigantesco aparelho de espionagem americano, houve quem o considerasse normal. Apesar de os espiões alvejarem o Brasil, colunistas de revistas semanais defenderam orgasticamente a ação ilegal americana e criticaram Dilma Rousseff. Consideraram que a reação dela era coisa de jeca-tatu.. Posteriormente, colonizados que são, surpreenderam-se com a adesão da primeira-ministra alemã Angela Merkel às condenações à espionagem politico-comercial.  "Como assim, o primeiro mundo também é contra", perguntaram-se. Vários outros lideres manifestaram-se em seguida contra o estado policial paralelo montado nos Estados Unidos dando ainda mais legitimidade à iniciativa do governo brasileiro.
Só que, como não podia deixar de ser, verificou-se logo em seguida que os cidadãos americanos não estavam protegidos contra a invasão de privacidade oficial. Ao contrário. Foram tão devassados como qualquer estrangeiro ou talibã assumido.
Ontem, caso mais grave foi revelado. O aparelho de espionagem é acusado de invadir computadores do Senado e roubar informações sobre um investigação conduzida pelos senadores sobre um programa de prisão e interrogatórios de supostos envolvidos com terrorismo durante o governo George W Bush. A acusação da investida dos espiões ao Senado é da senadora Dianne Feinstein. É uma violação à Constituição, segundo o Senado.